Estudo 56 Livro do Céu Vol. 30 a 36 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 56 Livro do Céu Vol. 30 a 36 – Escola da Divina Vontade
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30-9

Dezembro 25, 1931

Desejo de Jesus da companhia da criatura. Extrema necessidade do menino Jesus de ser amado com amor divino por sua Mãe Celestial.

(1) Sinto-me como inundar pelo mar de luz da Divina Vontade, oh! Como gostaria de ser na verdade o peixinho neste mar, de modo a não ver mais que luz, tocar, respirar, viver de luz, oh! Como ficaria feliz em ouvir-me dizer que sou a filha do Pai Celestial. Mas enquanto isto e outras coisas pensava, minha querida vida, o doce e soberano Jesus, visitando minha pequena alma, fazia ver que de dentro de sua adorável pessoa saíam mares de luz interminável, e de dentro dela saíam almas que povoavam a terra e todo o Céu, e Jesus chamando-me disse-me:

(2) “Minha filha, vem nesta luz, aqui te quero, a virtude da minha luz, o seu movimento como fonte de vida, não faz outra coisa que fazer sair de dentro do seu seio de luz almas, isto é, vida de criaturas, sua potência é tanta, que conforme se move faz sair almas, e Eu quero a minha amada junto Comigo, no seio de minha luz, isto é de minha Vontade, porque conforme as almas venham formadas e saiam fora, não quero estar sozinho, quero a tua companhia a fim de que reconheças o grande presságio da criação das almas, o nosso amor excessivo, e como te quero em minha Vontade quero colocá-las em ti, confiá-las, não as deixar sozinhas enquanto peregrinam a terra, quero ter junto comigo quem me proteja e defenda. Oh! Como é doce a companhia de quem tem cuidado das vidas saídas de Mim, me é tão grato, que faço, a quem vive em minha Vontade, depositária da criação das almas, canais pelos quais as faço sair a luz, e canais para fazê-las entrar de novo em nossa pátria celestial. Tudo quero dar a quem quer viver em meu Fiat, sua companhia, necessidade a meu amor, a meus desabafos e a minhas obras, que querem ser reconhecidas; fazer e não ser reconhecidas, são como obras que não sabem produzir triunfo, nem cantar vitória e glória. Por isso não me negue sua companhia, negaria um desabafo de amor a seu Jesus, e às minhas obras faltaria o cortejo e o contentamento da criatura, e ficariam como obras isoladas, e meu amor contido se trocaria em justiça”.

(3) Depois disto estava pensando no nascimento do Menino Jesus, especialmente no ato quando saiu do ventre materno, e o celestial Infante me disse:

(4) “Filha queridíssima, você deve saber que assim que saí do seio da minha mãe senti a necessidade de um amor e afeto divinos. Eu deixei meu Pai Celestial no Empíreo, que nos amávamos com amor todo divino, tudo era divino entre as Três Divinas Pessoas: Afetos, santidade, potência, e assim do resto. Agora, Eu não quis mudar modos vindo à terra, minha Divina Vontade me preparou a Mãe Divina, de modo que tive Pai Divino no Céu, e Mãe Divina na terra, e assim que saí do seio Materno, sentindo extrema necessidade destes afetos divinos, corri para os braços de minha mãe para receber, como o primeiro alimento, o primeiro respiro, o primeiro ato de vida de minha pequena humanidade, seu amor divino, e Ela fez sair de Si os mares de amor divino que meu Fiat tinha formado nela, e me amou com amor divino, como me amava meu Pai no Céu. E oh! Como estava contente, encontrei o meu paraíso no amor da minha mãe. Agora, tu sabes que o verdadeiro amor jamais diz basta, se pudesse dizer basta perderia a natureza do verdadeiro amor divino, e por isso, desde os braços de minha Mãe, enquanto tomava o alimento, o respiro, o amor, o paraíso que Ela me dava, meu amor se estendia, se fazia imenso, abraçava os séculos, buscava, corria, chamava, delirava, porque queria as filhas divinas, e minha Vontade para tranquilizar a meu amor, apresentou-me a minhas filhas divinas, que no transcurso dos séculos me formaria, e Eu as olhei, abracei, amei e recebi o respiro de seus afetos divinos, e vi que a Rainha Divina não teria ficado só, mas teria tido a geração das minhas e suas filhas divinas. Minha Vontade sabe mudar e dar a transformação e formar o nobre enxerto de humano em divino. Por isso quando te vejo trabalhar Nela, sinto-me dar e repetir o paraíso que me deu minha Mãe quando criança me recebeu  em seus braços. Quem faz e vive em minha Divina Vontade, faz surgir e forma a doce e bela esperança de que seu reino virá sobre a terra, e Eu me deleitarei no paraíso da criatura que meu Fiat formou nelas.

(5) E enquanto minha mente continuava pensando no que Jesus me havia dito, com um amor mais intenso e terno acrescentou:

(6) “Minha boa filha, nosso amor corre continuamente para a criatura, nosso movimento amoroso que não cessa jamais corre no batimento do coração, nos pensamentos da mente, no respiro dos pulmões, no sangue que circula, corre, corre sempre e vivifica com a nossa nota e movimento de amor o bater, o pensamento, o respiro, e quer o encontro do amor palpitante, do respiro amante, do pensamento que recebe e nos dá amor, e enquanto o nosso amor corre com rapidez inalcançável, o amor da criatura não se encontra com o nosso, fica para trás, e não segue a corrida de nosso amor que corre sem jamais deter-se, e não nos vendo nem sequer seguir enquanto continuamos a girar no batimento, no respiro, em todo o ser da criatura, delirantes exclamamos: ‘Nosso amor não é conhecido, nem recebido, nem amado pela criatura, e se o recebe é sem conhecê-lo’. Oh! Como é difícil amar e não ser amado. No entanto, se nosso amor não corresse, cessaria instantaneamente a vida delas; sucederia como o relógio: se tem corda faz ouvir seu tic tac, e admiravelmente marca as horas e os minutos, e serve para manter a ordem do dia, a ordem pública, se termina a corda, o tic tac não se ouve mais, fica parado, como sem vida, e pode haver muitas desordens por causa do relógio que não caminha. A corda da criatura é meu amor, que conforme corre esta corda celestial, bate o coração, circula o sangue, forma o respiro, podem-se chamar as horas, os minutos, os instantes do relógio da vida da criatura, e ao ver que se não faço correr a corda do meu amor, não podem viver, e não obstante que não sou amado, meu amor continua seu curso, mas pondo-se em atitude de amor doloroso e delirante. Agora, quem nos tirará esta dor e adoçará nosso delírio amoroso? Quem terá por vida nossa Divina Vontade. Ela como vida formará a corda no batimento, no respiro e assim do resto da criatura, formará o doce encontro com nosso amor, e nossa corda e a delas caminharão juntas. Nosso tic contínuo será seguido pelo tac delas, e nosso amor não estará mais só no correr, senão que terá seu curso junto com a criatura. Por isso não quero outra coisa, que Vontade minha, Vontade minha na criatura”.


30-10

Volume 30
Janeiro 3, 1932
Certeza da vinda do reino da Divina Vontade à terra. Todas as dificuldades se derreterão como neve diante de um sol ardente. A vontade humana é a permanência escura da criatura.

(1) O meu abandono continua no Fiat Divino, mas estava preocupada com o pensamento, como poderá vir este reino da Vontade Divina? O pecado abunda, os males pioram, as criaturas me parecem indispostas para receber um bem tão grande, tanto, que não há alma, por quão boa fora, que verdadeiramente queira ocupar-se em fazer conhecer o que concerne à Divina Vontade. Se Deus não opera um prodígio de Sua Onipotência, o reino do Fiat Divino poderá estar no Céu, mas para a terra é inútil pensar nisso. Enquanto isso e outras coisas pensava, meu amado Jesus fazendo sua habitual visita à minha alma me disse:
(2) “Minha filha, tudo é possível para nós. As impossibilidades, as dificuldades, os obstáculos insuperáveis das criaturas, dissolvem-se ante nossa Majestade Suprema como neve frente a um sol ardente; tudo que está em si Nós queremos, todo o resto é nada. Não foi assim na Redenção?

O pecado abundava mais do que nunca, apenas um pequeno núcleo de pessoas suspirava ao Messias, e no meio deste núcleo, quantas hipocrisias, quantos pecados de todas as espécies, frequentemente idolatravam, mas estava decretado que Eu devia vir à terra, e diante dos nossos decretos, todos os males não podem impedir o que queremos fazer. Um ato único de nossa Vontade nos glorifica mais do que nos ofendem todos os males e pecados que cometem as criaturas, porque nosso ato de Vontade é divino e imenso, e em sua imensidão abraça toda a eternidade, todos os séculos, se estende a todos; por isso não é de nossa infinita sabedoria não dar vida a um só ato de nossa Vontade pelos males das criaturas, Nós nos colocamos do nosso
lado divino e fazemos o que devemos fazer, e às criaturas as deixamos no lado humano, e fazendo de Soberanos, dominamos tudo e a todos, mesmo sobre o mal, e colocamos fora nossos decretos.

