Estudo 33 – Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Divina Vontade

Estudo 33 – Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Divina Vontade
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Cap 8 – Tomo 3

O QUE O FILHO DE DEUS PRATICOU EM SEU INTIMO DA CHEGADA A NAZARÉ ATÉ A IDADE DE DOZE ANOS QUANDO NO TEMPLO DISPUTOU COM OS DOUTORES

AGRADECIMENTOS E OFERTAS.

Tendo já chegado à cidade de Nazaré, minha pátria, antes de lá entrar, de joelhos em terra, eu, minha querida Mãe e o fidelíssimo José demos graças ao Pai pelo amor, a solicitude e a providência que havia empregado para conosco durante toda aquela longa e atribulada viagem. Oferecemos-lhe todos os padecimentos por que passamos, os quais foram numerosos e agradecemos-lhe ainda por se ter dignado dar-nos um termo feliz. Ofereci ao Pai todas aquelas ações de graças também por parte de todos os meus irmãos, principalmente por aqueles que, havendo chegado ao porto da salvação eterna, foram considerados dignos de entrar na pátria bem-aventurada. Agradeci-lhe por todas as ajudas a eles concedidas, por todas as graças, por sua infinita misericórdia e bondade em conduzi-los à salvação, pela correspondência e cooperação deles ã graça, sendo que esta é ainda uma graça especial, outorgada pela bondade de meu amoroso Pai. Roguei-lhe que, por aquele gosto que tinha por causa de minhas súplicas e agradecimentos, se dignasse conceder a todos nova graça e jamais deixasse de beneficiá-los, assisti-los e confortá-los em tão duro e áspero caminho, conforme na realidade é para os sentidos e a natureza corrompida. O Pai prometeu-me fazê-lo e, de fato, não deixa de cumpri-Io. Em tudo se mostra incansável, principalmente para com aqueles que não abusam das graças, ao invés com isto se tornam cada vez mais capazes de receber novas graças, favores e assistência. Agradeci de novo ao Pai, abençoei toda a cidade antes de lá entrar e pedi-lhe confirmasse aquela minha bênção, dignando-se também abençoá-la, como na realidade o fez.

NO LUGAR DA ENCARNAÇÃO.

Havendo ingressado na cidade e me dirigido à casinha onde havia assumido carne humana, ali, junto com a dileta Mãe e José prostrei-me de novo por terra para adorar meu Pai. Agradecemos-lhe novamente juntos; com grande júbilo de coração, rendemos-lhe ainda graças pelos benefícios feitos ao gênero humano por minha Encarnação, e eu, assim genuflexo, em terra, com as mãos juntas, ofereci-me novamente ao Pai, dizendo-lhe: “Eis-me aqui, Pai amantíssimo, prostrado a vossos pés! Consagro-me todo a vós e ofereço-me, pronto a cumprir a vossa adorável e santíssima vontade. A vós me sacrifico pela salvação de todo o gênero humano. Protesto na vossa presença não ter vindo ao mundo senão para fazer a vossa vontade. Não retornei a este lugar para de algum modo descansar, mas para cumprir a vossa vontade. Eis-me pronto para sofrer todas as incomodidades. Abraço de boa vontade todos os padecimentos: fome, sede, frio, tribulações, perseguir., desprezos, afrontas, detrações, escárnios, vilipêndios, angústias, tudo o que vos agradar enviar-me, protestando sofrer tudo de boa vontade e por vosso amor e pela salvação do gênero humano”. Agradou muito a meu Pai esta oferta e em sinal de complacência disse: “Tu és meu Filho meu amado, em ti ponho minha afeição”. Estas palavras foram ouvidas por minha dileta Mãe e por José, que logo foram elevados em dulcíssimo êxtase pela suavidade das mencionadas palavras. Então supliquei ao Pai que, em virtude da complacência que em mim tivera, se dignasse aceitar ainda todas as ofertas de si mesmos que lhe fizessem os meus irmãos e lhes concedesse a graça de pra devem ter. Além disso pedi-lhe se dignasse inspirá-lo a todos aqueles que não o fazem por falta de conhecimento e por própria negligência. Prometeu-me fazê-lo o querido Pai. De novo rendi-lhe graças e pedi-lhe quisesse receber minhas ofertas em suplência por todos aqueles que nisto falham. Recebeu-as meu Pai — e muito lhe agradaram — demonstrando-se satisfeito por tudo.

