Estudo 58 Livro do Céu Vol. 21 ao 30 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 58 Livro do Céu Vol. 21 ao 30 – Escola da Divina Vontade
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21-11
Março 31, 1927

Como a alma que vive no Querer Divino é seu triunfo. Ameaças de guerras. União de todas as raças.

(1) Sentia-me toda submersa e abandonada no Querer Divino e enquanto seguia meus atos nele, meu doce Jesus movendo-se em meu interior me disse:
(2) “Minha filha, a alma que vive em minha Vontade Divina é o triunfo dela, enquanto a alma faz seus atos em minha Vontade, faz sair dela sua virtude bilocadora, que sobrevoando em toda a Criação distende sua Vida Divina. Assim que a alma que vive em minha Vontade me dá a ocasião de situar minha Vida por quantos atos faz nela, e por isso não só é o triunfo de meu Querer, senão que recebe mais honra desta alma que trabalha nele do que de toda a Criação, porque em cada coisa criada, pôs Deus ao criá-las, onde a sombra de sua luz, onde as notas de seu amor, em alguma outra a imagem de sua potência, em outras as flores de sua beleza, assim que cada coisa criada tem uma coisa que pertence a seu Criador. Em vez disso, na alma que vive no Fiat Divino põe-se todo Si mesmo, concentra todo o seu Ser e situando nela preenche toda a Criação com os atos que a alma faz em sua Vontade para receber dela amor, glória, adoração por cada coisa que saiu de nossas mãos criadoras. Por isso quem vive nela se põe em relação com todas as coisas criadas, e tomando a peito a honra de seu Criador, nessas mesmas relações que recebe, por cada coisa criada, desde a menor à maior, envia a correspondência das relações de tudo o que fez seu Criador, e por isso todas as comunicações estão abertas entre  a alma e Deus, a criatura entra na ordem divina e goza a perfeita harmonia com o Ser Supremo, e é por isso o verdadeiro triunfo de minha Vontade, em vez disso, quem não vive nela vive com a vontade humana, e por isso todas as comunicações estão fechadas com o Ser Supremo, tudo é desordem e desarmonia, suas relações são com suas paixões e nas paixões gera seus atos, nada lhe interessam as notícias de seu Criador, se arrasta pela terra mais que serpente e vive na desordem das coisas humanas, por isso a alma que vive com seu querer humano é a desonra do meu e a derrota do Fiat Divino na obra da
Criação. Que dor minha filha! Que dor que o querer humano quer derrotar ao Querer de seu Criador, que tanto a ama e que quer, em seu triunfo, o triunfo da mesma criatura”.
(3) Depois lamentava com Jesus suas privações, como agora, talvez mais do que nunca, me faz sofrer mais longamente sua distância, mas diz-me que me ama muito, quem sabe se não acabará por me deixar completamente. Mas enquanto pensava isto, o meu doce Jesus moveu-se dentro de mim rodeando-me da luz, fez-me ver naquela luz guerras e revoluções encarniçadas, civis e contra os católicos; viam-se todas as raças a lutar e todos em ato de preparar-se para outras guerras, e Jesus todo aflito me disse:

(4) “Minha filha, tu não sabes como o meu ardente coração quer correr com o amor para as criaturas, e enquanto corre o rejeitam, mas correm junto a Mim com as ofensas mais brutais e com os fingimentos mais horrendos. Portanto ao ver meu amor perseguido, sai minha justiça em campo e defende a meu amor e com flagelos golpeia a aqueles que me perseguem e descobre os fingimentos que fazem não só Comigo, mas entre elas se fazem as nações, porque, pelejando, fazem saber que, em vez de se amarem, se odeiam ardentemente. Este século pode-se chamar o século dos mais horríveis fingimentos, e isto em toda classe de pessoas, e por isso nunca se põem de acordo entre elas, e enquanto aparentemente parece que se querem pôr de acordo, na realidade vão maquinando novas guerras. O fingimento não traz jamais verdadeiro bem, nem na ordem civil nem no religioso, ao mais alguma sombra de bem que foge. Eis por que razão a tão decantada paz permanece em palavras e não em ações, transformando-a em preparativos para a guerra. Como você já vê muitas raças se uniram para combater, umas por um pretexto e outras por outro, outras se unirão, mas Eu me servirei das uniões destas raças, porque para que venha o Reino da minha Divina Vontade é necessário que venha a união de todas as raças por meio de
outra guerra muito mais extensa que esta última, na qual a Itália tinha estado comprometida financeiramente. Com a união destas raças os povos se conhecerão e depois da guerra será mais fácil a difusão do Reino de minha Vontade. Por isso tenha paciência em suportar minha privação, é
o vazio que quer formar minha justiça para defender meu amor perseguido. Você reza e oferece tudo para que o Reino do meu Fiat venha logo”.

22-11
Julho 16, 1927

Como quem vive no Querer Divino possui o perfeito equilíbrio. Como a oração feita nele possui a Potência Divina e a Força universal.

(1) Continuo vivendo toda abandonada no Fiat Divino, seguindo seus inumeráveis atos, e meu doce Jesus movendo-se em meu interior me disse:

(2) “Minha filha, quem vive em minha Vontade tem a amplitude, a capacidade de poder encerrar em si todos os atos de Deus, tornando-se assim a depositária da Divina Vontade, e por isso Deus encontra naquela alma todo Si mesmo, com todos os seus atos. Portanto, nela tudo, tudo é sagrado, tudo é santo, tudo é luz e beleza, possui o perfeito equilíbrio, a ordem divina, e eu encontro nela a glória da minha santidade, da minha luz, da minha rara beleza. Vejo-a e encontro meus reflexos, minha queridíssima imagem criada por Mim tal e como Eu a quero, e no excesso de meu amor vou repetindo: ‘Como és bela, meu Querer tudo encerrou em ti, a Criação é uma pálida imagem de ti’; és mais luminosa que o sol, estás mais adornada que o céu, és mais bela que os prados floridos; toda bela és porque a potência do meu Querer Divino te investe, te alimenta, te é vida”.