(3) Agora, assim como foi decreto nosso a minha vinda sobre a terra, assim é decreto nosso o reino de nossa Vontade sobre a terra, melhor se pode dizer que um e o outro é um só decreto, e que tendo cumprido o primeiro ato deste decreto, nos resta cumprir o segundo. É verdade que nos sujeitamos à boa disposição das criaturas para dar o grande bem que pode produzir um ato de nossa Vontade, e por isso, ao máximo tomamos tempo e abrimos caminho em meio a seus males para dispô-los. É verdade que os tempos são tristes, os mesmos povos estão cansados, se veem fechados todos os caminhos, não encontram caminhos de saída, mesmo para os necessários meios naturais, as opressões, as exigências dos governantes são insuportáveis, justa pena por ter escolhido por governantes homens sem Deus, de má vida, sem justo direito para ser cabeças, que Eles mereciam mais uma prisão do que o direito de governar. Muitos tronos e impérios foram esmagados, e os poucos que permaneceram estão todos vacilantes e a ponto de serem destruídos, assim que a terra permanecerá quase sem rei, nas mãos de homens iníquos. Pobres povos, pobres filhos meus, sob o regime de homens sem piedade, sem coração, e sem a graça de poder servir de guia aos seus dependentes; repete-se a época do povo hebreu, que quando eu
estava próximo a vir sobre a terra, estava sem rei, e estava sob o domínio de um império estrangeiro, homens bárbaros e idólatras que nem sequer conheciam o seu Criador, no entanto era este o sinal da minha próxima vinda entre eles. Entre aquela época e esta, em muitas coisas se dão a mão, e o desaparecimento dos tronos e dos impérios, é o anúncio de que o reino de minha Divina Vontade não está distante. Devendo ser um reino universal, pacífico, não haverá necessidade de rei que o domine, cada um será rei para si mesmo; a minha vontade lhes será lei, guia, sustento, vida e Rei absoluto de todos e de cada um, e todas as cabeças arbitrárias e sem direito se reduzirão a pedaços, como poeira ao vento.

As nações continuarão debatendo-se entre elas, quem para guerra, quem para revoluções entre elas e contra minha Igreja, têm um fogo que as devora no meio a elas que não lhes dá paz, e não sabem dar paz, é o fogo do pecado e o fogo do fazer sem Deus o que não lhes dá paz, e jamais farão a paz se não chamarem a Deus no meio a eles, como regime e vínculo de união e de paz, e Eu os deixo fazer, e farei tocar com a mão o que significa fazer sem Deus. Mas isto não impede que venha o reino do meu Fiat Supremo, estas são coisas da criatura, do submundo, que o meu poder quando quer, lança por terra e destrói, e faz surgir da tempestade o céu mais sereno e o sol mais resplandecente. Em troca, o reino de minha Divina Vontade é do alto, dos Céus, formado e decretado em meio às Divinas Pessoas, nenhum nos possa tocar nem destruir. Primeiro trataremos com uma só criatura, formando o primeiro reino nela, depois com poucos, e depois, fazendo uso da nossa Onipotência, vamos divulgá-lo em todo o lado. Esteja segura, não se preocupe porque os males piorarão, nossa potência, nosso amor vencedor que tem virtude de sempre vencer, nossa Vontade que tudo pode e que com paciência invicta sabe esperar inclusive séculos, mas o que quer e deve fazer vale mais do que todos os males das criaturas; ante sua potência invencível e seu valor infinito, serão como gotinhas de água os males delas, como tantas coisinhas que servirão ao triunfo de nosso amor e à maior glória de nossa Vontade cumprida. E depois, quando tivermos a grande glória de formar este reino dentro de uma só criatura, ela será como sol, que todos têm direito de gozar e possuir a sua luz, mais do que o sol, dará a todas as criaturas o direito de fazer possuir um reino tão santo, e nós, com sabedoria infinita, abundaremos de graças, de luz, de ajudas, de meios surpreendentes, para fazer reinar o reino da minha Vontade no meio deles. Por isso deixa-me fazer, se Jesus te disse, é suficiente, é como se já estivesse feito. Todas as criaturas e todos os males juntos não têm poder nem direito sobre nossa Vontade, nem podem impedir um só ato de nossa Vontade querida com decretos de nossa sabedoria”.

(4) Depois continuava pensando no Fiat Divino, e meu doce Jesus acrescentou:
(5) “Minha filha, minha Vontade é luz, a vontade humana é a permanência escura na qual vive a pobre criatura; assim que meu Querer entra nesta estadia escura, assim fica toda investida desta luz que tudo ilumina, inclusive os mais remotos e pequenos esconderijos da alma. Faz-se luz do
pensamento, da palavra, das obras, dos passos, mas com uma diversidade maravilhosa; o pensamento toma uma variedade de cores animadas pela luz, a palavra toma outra variedade de cores, a ação, o passo, outras variedades de cores, e conforme repete o pensamento, a palavra, a ação, o passo, animados pela luz da minha Vontade, assim se formam os matizes das cores divinas, e a beleza é que todas as cores estão animadas pela luz. Oh! Como é bonito ver a criatura animada pelo arco-íris de nossas cores divinas, é uma das cenas mais belas que ela nos apresenta, e nos faz gozar, olhamos e vemos que não são outra coisa que os reflexos de nossos pensamentos, de nossas ações, e assim do resto, que formou a variedade de nossas cores divinas, e a nossa Vontade que faz alarde de luz nos atos da criatura, que com seu doce encanto nos sequestra e nos faz espectadores de nossos atos, e oh! Como esperamos com todo amor a repetição destas cenas tão belas e deleitáveis”.

31-10
Outubro 9, 1932
Deus criou o homem num êxtase de amor. A Criação, enxoval do homem. O doce som da campainha, êxtase recíproco do Criador e da criatura. Prodígio da Conceição da Virgem.

(1) Meu abandono no Fiat continua, e quanto mais me abandono, mais sinto sua força que me fortalece, sua Vida que anima a minha, sua luz que me conforta, me ilumina e fazendo-se reveladora me revela Aquele em cujos braços estou toda abandonada, e com atração poderosa me faz girar em suas obras, ama e quer que sua pequena filha seja espectadora do que tem feito por amor das criaturas. Agora, enquanto girava, meu divino e soberano Jesus, detendo-me no ato da criação do homem me disse:

(2) “Minha filha, que doce lembrança a criação do homem, ele foi criado em um êxtase de nosso amor; foi tanto nosso amor, que ficamos arrebatados diante de nossa mesma obra que nos arrebatava a beleza com que o havíamos investido, nos arrebatava a santidade com que o havíamos enchido, nos arrebatava a forma, a harmonia com que o havíamos formado, suas prerrogativas, cada uma de suas qualidades era um êxtase de amor que sentíamos e que nos arrebatava a amá-lo; assim que nosso amor ficou abalado, subjugado, e pondo-nos em êxtase, fazia surgir em nós o amor constante e imperecível para com o homem, e neste êxtase de amor, arrebatados como estávamos, não nos ocupávamos de nada, não se punham limites, nos desafogávamos tanto em amá-lo e enriquecê-lo de todos os bens, que não lhe deixamos nenhum vazio, a fim de que seu amor fosse pleno para nós, e assim nos pudesse arrebatar para amá-lo continuamente; por isso a única lembrança de como foi criado o homem, repete-nos o nosso êxtase amoroso para com ele. Agora, quem gira em nossa Vontade, enquanto encontra nossas obras, que foram como preparativo para depois criar o homem, toca o sino para chamar a todas as criaturas a reconhecer este amor de Deus para o homem, e seu doce som chama nossa atenção, reaviva o nosso amor, e faz surgir em Nós o nosso êxtase de amor para com Ele. Êxtase significa inclinar-se totalmente sobre quem se ama, e quem vem em nossa Vontade, tem a força de fazer-nos sofrer nosso êxtase de amor a fim de que nos debruçássemos nela, e Nós colocamos com nossa potência a criatura em êxtase para nós, a fim de que nada lhe reste, e toda se derrame em nosso Ser Supremo. Acontece um virar recíproco, um no outro, por isso não há coisa que
gostemos mais, que ver a criatura naquela mesma Vontade na qual foi criado. Contemplar nossas obras, conhecê-las, sentir os batimentos de nosso amor que cada coisa criada possui, era o enxoval que preparávamos e dávamos ao homem ao criar tantas coisas e toda a Criação. Agora, quem recebe a vida do bem que as coisas criadas contêm? Quem faz uso deste enxoval tão esplêndido, e com direito; quem as conhece, e conhecendo-as encontra nosso amor palpitante, nossa Vontade constante, e as ama e ama nelas, aquele Ente Supremo que tanto a ama. Por isso seja atenta e constante no girar em nossas obras, a fim de que nos demos a mão no amor, nos coloquemos mutuamente em êxtase, e com proveito farás uso do grande enxoval que com tanto amor te deu teu Criador”.

(3) Depois, minha pequena mente se estendia nos atos feitos pela Divina Vontade, e passando de um ato ao outro, cheguei à Concepção da Virgem Santíssima. Oh Deus! os Céus ficam mudos ante este ato cumprido da Divina Vontade; os anjos parecem gagos, e por quanto dizem, parece que
não sabem dizer tudo sobre este prodígio tão grande. Ah! só Deus pode falar dele, porque é o autor do prodígio que operou nesta Concepção. E enquanto eu permanecia maravilhada, meu amável Jesus me surpreendeu me dizendo:

(4) “Minha filha, a Concepção da Virgem Imaculada foi um ato novo de nossa Vontade, novo no modo, novo no tempo, novo na graça; nela foi renovada toda a Criação. Em nossa Onividência e imensidão chamamos todas as criaturas, todos seus atos bons presentes, passados e futuros
como se fossem um só, a fim de que sobre todos e sobretudo fosse formada esta Concepção, para dar o direito a todos, e dar-lhes o direito não com as palavras, mas com os fatos sobre tudo.