REPOUSAM E ALIMENTAM-SE.

Terminadas a oferta e a súplica feitas por mim ao Pai e rendidas as devidas graças, ergui-me; sentado, junto com a minha Mãe e José, repousamos um pouco, porque estávamos muito cansados da longa viagem e áspera caminhada, com tantos sofrimentos, Encontrando-me, esposa minha, assim cansado, necessitado quanto à minha humanidade de algum reconforto, e igualmente a minha querida Mãe e José, esperava alguma provisão da parte de meu Pai. Eis que de súbito, peia mão dos anjos, preparou a todos nós o alimento necessário. Alegres, portanto, e ingerida a comida enviada por meu Pai com tanto amor, juntos agradecemos ao amoroso Pai. Terminadas as ações de graças, ofereci-lhe aqueles louvores em nome de meus irmãos e pedi-lhe se dignasse dar a todos o indispensável para o próprio sustento. Se eles se achassem em grande necessidade, se dignasse ajudá-los em tudo e isto o fizesse pelo amor que me tinha e por minha gratidão para com Ele. Quando eles menos o pensarem, seja pródigo de suas graças, socorrendo-os com a sua altíssima providência. Ademais, roguei-lhe se dignasse auxiliar as almas e restaurá-las com as divinas luzes, ajudas e socorros, e que ao se encontrarem elas em extrema penúria e sem qualquer conforto, se dignasse consolá-las, alimentá-las e fortificá-las. O amoroso Pai tudo me prometeu, como de fato o realiza. Depende das criaturas que não cuidam de tal providência, nem a esperança, ou a procuram. Meu Pai, porém, está sempre pronto a consolá-las e confortá-las. Mas tão grande é o fastio que alguns não pensam em semelhantes reconfortos. Ao contrário, se lhes tornam fastidiosos e mais estimam uma comida material do que o suavíssimo alimento da refeição espiritual, a saber, as consolações divinas, as luzes, as graças e outras coisas, todas muito salutares para a alma que segue o caminho da virtude e da perfeição. Vendo eu tal negligência em meus irmãos sentia muito pesar, tanto ao ver por eles tão pouco estimadas e procuradas as graças de meu Pai , como também do dano que derivava para eles. Oferecia esta pena a meu dileto Pai, e pedia para ter com eles uma compaixão bem grande, e receber tudo aquilo que eu operava em suplência de suas omissões. Em virtude das minhas ofertas, desse-lhes novos estímulos e novas graças a fim de poderem despertar da tibieza e negligência. Prometeu-me tudo o Pai amoroso e assim ficava eu um tanto consolado. Rendia-lhe por isso novas graças, exaltava e louvava sua infinita bondade. Nisto muito se comprazia o Pai; eu me alegrava com sua complacência o desejava com grande ardor, que encontrasse tal agrado em todos os meus Irmãos. Ao verificar que não somente não encontrava neles prazer, mas que, ao Invés. eles lhe causavam muito desgosto, sentia grande pesar, de modo que era amargurada toda a consolação que havia recebido. O Pai, vendo-me tão aflito. prometia-me maior graça e novos auxílios a meus irmãos, a fim de que se esforçassem por agir de maneira a dar-lhe satisfação e prazer em suas obras. Fez-me ver muitos que seguiriam este caminho: neles muito se comprazia o dileto Pai. Com isto consolava-me e agradecia a sua infinita bondade e misericórdia.

A TRANQÜILIDADE DOMÉSTICA.

Havia já retornado a nossa pátria, habitava em casa de minha Mãe e de José, e permanecia ali com toda a tranquilidade. sem perseguição alguma. Por Isso agradecia ao Pai e rogava-lhe se dignasse conceder graça semelhante a todos aqueles que havendo suportado perseguições e tribulações por seu amor, por fim fizesse com que fruíssem de algum repouso e tranqüilidade para neste tempo prepararem-se a sofrer novas tribulações, todas as vezes que à divina Majestade aprouvesse lhes enviar. Encontrei o Pai muito inclinado a atender-me nesta prece e por isto lhe rendi as devidas graças, também por parte de todos aqueles aos quais concederá tal graça.

ABRAÇA A VONTADE DO PAI.