(3) E parando um pouco continuou:
(4) “Minha filha, quando a alma reza em minha Vontade, todas as coisas e todos os seres criados põem atenção, suspendem tudo, fazem calar a tudo, e enquanto estão todos atentos para admirar o ato feito na Divina Vontade, seguem todos juntos a oração; O poder dela chama e se impõe sobre tudo, de modo que todos fazem a mesma coisa. Se todas as outras orações se unissem para compará-las com uma simples oração feita em minha Vontade, esta supera a todas, porque possui uma Vontade Divina, um poder imenso, um valor incalculável, Eu mesmo me sinto investido de tal oração, e como vejo que é minha vontade que reza, sinto sua potência que me funde naquela mesma oração. Assim, se não se obtêm as graças por meio da oração feita em minha Vontade, que é oração universal e Divina, se a Justiça Divina não fica aplacada e continuam chovendo os flagelos sobre a terra, significa que essa é a Vontade de Deus, e que em vez de fazer descer aquelas graças, faz baixar os efeitos Dela nas almas. E se com esta não se obtém, muito menos se obterá com outras orações não feitas em minha Vontade, que não contêm nem potência divina nem força universal”.

(5) Depois disso, meu amável Jesus saiu de dentro de mim, e investindo-me me enchia toda d’Ele, de modo que me sentia toda circundada por Jesus e dentro d’Ele. E, retirando-se, lançava-se nos meus braços, com a cabeça sobre o meu peito, para repousar, e enquanto isso fazia, todas as coisas criadas, o sol, o céu, as estrelas, o vento, o mar, a terra, em suma, tudo, se alinhavam em torno de Jesus e estendendo-se como leito sob os membros de Jesus, todas se preparavam para lhe dar repouso e meu doce Jesus me disse:

(6) “Minha filha, se tu soubesses todo o trabalho que estou fazendo no interior de tua alma, como vigio cada batido teu, todos teus afetos, tuas palavras, teus pensamentos, em suma, tudo, para fazer correr em toda ti minha Divina Vontade para que domine e forme seu Reino. Tanto que depois do trabalho que faço, frequentemente tomo repouso para gozar em ti o fruto do repouso que só minha Vontade pode me dar. Como é belo o repouso que Ela me dá, todas as nossas obras, as coisas criadas por Nós fazem competência para me dar repouso, e Eu sinto em ti a felicidade de meu repouso eterno, a alegria e a felicidade de nossas obras. Assim que meu trabalho no reino de me Querer está seguro, meu repouso não é perturbado pelos rumores do querer humano. Eis por que viver em meu Querer é a verdadeira transmissão da Vida Divina na criatura”.

23-11
Outubro 30, 1927
Como o Amor divino transbordou na Criação. Liberalidade e magnificência de Deus ao criar a maquina do universo, especialmente ao criar a sua amada Joia sem mérito de ninguém. Decisão da Divina Vontade em querer vir reinar no meio das criaturas. Seu ar balsâmico, sua beleza encantadora e arrebatadora. O que os seus conhecimentos farão.

(1) Sentia-me toda abandonada no Fiat Divino, e minha pobre mente sentia como se estivesse impregnada pela luz de sua santidade, beleza e felicidade indescritíveis. Possuir a fonte de todos os bens, gozar o abismo dos mares infinitos de todas as alegrias e possuir todos os atrativos das
belezas inesgotáveis, das belezas divinas, até chegar fazer apaixonar o mesmo Deus, e viver no Querer Divino fazendo-o reinar na alma, é tudo a mesma coisa. Vontade de Deus, como és amável, adorável, desejável mais que a mesma vida, teu reinar é reino de luz, que tem força para esvaziar-me do que a sua luz não pertence; é reino de santidade e me transforma não na santidade dos santos, senão na santidade de meu Criador; é reino de felicidade e de alegria, e me põe em fuga todas as amarguras, os aborrecimentos, o tédio. Mas como podem dispor-se as criaturas, merecer receber um reino tão santo? Agora, enquanto isso pensava e minha pobre mente nadava no abismo do mar do Fiat Divino, meu amável Jesus saiu de dentro de mim, e me estreitando a Si, todo ternura me disse:

(2) “Minha pequena filha, você deve saber que nosso amor transbordou na Criação, e transbordando fora de Nós, sem que ninguem merecesse tanto bem, nem sequer com uma só palavra, nossa suma bondade e liberalidade sem limites criou com tanta magnificência, ordem e harmonia toda a máquina do universo por amor de quem ainda não existia, depois disso nosso amor transbordou mais forte e criamos aquele pelo qual todas as coisas foram criadas, e como Nós no agir agimos sempre com magnanimidade inalcançável, e enquanto damos tudo não nos esgotamos, de modo que nada deve faltar à nossa obra de magnificência, de grandeza e de todos os bens, ao criar o homem, sem que ele tivesse nenhum mérito, por dote, por fundamento, por substância de todos os bens, alegrias e felicidades, lhe demos por reino nossa Vontade, a fim de que nada lhe faltasse, tendo a sua disposição uma Vontade Divina, e junto com Ela nosso Ser Supremo. Que honra teria sido para nós se a obra da Criação tivesse sido pobre, mísera de luz, sem a multiplicidade de tantas coisas criadas, sem ordem e sem harmonia, e nossa amada joia, nosso amado filho, que é o homem, sem a plenitude dos bens d’Aquele que o criou? Não teria sido honra para quem tudo possui e tudo pode, fazer uma obra incompleta, muito mais que nosso amor transbordando forte, forte, mais que ondas impetuosas queria dar, desabafar quanto mais podia, até que enchessem o nossa amada Joia de todos os bens possíveis e imagináveis e formassem mares em torno dele, que transbordavam dele mesmo, que tinham sido postos nele pelo seu
Criador.

(3) E se o homem o perdeu, foi ele que rejeitou por sua própria vontade o reino de minha Vontade, seu dote e a substância de sua felicidade. Agora como na Criação, meu Amor regurgita forte, e o reino de minha Vontade decidiu que quer sua Vida no meio das criaturas, e por isso desafogando
com toda magnificência sem olhar aos méritos deles, com magnanimidade insuperável quer dar de novo seu reino, somente que quer que as criaturas o saibam, conheçam seus bens, a fim de que conhecendo-os, suspirando, queiram o reino da santidade, da luz e da felicidade, e assim como
uma vontade o rejeitou, assim outra vontade o chame, o suspire, o apresse a vir e reinar no meio das criaturas; eis por que da necessidade de seus conhecimentos, pois se um bem não se conhece, nem se quer nem se ama; por isso estes conhecimentos serão os mensageiros, os arautos que anunciarão o meu reino. Meus conhecimentos sobre meu Fiat se porão em atitude, ora de sóis, ora de trovões, ora de relâmpagos de luz, ora de ventos impetuosos, que chamarão a atenção dos sábios e dos ignorantes, dos bons e até dos maus, que como centelhas cairão em seus corações, e com força irresistível os derrubará para fazê-los ressurgir no bem dos conhecimentos adquiridos, formarão a verdadeira renovação no mundo, tomarão todas as atitudes para atrair e vencer as criaturas, pondo-se agora em atitude de pacificadores que querem o beijo das criaturas para lhes dar o seu, para esquecer todo o passado e lembrar-se só de amar-se juntos e fazer-se felizes mutuamente; agora em atitude de guerreiros convencidos de sua vitória, para tornar certa a conquista que querem fazer de quem os conhece; agora como orações incessantes que só cessarão de suplicar quando as criaturas vencidas pelos conhecimentos de meu Querer Divino disserem: ‘Venceste, somos já presa de teu reino’; agora em atitude de rei dominante e emanante de amor, tanto, que dobrarão a testa para fazer-se dominar; que coisa não fará minha Vontade?

 

Porá toda sua potência em atitude para vir reinar no meio das criaturas, Ela possui uma beleza arrebatadora, que se se faz ver uma só vez com clareza, arrebata, embeleza jogando suas ondas de belezas sobre a alma, de modo que dificilmente poderão esquecer uma beleza tão rara, permanecerão como no labirinto de sua beleza e não poderão sair; possui uma potência encantadora e a alma fica fixa em seu doce encanto; possui um ar balsâmico, que respirando sentirão entrar neles o ar da paz, da santidade, da harmonia divina, da felicidade, da luz que tudo purifica, do amor que tudo queima, da potência que tudo conquista, de modo que este ar levará o bálsamo celestial a todos os males produzidos pelo ar insalubre, mórbido e assassino da vontade humana. Olha, também na vida humana o ar trabalha em modo surpreendente: Se o ar é puro, bom, saudável, perfumado, a respiração é livre, a circulação do sangue é regular, crescem fortes, nutridos, de boa cor e sãos; em troca se o ar é mau, malcheiroso e infectado, a respiração é obstruída, a circulação do sangue é irregular, e não recebendo a vida do ar puro estão fracos, pálidos, emagrecidos e meio doentes. O ar é a vida das criaturas, sem ele não podem viver, mas há uma grande diferença entre o ar bom e o ar mau. Assim é o ar da alma, o ar da minha Vontade mantém a vida pura, sã, santa, bela e forte como saiu do seio do seu Criador. O ar assassino do querer humano deforma a pobre criatura, a faz descender de sua origem e cresce doente, débil, de dar piedade”.

(4) Depois, com uma ênfase mais terna, acrescentou: “Oh minha vontade, como és amável, admirável, potente! Sua beleza apaixona os Céus e mantém o encanto que arrebata toda a corte celestial, de modo que são felizes porque não podem desviar seu olhar de Ti, ah! com a tua beleza encantadora que tudo arrebata, arrebata a terra e com o teu doce encanto encanta todas as criaturas, a fim de que uma seja a Vontade de todos, uma a santidade, uma a vida, um o teu reino, um o teu Fiat, como no Céu assim na terra”.

25-11
Dezembro 5, 1928

Quem faz e vive no Querer Divino, é como se fizesse descer o sol à terra. Diferença.