Quando nossa vontade faz um ato que deve servir ao bem universal de todos, não faz a nenhum a um lado, e fazendo uso de sua Onipotência reúne tudo junto, criaturas e seus atos, fora do pecado, porque o mal não entra em nossos atos, e cumpre o ato que quer fazer. Olha, suas ações também
contribuíram, colocou sua parte, por isso com direito é sua filha, e a Virgem Rainha com direito é sua Mãe. Mas sabe por que temos este modo de trazer à luz esta Santa Criatura? Para renovar a toda a Criação, para amá-la com novo amor e para pôr ao seguro a todos e tudo sob as asas desta Criatura e Mãe Celestial. Nossas obras não as fazemos jamais isoladas, senão que partimos sempre de nosso ato único e sozinho, e enquanto é único une tudo e faz tudo como se fosse um só. É esta nossa Onipotência, nossa força criadora, em um só ato fazer tudo, encontrar tudo, e fazer bem a todos”.

32-10
Maio 14, 1933

Posto de amor que a alma tem em seu Criador, e posto que Deus tem na alma. A santidade é formada pelos graus do amor. Semente que Jesus lança; como primeiro faz os atos e depois as palavras.

(1) Sentia-me toda imersa no Fiat Supremo, e repetindo meu giro n’Ele, enquanto me unia a seus atos me sentia vir suas ondas de amor, que derramando-se sobre mim traziam-me o amor de meu Criador. Oh! como me sentia feliz ao sentir-me amada por Deus, creio que não haja felicidade maior, nem no Céu nem na terra, que a criatura ocupe um lugar no seio do Pai Celestial, o qual faz
surgir suas ondas de amor para amá-la. Mas enquanto me sentia abaixo destas ondas, meu doce Jesus visitando minha pequena alma, com toda bondade me disse:
(2) “Minha filha bendita, o girar em nossos atos que fizemos, tanto na Criação como na Redenção por amor das criaturas, faz surgir novo amor de dentro de nosso Ser Divino, e investe àquela que se une com nossos atos divinos; ela ao unir-se com nossas obras, prepara o lugar onde receber nossas ondas de amor, e conforme as recebe, também ela nos ama com novo amor, e forma suas ondas de amor a seu Criador, de modo que ela tem seu lugar de amor em nosso Ser Divino, e Nós temos nosso lugar na criatura. Tu deves saber que a verdadeira santidade vem formada pelos graus de amor com os quais sois amados por Deus, e deste amor se toma posse quando a criatura ama. Quando recebe o amor divino e ela ama, Deus se dispõe a amá-la de mais com novo amor; ser amada por Deus com novo amor, é o maior ato que Deus faz para a criatura, e toda a santidade, a glória, é constituída por quantas vezes foi amada por Deus, e por quantas vezes ela o amou. Porque tu deves saber que nosso Ente Supremo ama a todos e sempre em modo universal e geral, a isto acrescenta um amor especial e direto a quem amando-a nos dá seu amor; assim que se a criatura foi amada por Deus com amor especial uma vez, três, dez, cem, segundo o número, tantos graus de santidade adquire, e portanto de glória. Olha, o girar em minha Vontade, unir-te a seus atos, nos chama a amar-te com amor especial e novo, e Deus te chama a ti para fazer-te amar com teu amor novo e especial, e o próprio Deus será tua testemunha que dirá a todo o Céu e à terra: ‘É verdade, a tenho amado, mas me amou’. Posso dizer que meu amor chamava ao seu, e o seu chamava ao meu a nos amar, por isso quem vive em nossa Vontade põe ao seguro nosso amor, não temos a dor de que nos possa ser rechaçado, mas sim, o sinal de que o recebeu é que nos responde dando-nos seu amor”.

(3) Depois estava pensando na Divina Vontade, e milhares de pensamentos se acumulavam em minha mente, de dúvidas, de anseios, de certezas, de suspiros por querer a Divina Vontade como vida primária de minha vida, queria seu doce império dentro e fora de mim. Agora, enquanto fazia isso, meu sempre amável Jesus acrescentou:

(4) “Minha pequena filha de meu Querer, você deve saber que quando Eu manifesto um bem, uma verdade, é o sinal mais certo de que quero dar aquele bem, ou o dom de uma verdade minha como propriedade da criatura, se isto não fosse, Eu a iludiria, a enganaria, lhe faria perder o tempo em mil desejos inúteis, sem a posse do bem que lhe fiz conhecer. Eu não sei iludir ninguém, nem fazer coisas inúteis, mas primeiro decido dar o bem, e depois manifesto a natureza do dito bem, e enquanto o manifesto coloco a semente no fundo da alma, a fim de que ela comece a sentir o princípio da nova vida do bem que lhe fiz conhecer, e o contínuo de minhas manifestações que lhe faço conhecer, serve para fazer germinar a semente, a borrifar e regá-la para formar a vida inteira do dom que quero dar-lhe, e o sinal de que a alma aceitou e agradeceu a nova vida do dom que quero dar-lhe, é que Eu continuo manifestando as diversas qualidades, as belas prerrogativas, o valor imenso que possui meu dom, e depois de que estou seguro que já possui toda inteira a vida do dom que queria lhe dar, então lhe faço conhecer meus olhares, o trabalho que fiz nela, e o dom que já possui; minha sabedoria é infinita, minhas indústrias de amor são inumeráveis, primeiro faço os atos e depois as palavras que servem para ensinar à criatura como fazê-la receber, conservar e servir-se do bem que lhe dei e fiz conhecer. Dar um bem sem fazê-lo conhecer é como se se quisesse dar o alimento aos mortos, e Eu jamais tive o que fazer com os mortos, senão com os vivos; fazê-lo conhecer e não dá-lo seria uma burla, não seria modo de nossa natureza divina. Por isso, se tantas verdades te manifestei sobre minha Divina Vontade, é porque quero te dar o dom de sua Vida que age em ti, se isto não fosse, jamais te teria dito tanto, meu só dizer é mensageiro, portador e depositário do grande dom de minha Divina Vontade, não só a ti, mas ao mundo inteiro.

Por isso esteja atenta, a fim de que minha semente se polvilhe em ti até mudar-se em natureza, e então sentirás com os fatos o bem do reinar de minha Vontade em tua alma.
(5) Com efeito, não fiz assim com a minha Mãe Celestial? Primeiro a formei, a preparei, a encontrei a dotei, preparei o posto, estendi meu Céu no fundo de sua alma, a fiz conhecer tantas coisas, e conforme as fazia conhecer lhe fazia o dom delas, poderia dizer que Mãe e Filho primeiro fizemos os atos, e quando nada faltava a minha santidade, a minha decência divina, ao novo Céu que vinha habitar sobre a terra, então lhe manifestei o segredo, que já a tinha escolhido por minha Mãe, e assim que lhe manifestei o segredo, assim se sentiu Mãe de seu Criador. Veja então a necessidade de manifestar o que quero fazer com a criatura, a fim de que Deus e a criatura queiram a mesma coisa, tão é assim, que minha mesma encarnação não aconteceu primeiro, mas sim no mesmo ato em que soube que eu a amava pela minha Mãe e Ela aceitou sê-lo. Por isso é preciso grande atenção quando faço conhecer um bem que quero fazer à criatura, ela não sabe meus olhares onde vão terminar, Eu não faço conhecer tudo no princípio, mas sim vou pouco a pouco, manifestando e trabalhando para chegar ao ponto onde quero, e se não está atenta e não me segue, pode ser que fique a meio caminho, e Eu terei a dor de não poder dar meus dons e de
não poder cumprir meus desígnios”.

32-11
Maio 25, 1933

A Divina Vontade é milagre permanente. Quem vive n‟Ela é a portadora das obras divinas, e seus campos são a Criação e a Redenção.

(1) Estou sempre ao redor do Fiat Supremo, seu doce império, seus fortes atrativos, seu beijo de luz, com os quais faz o encontro a todos meus atos para colocá-los neles e fechar-se dentro para formar sua Vida, é o mais doce encanto a minha pequena alma, e entre a maravilha e o espanto exclamo: “Ó Vontade Divina, quanto me amas, até te baixar em meu pequeno ato para encerra
nele tua Vida constante!” Mas enquanto minha mente se perdia n’Ela, meu doce Jesus, que gozava também Ele o atrativo, os modos admiráveis de seu Querer, com toda ternura e bondade me disse:

(2) “Filha amadíssima de minha Vontade, meu Querer Divino é por Si mesmo um milagre contínuo;
descer na baixeza do ato da criatura para formar nele seu ato, sua Vida, é o maior dos milagres, que a ninguem é dado poder fazer; sua virtude investidora penetra em qualquer lugar, com seu beijo de luz arrebata o ato da criatura, o move, o transforma, o conforma, e com sua virtude miraculosa forma seu ato no ato da criatura, e sem destruir o da criatura, melhor se serve dele
como espaço para colocar seu ato, como vazio para formar sua Vida, tanto, que por fora se vê o ato humano, mas por dentro as maravilhas, a santidade, o grande milagre do ato divino. Portanto, quem faz minha Vontade e vive n’Ela, não tem necessidade de milagres, vive sob a chuva dos milagres de meu Querer, e possui em si mesma a fonte, o manancial que transforma a criatura na
virtude milagrosa da minha Divina Vontade, de modo que se vê nela milagre de paciência invicta, milagre de amor perene para com Deus, milagre de oração contínua e sem cansar-se jamais, e se se veem penas, são milagres de conquistas, de triunfos, de glória que encerra em suas penas.

