Estudo 33 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 33 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade
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PARTE 1PARTE 2 PARTE 3
12-52
Junho 20, 1918
Jesus fazendo o ofício de Sacerdote consagra as almas que vivem em seu Querer.

(1) Continuando o meu habitual estado, o meu doce Jesus fazia-se ver ao meu redor todo cheio
de atenções, parecia que me vigiava em tudo, e conforme o fazia saía do seu coração uma
corda que vinha ao meu coração; e, se eu estava atenta, a corda ficava fixa no meu coração, e
Jesus movia esta corda e se divertia. E o meu amado Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, Eu sou todo atenção para as almas, se me correspondem e fazem outras
tantas atenções para Mim, as cordas de meu amor ficam fixas em seus corações, e Eu
multiplico minhas atenções e me divirto; de outra maneira as cordas ficam soltas, e meu amor
rejeitado e desolado”.
(3) Depois acrescentou: “Para quem faz minha Vontade e vive nela, meu amor não encontra
obstáculo, e Eu o amo e o prefiro tanto que reservo para Mim só o fazer tudo o que se necessita
para eles, e ajuda, direção, socorros inesperados, graças imprevistas. Mas também sou
ciumento de que outros lhe façam alguma coisa; quero fazer tudo Eu, e chega a tanto meu zelo
de amor, que se dou a potestade aos sacerdotes de consagrar-me nas hóstias sacramentais
para fazer-me dar às almas, em troca a estas almas, conforme vão repetindo seus atos em
minha Vontade, conforme se resignam, conforme fazem sair o querer humano para fazer entrar
o Querer Divino, Eu mesmo me reservo o privilégio de consagrar a estas almas, e o que faz o
sacerdote sobre a hóstia faço Eu com elas, e não uma só vez, senão cada vez que repete seus
atos em minha Vontade, como um poderoso imã me chama, e eu, qual hóstia privilegiada a
consagro, vou repetindo-lhe as palavras da Consagração, e isto faço-o com justiça, porque a
alma com fazer a minha Vontade se sacrifica mais do que as que comungam e não fazem a
minha Vontade, aquelas se esvaziam de si mesmas para me pôr a Mim, me dão pleno domínio,
e se for necessário estão dispostas a sofrer qualquer pena para fazer minha Vontade, e Eu não
posso esperar, meu amor não resiste para dar-me em comunhão a elas até que o sacerdote
queira dar-lhes uma hóstia sacramental, por isso faço tudo por Mim. Oh! quantas vezes me dou
em comunhão antes que o sacerdote queira me dar ele, se isto não fosse assim, meu amor
ficaria como impedido e atado nos sacramentos. Não, não, Eu sou livre, os sacramentos eu os
tenho em meu coração, Eu sou o proprietário e posso exercitá-los quando eu quiser”.
(4) E enquanto dizia isto, parecia que girava por toda parte para ver se havia almas que faziam
sua Vontade para consagrá-las. Como era bonito ver o amável Jesus girar como de pressa,
para fazer o ofício de sacerdote e ouvi-lo repetir as palavras da consagração sobre aquelas
almas que faziam e viviam em seu Querer. Oh! bem-aventuradas as almas que recebem a
consagração de Jesus, fazendo seu Santíssimo Querer.

12-53
Julho 2, 1918

Enquanto a alma se abandona em Jesus, Ele abandona-se na alma.

(1) Eu estava dizendo ao meu amado Jesus: “Jesus, eu te amo, mas meu amor é pequeno, por
isso te amo em seu amor para torná-lo grande; eu quero adorá-lo com suas adorações, rezar
em sua oração, agradecer-lhe em seus agradecimentos”. Agora, enquanto dizia isto, o meu
amável Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, assim que puseste o teu amor no meu para me amar, o teu amor ficou fixo no
meu e se ampliou e se ampliou no meu, e me senti amar como queria que a criatura me
amasse; e conforme adoravas nas minhas adorações, rezavas, agradecias, assim ficavam fixos
em Mim, e sentia-me a adorar, rezar e agradecer com as minhas adorações, orações e
agradecimentos. ¡ Ah! minha filha, é preciso grande abandono em Mim, e à medida que a alma
se abandona em Mim, assim Eu me abandono nela, e enchendo-a de Mim faço Eu mesmo o
que ela deve fazer para Mim; mas se não se abandona em Mim, então o que faz fica fixado
nela, não em Mim, e sinto o obrar da criatura cheio de imperfeições e misérias, o que não
poderá me agradar”.

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12-54
Julho 9, 1918

Quem vive no Divino Querer faz vida na fonte de amor de Jesus.

(1) Continuando meu habitual estado, meu doce Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, Eu sou todo amor, sou como uma fonte que não contém outra coisa que amor,
e tudo o que poderia entrar nesta fonte perde suas qualidades e se torna amor, assim que em
Mim a justiça, a sabedoria, a bondade, a fortaleza, etc., não são outra coisa que amor, mas
quem dirige esta fonte, este amor e todo o resto? Meu Querer! Meu Querer domina, rege,
ordena; assim que todas minhas qualidades levam o selo de meu Querer, a Vida de minha
Vontade, e onde encontram meu Querer fazem festa, se beijam mutuamente; onde não,
zangadas se retiram. Agora minha filha, quem se deixa dominar por minha Vontade e vive em
meu Querer, faz vida em minha mesma fonte, sendo quase inseparável de Mim, e tudo nele se
muda em amor, assim que amor são os pensamentos, amor a palavra, o batimento, a ação, o
passo, tudo; para ele é sempre dia, mas se se separa de minha Vontade, para ele é sempre
noite e todo o humano, as misérias, as paixões, as fraquezas, saem em campo e fazem seu
trabalho, mas que tipo de trabalho, trabalho para chorar”.