(1) Sentia-me toda imersa no Querer Divino, minha pobre e pequena mente me sinto atada a um ponto altíssimo de luz, que não tem confins e não se pode ver nem onde chega sua altura, nem onde termina sua profundidade; e enquanto a mente se enche de luz, está circundada pela luz, tanto, que não vê mais que luz, vê que pouco toma desta luz, porque há tanta, mas sua capacidade é tão pequena que lhe parece tomar apenas uma gotinha. Oh! como se está bem no meio desta luz, porque ela é vida, é palavra, é felicidade, a alma sente todos os reflexos do seu Criador e sente que se dá a luz em seu seio à Vida Divina. Ó Vontade Divina, como és admirável, só Tu és a fecundadora, a conservadora e a bilocadora da Vida de Deus na criatura! Mas enquanto minha mente se perdia na luz do Fiat Supremo, meu doce Jesus movendo-se em meu interior me disse:

(2) “Minha filha, a alma que vive em minha Vontade Divina é mais que se fizesse descer o sol à terra, o que aconteceria então? A noite seria banida da terra, seria sempre pleno dia. E ao ter sempre contato com o sol, não seria mais um corpo escuro, mas luminoso, e a terra não mendigaria os efeitos do sol, mas sim receberia em si mesma a substância dos efeitos da luz, porque sol e terra fariam vida comum e formariam uma só vida. Que diferença com que o sol esteja na altura de sua esfera e a terra em sua baixeza! Neste caso a pobre terra está sujeita à noite, às estações e a pedir ao sol para formar as belas flores, as cores, a doçura, a maturação de seus frutos; e o sol não é livre de poder desabafar todos seus efeitos sobre a terra se esta não quiser se prestar a recebê-los, tanto, que em certos pontos da terra o sol nem sempre chega, outros pontos são áridos e sem plantas. Isto não é outra coisa que semelhança de quem faz minha Divina Vontade e vive nela, e de quem vive na terra de seu querer humano. A primeira faz descer não só
o Sol de minha Divina Vontade em sua alma, mas sim todo o Céu, assim que com este Sol possui o dia perene, dia que jamais tem pôr do sol, porque a luz tem virtude de pôr em fuga as trevas.

Então, com este Sol não pode estar a noite das paixões, a noite das fraquezas, das misérias, das friezas, das tentações, e se quisessem aproximar-se para formar as estações da alma, este Sol com seus raios põe em precipitosa fuga a todas as noites e diz: ‘Aqui estou Eu, e basta, minhas estações são estações de luz, de paz, de felicidade e de floreio perene’. Ela é a portadora do Céu em terra. Em troca para quem não faz minha Divina Vontade e não vive n’Ela, é mais noite que dia em sua alma, está sujeita às estações e a longos tempos chuvosos que a tornam sempre perturbada e agitada, ou bem a longas secas, tanto, que chega a faltar-lhe os humores vitais para  amar a seu Criador, e o mesmo Sol de minha Divina Vontade, sendo que não vive nela, não é livre de poder dar-lhe todo o bem que possui. Vê o que significa possuir meu Querer Divino? É possuir a fonte da vida, da luz e de todos os bens; em troca quem não o possui é como terra que goza os efeitos da luz, e certas terras que a duras penas ficam iluminadas, mas sem efeitos”.

26-11
Maio 25, 1929

Poder de quem vive no Fiat Divino. Virtude dos atos feitos nele. Todas as gerações dependem dos atos feitos por Adão.

(1) Continuando o meu habitual abandono no Fiat, encontrei-me fora de mim mesma, e com surpresa vi o inimigo infernal junto a mim, como se quisesse lançar-se sobre mim; senti tal força, de me pôr sobre ele, e quando me punha sobre ele assim ficava vencido e feito pedaços. Eu me impressionava e pensava em mim: “Há muito tempo que não via o inimigo, e mais, se me via fugia de mim, e agora que coisa quer com este aproximar-se?” E meu amável Jesus movendo-se em meu interior me disse:

(2) “Minha filha, a alma que possui meu Fiat Divino tem tal poder, que faz pedaços a potência diabólica, e Eu permiti que tocasse com a mão que só ao pôr sobre ele ficou destroçado, a fim de que não o tema, e que ele sentisse a potência de quem possui meu Querer, que dispersa como pó ao vento a força diabólica. Por isso não pense nele e continue a vida em meu Fiat, porque você deve saber que cada oração, cada ato e movimento de quem vive nele, encerra dentro uma força e um peso infinito e incansável, e o infinito se estende por toda parte, contém a virtude produtora de todos os bens, abraça a eternidade, encerra ao mesmo Deus, por isso um ato feito em meu Querer é um ato que não termina jamais, e tem tal poder que encerra Céu e terra. Nosso Fiat com sua potência infinita encerra nossa Divindade no ato da criatura, formando com seus véus de luz a mais bela e deliciosa morada real a nosso Ser Divino”.

(3) Jesus desapareceu, e eu sentia-me mergulhada no abismo de luz do Fiat supremo. Depois disto estava seguindo meus atos no Fiat Divino, e chegando ao Éden pensava em mim: “Neste Éden, nosso primeiro pai Adão fez seus primeiros atos no Fiat Divino, assim que toda a Criação teve o princípio dentro de um ato de Vontade Divina que age em todas as coisas criadas, como também o primeiro homem; Ela estendia a plenitude de sua santidade, poder, beleza e luz em cada coisa, tornando-se autora e espectadora, encerrando tudo em um ato só de sua Vontade Divina.