Para quem vive na minha Vontade, Ela quer dar à alma o milagre do heroísmo divino, e nas penas põe o peso e o valor infinito, põe a marca, o selo das penas do teu Jesus.
(3) Tu deves saber filha minha, que é tanto nosso amor para com quem vive na Divina Vontade, que lhe fazemos dom de tudo o que fizemos na Criação e Redenção, e ela faz seu tudo o que é nosso, e como é seu e nosso, e como coisa conatural em seus atos, e busca a Divina Vontade, agora se encontra no céu, no sol, no mar, e assim por diante, sente em si toda a santidade de nossas obras, que são também suas, e sentindo-se fundida com Ela, compreende o que significa ter um céu sempre estendido, um sol que sempre dá luz, um mar que sempre murmura, um vento que com suas rajadas leva a todas as carícias de seu Criador, e ela se sente céu, estrelas, sol, mar, vento, e oh! como nos ama, e com a força arrebatadora de seu amor, que é amor nosso, vem depor tudo ante nosso trono divino, e oh! como nos sentimos arrebatados por suas notas e correntes de amor que nos faz, podemos dizer que se esta criatura a temos na terra, a temos para fazê-la ser a portadora de nossas obras, Nós as temos espalhada na Criação, e ela parece que nos recolhe para vir a nos dizer: ‘Quanto me amaram’. E quanto nos ama, mas é mais bela quando
passa ao reino de meus atos da Redenção, com quanto amor passa de um ato ao outro, como os beija, os abraça, os adora, agradece, os encerra em seu coração e com todo amor me diz: ‘Jesus, sua Vida terminou sobre a terra, ficaram suas obras, suas palavras, suas penas, agora cabe a mim continuar sua Vida, por isso tudo o que Você fez deve servir a minha vida, de outra maneira não posso formar de mim mesma outro Jesus, se não me dá tudo não posso nem formar, nem continuar sua Vida na terra’. E Eu com todo amor lhe digo: ‘Minha filha, tudo é teu, toma de Mim o que quiseres, é mais, quanto mais tomares mais estarei contente e mais te amarei’. Mas o mais belo desta feliz criatura, que enquanto quer tudo, toma tudo, sente que não pode conter o que recebeu, e vem ao seu Jesus e dá-me tudo, derrama-se tudo em Mim, também sua pequenez, seu pequeno querer, e oh! como estou contente, posso dizer que são trocas contínuas de vida que fazemos, Eu a ela, e ela a Mim. É tanta a força da união de quem vive em nossa Vontade, entre ela e Nós, que nem Nós a podemos pôr de lado em todas as nossas obras, nem ela se pode pôr; se isto pudesse ser, aconteceria como se se quisesse dividir a luz do sol em dois, o que é impossível, dividir a unidade de sua luz, e se alguém quisesse tentar dividi-la, ficaria ridicularizado, e a luz com a força de sua unidade se riria dele; ou bem como se se quisesse rasgar o céu, separar a força do vento, a unidade do ar, todas as coisas impossíveis, porque toda sua vida, a força que possuem está na unidade. Em tal condição se encontra quem vive em nossa Vontade, toda sua força, seu valor, o belo dela, sua santidade, está na força única e unidade com seu Criador. Por isso seja atenta, e sua vida seja em Nós, conosco e com nossas obras”.

32-12
Maio 28, 1933

Precipício, portas e inferno vivo do querer humano. Portas, escadas e paraíso vivo da Divina Vontade. Necessidade de seus conhecimentos, grandeza que adquire. A filha do grande Rei.

(1) Minha pobre mente muitas vezes se debate entre a infinita beleza, potência, valor e prerrogativas inumeráveis do eterno Querer, e entre os precipícios, fealdades e males do querer humano. Meu Deus, que contraste, se todos pudessem vê-lo estariam dispostos a perder a vida antes de fazer a própria vontade. E enquanto me sentia toda temerosa pelos graves males nos quais me podia precipitar minha vontade, meu amado Jesus me surpreendeu e disse:

(2) “Minha filha bendita, ânimo, é necessário que te faça conhecer até onde se pode chegar tendo por vida a minha Divina Vontade, e em que abismo se precipita quem se faz dominar pelo próprio querer, é mais, cada mal que te faço conhecer dele, é uma porta que te faço fechar à vontade humana e uma guarda que te dou, a fim de que se tu quisesses entrar de novo e descer no
precipício do querer humano, a guarda te impeça de passar e mantenha fechada a porta, e cada vez que te faço conhecer outros males do querer humano, não são outra coisa que defesas e guardas que acrescento, a fim de que não te deixem descer no fundo de seu abismo, porque tu deves saber que cada mal da vontade humana, não são outra coisa que tantas portas distintas que
ela possui para descer no reino dos males, dos vícios, dos terrores assustadores do inferno vivente, até tornar-se nauseante e insuportável a Deus e a si mesma, e Eu com fazer conhecer seus males, não faço outra coisa que amuralhar as portas e pôr nelas meu selo e dizer: ‘Esta porta não se abre mais’. Agora, assim como a vontade humana tem suas portas, suas escadas para descer no abismo dos males, não para subir, assim a minha Divina Vontade tem suas portas, suas escadas para subir a seus céus, a seus bens imensos, e forma o paraíso vivente de quem a possui; cada conhecimento dela é uma porta que se abre, é uma escada que se forma, é um caminho que se põe diante de ti, que tu deves percorrer para possuir com os fatos o que conheceste. Olha então o grande bem dos tantos conhecimentos que te manifestei, são tantas portas que te facilitam a entrada em seu reino, e em cada porta pus um anjo como guardião, a fim de que te dê a mão e te conduza segura nas regiões da Divina Vontade; cada conhecimento é um convite e uma força divina que te cede, e faz você sentir a necessidade extrema, a necessidade absoluta de viver da Vontade Divina. Ela, conforme se faz conhecer, te estende os braços para te tomar, e te conduz entre eles naquele mesmo conhecimento que te manifestou, o adapta à tua capacidade, modela tua alma a fim de que entre em ti como humor vital, como sangue, como ar, e produza em ti a vida, os bens que seu conhecimento possui, e tornando-se condutora, mais que uma mãe está de guarda para ver quando sua filha absorveu a última gota do bem que lhe fez conhecer, para lhe abrir seu seio de novo e derramar-se em sua filha, e lhe fazer conhecer outro valor, outros efeitos que contém a Vida de meu Querer, e repete seu trabalho porque quer ver nela o valor de sua Vida, os efeitos, a substância dos seus bens. Agora, os conhecimentos sobre minha Divina Vontade instruem o querer humano, e este adquire ciência e razão, pelo que entende que não só é justiça fazê-la reinar e dominar como vida primária em sua alma, senão é um bem sumo que recebe, honra e grande glória que este Querer Santo, com o domínio, chegue a dar-lhe o estado de realeza divina, porque se sente filha do grande Rei, assim que a realeza também é sua.

(3) Quando a criatura chegou a compreender tudo isto por caminhos de conhecimentos e de lições que lhe deu meu Querer Divino, tudo está feito, minha Vontade venceu o querer humano, e este venceu a Divina Vontade. Os conhecimentos sobre Ela são tão necessários, que servem para dissecar os humores ruins e os substituem com os humores santos, eles são como sóis que
lançam dardos ao querer humano e lhe comunicam sua vida, sua santidade, e o desejo ardente de possuir o bem que conhece. Por isso seja atenta a escutar suas lições, e corresponde a um bem tão grande.”

32-13
Junho 4, 1933

Quem vive na Divina Vontade recebe a força criadora da criação contínua. Acordo com a Divina Vontade.

(1) Meu abandono no Fiat continua, sou recém-nascida apenas e sinto a necessidade de estar em seus braços para beber a grandes goles o leite de suas verdades, para receber as ondas de sua luz, o doce refrigério de seu calor, sinto que também o Querer Divino quer ter-me em seus braços, estreitada a seu seio de luz para poder infundir-me o ato contínuo de sua Vida que age em mim,
porque vida significa ter atos que não cessam jamais, de outra maneira não se poderia chamar vida. Por isso, se eu não quisesse estar em seus braços para receber estes contínuos reflexos de sua Vida, ou não me quisesse ter, não poderia formar sua Vida em mim, e então a palavra vida se reduziria a palavras não na realidade, ou bem em uma pintura pintada. Meu Jesus, ah! não o
permita, e faça que se forme sua Vida real em minha alma. Mas enquanto procurava estar nos braços da Divina Vontade, meu soberano Jesus, visitando minha pequenez me disse:

(2) “Filha de meu coração, você tem razão de que sente a extrema necessidade de estar nos braços da Divina Vontade, porque estar em seus braços significa pôr-se a sua disposição e empenhá-la para formar sua Vida na criatura, e se não se põe em seus braços, coloca-se como a grande distância, e a vida não se forma de longe, mas de perto, mais bem fundida com a mesma
vida que se quer receber; nenhuma mãe concebe seu filho de longe, mas sim dentro de seu mesmo seio, nenhuma semente germina e forma sua planta se não se funde e se esconde sob a terra. Assim, dizer: ‘Quero formar a Vida da Divina Vontade em mim e não estar em seus braços, unida com Ela para viver de seu mesmo fôlego onipotente, é impossível’. Você deve saber que
nossa Entidade Suprema usa a mesma potência criadora que usou na Criação, e continua a usá-la nos atos que a criatura faz na Divina Vontade. Cada ato que faz nela sofre uma nova criação, e meu Fiat, em virtude de sua potência criadora, fica concebido no ato da criatura. Acontece um alternar contínuo, ela concede o ato, e minha Vontade Divina cria e se concebe em seu ato, e
enquanto se concebe forma sua Vida e a faz crescer com o alimento da sua luz e do seu amor. Os Céus ficam admirados, e é tanta a maravilha, que emudecem ante um ato só da criatura que dentro contém a força criadora da concepção do Fiat Divino; e assim como ela com o estar em seus braços se põe a nossa disposição, assim, com tê-la em nossos braços, nos colocamos à sua disposição, e nos dá sua doce garantia, para fazer o que Nós queremos, assim que sua vida, seus atos, são tantas garantias que nos dá, e Nós, tendo as suas garantias, sentimo-nos seguros de poder pôr fora a nossa Virtude criadora e agir como Deus no ato da criatura. Você deve saber que quando atua nossa Vontade, tanto em Nós mesmos, quanto no ato humano, não põe jamais a um
lado sua Virtude criadora, nem a pode pôr, porque a possui em natureza, por isso seu fazer é sempre criação, portanto quem vive em nossa Vontade recebe em seus atos seu ato criador, e oh! quantas maravilhas acontecem. Por isso seja atenta, reverente e agradecida, recebe em ti, em teus atos, esta Virtude criadora que quer fazer coisas grandes, não pequenas, e que são as únicas
dignas de nossa adorável Vontade”.

