Estudo 50 – Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 50 – Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade
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2-54
Agosto 7, 1899

Sobre nada de nós mesmos.

(1) Esta manhã meu amável Jesus não vinha, e depois de tanto esperar e esperar, finalmente
veio; era tanta minha confusão e minha aniquilação, que não sabia lhe dizer nada e Jesus me
disse:
(2) “Quanto mais te aniquiles e conheceres o teu nada, tanto mais a minha humanidade,
enviando raios de luz, te comunicará as minhas virtudes”.

(3) Eu lhe disse: “Senhor, sou tão má e feia que me horrorizo a mim mesma, o que será diante
de Ti?”
(4) E Jesus: “Se tu és feia, sou Eu quem te pode tornar bela”.
(5) E no mesmo momento de dizer isto enviou uma luz Dele para a minha alma, e parecia que
lhe comunicava a sua beleza, e depois, abraçando-me começou a dizer:
(6) “Como és bela, mas bela da minha beleza, por isso sou atraído a amar-te”.
(7) Quem pode dizer como fiquei confusa? Mas tudo seja para sua glória.

* * * * * *

2-55
Agosto 8, 1899

A alma resignada está sempre em repouso.

(1) Continua a fazer-se parecer apenas e quase zangado com os homens e por mais que lhe
tenha pedido que derramasse em mim suas amarguras, foi impossível e sem prestar-me
atenção ao que lhe dizia, disse-me:
(2) “A resignação absorve tudo o que pode ser de dor ou de desgosto à natureza e o converte
em doce; e sendo meu Ser pacífico, tranquilo, de modo que qualquer coisa que possa
acontecer no Céu e na terra não pode receber nem sequer o menor alento de perturbação,
então a resignação tem a virtude de enxertar na alma estas mesmas virtudes minhas. A alma
resignada está sempre em repouso, não só ela, mas faz-me repousar tranquilamente também a
Mim nela.”

3-54
Março 20, 1900

Advertência de castigos.

(1) Tendo recebido a comunhão, via meu doce Jesus que me convidava a sair com Ele, mas com o
pacto de que ao ir junto com Ele, onde via que Jesus estava obrigado a mandar castigos pelos
pecados, não devia discutir com Ele para que não os mandasse. Com esta condição saímos,
percorrendo a terra. Em primeiro lugar comecei a ver, não muito longe de nós, especialmente em
certos pontos, tudo seco, então me dirigindo a Ele disse: “Senhor, como farão estas pobres gentes
se lhes falta o alimento para se nutrirem? Ah! Você pode tudo, assim como fez secar, assim faça
que reverdeça”. E como tinha a coroa de espinhos estendi-lhe a mão, dizendo: “Meu Bem, que te
fizeram estas nações? Talvez te tenham posto esta coroa de espinhos; pois bem, entregue-a a
mim, assim ficarás aplacado e lhes darás o alimento para não as deixar morrer”. E tirando-a,
coloquei-a sobre a minha cabeça. Enquanto fazia isso, Jesus me disse:
(2) “Parece que não posso levá-lo junto Comigo, porque levá-lo e não poder fazer nada é o
mesmo”.
(3) E eu: “Senhor, não fiz nada, perdoa-me se achas que fiz mal, mas leva-me juntamente contigo”.
(4) E Ele: “O teu modo de agir me ata por todas as partes”.
(5) E eu: “Não sou eu que faço assim, és tu mesmo que me obrigas a fazer assim, porque ao
encontrar-me contigo, vejo que todas as coisas são tuas, e se não tomar cuidado das tuas coisas,
parece-me que viria a não tomar cuidado de Ti mesmo. Por isso deves perdoar-me se faço assim,
já que o faço por amor teu e não deves afastar-me por isto.
(6) Em seguida, continuamos a girar. Eu fazia quanto mais podia para não lhe dizer nada de que
não castigasse em alguns pontos, para não lhe dar ocasião que me mandasse retirar e assim
perder sua amável presença; mas onde não podia começar a discutir com Ele. Chegamos a um
ponto da Itália onde estavam fazendo um convênio que devia causar uma grande desordem, mas
não entendi o que era, porque tendo começado a dizer, Senhor, não permita, pobre gente, como
farão? Vendo Jesus que eu me afanava e queria impedi-lo, disse-me com império:
(7) “Retira-te, retira-te”.
(8) E tirando uma cinta de pregos, de alfinetes que tinha encaixada em seu corpo, que o fazia
sofrer muito, acrescentou:
(9) “Retira-te e leva esta cinta contigo, assim me aliviarás muito”.

(10) E eu: “Sim, eu a porei em teu lugar, mas deixa-me estar Contigo”.
(11) E Ele: “Não, retira-te”.
(12) E o disse com tal império, que não podendo resistir, em um instante me encontrei em mim
mesma, e não pude entender qual era aquele convênio.

4-57
Fevereiro 17, 1901

O homem vem de Deus e deve retornar a Deus.