Como era bela a Criação em seu princípio, uma era a Vontade que operava, e os diversos atos não eram outra coisa que os efeitos dela”. Mas enquanto isso eu pensava, meu amável Jesus movendo-se em meu interior me disse:

(4) “Minha filha, todas as gerações dependem dos primeiros atos feitos por Adão na plenitude de minha Divina Vontade, porque sendo feitos nela, eram atos cheios de vida e podiam dar início e vida a todos os outros atos de todas as criaturas. E embora as criaturas não vivam da minha Vontade, mas da deles, é sempre Ela que lhes dá vida, e enquanto lhes dá vida a têm como sufocada e agonizante em seus atos. Por isso todos os atos de Adão feitos em meu Querer estão como ato primeiro de todos os atos das criaturas; quem pode destruir um ato feito em minha Divina Vontade? Quem pode tirar soberania, poder, beleza, vida? Ninguém. Não há nada que não dependa do primeiro ato, todas as coisas criadas dependem do primeiro ato feito por Aquele que as criou. E se tanto amo, suspiro e quero que minha Vontade seja conhecida e reine no meio das criaturas, é propriamente esta a razão, que sejam restituídos seus justos e santos direitos, e que assim como teve início a Criação toda, assim retorne toda em nossa Divina Vontade”.

27-11
Outubro 30, 1929

Quem vive no Querer Divino pode girar em todas as obras de Deus, e adquire os direitos divinos.

(1) O doce encanto do Fiat Onipotente, com sua luz me tem como eclipsada n’Ele, e eu não sei ver outra coisa que todos os seus atos, para pôr neles, como selo, meu “amo-te” sobre cada um para pedir-lhe o reino de sua Divina Vontade no meio das criaturas. Agora, diante de minha mente via
uma grande roda de luz que enchia toda a terra, e enquanto o centro da roda era toda uma luz, ao redor dela sobressaíam tantos raios por quantos atos havia feito o Fiat Divino, e eu passava de um raio a outro para pôr neles o selo de meu “te amo”, para deixá-lo em cada raio e lhe pedir
continuamente o reino de sua Divina Vontade. Agora, enquanto isso fazia, meu sempre amável Jesus saindo de meu interior me disse:

(2) “Minha filha, que vive em meu Divino Querer e forma seus atos nele, estes atos permanecem como trabalho da criatura, e que colocam Deus em condição de ceder-lhe os direitos de um reino tão santo, consequentemente os direitos de fazê-lo conhecer e reinar sobre a terra, porque a alma que vive no meu Fiat readquire todos os atos d’Ele feitos por amor das criaturas; Deus torna-a conquistadora não só do seu Querer, mas de toda a Criação, não há ato d’Ele no qual a criatura não ponha o seu ato, ainda que fosse um ‘te amo’, um ‘te adoro’, etc. Então, tendo posto o seu, Deus fica todo empenhado e o meu Fiat sente-se feliz por finalmente ter encontrado a feliz criatura a quem pode dar o que Ele queria dar com tanto amor desde o início da criação de todo o universo.

Por isso a criatura que vive no meu Querer Divino entra na ordem divina, torna-se proprietária de suas obras, e com direito pode dar e pedir para os demais o que é seu, e como vive nele, seus direitos são divinos, e com direito divino, não humano, pede, cada ato seu é uma chamada que faz a seu Criador e com seu mesmo império divino lhe diz: ‘Dê-me o reino de sua Divina Vontade a fim de que possa dá-lo às criaturas, para que reine em meio a elas e todas te amem com amor divino e todas reordenadas em Ti.’ Agora, você deve saber que cada vez que você gira em minha Vontade para colocar o que é seu, é um direito divino a mais que você adquire para pedir um reino tão santo; eis por que enquanto você gira nela você é colocada diante de todas as obras da Criação, e todas as da Redenção se alinham em torno de ti esperando para receber cada uma sua atuação, para dar-te a correspondência do ato de nossas obras, e tu as vais encontrando uma por uma para reconhecê-las, abraçá-las, para pôr nelas teu pequeno ‘te amo’, o teu beijo de amor para as teres.

Em nosso Fiat não há nem seu nem meu entre Criador e criatura, mas sim tudo é comum, e por isso com direito pode pedir o que quer. Oh! como me sentiria aflito e sofredor se minhas tantas penas e atos meus feitos estando na terra, a pequena filha de meu Querer Divino nem sequer os reconhecesse, nem busca cortejar com seu amor e com seu ato o meu; como poderia te dar o direito se não os reconhecesse? Muito menos poderia fazê-los seus. Reconhecer nossas obras é não somente direito que cedemos, mas posse. Por isso se queres que minha Divina Vontade reine, gira sempre em nosso Fiat, reconhece todas nossas obras, desde a menor à maior, põe teu pequeno ato em cada uma delas, e tudo te será concedido”.

28-11
Maio 2, 1930

A Divina Vontade corre sempre para a criatura para abraçá-la e torná-la feliz, e tem virtude de esvaziá-la de todos os males. A carreira do “amo-te” no Querer Divino.

(1) Meu abandono no Fiat Divino continua, sua luz me eclipsa, sua força potente me acorrenta, sua beleza me arrebata, tanto, de me sentir cravada sem poder me afastar de pensar e olhar a um Querer tão Santo. Sua Vida abate a minha e me perco em sua imensidão, mas enquanto minha mente se perdia no Fiat onipotente, meu doce Jesus se moveu em meu interior, e me apertando entre seus braços me disse:

(2) “Minha filha, minha Divina Vontade corre sempre como ato primeiro de vida para a criatura, e corre para felicitá-la, para abraçá-la, para esvaziá-la do peso de todos os atos humanos, porque tudo o que não é Minha Vontade na criatura, é duro, pesado e oprime, e Ela esvazia tudo o que é humano e com o seu sopro torna qualquer coisa leve. Por isso o sinal se a alma vive em minha Divina Vontade, é se sente em si a felicidade, porque Ela é por natureza feliz, e não pode dar a quem vive nela a infelicidade, porque não a possui, e não pode nem quer mudar natureza. Por isso quem vive em meu Fiat sente em si a virtude felicitante, e em tudo o que faz sente correr uma veia de felicidade, a qual torna ligeiro qualquer ato, qualquer pena e sacrifício; esta felicidade leva consigo o esvaziamento de todos os males e enche a criatura de força invencível, de modo que com toda a verdade pode dizer: ‘Tudo posso, a tudo posso chegar, porque me sinto transmutada na Divina Vontade que desterrado de mim as debilidades, as misérias, as paixões; minha mesma vontade felicitada pela sua quer beber a grandes goles sua felicidade divina, e não quer saber nada mais que de viver de Vontade Divina.’

A infelicidade, as amarguras, as fraquezas, as paixões, não entram em minha Vontade, estão fora dela; seu ar balsâmico adoça e fortifica tudo, e quanto mais a alma vive nela e repete seus atos em meu Querer Divino, tantos mais graus de felicidade, de santidade, de força e beleza divina adquire, e também nas mesmas coisas criadas sente a felicidade que lhe levam do seu Criador. Minha Divina Vontade quer fazer sentir a natureza de sua
felicidade à criatura que vive nela, e por isso lhe dá a felicidade na luz do sol, no ar que respira, na água que bebe, no alimento que come, na flor que a recria, em suma, em tudo faz sentir que não sabe dar mais que felicidade à criatura, por isso o céu não está distante dela, mas sim dentro dela,
porque em qualquer coisa a quer tornar feliz”.

(3) Por isso continuava meu giro na Criação para seguir o Fiat Divino em todas as coisas criadas, e onde quer que buscasse colocar o meu acostumado ‘te amo’ para retribuí-lo por todo o seu amor espalhado em todo o universo. Mas a minha mente queria interromper a minha carreira de meu ‘te amo’ contínuo a dizer-me: Mas existe em mim a vida deste ‘amo-te’ que vou sempre repetindo?
Enquanto isso eu pensava, meu doce Jesus me apertando a Si me disse:

(4) “Minha filha, você se esqueceu que um ‘te amo’ em minha Divina Vontade tem a virtude de que disse uma vez não termina jamais de dizer ‘te amo’; o ‘te amo’ em minha Divina Vontade é vida, e como a vida não pode parar de viver, deve ter seu ato contínuo. Meu Fiat não sabe fazer atos finitos, e tudo o que a criatura faz n’Ele adquire vida contínua, e assim como à vida é necessário o respiro, o batimento, o movimento contínuo para viver, assim os atos feitos em minha Vontade Divina, tendo seu princípio nela, mudam-se na vida, e como a vida adquirem a continuação do mesmo ato, sem cessar nunca. Portanto, o teu amor não é nada mais do que a continuação do teu primeiro ‘amo-te’; ele, como vida quer o alimento para crescer, o respirar, o bater do coração, o movimento para viver, e com a repetição do teu ‘amo-te’ sente o bater, o respirar, o movimento, e cresce na plenitude do amor, e serve para multiplicar tantas vidas de amor por quantos ‘te amo’ você diz. Se tu soubesses como é bonito ver tantas vidas de amor espalhadas em toda a Criação por quantos ‘te amo’ dizes! É por isso que um ‘amo-te’ chama e clama com insistência a outro ‘amo-te’. Eis por que você sente uma necessidade de amor de seguir a carreira do seu ’te amo’; o verdadeiro bem jamais fica isolado, muito mais em minha Divina Vontade que sendo Vida que não  tem princípio nem fim, tudo o que Ela faz não está sujeito nem a terminar nem a ser interrompido.

Então, um ‘te amo’ serve para manter e chamar a vida de outro ‘te amo’, são passos de vida de amor que a criatura faz em meu próprio Querer. Por isso não te detenhas e segue a carreira do teu ‘te amo’ para Quem tanto te amou”.

29-11
Abril 4, 1931

O te amo é trovão, a Divina Vontade é Céu, nossa humanidade é terra. As penas do coração de Jesus. Troca de vida. A Divina Vontade o princípio, meio e fim.

(1) Continua meu abandono nos braços da Santíssima Vontade Suprema, e se bem me sinto sob as densas nuvens de amarguras inenarráveis, as quais me tiram o belo da Luz divina, e se a sinto está atrás das nuvens, No entanto, assim que eu digo meu amor ‘eu te amo’ e eu faço minhas ações no Fiat, se forma o trovão, e fazendo sair sua luz deslumbrante dilacera as nuvens, e por entre esses rasgos entra a luz brilhante em minha alma e me leva a luz da verdade que Jesus quer manifestar a sua pequena criatura. Parece-me que quanto mais repito meu te amo, tanto mais seguido trovão e relâmpago, e estes relâmpagos rasgando as nuvens ferem a meu sumo Bem Jesus, o qual ferido me manda sua luz como anunciadora de sua visita a sua filha amarga. Depois, enquanto me encontrava neste estado, meu amado Jesus veio em um estado que dava compaixão, e afligido tinha os braços destroçados pelas graves ofensas recebidas, e lançando-se em meus braços me pedia ajuda em tantas penas; eu não soube resistir, e enquanto o abracei, senti-me a comunicar as suas dores, mas tantas de me sentir a morrer, então caí no abismo do  meu estado doloroso. Fiat…! FIAT! Fiat…! Mas o pensamento de poder aliviar a Jesus com minhas pequenas penas me dava a paz. E embora Jesus me tivesse deixado sozinha nas dores, depois voltou e disse-me:

(2) “Minha filha, o verdadeiro amor não sabe fazer nada, nem sofrer, se não faz partícipe aquela que me ama; como é doce a companhia das pessoas queridas nas penas, sua companhia me atenua as penas e me sinto como se me dessem de novo a vida, e sentir-me dar de novo a vida por via de penas é o maior amor que Eu encontro na criatura, e Eu lhe dou de novo minha Vida em correspondência. Então é tanto amor, que trocam o dom da vida uma pela outra. Mas sabes quem me atraiu nos teus braços para te pedir ajuda na minha dor? O contínuo trovejar de seu amor ‘eu te amo’, que relampejando me atraiu para vir me jogar em seus braços para te pedir alívio. Além disso você deve saber que minha Divina Vontade é Céu, tua humanidade é terra; agora, conforme vais fazendo teus atos nela, tu tomas Céu, e por quanto mais atos fazes, tantos mais postos tomas neste Céu de meu Fiat, e enquanto tu tomas o Céu, minha Vontade toma tua terra, e céu e terra se fundem juntos e ficam perdidos uma na outra”.

(3) Depois disto continuava meu abandono no Fiat Divino, e o bendito Jesus voltou com o coração aberto, do qual derramava sangue, e naquele coração divino se viam todas as penas de Jesus, que sofria em todas as partes de sua Divina Pessoa, concentradas todas no coração, mas nele estava
a sede e o princípio de todas as suas penas que derramando-se por toda sua santíssima Humanidade, como tantos rios saíam de seu santíssimo coração levando o rasgo que sofria toda sua Divina Pessoa. E Jesus acrescentou:

(4) “Minha filha, quanto sofro; olha para o meu coração, quantas feridas, quantas dores, quantas penas esconde. Ele é o refúgio de todas as penas, não há dor, nem espasmo, nem ofensa que não se derrame neste meu coração. São tantas as minhas tristezas, que não podendo sustentar sua acerbidade vou buscando quem queira aceitar alguma pequena parte destas penas para Ter um descanso de alívio, e quando a encontro quero tanto, que não sei deixá-la nunca mais, nem me sinto mais só, tenho a quem fazer compreender minhas tristezas, a quem confiar meus segredos, e em quem derramar minhas chamas de amor que me consomem. Por isso frequentemente te peço que aceite parte de minhas penas, porque são muitas; e se não vou a meus filhos para pedir alívio, a quem devo ir? Ficaria como um pai sem filhos, que, ou não tem prole, ou então os filhos ingratos o abandonaram. Ah! Não, não, tu não me abandonarás, não é verdade minha filha?”

(5) E eu: “Meu Jesus, jamais te abandonarei, mas Tu me darás a graça, me ajudarás nas minhas condições presentes, que Tu sabes como são penosas. Jesus meu, ajuda-me, e também eu te digo de coração, ah! Não me abandones, não me deixes sozinha, oh! Como sinto ao vivo a necessidade de Ti. Me ajude, me ajude!” E Jesus tomando um aspecto mais doce, tomava minha pobre alma entre suas mãos, e no fundo dela escrevia: “Ponho minha Vontade Divina nesta criatura, como princípio, meio e fim”. E depois repetiu:

(6) “Minha filha, coloco minha Divina Vontade em tua alma como princípio de vida, da qual descerão todos teus atos como de um só ponto, que difundindo em todo teu ser, na alma e no corpo, te farão sentir a Vida palpitante de meu Querer Divino em ti, o qual esconderá em sí mesmo, como dentro de um sacrário, todos os teus atos, como companhia de seu princípio Divino. Agora com ter minha Divina Vontade como princípio, ficarás toda ordenada em teu Criador, e reconhecerás que todo princípio vem de Deus, e nos darás a glória e a correspondência do amor de todas as coisas criadas que saíram de nossas mãos Criadoras. Ao fazer isso, você abraçará a obra da Criação, da qual fomos o princípio, a vida e a conservadora dela.

(7) Do princípio passarás ao meio, tu deves saber que o homem, subtraindo-se de nossa Vontade Divina, ignorou o princípio e se desordenou, e ficou vacilante, sem apoio, sem força, a cada passo se sentia empurrado a cair como se se sentisse faltar o terreno sob seus pés, e o Céu sobre sua cabeça no ato de descarregar sobre ele numa feroz tempestade. Agora era necessário um meio para reafirmar a terra e fazer sorrir o Céu, e eis a minha vinda sobre a terra como meio para reunir Céu e Terra, Deus e homem. Por isso quem tem a minha Divina Vontade como princípio, lhe revelará o meio e abraçará toda a obra da Redenção, e me dará a correspondência do amor e a glória de todas as penas que sofri para redimir o homem.

(8) Agora, se há o princípio e o meio, deve haver o fim; fim do homem é o Céu, e quem tem minha Divina Vontade como princípio, todos seus atos correm no Céu, até onde deve chegar sua alma e como princípio de sua bem-aventurança que jamais terá fim. E se você tem minha Divina Vontade
como fim, me dará a glória e a correspondência do amor com que tenho preparado uma Pátria Celestial às criaturas para sua feliz estadia. Por isso sê atenta filha minha, e Eu selo em tua alma minha Divina Vontade como princípio, meio e fim, a qual te servirá de vida, de guia segura, de sustento, e te conduzirá entre seus braços à Pátria Celestial”.