13-34
Novembro 19, 1921

Os dois apoios. Para conhecer as verdades é necessário que haja a vontade e o desejo de conhecê-las. As verdades devem ser simples.

(1) Estava fazendo companhia ao meu Jesus agonizante no Horto do Getsêmani, e por quanto
me era possível compadecia-o, estreitava-o forte ao meu coração tratando de secá-lo o suor
mortal, e meu sofredor Jesus, com voz apagada e agonizante me disse:
(2) “Minha filha, dura e penosa foi minha agonia no Horto, talvez mais penosa que a da cruz,
porque se esta foi o cumprimento e o triunfo sobre todos, aqui no Horto foi o princípio, e os
males se sentem mais ao princípio do que quando estão por terminar, nesta agonia, a pena
mais dilacerante foi quando todos os pecados me foram trazidos um a um, a minha humanidade
compreendeu toda a enormidade deles e cada delito levava o selo de “morte a um Deus”, e
estava armado com espada para me matar. Diante da Divindade a culpa me aparecia tão
horrenda e mais horrível que a própria morte; só ao compreender o que significa pecado, Eu me
sentia morrer e morria em realidade, gritei ao Pai e foi inexorável, não houve um só que ao
menos me desse uma ajuda para não me fazer morrer, gritei a todas as criaturas que tivessem
piedade de Mim, mas em vão, assim que minha Humanidade definhava e estava por receber o
último golpe da morte. Mas sabes quem impediu a execução e sustentou a minha humanidade
para não morrer? Primeiro foi minha inseparável Mamãe, Ela ao ouvir-me pedir ajuda voou a
meu lado e me sustentou, e Eu apoiei meu braço direito nela, olhei-a quase agonizante e
encontrei nela a imensidão de minha Vontade íntegra, sem ter havido nunca ruptura alguma
entre minha Vontade e a sua. Minha Vontade é Vida, e como a Vontade do Pai era inamovível,
e a morte me vinha das criaturas, outra criatura que encerrava a Vida de minha Vontade me
dava a vida. E eis que a minha Mãe, que no portento da minha Vontade me concebeu e me fez
nascer no tempo, e agora me dá pela segunda vez a vida para fazer-me cumprir a obra da
Redenção. Depois olhei para a esquerda e encontrei a pequena filha de meu Querer, te
encontrei como primeira, com o séquito das outras filhas de minha Vontade, e assim como a
minha Mamãe a quis Comigo como primeiro elo da misericórdia, com o qual devíamos abrir as
portas a todas as criaturas, por isso quis apoiar nela a direita; Eu te quis como primeiro elo da
justiça, para impedir que se descarregasse sobre todas as criaturas como merecem, por isso
quis apoiar a esquerda, a fim de que a segurasse junto Comigo. Então, com estes dois apoios
Eu me senti dar novamente a vida, e como se nada tivesse sofrido, com passo firme fui ao
encontro de meus inimigos, e em todas as penas que sofri em minha Paixão, muitas delas
capazes de me dar a morte, estes dois apoios não me deixavam jamais, e quando me viam a
ponto de morrer, com minha Vontade que continham me sustentavam e me davam como tantos
goles de vida. ¡ Oh! os prodígios de meu Querer, quem pode jamais numerá-los e calcular seu
valor? Por isso amo tanto a quem vive de meu Querer, reconheço nela meu retrato, meus
nobres traços, sinto nela meu mesmo alento, minha voz, e se não a amasse me defraudaria a
Mim mesmo, seria como um pai sem geração, sem o nobre cortejo de sua corte e sem a coroa
de seus filhos, E se eu não tivesse a geração, a corte, a coroa, como poderia chamar-me
Rei? Então o meu reino é formado por aqueles que vivem na minha Vontade, e deste reino eu
escolho a Mãe, a Rainha, os filhos, os ministros, o exército, o povo, Eu sou tudo para eles e
eles são tudo para Mim”.
(3) Depois estava a pensar no que Jesus me dizia, e dizia entre mim: “Como se faz para pôr em
prática isto?” E Jesus regressando acrescentou:
(4) “Minha filha, as verdades para as conhecer, é necessário que haja vontade e o desejo de as
conhecer. Supõe uma estadia com as persianas fechadas, por quanto sol haja fora a
permanência está sempre em escuridão; agora, abrir as persianas significa querer a luz, mas
isto não basta se não se aproveita a luz para reordenar a permanência, sacudi-la, pôr-se a
trabalhar, porque se não, é como matar essa luz e fazer-se ingrato pela luz recebida. Assim não
basta ter vontade de conhecer as verdades, se à luz da verdade que o ilumina não busca
sacudir-se de suas fraquezas e reordenar-se segundo a luz da verdade que conhece, e junto
com a luz da verdade pôr-se a trabalhar fazendo dela substância própria,” em modo de
transparecer por sua boca, por suas mãos, por seu comportamento, a luz da verdade que tem
absorvido, então seria como se matasse a verdade, e não pondo-a em prática seria estar em
plena desordem diante dessa luz. Pobre estadia, cheia de luz mas toda desordenada,
transtornada e em plena desordem, e uma pessoa dentro que não se preocupa em reordená-la,
que compaixão não daria? Tal é quem conhece as verdades e não as põe em prática.
(5) Deve saber que em todas as verdades, como primeiro alimento entra a simplicidade, se as
verdades não fossem simples, não seriam luz e não poderiam penetrar nas mentes humanas
para iluminá-las, e onde não há luz não se podem distinguir os objetos; a simplicidade não só é
luz, mas é como o ar que se respira, que embora não se veja dá a respiração a tudo, e se não
fosse pelo ar, a terra e todos ficariam sem movimento, assim que se as virtudes, as verdades,
não levam a marca da simplicidade, serão sem luz e sem ar”.