32-14
Junho 15, 1933

A intenção forma a vida da ação, forma o véu para esconder a ação divina. O ator escondido.

(1) Minha pobre mente está sempre ocupada pelo Fiat Divino, que não só quer fazer-se vida, mas também alimento, porque não basta a vida, pois sem ter com que saciar a fome, seria morrer de fome. Eis por que frequentemente me dá o alimento suculento e celestial de alguma outra verdade que diz respeito ao Querer Divino, a fim de que não só me alimente, mas que faça crescer sua Vida em mim, e oh! quantas vezes sinto a necessidade de que o bendito Jesus me diga alguma coisa que diz respeito a seu Querer, porque me sinto morrer de fome, e meu amável Jesus, porque Ele mesmo quer e me dá esta fome, ao visitar minha pequena alma me disse:

(2) “Minha filha, teu desejo de ser alimentada por minha palavra alimentadora fere-me o coração, e Eu, ferido, corro a ti para te dar meu alimento divino que só Eu posso te dar. Minha palavra é vida e forma em ti a Vida Divina, é luz e te ilumina e fica em ti a virtude iluminadora que te dá sempre luz, é fogo e te faz surgir o calor, é alimento e te alimenta.

(3) Agora, você deve saber que Eu não olho a ação externa da criatura, mas a intenção que forma a vida da ação, ela é como a alma da ação, ela se torna como o véu da intenção. Acontece como a alma ao corpo, que não é o corpo que pensa, que fala, palpita, age e caminha, mas a alma dá vida ao pensamento, à palavra, ao movimento, assim que o corpo é véu da alma, a cobre e se faz portador dela, mas a parte vital, a ação, o passo, é da alma. Tal é a intenção, verdadeira vida das ações. Agora, se você chama a minha Divina Vontade como vida de sua mente, como batida de seu coração, como ação de suas mãos e assim de todo o resto, você formará a vida da inteligência de minha Vontade em sua mente, a vida de suas ações em suas mãos, seu passo divino em seus
pés, de modo que tudo o que fizer servirá de véu à Vida Divina que com sua intenção formou no interior de seus atos, mas que coisa é esta intenção? É a tua vontade que fazendo um apelo à minha se esvazia de si mesma, e forma o vazio em seu ato para dar o posto à ação da minha vontade, e fazendo-se véu esconde nas ações, mesmo nas mais ordinárias e naturais, a ação extraordinária de um Deus, tanto que de fora se veem ações comuns, mas se o véu do querer humano for retirado, a Virtude que opera a ação divina se encontra cerrada, e isto forma a santidade da criatura, não a diversidade das ações, não as obras que fazem rumor, não, mas a vida comum, as ações necessárias da vida, das quais a criatura não pode prescindir, todas são véus que podem esconder nossa Vontade, e fazer-se campo onde Deus mesmo se abaixa para fazer-se autor oculto de suas ações divinas. E assim como o corpo vela a alma, assim a vontade vela a Deus, esconde-o e forma, através de suas ações ordinárias, a cadeia das ações
extraordinárias de Deus em sua alma. Por isso seja atenta, chama em tudo o que fazes à minha Vontade, e Ela não te negará jamais seu ato, para formar em ti, quanto a criatura é possível, a plenitude de sua santidade”.

32-15
Junho 25, 1933

Se reina a Divina Vontade, Deus busca a Si mesmo e se encontra na criatura; a criatura busca-se em Deus e se encontra em seu centro divino.

(1) Minha pobre e pequena inteligência a sentia cheia por tantos pensamentos a respeito da Divina Vontade, e pensava entre mim: “E por que Jesus tem tanto interesse, insiste, suspira, pede e quer que se peça que venha reinar sua Divina Vontade? É verdade que para a criatura será a maior aquisição, ter em seu poder um Querer imenso, uma potência que não se esgota jamais, um amor que sempre arde, uma luz que não se extingue jamais, uma santidade que dá no incrível e sempre cresce, se pode dizer que não lhe resta outra coisa que desejar, nem possuir, porque tudo o possui, mas para Deus, qual pode ser seu ganho, sua glória, sua honra?” Assim, enquanto isso e outras coisas pensava, meu soberano Jesus visitando minha pequena alma, com toda bondade me disse:

(2) “Minha filha, filha amadíssima de minha Vontade, a razão, a causa, a finalidade pela qual tanto suspiro que minha Divina Vontade tome seu posto, seu domínio e a faça soberano na criatura, é porque nosso Ente Supremo vai em busca de encontrar-se a Si mesmo na pequenez humana.

Pensa bem o que significa um Deus que vai em busca de Si mesmo, mas, onde? Talvez na extensão dos céus? Não. Na vastidão da luz que enche toda a terra? Não. Acaso na multiplicidade das águas do mar? Não. Senão no pequeno coração humano, queremos esconder nossa imensidão, nossa potência, nossa sabedoria e todo o nosso Ser Divino na criatura; esconder-nos nas coisas grandes não é uma grande coisa, mas nas pequenas desafogamos mais em amor, poder, etc., e como podemos tudo e fazer tudo, nos deleita mais e tomamos mais gosto em nos esconder na pequenez humana que nas coisas grandes, e se não encontramos nossa Vontade na criatura, não podemos nem buscar-nos nem encontrar-nos nela, nos faltaria o lugar onde colocar todos nossos atributos divinos, e se sentiriam impotentes para esconder nossa Vida Divina onde não está nossa Vontade. Olha então a razão pela qual queremos, suspiramos que a criatura suspire e rogue viver do Querer Divino, é porque andamos em busca de Nós mesmos nela, e queremos encontrar-nos como no nosso próprio centro. E te parece pouco o grande lucro que fazemos, a glória, a honra que recebemos, que o pequeno coração humano esconda nossa Vontade e a nossa própria Vida para nos dar duplicado amor, dupla potência, sabedoria, bondade, para pôr-se em concorrência com Conosco mesmos? Se isto não compreendes significa que ainda és cega nos caminhos intermináveis da minha Divina Vontade. Agora, se Nós com querer que nosso Fiat reine nas criaturas, buscamos e encontramos a Nós mesmos nela, a criatura com amá- la, busca-se a si mesma em Deus e n’Ele se encontra. Olha então que troca, que trabalho de ambas as partes, que estratagemas e engenhos amorosos, Deus que continuamente se busca na criatura, mas onde se encontra? No centro dela, assim que se procura, chama-se onde o seu mesmo amor o chama, onde a sua própria Vida reside; e a criatura imita o seu Deus, gira e volta a girar, busca-se e volta-se a procurar, chama-se e volta-se a chamar, mas onde se encontra? No centro do Divino. Isto mostra a troca de vida entre uma e outra, a mesma Vontade que domina a criatura e a Deus, o mesmo amor com o qual são animados, assim que não é maravilha que o que um faz o outro, e só nossa Vontade sabe fazer estes prodígios, sem Ela tudo é estéril, tudo é obstáculo por parte de Deus e por parte das criaturas, sentimos que somos prisioneiros de Nós mesmos, e ela se sente aprisionada por sua vontade humana, sem voo e toda obstruída em si mesma e sem Vida Divina. Agora, estando tudo isto, não é justo que não queiramos outra coisa senão que nossa Vontade domine e reine?”

Fevereiro 24, 1934

A criatura com sua vontade perde a cabeça, a razão divina, a ordem, o regime. Jesus é a cabeça da criatura.