Perguntei depois ao Pai de que modo queria ser servido por mim no tempo em que lá morasse. O dileto Pai declarou-me abertamente e com grande amor a sua vontade. Eu de bom grado e de todo coração a abracei. Ficou com isto meu Pai muito contente, mostrando-me suma complacência por minha submissão e obediência a sua vontade. Rendi-lhe graças pela complacência que em mim punha e roguei-lhe que, em virtude desta, se dignasse comprazer-lhe ainda a submissão e obediência a Ele prestadas por todos os meus irmãos. Como por muitos isto é feito da modo assaz imperfeito, supliquei-lhe que recebesse em suplência a perfeição com a qual eu o fazia e que por meu mérito se contentasse em não olhar sua carência de méritos. Além disso pedi-lhe que, se meus irmãos procurassem entender sua vontade para segui-la, se digne fazer com que a entendam, por meio de vivas inspirações, ou por intermédio de seus ministros, ou pessoas relacionadas com eles, e simultaneamente lhes conceda a graça necessária para poderem cumprir perfeitamente sua vontade. O amoroso e benigno Pai atendeu-me em tudo e agradeci-lha tanto amor e caridade, demonstrados para com meus irmãos. Supliquei-lhe depois que me declarasse sua vontade acerca de minha dileta Mãe e José, seu esposo, como se deviam comportar no tempo que deviam estar comigo e como queria ser por eles servido. Nisto ainda atendeu-me amorosamente o dileto Pai; e apesar de já saber tudo isso, não obstante sempre fazia estas preces a meu Pai, em sinal de minha submissão e obediência a sua Majestade. Em todas as minhas obras, primeiro procurava a sua vontade e depois agia puramente para sua maior glória e para utilidade de meus irmãos. Havendo recebido a ordem. agradeci-lhe, exaltei sua infinita bondade e supliquei-lhe que se as almas que lhe são mais caras e também os seus ministros lhe pedirem que faça conhecer a sua vontade acerca das almas dos súditos ou das que se lhes recomendaram, se digne manifesta-la abertamente a fim de que as pobres almas dos súditos, não sejam enganadas e o Pai seja servido e honrado do modo que lhe apraz. Nisto ainda atendeu-me o Pai e eu de novo lhe agradeci por parte de todos aqueles que receberiam estas graças e luzes divinas.

SUBMISSÃO DE MARIA E JOSÉ.

Havendo passado algum tempo nestas conversas com meu Pai, quis declarar a dileta e a São José, qual a vontade de meu Pai,  e como se deviam comportar no tempo em que permaneceríamos  juntos, Para tal, chamei primeiro a mãe querida e depois José, e entre eles ajoelhei-me. Eles também dobraram os joelhos em terra, e unidos adoramos a meu Pai. Levantei-me depois, enquanto eles ficavam de joelhos para receberem as ordens de meu Pai. Declarei-lhes sua vontade, a qual era por eles ouvida com grande devoção e júbilo de coração. Manifestei-lhes ser vontade de meu Pai que permanecessem ali comigo até nova ordem e que José ficaria até a morte e ali morreria, assistido por minha Mãe e por mim. Esta grata noticia trouxe grande devoção e júbilo ao coração do afortunado José, que se desfazia todo em lágrimas de alegria. Mas, era bem razoável que meu Pai lhe concedesse esta consolação, pois havia suportado tantas tribulações na fuga para o Egito e na volta, a fim de livrar-me da morte que o ímpio Herodes havia maquinado. Era justo ter antecipadamente o consolo da certeza de encontrar junto de si, por ocasião da morte, aquele ao qual ele com tanto sofrimento havia salvado a vida. Meu Pai é muito liberal em dar o cêntuplo na vida presente a todos os que se afadigam por sua maior glória. Vendo eu que os meus irmãos ingratos não reconhecem esta sua liberalidade e por Isso não lhe agradecem e vivem dela esquecidos, agradecia ainda ao Pai por parte de José que reconhecia o favor particular, e depois agradecia-lhe por parte de todos os meus irmãos e principalmente por aqueles que não o reconhecem e vivem dele esquecidos. Tais agradecimentos foram muito agradáveis a meu Pai, que com muita razão exige de cada um estes devidos agradecimentos.

TRABALHO, ORAÇÃO, OBEDIÊNCIA.