14-35
Junho 11, 1922

A vida natural simboliza a vida espiritual.

(1) Estava pensando entre mim: “Como será que também a vida espiritual sofre tantas
mudanças, enquanto se está convencido de que este deve ser meu caminho, quando menos se
pensa já se saltou a outro lado, sofrendo quem sabe quantos rasgos dolorosos que fazem
sangrar o coração, pode-se dizer que pelas tantas mudanças que se sofre, é um contínuo
martírio”. Então meu doce Jesus movendo-se dentro de mim me disse:
(2) “Minha filha, é verdade que a vida espiritual deve ser um contínuo martírio, porque deve ser
semelhante ao primeiro e maior dos mártires, o qual fui Eu, e se não for assim, não se pode dar
verdadeiro nome de vida espiritual, senão larva e sombra dela. Além disso, é necessário que
sofra várias mudanças, e isto é para fazê-la chegar a devida estatura e para torná-la nobre, bela
e perfeita. Se a mesma natureza humana, menos importante, sofre quem sabe quantas
mudanças para fazê-la chegar à devida estatura, muito mais a espiritual que é mais importante
e superior à vida natural, aliás, a vida natural simboliza a vida espiritual. Observa um pouco
quantas mudanças sofre a vida natural: ela é concebida dentro do seio materno e está ali por
nove meses para formar bem o corpinho, e quando está formado é obrigado a sair, e se
quisesse continuar dentro morreria, porque sem espaço para crescer, sufocaria, arriscando a
vida e a da mãe. Agora, se esta concepção se formasse fora de um seio materno, quem deveria
emprestar o sangue, o calor para formar o corpinho? E além disso, sendo os membros

terníssimos, o ar mesmo o mataria; então, quanta cautela não se necessita para o recém-
nascido? O calor, o frio, a mesma estreiteza do ventre materno lhe podem ser de morte; eis por

que de fraldas, berço, leite; se se quisesse dar outro alimento, o pequeno não saberia como
mastigá-lo, assim se poria em perigo a sua vida; mas depois chega o tempo em que se faz
capaz de tomar outro alimento, de tirar as fraldas, e se aprende a dar os primeiros passos.
Olhe, não estamos mais que na infância e já sofreu três mudanças; agora, o que se diria se
este pequeno vendo-se em terra para lhe fazer dar o primeiro passo, temendo ser liberado
pelos braços da mamãe, grita, chora e não quer saber nada? Seria de lamentar, porque nos
braços da mãe jamais se faria homem, sem movimento não se tornaria forte nem desenvolvido.
(3) Agora vamos à verdadeira vida espiritual, ela se concebe em meu seio; meu sangue, meu
amor, meu alento a formam; depois a alimento a meu peito, a enfaixo com minhas
graças; depois passo a fazê-la caminhar com minhas verdades, mas não é meu propósito
formar uma menina brincalhona, mas formar uma cópia toda semelhante a Mim, por isso entram
as mudanças, que não são para outra coisa que para fazê-la chegar a idade madura e dar-lhe
todos aqueles privilégios e prerrogativas que contém a verdadeira vida espiritual, de outra
maneira permanecerá como menina em fraldas, que em vez de formar minha honra e minha
glória, formaria minha dor e desonra, e quantas há que permanecem somente recém-nascidas,
ou ao mais em fraldas, e pouquíssimas são as que trabalham junto Comigo para fazer delas
uma cópia de Mim”.

19-38
Julho 18, 1926

Por que o Nosso Senhor, ao vir à terra, não manifestou o Reino do seu Querer.

(1) Minha pobre mente estava pensando no que está escrito aqui em cima, e meu doce Jesus
continuou sobre o mesmo argumento dizendo-me:.
(2) “Minha filha, olha então o por que ao vir à terra não dei o Reino de meu Querer nem o fiz
conhecer, pois havia uma necessidade, quis submeter a uma nova prova à criatura, quis dar-lhe
coisas menores daquelas que lhe dei na Criação, remédios e bens para curá-la, porque, criando-o,
o homem não estava doente, mas são e santo, portanto podia muito bem viver no Reino do meu
Querer, mas subtraindo-se do Querer Supremo adoeceu, e Eu vim à terra como médico celestial
para ver se aceitava os remédios, os medicamentos para a sua doença, e depois de tê-lo
experimentado nisso, então lhe teria dado a surpresa de manifestar o Reino de minha Vontade, que
em minha Humanidade tinha preparado para ele.