(1) Enquanto continuava meu giro na Divina Vontade, seu doce império, sua força irresistível, seu amor e sua luz inextinguível se lançam sobre minha pequenez, a qual como raptada se encontra no mar da Divina Vontade, e oh! as doces surpresas, seus modos sempre novos, sua beleza arrebatadora, sua imensidão que leva como em seu colo a todos e a tudo; mas o que mais impressiona é seu amor pela criatura, parece que é toda olhos para olhá-la, toda coração para amá-la, toda mãos e pés para levá-la estreitada a seu seio e para dar-lhe o passo. Oh! como suspira o dar sua Vida à criatura a fim de que possa viver da sua, parece que é um delírio que tem, um empenho que tomou, uma vitória que a qualquer custo quer obter, que sua Vida forme a vida da criatura. Então minha mente se perdia no meio deste espetáculo de amor da Divina Vontade, e meu doce Jesus todo ternura me disse:

(2) “Minha filha, o homem com sua vontade perdeu a cabeça, a razão divina, o regime, a ordem de seu Criador, e como perdeu a cabeça, todos os membros queriam fazer de cabeça, mas não sendo ofício dos membros ter virtude e habilidade de fazer de cabeça, não souberam ter o regime, nem a ordem entre eles, e um membro se voltou contra o outro e se dividiram entre eles, assim que ficaram como membros separados, porque não possuíam a unidade da cabeça. Mas nosso Ente Supremo amava ao homem, e vendo-o sem cabeça, nos dava pena e era a maior das desonras a nossa obra criadora, não podíamos tolerar um rasgo tão grande naquele que tanto amávamos. Por isso nossa Vontade Divina nos dominou, e nosso amor nos venceu, e fazendo-me descer do Céu à terra me constituiu cabeça do homem e reuni todos os membros espalhados sob minha cabeça, e os membros adquiriram o regime, a ordem, a união e a nobreza da cabeça. Então, a minha Encarnação, tudo o que fiz e sofri, e a minha própria morte, não foi outra coisa que caminho que fiz para procurar estes membros espalhados, e fazer fluir da virtude da minha cabeça divina, a vida, o calor e a ressurreição dos membros mortos, para formar de todas as humanas gerações um só corpo sob minha cabeça divina; quanto me custou, mas meu amor me fez superar tudo, enfrentar todas as penas e triunfar sobre tudo. Agora minha filha, olha então o que significa não fazer minha Vontade, perder a cabeça, dividir-se de meu corpo, e como membros separados, a duras penas e a caminhar aqui abaixo como tantos monstros, de dar piedade. Todo o bem da criatura está
concentrado em minha Vontade Divina e forma nossa glória e a das humanas gerações; eis por que nosso delírio, nosso empenho, e queremos vencer por meio de amor e de sacrifícios inauditos, para que a criatura viva em nossa Vontade. Por isso seja atenta e contente a seu Jesus”.

34-10
Maio 31, 1936

A Divina Vontade encerra todos os atos da Vida de Jesus como em ato de repeti-los sempre por amor das criaturas. A Vida de Jesus simboliza a chamada do reino da Divina Vontade sobre a terra.

(1) Minha pobre inteligência seguia a Vida de meu doce Jesus na Divina Vontade, na qual o encontrava em ato de continuar sua Vida quando estava sobre a terra, e oh! quantas maravilhas, quantas surpresas de amor jamais pensadas. Assim, o Fiat Divino encerra todos os atos da Vida de Jesus como em ato de repeti-los sempre por amor das criaturas, para dar a cada uma sua Vida
inteira, suas dores, seu amor ardente. Então meu doce Jesus, todo bondade me disse:

(2) “Minha pequena filha do meu Querer, meu Amor quer desabafar, sente a necessidade de fazer conhecer a quem quer viver da minha Vontade, o que Eu fiz e faço para que volte a reinar e dominar no meio das criaturas; tu deves saber que toda minha Vida não foi outra coisa que o chamado contínuo de minha Vontade em meio a elas, e o chamado das criaturas em meu Fiat Supremo, tanto, que quando me concebi simbolizava o chamado, o retorno para fazê-la conceber nas criaturas que com tanta crueldade a haviam posto fora de suas almas, e as chamava a elas a conceber-se n’Ela. Assim que nasci, chamava a renascer meu Querer em todas as obras humanas; em todas as minhas lágrimas infantis, gemidos, orações e suspiros, chamava com minhas lágrimas
e suspiros a minha Vontade nas lágrimas, dores e suspiros das criaturas, para que nada fizessem em que não sentissem a força, o império da minha Vontade reinante nelas, que, tendo piedade das minhas lágrimas e das suas lágrimas, lhes teriam dado a graça do retorno do seu reino. Também meu exílio simbolizava como as criaturas haviam se exilado de meu Querer, e Eu quis ser exilado para chamar a minha Vontade em meio aos pobres exilados, a fim de que os chamasse e convertesse o exílio em pátria, onde não mais seriam tiranizados pelos inimigos, por pessoas estrangeiras, por vis paixões, senão que estariam com a plenitude dos bens de minha Vontade.

E meu retorno a Nazaré simboliza muito bem minha Divina Vontade, Eu vivia n’Ela escondido, seu reinado estava em pleno vigor na sagrada família, Eu era o Verbo, a Vontade Divina em pessoa velada por minha Humanidade, aquela mesma Vontade que reinava em Mim se difundia a todos, os abraçava, era movimento e vida de cada um, Eu sentia em Mim o movimento e a vida de cada um, da qual meu Fiat era o ator; que pena, que dor não ser reconhecido, nem receber um obrigado, um te amo, um ato de reconhecimento, nem do mundo inteiro, nem do próprio Nazaré, porque não só a minha Vontade, mas também a minha Santa Humanidade vivia no meio deles, a qual não cessava de dar luz a quem pudesse ver-me e aproximar-se de Mim para me fazer conhecer, mas que na minha dor ficava sempre o Deus escondido. Tal é a sorte do meu Querer Divino, o homem foi criado com a força criadora do Fiat, nasceu, foi unido, embebido n’Ele, fornece-lhe o movimento contínuo, o calor, a vida, terminará sua vida no Fiat, no entanto, quem o conhece? Quem é grato por este ato divino contínuo, sem jamais cansar-se, que com tanto amor envolve a vida da criatura para lhe dar vida? Quase nenhuma minha filha; fazer o bem, ser causa primária de conservação e
dar vida perene à criatura, manter a ordem de todas as coisas criadas em torno dela e só para ela, e não ser reconhecido, é a dor das dores, e a paciência da minha Vontade chega ao incrível, mas sabes tu o por que desta paciência tão invencível e constante? Porque sabe que virá seu reino, será reconhecida sua Vida palpitante entre as criaturas, e em vista da grande glória que receberá
ao ser conhecida que é vida de cada vida, e enquanto é vida receberá cada vida para reinar nela, não estará mais escondida senão revelada e reconhecida; em vista disto suporta tanto desconhecimento, e só uma paciência divina poderia suportar a prolixidade de tantos séculos de tanta ingratidão humana.

 

De Nazaré passei ao deserto onde havia máxima solidão, a maior parte habitada por animais ferozes que ensombravam o deserto com seus rugidos que me rodeavam, símbolo de minha Divina Vontade, que quando não é conhecida se forma o deserto em torno da criatura e uma solidão que dá horror e espanto, torna-se árido o bem e a alma se sente circundada mais que por animais ferozes, isto é, por suas paixões brutais que mandam rugidos de raiva, de bestial fúria, de crueldade, de todos tipos de males. Minha Santa Humanidade ia passo a passo buscando e encontrando todas as dores que tinha sofrido minha Divina Vontade para repará-la e chamá-la de novo a reinar de novo no meio das criaturas, posso dizer que cada pulsar, respiro, palavra, passo e dores meus, era o chamado contínuo a minha Vontade a fazer-se conhecer pelas criaturas para fazê-la reinar, e chamava-as a elas n’Ela para lhes fazer conhecer o grande bem, a santidade, a felicidade de viver no Fiat. Do deserto passei à vida pública, na qual poucos acreditaram que Eu era o Messias, especialmente dos doutos quase nenhum, e Eu quis usar minha Potência semeando milagres para formar o povo, a fim de que se não acreditassem em minhas palavras acreditassem na potência dos meus milagres, eram as minhas indústrias divinas e amorosas que a qualquer preço queria fazer-me saber que era o seu Salvador, porque se não me conheciam não podiam receber o bem da Redenção, por isso era necessário fazer-me conhecer para fazer que minha vinda sobre a terra não fosse inútil para eles. Oh! como minha vida pública simboliza o triunfo do reino de meu Fiat em meio às criaturas, que com verdades surpreendentes o farei conhecer, e para consegui-lo farei milagres e prodígios, com a Potência de meu Querer chamarei a vida os mortos à graça, repetirei o milagre da ressurreição de Lázaro, que embora estejam podres no mal, que se tornaram cadáveres pestilentos como Lázaro, meu Fiat os chamará à vida, fará cessar a peste do pecado, os fará ressurgir no bem, em suma, usarei todas as minhas indústrias divinas para fazer dominar meu Querer no meio das pessoas.

Vê então, em cada palavra minha que dizia e em cada milagre que fazia, chamava a minha Vontade a reinar no meio a elas, e chamava as pessoas a viver n’Ela. Da vida pública passei à paixão, símbolo da Paixão da Minha Vontade que por tantos séculos havia sofrido tantas vontades rebeldes das criaturas, que com não querer submeter-se a Ela haviam fechado o Céu, rompido as comunicações com seu Criador, e tinham-se tornado escravos infelizes do inimigo infernal. Minha humanidade dilacerada, perseguida até a morte, crucificada, representava a humanidade infeliz sem meu Querer ante a Divina Justiça, e em cada pena chamava a meu Fiat a dar-se o beijo de paz com as criaturas para fazê-las felizes, e as chamava a elas n’Ele para fazer cessar a Paixão dolorosa a minha Vontade. Finalmente a morte, que amadureceu a minha Ressurreição, que chamava a todas a ressurgir no meu Fiat Divino, e oh! como simboliza ao vivo a minha Ressurreição o reino da minha Vontade, a minha humanidade podre, deformada, irreconhecível, ressurgia sadia, de uma beleza encantadora, gloriosa e triunfante. Ela preparava o triunfo, a glória a minha Vontade, chamando a todos n’Ela e buscando que todos ressurgissem em meu Querer, de mortos vivos, de feios belos, de infelizes felizes. Minha Humanidade ressuscitada assegura o reino à minha Vontade sobre a terra, foi meu único ato cheio de triunfo e de vitória, e isto me convinha porque não queria partir para o Céu se primeiro não desse todas as ajudas às criaturas para fazê-las entrar no reino de meu Querer, e toda a glória, a honra, o triunfo de meu Fiat Supremo para fazê-lo dominar e reinar. Por isso junta-te Comigo e faz que não haja ato que faças, e pena que sofras, que não chames a minha Vontade a tomar seu posto real e dominante, e como vencedora conquiste a todos para fazer-se conhecer, amar e querer por todos”.