Continuei depois a declarar-Lhes corno deviam, tanto José como a minha querida Mãe, ganhar o pão com o trabalho de suas mãos e que eles o deviam fazer ordenadamente, tanto quanto bastasse a seu sustento e o de minha pessoa, e nada mais. Assinalei-lhes o tempo determinado aos louvores divinos, que eram sete vezes ao dia, e isto o deviam fazer unidos a mim; embora sua mente sempre estivesse unida a Deus, louvando-o e bendizendo-o continuamente com todo o afeto do coração, não obstante estava determinado que aquelas sete vezes ao dia, devíamos fazê-lo todos os três conjuntamente. Esta segunda notícia causou grande contentamente ao coração de minha dileta Mãe que, amando imensamente os louvores divinos, jamais se saciava de louvar e bendizer a seu Criador. Manifestei-lhes ainda ser vontade de meu Pai, que eu lhes fosse submisso e portando, deviam mandar-me livremente, porque eu seria em tudo filho obedientíssimo. Nisto se entregaram à Vontade de meu Pai, mas foi-lhes motivo de grande dor ouvir que eu sendo verdadeiro filho de Deus, devia ser-lhes submisso à eles, que desejavam estar em tudo e por tudo sujeitos às minhas ordens. Mas a tanta consolação já experimentada, quis meu pai se misturasse alguma amargura. Minha dileta mãe e seu esposo José, jamais tiveram consolo algum na vida que não fosse misturado a alguma amargura ou tribulação, pois o Pai queria dar-lhes sempre ocasião de maior merecimento, tanto mais que estavam em tudo entregues à vontade de meu pai, abraçando de boa vontade tudo quanto lhes enviava a divina providência.

Também eu me submeti de bom grado à vontade de meu Pai e declarei querer viver submisso a Maria e a José. Agradou muito ao Pai esta minha pronta obediência. Ofereci-a em suplência por todos os meus irmãos que se mostram tão rebeldes em sujeitar-se a seu querer naquelas coisas que lhes acarretam diminuição. Além disso, ofereci-a em suprimento por aqueles filhos audaciosos e desobedientes que não querem viver sujeitos a seus genitores e nisto contrariam a ordem de meu pai, que o reclama com tanto vigor. Supliquei-lhe que, em virtude daquela minha obediência e submissão, desse a todos os filhos um verdadeiro espírito de sujeição e obediência a seus genitores. Pedi-lhe ainda que desse a todos os súditos um verdadeiro espírito de submissão e obediência para com seus superiores e maiores, e o fizessem para cumprir a sua divina vontade, e imitar-me a mim, que não só fui obediente a meu Pai celeste e a minha Mãe e a José, porém mais ainda aos juízes iníquos e aos homens malvados. Agradaram as minhas ofertas ao Pai e cumpriu os meus desejos, comprazendo-me em tudo o que eu reclamava para o bem de meus irmãos. Agradeci-lhe tanto amor e caridade empregados para com eles; e por parte daqueles ingratos que não só não lhe agradecem tal benefício, mas ainda dele abusam, não querendo cumprir a sua vontade, e rejeitam seus divinos impulsos e santas inspirações. Ofereci-lhe a minha gratidão e perfeita obediência não só a Ele, mas a tudo aquilo que Ele me ordenava. Via então muito bem e distintamente todos aqueles que, em relação a esta obediência e submissão, faltariam e abusariam das graças de meu Pai. Conhecia o desprazer que por isto lhe causaria e sentia imenso pesar, enquanto todo o meu desejo era que se cumprisse a vontade de meu dileto Pai, e que se tivesse a devida estima a suas graças e favores. Ora, vendo os meus irmãos tão descuidados disto, afligia-me muito. Oferecia ao Pai esta minha pena e o meu desejo em suplência por todos aqueles que lhe ocasionavam desgosto, ou que não queriam sujeitar-se e submeter-se ao querer de outrem, ocorrendo-lhes obrigação a este respeito, por serem súditos ou inferiores. Apraziam ao Pai as minhas ofertas e ficava com isto muito aplacado e pronto ao perdão, cada vez que meus irmãos recorrem a Ele com confiança e entrega de verdadeiros filhos. Tendo ficado já satisfeito, por meu intermédio, em prol de todos eles, trazia-me grande consolação ver meu dileto Pai logo aplacado e contente por aquilo que eu lhe oferecia. Entre tantas penas, isto me consolava e animava-me cada vez mais a redobrar as ofertas e as súplicas a meu Pai em benefício de meus irmãos. Fazia-o tanto mais porque sabia estar fazendo coisa tão grata a meu Pai, e na qual muito se comprazia.