(3) Enganam-se aqueles que pensam que nossa suma bondade e sabedoria infinita teriam deixado
ao homem só com os bens da Redenção, sem levantá-lo de novo ao estado primeiro criado por
nós; se assim fosse, nossa Criação teria ficado sem sua finalidade e portanto sem seu pleno efeito,
o que não pode ser nas obras de um Deus, no máximo faremos passar e girar os séculos, dando
agora uma surpresa, agora uma outra, agora confiando-lhe um pequeno bem, agora outro maior;
faremos como um pai que quer herdar a seus filhos, mas estes filhos muito têm desperdiçado os
bens do pai, mas contudo e isto está decidido a herdar a propriedade a seus filhos, assim que
pensa em outra estratégia, não dá já a seus filhos as somas grandes senão pouco a pouco, peso a
peso, e conforme vê que os filhos conservam o pouco assim vai aumentando as pequenas somas.
Com isto os filhos vêm a reconhecer o amor do pai e a apreciar os bens que lhes confia, o que não
faziam antes quando tinham as somas grandes, isto serve para os reafirmar e para lhes ensinar a
saber conservar os bens recebidos; então o pai, quando os formou, confirma sua decisão e dá suas
propriedades a seus filhos. Agora, assim está fazendo a paterna bondade, na Criação pôs o
homem na opulência dos bens, sem restrição alguma, mas somente porque quis prová-lo colocou
uma só restrição, que a ele não teria custado grande coisa, mas com um ato de sua vontade
contrária à minha desperdiçou todos estes bens, mas meu amor não se deteve, comecei, mais que
pai, a dar-lhe pouco a pouco, e primeiro a curá-lo. Com o pouco muitas vezes se usa mais atenção
que quando se possuem as coisas grandes, porque se possuem grandes propriedades e se se
esbanja, há sempre de onde tomar, mas se esbanja o pouco fica em jejum; mas a decisão de dar o
Reino da minha Vontade ao homem não a mudei, o homem muda, Deus não se muda. Agora a
coisa é mais fácil, porque os bens da Redenção fizeram o caminho, fizeram conhecer muitas
surpresas do meu amor pelo homem, como os amei, não só com o Fiat mas com dar-lhe a minha
própria Vida, se bem que meu Fiat me custe mais que minha própria humanidade, porque o Fiat é
Divino, Imenso e Eterno, minha humanidade é humana, limitada e no tempo tem seu princípio, mas
a mente humana não conhecendo a fundo o que significa o Fiat, seu valor, sua potência, e o que
pode fazer, se deixam impressionar mais por tudo o que fiz e sofri ao vir redimi-los, sem saber que
sob minhas penas e minha morte estava escondido meu Fiat, que dava vida a minhas penas.
Agora, se eu quisesse manifestar o Reino da minha Vontade, tanto quando vim à terra, como antes
de que os bens da Redenção fossem conhecidos e em grande parte possuídos pelas criaturas,
meus maiores santos teriam ficado atemorizados, todos teriam pensado e dito: Adam inocente e
santo não soube viver, nem perseverou neste Reino de luz interminável e de santidade divina,
como podemos nós fazê-lo? E tu, quantas vezes não te assustaste? E tremendo diante dos bens
imensos e da santidade toda divina do Reino do Fiat Supremo querias retirar-te dizendo-me: Jesus,
pensa em qualquer outra criatura, eu sou incapaz’. Não te espantou tanto o sofrer, ao contrário,
muitas vezes me rogaste, incitando a que te fizesse sofrer, e por isso minha mais que paterna
bondade, como a uma segunda mãe minha, à qual ocultei que ia conceber-me em seu seio,
primeiro a preparei, a formei, para não fazê-la espantar, e quando chegou o tempo oportuno, no
mesmo momento em que Eu devia conceber-me, então o fiz saber por meio do anjo, e se no
primeiro momento tremeu e se conturbou, mas logo se serenou, porque estava habituada a viver
junto com seu Deus, em meio a sua luz e diante de sua santidade. Assim te fiz, por tantos anos e
anos te ocultei que queria formar em ti este Reino supremo, te preparei, te formei, me encerrei em
ti, no fundo de tua alma para formá-lo, e quando tudo estava feito te manifestei o segredo, te falei
de tua missão especial, pedi-te em modo formal se querias aceitar o viver em minha Vontade, e
enquanto tu temias e tremias, Eu te alentava e te tranquilizava dizendo-te: Por que te perturbas?
Talvez não tenha vivido até agora junto Comigo no Reino de meu Querer? ‘ E você se acalmando
tomava mais prática em viver nele e Eu me deleitava em ampliar sempre mais os confins de meu
Reino, porque está estabelecido até onde a criatura deve tomar posse neste Reino, posto que são
intermináveis seus confins, e a criatura é incapaz de poder abraçá-los todos, porque é limitada”..
(4) E eu: “Meu amor, não obstante meus temores não cessaram de todo, e às vezes me espanto
tanto, que temo chegar a ser um segundo Adão”.
(5) E Jesus: “Minha filha, não temas, tu tens mais ajuda que a que tinha Adão, tens a ajuda de um
Deus Humanado e todas as suas obras e penas para tua defesa, para teu sustento, para teu
cortejo, o que ele não tinha, por que então queres temer? Mas fica atenta à santidade que convém
para viver neste Reino celestial, à tua felicidade e fortuna, pois vivendo nele te basta um olhar,
ouvir uma só palavra minha para compreender seus bens, enquanto que quem está fora, se pode
dizer que entendem só que existe o Reino de minha Vontade, mas do que está dentro, e o que se
necessita para fazê-lo compreender, apenas o alfabeto de minha Vontade podem entender”..