30-11
Janeiro 7, 1932
A Divina Vontade pode ser querida, ordenada, constante e cumprida. Exemplo: A Criação.

(1) Continuo seguindo ao Querer Divino, o sinto sempre sobre mim, em ato de fechar-se em meus atos para ter o contentamento de dizer-me: “Teu ato é meu, porque dentro está minha Vida que o formou”. Parece-me que com uma paciência invicta, mas paciência amorosa, doce, amável, que rapta minha pobre alma, numera, observa quando devo agir, dar um passo e o resto, para encerrar sua Vida constante e o mover seu passo no meu, como se se quisesse encerrar em meu ato, apesar de ser enorme. Mas quem pode dizer o que experimento e sinto sob o império da Divina Vontade? Sou sempre a pequena ignorante que apenas sei dizer o a, b, c, da Divina Vontade. Em muitas coisas me faltam as palavras, enquanto a minha mente está cheia e quem sabe quantas coisas eu gostaria de dizer, mas eu faço por dizê-lo e não encontro as palavras para expressar-me, e é por isso que eu vou em frente. Depois, meu doce Jesus, me surpreendeu, disse:

(2) “Minha filha, minha Vontade tem modos surpreendentes e diferentes de agir, e opera segundo as disposições das criaturas. Muitas vezes faz conhecer o que Ela quer, mas deixa a decisão das criaturas fazê-lo ou não fazê-lo, e esta se chama Vontade querida. Outras vezes, ao querer acrescenta a ordem, e dá graças duplicadas para fazer que se cumpra essa ordem, e isto é de todos os cristãos, não fazer isto significa não ser nem sequer cristãos. O outro modo é constante, neste, desce no ato da criatura e age como se o ato da criatura fosse seu ato, e por isso como ato seu põe nele sua Vida, sua santidade, sua virtude operativa; mas para chegar a isto, a alma deve estar habituada à Vontade querida e ordenada, estas preparam o vazio no ato humano para receber o ato constante do Fiat Divino, mas não se detém aí, o ato constante chama ao ato cumprido e completo, e este é o ato mais santo, mais potente, mais belo, mais resplandecente de luz que pode fazer minha Divina Vontade, e sendo seu ato completo, tudo o que tem feito vem
encerrado neste ato, de modo que se vê correr e encerrado nele: O céu, o sol, as estrelas, o mar, as bem-aventuranças celestiais, tudo e todos”.

(3) E eu fiquei surpreendida: “Mas como pode ser que um só ato possa encerrar tudo? Parece incrível”.
(4) E Jesus adicionou: “Como que incrível? Minha Vontade não pode fazer tudo e encerrar tudo, tanto no grande como no menor ato? Tu deves saber que nos atos cumpridos de minha Vontade, entra a inseparabilidade de tudo o que tem feito e fará, de outra maneira não seria um ato só, senão que estaria sujeito a sucessão de atos, o que não pode ser, nem em nosso Ser Divino, nem em nossa Vontade, e a Criação é um exemplo palpável: Todas as coisas criadas são inseparáveis entre elas, mas distintas uma da outra, olha o céu, ato cumprido do Fiat, o qual pela parte de cima serve de banco à pátria celestial, onde correm todas as felicidades e alegrias, ocupado por todos  os anjos e santos e onde formamos nosso trono. Esse mesmo céu forma a abóbada azul sobre a cabeça das criaturas, e no mesmo espaço  se veem muitas estrelas, mas não se estendem além do céu; mais abaixo está o sol, o vento, o ar, o mar, mas debaixo daquele mesmo espaço de céu, e enquanto cada um faz seu ofício, é tanta sua inseparabilidade, que ao mesmo tempo e no mesmo lugar se sente e se vê que o sol golpeia com sua luz, o vento sopra e dá suas rajadas refrescantes, o ar se faz respirar, o mar faz ouvir seu murmúrio, parece que estão fundidos juntos, tanta é sua  inseparabilidade, tanto, que a criatura no mesmo tempo e lugar pode gozar o céu, o sol, o vento, o mar, a terra florida.

Os atos cumpridos de minha Divina Vontade não estão sujeitos a separar-se, porque da Vontade única de onde saíram, saíram com força e potência unitiva, por isso não é nenhuma maravilha se nos atos cumpridos que faz na criatura encerra tudo, e veem-se delineadas como se se pudesse ver dentro de um vidro todas suas obras, enquanto que cada coisa está emseu lugar, mas se refletem com uma potência admirável no ato cumprido de minha Vontade no ato da criatura. É esta a razão que em um ato cumprido de minha Vontade, tanto na criatura como fora dela, é tanto o valor, que por quanto damos ficamos sempre por dar, porque não tem a capacidade de tomar todo o valor que contém. Enche até a borda, derrama fora, forma-se os mares ao redor, e que coisa tomou? Pode-se dizer que pouquíssimo, porque este ato encerra o infinito e a criatura é incapaz de tomar o valor de um ato infinito de meu Fiat Divino, seria mais fácil que fechasse toda a luz do sol no breve giro de sua pupila, o que também é impossível, pode encher-se o olho de luz, mas quantos mares de luz não ficam fora de sua pupila, por que? Porque há um Fiat Divino naquele sol, pelo qual a todas as pupilas não lhes é dado encerrá-lo, tomarão quanta luz queiram, mas examiná-la jamais; terão sempre que tomar; verdadeira imagem de um ato cumprido de minha Vontade na criatura. Por isso seja atenta e faça com que Ela seja a vida em seus atos”.

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