(1) Esta manhã, encontrando-me toda oprimida e sofredora, vi o meu amado Jesus, e muitas
pessoas mergulhadas em muitas misérias, e Ele rompendo o silêncio que tinha há muitos dias me
disse:
(2) “Minha filha, o homem nasce primeiro em Mim, e por isso recebe a marca da Divindade, e
saindo de Mim para renascer do seio materno lhe dou ordem de caminhar um pequeno trecho de
caminho, e ao término desse caminho, fazendo-me encontrar por ele, o recebo de novo em Mim,
Fazendo-o viver eternamente comigo. Olha um pouco como o homem é nobre, de onde vem, para
onde vai e qual é o seu destino. Agora, qual deveria ser a santidade deste homem saindo de um
Deus tão Santo? Mas o homem ao percorrer o caminho para vir outra vez a Mim, destrói nele o que
recebeu de divino, corrompe-se de modo que no encontro que temos para recebê-lo em Mim não o
reconheço mais, não descubro mais nele a marca divina, nada encontro de meu nele, e não o
reconhecendo mais, minha justiça condena-o a andar disperso no caminho da perdição”.
(3) Quão terno era ouvir Jesus Cristo falar sobre isto, quantas coisas fazia compreender, mas meu
estado de sofrimentos não me permite escrever mais extensamente.

6-52
Julho 28, 1904

A alma desapegada de tudo, em tudo encontra Deus.

(1) Esta manhã me encontrando em meu habitual estado, por uns momentos veio o Bendito Jesus
e me disse:
(2) “Minha filha, quando a alma está desapegada de tudo, em todas as coisas encontra Deus,
encontra-o em si mesma, encontra-o fora de si mesma, encontra-o nas criaturas, assim pode dizer
que todas as coisas se convertem em Deus para a alma desapegada de tudo, mais ainda, não só o
encontra, mas o olha, o sente, o abraça, e como em tudo o encontra, assim todas as coisas lhe
proporcionam a ocasião de adorá-lo, de lhe implorar, de lhe agradecer, de se estreitar mais
intimamente a Ele, e além disso, seus lamentos por minha privação não são razoáveis, pois se
você me sente em seu interior, é sinal de que não só estou fora mas também dentro, como no meu
próprio centro”.
(3) Eu esqueci de dizer no início, que foi trazido para mim pela Rainha Mãe, e como eu lhe
implorava para me contentar e não me deixar privado dele, Jesus abençoado respondeu como está
escrito acima.

7-49
Outubro 4, 1906

Como o reto agir é vento para acender o fogo do amor.

(1) Tendo recebido a obediência de dizer poucas palavras se alguém viesse, estava com medo
de ter faltado à obediência, com o adido de que o bendito Jesus não vinha. Quem pode dizer o
rasgo de minha alma, ao pensar que por ter cometido pecado não vinha? A sua privação é
sempre cruel, mas o pensamento de ter dado ocasião por alguma falta é dilacerante que
enlouquece e que mata de um só golpe. Então, depois de ter esperado muito veio e me tocou
três vezes dizendo-me:
(2) “Minha filha, renovo-te na Potência do Pai, na minha Sabedoria, e no Amor do Espírito
Santo”.
(3) O que senti, não sei dizer, depois parecia que se deitava em mim, e apoiava sua cabeça
coroada de espinhos sobre meu coração, e acrescentou:
(4) “O reto agir mantém sempre aceso o Amor Divino na alma, e o obrar não reto vai sempre
apagando-o, e se faz para acendê-lo, agora vem o sopro do amor próprio e o apaga, agora o
respeito humano, agora a própria estima, agora o sopro do desejo de agradar aos demais, em
suma, tantos sopros que o vão sempre apagando, ao contrário, o reto agir, não são tantos
sopros que acendem este fogo divino na alma, senão um contínuo sopro que o tem sempre
aceso, e é o sopro onipotente de um Deus”.]

10-51
Fevereiro 2, 1912

Como deve ser a alma vítima.

(1) Esta manhã, tendo oferecido uma alma como vítima a Jesus, Ele aceitou a oferta e me disse:
(2) “Minha filha, a 1a coisa que quero é a união dos quereres, deve abandonar-se em minha
Vontade, deve ser o entretenimento de meu Querer, estarei tão atento a olhar se tudo o que faz
está conectado com meu Querer, especialmente se é voluntário, que dos involuntários não levarei
conta, porque quando me disser que quer ser minha vítima, o terei como não dito.
(3) 2°. – À união com meu Querer, acrescenta vítima de amor: Serei zeloso de tudo, o verdadeiro
amor não é dono de si, senão que é propriedade da pessoa amada.
(4) 3°. – Vítima de imolação: Tudo deve fazer em atitude de sacrificar-se por Mim, mesmo nas
coisas mais indiferentes.

(5) A isto se somará a vítima de reparação: De tudo deve doer, reparar-me por tudo, compadecer-
me por tudo, e isto será o 4°.