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19-39
Julho 20, 1926

A palavra de Jesus é trabalho, o seu silêncio é repouso.
O repouso de Jesus no meio das suas obras.

(1) Continuava me sentindo toda abandonada no Supremo Querer, meu sempre amável Jesus se
fazia ver tudo em silêncio, em ato de olhar toda a Criação, todas suas obras, e enquanto as olhava
ficava como arrebatado profundamente ante a magnificência, santidade, multiplicidade e grandeza
de suas obras, e eu junto com Jesus guardava um profundo silêncio ao olhar suas obras, muitas
coisas se compreendiam, mas tudo ficava no fundo da inteligência, sem palavras para poder dizê-
las. Como era bonito estar junto com Jesus em profundo silêncio! Depois disto meu amado bem,
minha doce vida me disse:.
(2) “Minha querida filha, tu deves saber que a minha palavra é trabalho, o meu silêncio é repouso, e
não somente para Mim é trabalho a minha palavra, mas também para ti, e é meu costume que
depois de ter trabalhado quero repousar no meio das minhas próprias obras, Elas são o leito mais
brando no meu repouso, e como tu ouviste a minha palavra e trabalhaste comigo, por isso
juntamente comigo descansa.
Olha minha filha como é bela toda a Criação, foi a palavra de teu
Jesus que com um Fiat a trabalhou, mas sabes tu qual é o meu encanto que me rapta? Seu
pequeno eu te amo’ sobre cada uma das coisas criadas; com este teu pequeno amor te amo’
impresso sobre cada uma delas, todas me falam de teu amor, me falam de minha recém nascida
de minha Vontade, escuto o eco harmonioso de toda a Criação que me fala de ti; oh! como me
rapta, como estou contente ao ver que meu Fiat na Criação e aquele que te ensinei se dão a mão,
se entrelaçam juntos e cumprindo minha Vontade me dão repouso. Mas não estou contente em
repousar sozinho, quero junto comigo aquela que me dá repouso, a fim de que ela descanse e
gozemos juntos os frutos de nosso trabalho. Não te parece mais bela toda a Criação e todas as
obras da minha Redenção com o teu amor, com a tua adoração e com a tua vontade fundida na
minha, que faz vida entre as esferas celestes? Assim, não há mais solidão nem silêncio sepulcral
que havia antes nas esferas celestes e em todas as minhas obras, mas há a pequena filha do meu
Querer que faz companhia, que faz ouvir a sua voz, que ama, que adora, que reza, e que
mantendo seus direitos dados a ela por minha Vontade, possui tudo, e quando há quem possui não
há mais solidão nem silêncio de tumba. Eis por que depois de te haver falado muito faço silêncio, é
o repouso que se requer para Mim e para ti, para depois poder retomar de novo o falar-te e assim
continuar meu e teu trabalho. Mas enquanto descanso contemplo todas as minhas obras, meu
amor surge em Mim e refletindo em Mim mesmo e agradando-me, concebo em Mim outras
imagens minhas semelhantes a Mim, e minha Vontade as põe fora como triunfo de meu amor e
como geração predileta de meu Fiat Supremo, Assim, no meu repouso, gero os filhos à minha
Vontade, todos semelhantes a Mim, e na minha palavra os dou à luz e lhes dou o desenvolvimento,
a beleza, a altura, por isso a minha palavra os vai formando dignos filhos do Fiat Supremo. Por isso
minha filha, cada palavra minha é um dom que te faço, e se te chamo ao repouso é para que tu
contemples o meu dom, e agradando-te e amando-o faça surgir de ti outros dons semelhantes
àqueles que te dei, e pondo-os fora formarão junto a geração dos filhos do Fiat Supremo, oh, como
estaremos contentes!”.

 

19-40
Julho 23, 1926

Temores de ser deixada por Jesus. Quem vive no Querer Divino perde toda via de saída, nem Jesus pode deixá-la nem ela pode
deixá-lo. A Criação é espelho, a Vontade Divina é Vida.