35-10
Outubro 3, 1937

Prodígios da Criação. Doses de poder e de santidade que Deus punha fora por amor do homem. Os atos feitos no Fiat serão sempre novos, mas distintos e belos um mais que o outro. Estes atos encerrarão tudo e formarão os mares, as obras, os passos falantes de seu Criador.

(1) Estava fazendo meu giro na Criação para encontrar todos os atos do Querer Divino para fazê-los meus, abraçá-los, adorá-los e pôr neles meu pequeno te amo como reconhecimento de quanto me amou e operou por mim e por todos, e, oh, quantas surpresas, quantas coisas novas se compreendem, quantos segredos divinos contêm as coisas criadas de seu Criador! E meu sempre amável Jesus visitando minha pequena alma, vendo-me surpreendida me disse:

(2) “Minha filha, nossas obras são sempre novas e harmonizam com seu Criador, há tal harmonia entre elas e Nós, que sempre sabem dizer coisas novas d’Aquele que as criou, muito mais, pois sendo inseparáveis de Nós recebem o novo contato de nosso Ser Divino, por isso você ao seguir os atos de meu Querer Divino encontra sempre novas surpresas e compreende coisas novas que
nossas obras possuem. Agora, você deve saber que quando tiramos a Criação de dentro do seio de nossa Divindade, porque „ab eterno’ (eternamente) estava dentro de Nós, ao tirá-la fora nosso Fiat, dentro de um mar de amor púnhamos fora tudo o que a criatura devia fazer, assim que tudo saiu de Nós, tornamo-nos fornecedores de tudo o que ela devia fazer, por isso toda a Criação está cheia de todas as obras que se devem fazer, até o último dos homens, e se bem invisíveis aos olhos humanos, mas visíveis e palpitantes para Nós em nossa Vontade, o que forma uma criação mais bela que a própria Criação, pelo que é tanto o nosso amor, que enquanto ocupa toda a atmosfera, ao mesmo tempo a levamos em nosso seio divino, e conforme tiramos à luz do dia as
criaturas, assim começamos a fornecê-las com nossas mãos criadoras das obras que devem fazer; no início de cada ato que a criatura deve fazer colocamos como fundamento a Vida de nosso Fiat, e por alimento do ato nosso amor, porque Nós não fazemos nada, nem damos nada, se não tem por princípio nosso Querer e por alimento o sustento do nosso amor; não seriam obras dignas de nossa Majestade Suprema o prover obras que não deem Vida nossa e que não possuam nosso alimento, qual é o amor. Toda a Criação era um parto, com todos os atos que deviam fazer as gerações humanas, que „ab eterno’ tínhamos em nosso Seio Divino, e que não podendo contê-lo mais, porque nosso amor sentia a necessidade de colocá-lo fora pois queria desabafar, e como quando fazemos um ato fazemos um ato completo, por isso pondo fora à Criação tirávamos junto tudo o que devia fazer a criatura. Nosso Fiat Divino prendendo tudo em Si mesmo, Criação e atos humanos, punha-se à expectativa de tirar a criatura à luz do dia para fornecer-lhe os atos que a ela pertenciam.

Não é isto um amor exuberante que somente um Deus podia ter: Ordenar, formar os atos e depois tirar a luz à qual deviam servir estes atos como formação de santidade, de amor, de glória, para si e d‟Aquele que a criou? Mas isto não é tudo, nosso amor não se detém jamais, conforme tirou este nosso parto, colocávamos fora de Nós uma dose de nossa potência para sustentar à criatura e a seus atos, armando-a e cortejando-a de potência divina, assim que tem nossa potência que a sustenta; também colocamos fora uma dose de nossa sabedoria, com a qual devia estar animada sua inteligência e todos seus atos, por isso se na criatura se veem novas ciências, novas invenções, descobertas que chegam ao incrível, é por nossa sabedoria que a investe; também púnhamos fora uma dose de amor, de santidade, de bondade e de todos os nossos atributos para lhe fornecer o amor, a santidade, a bondade e assim por diante. A criatura não existia ainda, e Nós já estávamos ocupados nela; olhávamos com complacência em nossa potência, sabedoria, amor, santidade e bondade, colocávamos à sua disposição para torná-la o mais bela que podíamos, e poder dizer-lhe: „Nos assemelha em tudo, não podíamos fazer-te mais bonita‟. Este pôr fora nossas qualidades divinas e todos seus atos que devia fazer, antes de que o homem viesse à luz do tempo, foi para Nós um amor tão intenso que chega ao incrível, e íamos dizendo em nosso delírio de amor: „Oh homem, quanto te amo! Te amo em meu poder, te amo em minha sabedoria, em meu amor, em minha santidade, te amo em minha bondade, nos mesmos atos que farás, te amo tanto que os ponho todos à espera de ti; meu Querer Divino ao qual tudo confiamos, nossos dotes divinos e seus mesmos atos que serão já seus, está em ato de dá-los como desabafo de seu amor por você’.

(3) Agora, você deve saber que nosso Ser Supremo possui, como em sua natureza, um ato sempre novo, pelo qual estes atos estabelecidos para cada uma das criaturas serão novos e distintos um do outro, distintos na santidade, sempre novos na beleza, um mais belo que o outro, novos no amor, na potência, novos na bondade, são atos formados e alimentados por Nós, por isso possuem todas as nossas características, todos belos, variados na santidade, no amor, na beleza, mas um não é como o outro, serão eles a nossa ordem, o tipo das variadas belezas nossas, a fecundidade do nosso amor, a harmonia de nossa sabedoria, como se vê na Criação, em que todas nossas obras, todas, são belas, mas o céu não é sol, o vento não é mar, as flores não são frutos, mas por quanto diferentes sejam entre elas, todas são belas, é mais, formam a harmonia das diversas belezas, verdadeira imagem dos atos e das mesmas criaturas. Você deve saber que estes atos em minha Vontade Divina formam um exército de novas belezas, de novo amor e santidade, que Nós só em olhá-los nos sentimos arrebatados, e esperamos com ânsia que venham as criaturas que
possuindo nosso Querer serão providas com elas, e as possuirão. Vê então como é certo que deve vir seu reino à terra, pois já estão os atos, e então sairão de sua prisão de dentro de meu Querer como nobre exército que se farão possuir pelas criaturas. Minha filha, de dentro de meu Fiat saiu a Criação, e todos e tudo em meu Querer deve me retornar como obra digna de nossa potência, então seremos plenamente glorificados quando nos reconhecermos a Nós mesmos na criatura e em seus atos. Tudo podemos dar e ela tudo pode receber, desde que reine nosso Querer Divino nela, ao contrário, se Ele não reina se forma um abismo de distância entre ela e Nós, e nada podemos dar-lhe. Mas não é tudo ainda minha filha, pois como é firme decisão dar o reino de nosso Querer às criaturas, queremos que conheça os bens que há n‟Ele, e até onde podem chegar seus atos feitos em nosso Querer Divino, porque se não conhecem seus bens teremos filhos cegos, surdos, mudos, que não sabem falar de seu Criador, e não conhecendo-os, nem sequer amarão e apreciarão os mesmos bens que possuem; em nosso Querer todos têm vista clara, ouvido fino e palavra animada pela força criadora, portanto terão um discurso que terá sempre que dizer, e todos ficarão estupefatos, e os mesmos Céus, contentes, se abaixarão a escutá-los.

Os filhos da minha Vontade serão a alegria de todos e os verdadeiros narradores do seu Criador, só então encontraremos quem saiba falar de Nós, porque não falarão eles, senão a nossa própria Vontade será a que falará neles, que é a única que pode e sabe falar do nosso Ente Supremo, por isso continua me escutando. Quando a criatura possuir nosso Querer, todos seus atos, pequenos e grandes, humanos e espirituais, serão animados por minha Vontade, e assim, animados por Ela se elevarão entre o Céu e a terra, investirão e entrelaçarão juntos o céu, o sol, as estrelas, toda a Criação; se elevarão mais alto e investirão todos os atos da Rainha do Céu, fundindo-se com eles, terão o poder d e investir os atos de nossa Divindade, nossas alegrias e bem-aventuranças, as de todos os santos; e quando tudo tiverem encerrado en seus atos, sem que nada fique fora deles, vitoriosos se apresentarão ante nossa Majestade Divina e nos oferecerão como atos completos aos que nada falta, e oh, qual será nossa alegria, nossa glória, ao encontrar nestes atos ao céu, ao sol, todos os atos da Rainha do Céu, o amor com que Ela nos amou, a todos os nossos atos, nossas alegrias, nosso amor que jamais cessa! Estes atos feitos em nosso Querer Divino nos duplicam a glória da Criação; duplicam a glória, o amor que nos deu a Soberana Rainha; duplicam a nossa glória e a de todos os santos; basta dizer que a nossa Vontade entrou por meio para dizer tudo e que encerra tudo. Ela, onde entra, sabe fazer furor de amor, de glória e de concentração de tudo, porque tudo é seu, e por isso tem direito sobre tudo. Agora, as maravilhas que formam na alma estes atos feitos em nosso Querer, são indizíveis, nosso Fiat Divino serve-se deles para formar por seu meio mares de amor, mas não mares que murmuram, mas mares que falam, e falam com tal eloquência de nosso amor, que nos agrada tanto que queremos estar sempre escutando-os, suas vozes são feridas que nos manda, suas palavras são dardos, têm o que dizer sobre a história de nosso amor, e como nos agrada tanto estamos sempre atentos para escutá-la, porque nada queremos perder do que concerne ao nosso amor. Como é bonito ouvir que a criatura tem nosso mar de amor falante, que fala sempre de nosso amor. Portanto, a minha Vontade, sendo possuidora de quem n‟Ela vive, faz de todas as formas, forma as obras que falam das nossas obras, os passos que falam dos nossos caminhos, em suma, como a nossa Vontade é palavra, onde Ela reina dá a palavra a tudo o que a criatura faz e forma desses atos um prodígio divino. Por isso não há coisa maior, mais santa, mais bela e que mais nos glorifica, que o viver em nossa Vontade, nem há bem maior que possamos dar às criaturas que este. Por isso seja atenta e siga-me se não quer deter minha fala”.