(6) Se se comportar fiel nisto, então poderei aceitar a vítima de sacrifício, de dor, de heroísmo, de
consumação. Recomenda-lhe fidelidade, se me é fiel tudo está feito”.
(7) E eu: “Sim, ser-te-á fiel”.
(8) E Ele: “Veremos”.

+ + + +

10-52
Fevereiro 3, 1912

Se não se encontra em uma alma a pureza, o justo agir e o amor, não pode ser espelho de Jesus.

(1) Continuando o meu estado habitual, o meu sempre amável Jesus veio, e pondo-me a sua santa
mão debaixo do queixo disse-me:
(2) “Minha filha, tu és o reflexo da minha glória”.
(3) Depois acrescentou: “No mundo me são necessários espelhos onde ir olhar-me. Uma fonte só
pode servir como espelho para que as pessoas possam olhar-se, quando a fonte é pura, mas não
ajuda que a fonte seja pura se as águas são turvas; é inútil àquela fonte vangloriar-se da
preciosidade das pedras nas quais está fundamentada se as águas são turvas; nem o sol pode
fazer perpendiculares seus raios para fazer aquelas águas prateadas e comunicar-lhes a variedade
das cores; nem as pessoas podem olhar um para o outro. Minha filha, as almas virgens são a
semelhança da pureza da fonte, as águas cristalinas e puras são o justo agir, o sol que faz
perpendiculares seus raios sou Eu, a variedade das cores é o amor. Então, se Eu não encontrar
em uma alma a pureza, o justo agir e o amor, não pode ser meu espelho, estes são meus espelhos
nos quais faço refletir minha glória, todos os demais, apesar de serem virgens, não só não posso
me olhar neles, mas querendo fazer não me reconheço neles. E o sinal de tudo isto é a paz, por
isso conhecerás quão escassos espelhos tenho no mundo, porque pouquíssimas são as almas
pacíficas”.

+ + + +

10-53
Fevereiro 10, 1912

Sinal para saber se alguém deixou tudo por Deus e chegou a agir e amar tudo divinamente.

(1) Continuando o meu estado habitual, assim que se fez ver, o meu sempre amável Jesus disse-
me:

(2) “Minha filha, para quem deixa tudo e age por Mim, e ama tudo divinamente, todas as coisas
estão à sua disposição. E o sinal para saber se tudo foi deixado por Mim e chegou a agir e a amar
tudo divinamente, é se no agir, no falar, no rezar, em tudo, não encontra mais obstáculos,
desgostos, oposições, porque diante desta potência de agir e amar divinamente, todos inclinam a
cabeça e nem sequer se atrevem a respirar. Eu, Pai benevolente, estou sempre a guarda do
coração humano, e vendo-o partir de Mim, isto é, agir e amar humanamente, ponho-lhe os
espinhos, os desgostos, as amarguras, as quais picam e amargam aquela obra e aquele amor
humano, e a alma vendo-se mortificada, descobre que aquele seu modo não é divino, entra em si
mesma e obra diversamente, porque as picadas são as sentinelas do coração humano e lhe
proporcionam os olhos para lhe fazer ver quem é quem a move: Deus ou a criatura. Mas quando
uma alma deixa tudo, age e ama tudo divinamente, goza a minha paz, e em vez de ter as
sentinelas e os olhos das picadas, tem a sentinela da paz que o afasta tudo o que a pode
perturbar, e os olhos do amor, os quais põem em fuga e queimam aqueles que querem perturbá-la,
por isso estes estão em paz com respeito àquela alma e lhe dão paz e se põem à sua disposição.
Parece que a alma pode dizer: “Ninguém me toca porque sou divina e sou toda de meu doce amor
Jesus; ninguém ousa perturbar meu doce repouso com meu Sumo Bem, e se se atreve, com a
Potência de Jesus que é minha, o porei em fuga”.
(3) Parece que disse muitos absurdos, mas Jesus certamente me perdoará, porque o fiz por
obedecer, parece que me dá o tema em palavras, mas eu sendo ignorante e menina não tenho
capacidade de desenvolvê-lo”.

11-50
Março 24,1913

Jesus é a alegria dos alegres

(1) Sentia um certo descontentamento pelas privações de meu sempre amável Jesus, e Ele
assim que veio me disse:
(2) “Minha filha, o que faz? Eu sou a alegria dos alegres; estando em ti e você sentindo alguns
descontentamentos, venho a reconhecer que és tu a origem desse descontentamento, e portanto não me reconheço que estou só em ti,
porque as infelicidades são parte da sua natureza humana, não da minha natureza divina, enquanto minha Vontade é
que o humano não exista mais em ti, seja vazia de si mesma, senão só tenha minha Vida Divina”.
(3) Acrescento que pensava comigo na doce Mãe, e Jesus disse-me:
(4) “Minha filha, à minha querida Mãe nunca lhe escapou o pensamento da minha Paixão, e à
força de a repetir encheu-se toda, toda de Mim. Assim acontece à alma, à força de repetir o que
Eu sofri vem a encher-se de Mim”.

 

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