(1) Tendo esperado e suspirado muito a vinda de meu doce Jesus, pensava entre mim: “Como
farei, se quem forma minha vida me deixa só e abandonada, poderia eu viver? E se eu vivo, porque
agora entendo que não são as penas que fazem morrer, pois se assim fosse, depois de tantas
privações suas estaria morta, as penas ao mais fazem sentir a morte, mas não a sabem dar, fazem
viver esmagada e esmagada como debaixo de uma prensa, mas o poder da morte pertence
apenas ao Querer Supremo”. Enquanto eu pensava assim, o meu adorável Jesus mexeu-se dentro
de mim, e fez-se ver que tinha uma corrente de ouro nas mãos e se deleitava em fazê-la passar
entre mim e Ele, de modo que ficávamos atados juntos, e com um amor e bondade toda paterna
me disse:.
(2) “Minha filha, por que teme que te deixe? Escuta, Eu não posso tolerar este temor em ti, tu
deves saber que nas condições em que te pus, o mar de meu Querer que dentro e fora de ti corre,
no qual tu voluntariamente, não forçada, te ofereceste nele, tem ampliado tanto seus confins, que
nem eu nem tu encontraremos o caminho para sair. Então, se você quiser me deixar, não
encontrará o caminho, e por quanto queiras girar, girarás sempre nos confins intermináveis de
minha Vontade, muito mais que teus atos feitos nela te fecharam todo caminho de saída. E se eu
quisesse deixar-te, não o poderia fazer, porque não saberia para onde ir para me afastar dos
confins da minha Vontade, ela está em todo o lado, e para onde quer que vá, encontrar-me-ia
sempre contigo. Quanto mais eu faço com você como uma pessoa que possui um quarto grande, e
amando a outra pessoa inferior a ela, de mútuo acordo a toma e a outra vai, mas como a casa é
grande, se esta se afasta e gira em sua casa, aquela a perde de vista e se lamenta, mas sem
razão, pois se a casa é sua, poderá deixá-la? As coisas próprias não são deixados, portanto, ou ele
vai voltar para casa em breve, ou talvez ele está em algum quarto de sua própria casa. Por isso, se
te dei a minha Vontade para tua habitação, como posso deixar-te e separar-me d‟Ela? Por quanto
sou potente, nisto sou impotente, porque sou inseparável de meu Querer, por isso ao máximo me
afasto em meus confins e você me perde de vista, mas não é que te deixe, e se você girasse em
nossos confins logo me encontraria, por isso em lugar de temer, me espere, e quando menos
pensares, vais encontrar-me todo apertado a ti”.

(3) Depois disto estava fazendo meus acostumados atos no Supremo Querer, e diante de minha
mente se fazia presente toda a ordem que convém ter na Divina Vontade, o que se deve fazer e até
onde se pode chegar, em suma, tudo o que Jesus mesmo me ensinou, e pensava entre mim:
“Como poderão fazer tudo isto as criaturas? Se eu que tomo da fonte me parece que não faço
tudo, muitas coisas deixo para trás e não chego àquela altura que Jesus diz, o que será daqueles
que tomarão de minha pequena força?” E Jesus, movendo-se dentro de mim, disse-me:.

(4) “Minha filha, muitas coisas que criei na Criação, nem todas te servem a ti, nem as gozas, muitas
outras não as conheces, mas se não te servem a ti servem aos demais, se não as gozas e as
conheces tu, gozam e conhecem os demais, e se as criaturas não tudo tomam, Todas servem à
minha grande glória e para fazer conhecer minha força, minha majestade, meu grande amor, e a
multiplicidade de tantas coisas criadas fazem conhecer a sabedoria, o valor do Artífice Divino, que
é tão hábil que não há nada que não saiba fazer. Agora, se tantas coisas tirei fora na criação do
mundo, que devia servir à natureza e que devia ser como espelho no qual o homem, olhando-se,
devia reconhecer seu Criador, e todas as coisas criadas deviam ser caminhos para retornar ao seio
paterno de onde tinha saído, muito mais é necessário fazer conhecer mais coisas do Reino de
minha Vontade, que deve servir como vida da alma e como centro onde Deus deve ter seu trono.
Agora, a multiplicidade das coisas que te fiz conhecer serve para mostrar quem é esta Vontade
Divina, como não há coisa mais importante, mais santa, mais imensa, mais potente, mais benéfica
e que tem virtude de dar vida, que Ela.

Todas as outras coisas, por quanto boas e santas, são sempre na ordem secundária,
só Ela tem sempre o primeiro lugar, e onde não está Ela não pode
haver vida. Por isso, os muitos conhecimentos sobre a minha Vontade servirão a minha própria
Vontade como glória e triunfo, e servirão às criaturas como caminho para encontrar a vida e
recebê-la, e a sua altura e imensidão servirão às criaturas para que jamais se detenham, mas que
sempre caminhem para alcançá-la, por quanto possam, e a multiplicidade dos conhecimentos
servirá à liberdade de cada uma para tomar aqueles que quiserem, porque cada conhecimento
contém a Vida, e se se rompe o véu do conhecimento encontrarão dentro, como rainha, a Vida da
minha Vontade; portanto, conforme tomam e fazem, Tanto mais crescerá a Vida da Minha Vontade
neles. Por isso se atenta em manifestar os méritos, as riquezas infinitas que possui, a fim de que o
Céu de meu Querer seja mais belo, mais atrativo, mais majestoso, como o é, que o céu da Criação,
a fim de que arrebatados por sua beleza, pelos bens que contém, possam todos suspirar o vir a
viver no Reino da minha Vontade”..

20-37
Dezembro 15, 1926

A nota de amor. Como cada ato de Vontade de Deus feito pela criatura é um ato a mais de bem-aventurança.