36-10
Maio 19, 1938

A Divina Vontade forma a paralisia a todos os males, e o querer humano paralisa os bens. Amar é possuir. Como Deus se formou na criatura, e a criatura em Deus. Medos sobre os escritos.

(1) Estou sempre no mar do Querer Divino, o qual parece como se me quisesse pôr em guarda para estar atenta a não fazer entrar em mim o pobre e inquieto querer humano. Eu fiquei pensativa acerca disto, e meu doce Jesus visitando minha pequena alma me disse:
(2) “Minha filha bendita, te dê coragem, não temas, a virtude, a potência de minha Vontade é tanta, que assim que se entra n’Ela para viver ficam paralisados todos os males, paralisadas as paixões, os passos e as obras más, a vontade humana sofre tal derrota de sentir-se morta, mas sem morrer, e no entanto compreende com grande satisfação sua, que enquanto se sente paralisar o mal, sente ressurgir a vida do bem, a luz que jamais se apaga, a força que jamais diminui, o amor que sempre ama; surge nela o heroísmo do sacrifício, a paciência invicta; posso dizer que a minha Vontade põe o ‘basta’ aos males da criatura, porque não há princípio e vida de bem senão na minha Vontade.
Agora, se meu Fiat tem o poder de paralisar os males, o querer humano quando domina sozinho na criatura, faz com que todo bem fique paralisado. Pobre bem sob a paralisia do querer humano, quer caminhar e apenas se arrasta, quer agir e se sente cair os braços, quer pensar o bem e se sente entontecido e como tolo; assim, a vontade humana sem mim é o princípio de todos os males
e a ruína total da pobre criatura”.
(3) Depois, o meu amado Jesus acrescentou com um sotaque comovente:
(4) “Minha filha, quem me quiser possuir deve amar-me. Amar e possuir é o mesmo; conforme tu me amas, assim fico formado em tua alma, e quando voltas a me amar cresço, porque só o amor me faz crescer, e conforme repetes teu amor assim me faço conhecer para fazer-me amar demais; assim conforme tu me amas, assim Eu te faço sentir quanto te amo. Agora, conforme tu me amas, Eu te amo e te possuo, e conforme nos alternamos no amar-nos, assim fica formada em Mim, cresces, te alimento com meu amor, te formo na Vida de meu Querer, te inundo com meus mares de amor para te fazer sentir quanto te amo, com quanta ternura te faço crescer em meu coração, como te tenho zelosamente custodiada, e te faço sentir tudo isto a fim de que tu me ames demais e uses Comigo aquela mesma ternura que uso Eu contigo, para ter-me custodiado e com um zelo de amor, pelo qual tu és toda olhos, toda atenção para me dar a tua vida a cada instante para me amar, para me tornar feliz e contente na tua alma, como Eu te faço contente e feliz no meu coração. O amor quer reciprocidade; se ama e não é amado sente a infelicidade, a amargura por
quem o deveria amar e não o ama. Por isso ama-me sempre, e se queres amar-me de verdade, ama-me no meu Querer, no qual encontrarás o amor que não cessa jamais, e me formarás cadeias tão grandes de amor, de chegar a aprisionar-me, de tal modo que não saberei me desaprisionar do teu amor”.

(5) Depois disto pensava no grande sacrifício de escrever, nas minhas repugnâncias, nas lutas que sofri para escrever, que só o pensamento de poder desagradar ao meu amado Jesus me fez fazer o sacrifício de obedecer a quem me ordenava fazê-lo, porém dizia em mim: “Quem sabe onde irão terminar estes escritos, em que mãos poderão estar? Quem sabe quantos enganos, quantas
oposições farão, quantas dúvidas? E me sentia inquieta, minha mente era aflita por tal apreensão que me sentia morrer, e meu doce Jesus para tranquilizar-me voltou dizendo:

(6) “Minha filha, não te perturbes, estes escritos são meus, não teus, e não importa em que mãos possam estar, ninguém poderá tocá-los para danificá-los, eu saberei guardá-los e defender, porque me pertencem, e qualquer que os tome com boa e reta vontade, encontrará neles uma cadeia de luz e de amor, com as quais amo as criaturas. Estes escritos posso chamá-los de desabafo do meu amor, loucuras, delírios, excessos do meu amor, com o qual quero vencer a criatura, para que regresse em meus braços para lhe fazer sentir quanto a amo. E para lhe fazer conhecer principalmente quanto a amo, quero chegar ao excesso de lhe dar o grande dom de minha Vontade como vida, porque só com Ela o homem poderá pôr-se seguro e sentir as chamas de meu amor, minhas ânsias de quanto a amo. Assim que quem ler estes escritos com a intenção de encontrar a verdade, sentirá minhas chamas e se sentirá transformado em amor e me amará demais; quem os ler para encontrar enganos e dúvidas, sua inteligência ficará cega e confundida por minha luz e por meu amor.

(7) Minha filha, o bem, minhas verdades, produzem dois efeitos, um contrário ao outro: ‘Para os dispostos são luz para formar o olho em sua inteligência, e vida para dar a vida de santidade que as minhas verdades encerram; aos indispostos, cega-os e priva-os do bem que as minhas verdades encerram”.

(8) Depois acrescentou: “Minha filha, dá-te coragem, não queiras perturbar-te, o que fez teu Jesus era necessário ao meu amor e à importância do que te devia manifestar acerca da minha Divina Vontade., posso dizer que devia servir a minha própria Vida e para fazer-me cumprir a obra da  Criação, por isso era necessário que no início deste teu estado usasse contigo tantas estratagemas de amor, que tivesse tido tantas intimidades contigo que chega a parecer incrível o como cheguei a tanto, e também por que te fiz sofrer tanto para ver se tu te sujeitavas a tudo, e depois te afogava com minhas graças, com meu amor, e te submetia novamente às penas para estar seguro de que não me terias negado nada, e isto para vencer a tua vontade. Oh! Se eu não tivesse te mostrado o quanto eu te amo, se eu não tivesse dado generosamente tantas graças, você acredita que teria sido fácil te submeter a este estado de tristeza, e por tanto tempo? Era meu amor, minhas verdades, que te tinham e te têm ainda como magnetizada em Quem tanto te ama. Tudo o que fiz no início deste teu estado era necessário, porque devia servir como fundo, como decência, decoro, preparação, santidade e disposição às grandes verdades que te devia manifestar sobre minha Divina Vontade. Por isso, dos escritos terei mais interesse Eu que você, porque são meus, e uma só verdade sobre meu Fiat me custa tanto, que supera o valor de toda a Criação, porque a Criação é obra minha, em troca minha verdade é Vida minha, e Vida que quero dar às criaturas, e podes compreendê-lo pelo que sofreste e pelas graças que te fiz para chegar a manifestar-te minhas
Verdades sobre meu Santo Querer. Por isso te tranquilize e nos amemos minha filha, não rompamos nosso amor, porque nos custa muito aos dois, você ao ter sua vida sacrificada à minha disposição, e Eu ao sacrificar-me por ti”.

(9) Mas com todo o falar de Jesus não me sentia plenamente tranquila. Enquanto me falava, restabeleceu a paz, mas depois, pensando novamente no que me aconteceu nestes dias, que não é necessário dizê-lo aqui, voltei a me perturbar. Então, por cerca de dois dias, meu doce Jesus fez silêncio, por isso me sentia sem forças e com uma debilidade extrema; e meu amado Jesus tendo
compaixão de mim, todo bondade me disse:

(10) “Pobre filha minha, estás em jejum, por isso te sentes sem forças, são dois dias já que não tomas alimento, porque não estando tu em paz, Eu não podia dar-te o alimento de minhas verdades, porque elas, enquanto alimentam a alma comunicam também a força ao corpo, e tu, estando perturbada, não me terias entendido nem estarias disposta a tomar um alimento tão
requintado, porque tu deves saber que a paz é a porta por onde entram as verdades, e é o primeiro beijo e convite que lhes fazem as criaturas para escutá-las e para fazê-las falar, por isso, se queres que te dê muita comida, volta para o teu estado de paz. Aliás, nestes dias em que tu estavas perturbada, o Céu, os anjos, os santos, estavam como trêmulos sobre ti, porque sentiam sair de ti
um ar insalubre que a eles não pertencia, por isso todos rezaram para que te devolvesse a perfeita paz.

(11) A paz é o sorriso do Céu, a fonte de onde brotam as alegrias celestes. E além disso, teu Jesus, por quantas ofensas me possam fazer, jamais está perturbado, posso dizer que meu trono é a paz; assim te quero, toda pacífica. Minha filha, também no modo devemos adaptar-nos, semear, pacífico Eu, pacífica tu, de outra maneira o reino da minha Vontade não poderá estabelecer-se em
ti, porque Ela é reino de paz”.

 

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