DECLARA AOS SEUS A VONTADE DO PAI.

Havendo eles já ouvido qual a vontade do Pai sobre o meu modo de viver, naquela casinha junto com minha querida Mãe e José, seu esposo, não deixei logo de declarar a ambos a vontade de meu Pai, apesar de minha querida Mãe já estar informada; mas, para agradar-lhes, repeti-o, pois ela experimentava muito Contentamento ao lhe explicar eu a vontade de meu Pai, embora já o soubesse. Ao ouvirem qual era a vontade divina, juntos genuflexos em terra, adoravam as disposições divinas e lhe rendiam graças, por ter secundado nisto os desejos de seus corações, ansiosos inteiramente de viver em minha companhia. Vendo eu os seus desejos, ofereci-os ao Pai; e assim fez também minha Mãe querida unida a mim. Pedi-lhe se dignasse instilar em todos os meus irmãos, vivo desejo de viver na minha companhia, isto e, de terem-me sempre presente em todas as ações e de ansiarem por serem sempre assistidos, jamais abandonados por mim. Ofereci-me prontamente para estar sempre com eles, e embora por eles expulso, estar pronto a voltar, todas as vezes que por eles fosse, com ardentes súplicas, chamado de novo. Prometeu-me o Pai dar a cada um este desejo; mais ou menos, segundo as disposições do coração e da vontade. De fato, vi, esposa minha, que muitos receberiam este anelo como cumprimento daquilo que desejavam, isto é, estar em minha companhia. Esta, obtêm-na as almas desapegadas do afeto das criaturas e do desejo das coisas mundanas. Agradavam-me muito e mais desejava eu estar em companhia delas do que elas ansiavam por estar em minha companhia. Trazia-me grande pesar a multidão daquelas que não cuidam de mim e mais se deleitam em estar em companhia de vil criatura do que em estar comigo. Estas não atendem ao desejo que o Pai lhes comunica de estar comigo, porque o seu coração está apegado à criatura e pouca impressão lhes causa o desejo de mim; querem com ela deleitar-se e entreter-se, pospondo-me à criatura ou a outra coisa por elas amada. Fazem grande injustiça a meu Pai, recusando o desejo que Ele lhes transmite e fazem-me grande afronta e grande injúria. Desgostam-me e privam-me daquelas delícias que declarei experimentar ao estar com os filhos dos homens. Em seguida, privam-se elas a si mesmas de tão grande bem. Meu Coração ardia de amor para com as criaturas e por isto trazia-me tanta pena ver o coração delas tão desafeiçoado a mim. Muito mais me afligia por darem com isto sumo desgosto a meu Pai que desejava fosse eu, seu dileto Filho, conhecido e amado. Não deixava, porém, de aplacar a meu Pai, pedindo por elas e escusando-as. Mas a malícia destas tornava-as inescusáveis em sua presença, principalmente aquelas que me conhecem, tendo dele recebido muitas graças e luzes divinas para conhecerem-me e amarem-me. Meu Pai, não obstante, ficava muito aplacado por minhas súplicas e olhava a todos com amor e compaixão, tanto mais que com isto atendia a meu grande desejo de vê-lo benigno e amoroso para com meus irmãos e aplacado em relação a eles, por meu amor e em virtude das súplicas e ofertas que a todo instante lhe fazia. Não deixava de continuamente agradecer-lhe tantas graças, favores e misericórdias dispensadas a meus irmãos, por meu amor.

PRONTA OBEDIÊNCIA DE JESUS. Já tendo sido compreendido e declarado por mim a minha querida Mãe e a José, seu esposo, qual a vontade de meu Pai, agradecemos juntos ao Pai. Comecei logo a cumprir a sua ordem e vontade, com grande júbilo e alegria de coração. Ofereci esta pronta obediência a meu Pai e esta alegria e júbilo em executar a sua vontade, em suplência por aqueles que cumprem a vontade do Pai, mas com tristeza e melancolia, e assim não lhe agradam por realizarem as suas disposições de má vontade. O Pai ficou consolado com esta minha oferta. Pedi-lhe desse a todos os meus irmãos idêntica alegria e júbilo ao fazerem-lhe a vontade. O Pai mo prometeu; de fato, não deixa de realizá-lo com todo amor, enquanto quem pratica prontamente as suas ordens experimenta alegria inexplicável e júbilo de coração, que tornam a criatura muito consolada.

 

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