(1) Estava seguindo meu giro na Criação para seguir a Vontade Suprema em todas as coisas
criadas, mas enquanto isso fazia pensava na minha mente: “Que bem faço, que glória dou a este
Fiat adorável ao percorrer, como passando lista, todas as coisas criadas, para pôr nelas ainda que
seja um pequeno te amo meu? Quem sabe se não é uma perda de tempo o que faço”. Agora,
enquanto pensava nisso, o meu doce Jesus mexeu-se dentro de mim e disse-me:
(2) “Minha filha, o que dizes? Com minha Vontade não se perde jamais o tempo, mais bem
seguindo-a se ganha o tempo eterno. Agora você deve saber que cada coisa criada contém um
deleite, distinto um do outro, e estes deleites foram postos por Nós porque deviam servir-nos para
deleitar-nos a Nós e à criatura. Agora, em cada coisa criada corre o nosso amor, e conforme tu
passas nelas, assim fazes correr a nota do teu; não queres tu, então, a tanto amor nosso pôr as
tuas pequenas notas, os teus pontos, as tuas vírgulas, as tuas cordinhas que digam amor, que
harmonizando com o nosso formem o deleite por Nós querido para Nós e para ti? Um deleite se
desfruta mais quando há companhia, o isolamento faz morrer o gosto, assim que com sua
companhia que nos faz girando na Criação, faz-nos recordar nossos tantos deleites que foram
postos por Nós em cada coisa criada, faz-nos reviver nossos gostos, e enquanto tu nos deleitas,
Nós te deleitamos. E além disso, queres tu também deixar isolada a nossa Vontade? Não, não,
convém que a pequena filha não deixe jamais sozinha a sua Mãe, que esteja sempre em seus
joelhos para segui-la em todos os seus atos”.
(3) Depois disto minha pobre mente nadava no mar imenso do Eterno Fiat, e meu amável Jesus
adicionou:
(4) “Minha filha, entre tantas qualidades e prerrogativas que contém meu Querer, contém um ato
jamais interrompido de beatitude, e a alma, por quantos atos faz n’Ele, tantos atos de beatitude
distintos toma em sua alma. Assim, por quantos atos extras faz neste Fiat, tanto mais se torna
proprietária e forma um capital maior nela destas beatitudes, as quais lhe dão suma paz na terra, e
no Céu sentirá todos os efeitos e gozos destas beatitudes que se formaram nela. Olhe, a coisa é
como conatural, enquanto você está na terra, minha Vontade no Céu faz sair de Si um ato sempre
novo de beatitudes infinitas, agora, quem toma este novo ato seu que jamais cessa? Os santos, os
anjos, que vivem no Céu da Vontade Divina. Agora, quem está no exílio e vive n‟Ela, não é justo
que perca todos estes atos de beatitude, mas sim que com justiça são postos como reserva em
sua alma, a fim de que quando parta a sua Pátria Celestial se os goze todos juntos, para se pôr ao
nível dos outros de receber aquele ato novo de beatitude jamais interrompido. Vê então o que
significa fazer um ato a mais ou um ato a menos em minha Vontade? É ter tantos atos a mais de
beatitude, por quantas vezes demais fez a minha Vontade, e perdê-los por quantas vezes fez a
sua. E não só toma tantos atos de beatitude, mas tantos atos de santidade, de ciência divina,
tantos atos distintos de beleza, de amor, por quantas vezes fez minha Vontade. E se sempre
esteve no meu Eterno Fiat, terá em si a santidade que se assemelha ao seu Criador, oh! como será
bela, nesta afortunada criatura se ouvirão no Céu o eco de nossas beatitudes, o eco de nossa
Santidade, o eco de nosso amor, em suma, terá sido nosso eco na terra e nosso eco na Pátria
Celestial”.

21-4
Março 5, 1927

Volume 21

Como a firmeza no bem é somente de Deus, o qual tendo feito uma vez um ato, este não
cessa mais. Efeitos da firmeza. Como a Humanidade de Nosso Senhor foi vínculo de tempos,
remédio e modelo. Como quer salvo os direitos do Querer Divino.

(1) Sentia-me no máximo da aflição pela privação de meu doce Jesus, e em meu íntimo lhe dizia:
“Meu amor e Minha Vida, como é que partiste de mim sem me dizer adeus, nem me ensinar para
onde dirigir os meus passos, nem o caminho que devo percorrer para te reencontrar, mas bem me
parece que Tu mesmo me impediste os caminhos para não te deixar encontrar, e por quanto possa
girar e chamar-te Tu não me escutas, os caminhos estão fechados, e eu extenuada pelo cansaço
estou obrigada a deter-me e choro por Aquele que a qualquer custo quisesse encontrar e não
encontro. Ah! Jesus, Jesus, regressa, vem àquela que não pode viver sem Ti”. Mas enquanto
desabafava minha dor, mal se moveu em meu interior, e eu ao sentir que se movia lhe disse: “Meu
Jesus, minha Vida, por que me faz esperar tanto, até não poder mais? Se te faz ver é apenas como
relâmpago, e sem me dizer nada se faz mais obscuro que antes e eu fico mais em meus desvarios,

e delirando de dor te busco, te chamo, mas em vão te espero”. E Jesus compadecendo-me disse-
me:

(2) “Minha filha, não temas, estou aqui contigo, o que quero é que jamais saias de dentro de minha
Vontade, que sempre continue teus atos sem jamais te apartar dos confins do Reino do Fiat
Supremo, e isto te dará a firmeza que te assemelhará a teu Criador, o qual, tendo feito uma vez um
ato, esse ato tem vida contínua sem cessar jamais. Um ato sempre continuado é só de Deus, o
qual não sofre interrupções em seus atos, por isso nossa firmeza é inabalável e se estendendo
onde quer com nossa imensidão, torna sem interrupção nossos atos e onde quer que nos
apoiemos encontramos nossa firmeza que nos faz a maior honra, nos faz conhecer como o Ente
Supremo, Criador de tudo, e torna inabalável nosso Ser e nossos atos, Porque, onde quer que
queiramos apoiar-nos, encontramos a nossa firmeza que tudo sustenta; minha filha, a firmeza é
natureza e dom divino, e é justo que demos esta participação e dote de natureza divina a quem
deve ser filha do nosso Fiat Divino e viver no nosso Reino. Assim que continuar seus atos nEle
sem interrompê-los jamais, faz saber que já está em posse do dote de nossa firmeza. Quantas
coisas diz a firmeza! Diz que a alma se move só por Deus; diz que se move com razão e com puro
amor, não com paixão e interesse próprio, diz que conhece o bem que faz e Por isso se mantém
firme nele sem jamais interrompê-lo; a firmeza diz com caracteres indeléveis: Aqui está o dedo de
Deus’. Por isso sê firme em teus atos e terás nossa firmeza divina em teu agir”.
(3) Depois disto continuava meus atos no Supremo Querer, e chegando ao ponto de seguir os atos
de Jesus desde que foi concebido no seio da Imaculada Rainha, até que morreu sobre a cruz, meu
amável Jesus, fazendo-se ouvir de novo em meu interior me disse:
(4) “Minha filha, minha Humanidade veio à terra como em meio dos tempos, para reunir o passado,
quando a plenitude de minha Vontade reinava no homem; na Criação tudo era seu, onde quer que
tivesse seu Reino, sua Vida obrante e Divina, e eu encerrei em Mim esta plenitude de meu Querer
Divino, e vinculando os presentes me fiz primeiro modelo para formar os remédios que se
requeriam, as ajudas, os ensinamentos que se necessitavam para curá-los, e depois vinculava os
futuros à plenitude daquela Vontade Divina que reinava nos primeiros tempos da Criação. Assim
que minha vinda à terra foi vínculo de reunião dos tempos, foi remédio para formar este vínculo
para fazer que o Reino do Fiat Divino pudesse retornar no meio das criaturas, foi modelo que fazia
para todos, os que se modelando ficavam retomados nos vínculos feitos por Mim. Eis por que
antes de te falar de minha Vontade te falei de minha vinda à terra, do que Eu fiz e sofri, para te dar
os remédios e o modelo de minha própria Vida, e depois te falei de meu Querer, eram vínculos que
formava em ti, e nestes vínculos formava o Reino de minha Vontade, e sinal disto são os tantos
conhecimentos que te manifestei acerca dela, a sua dor porque não reina com toda a sua plenitude
no meio das criaturas, e os bens que promete aos filhos do seu Reino”.
(5) Depois eu continuava a rezar e me sentia meio sonolenta, quando de improviso ouvia falar em
voz alta dentro de mim, pus atenção e vi meu amado Jesus com os braços no alto, em ato de me
abraçar, que com voz forte me dizia:
(6) “Minha filha, eu não peço outra coisa de ti senão que sejas a filha, a mãe, a irmã da minha
Vontade, que ponhas a salvo em ti os seus direitos, a sua honra, a sua glória”.
(7) E isto dizia-o com voz alta e forte; depois, baixando a voz e abraçando-me acrescentou:
(8) “O motivo minha filha pelo qual quero a salvo os direitos de meu eterno Fiat, é porque quero
encerrar na alma a Santíssima Trindade, e só minha Vontade Divina pode nos dar o lugar e a glória
digna de Nós, e só por meio dela podemos operar livremente e estender em ti todo o bem da
Criação, formar coisas ainda mais belas, porque com nossa Vontade na alma podemos tudo, sem
Ela nos faltaria o lugar onde nos colocarmos e onde estender nossas obras; portanto, Não sendo
livres, permanecemos em nossos apartamentos celestiais. Acontece como a um rei, que amando
com amor excessivo a um súbdito seu quer abaixar-se a fazer vida em seu pequeno cortiço, mas
quer ser livre, quer pôr no pequeno cortiço suas coisas reais, quer mandar, quer que coma junto
com ele seus bons e delicados alimentos, em suma, quer fazer sua vida de rei, mas o súdito não
quer que o rei ponha suas coisas reais, nem que mande, nem quer adaptar-se aos alimentos do
rei. O rei não se sente livre e por amor à liberdade volta-se ao seu palácio real. Onde não reina
minha Vontade não sou livre, a vontade humana põe contínua oposição à minha e por isso não
tendo a salvo nossos direitos, não podemos reinar e por isso estamos em nossa morada real”.

 

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