Estudo 28 Livro do Céu Vol. 1 AO 11 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 28 Livro do Céu Vol. 1 AO 11 – Escola da Vontade Divina
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LUZES INEDITAS!

LIVRO DO CÉU VOL 1.

(194) Agora, enquanto via Jesus com o aspecto já descrito, de sua boca me enviou um alento que
me investía toda a alma, e me parecia que Jesus me atraía com esse alento a Ele e comecei a
sentir que a alma saía do corpo, me sentia realmente sair de todas partes, da cabeça, das mãos e
até dos pés, sendo esta a primeira vez que me sucedia dentro de mim comecei a dizer: “Agora
morro, o Senhor veio para me levar”. Quando me vi fora do corpo, a alma tinha a mesma sensação
do corpo, com esta diferença, que o corpo contém carne, nervos e ossos, a alma não, é um corpo
de luz, portanto senti um temor, mas Jesus continuava a enviar-me esse alento e me disse:

(195) “Se te dá tanta pena estar privada de Mim, agora vem junto Comigo porque quero consolar-
te”.

(196) E Jesus tomou o seu vôo e eu tomei o meu junto, a Ele, giramos por toda a abóbada do céu.
Oh! Como era bonito passear junto com Jesus, agora apoiava a cabeça sobre seu ombro e com
um braço atrás de suas costas e com a outra mão em sua mão, agora se apoiava Jesus em mim,
quando chegávamos a certos lugares onde a iniquidade mais abundava, oh, quanto sofria meu
bom Jesus! Eu via com mais clareza os sofrimentos de seu coração adorável, via-o quase
desmaiar, e lhe dizia: “Apoie se em mim e faz-me partícipe de tuas penas, pois não resiste minha
alma ver-te sofrer sozinho”. E Jesus me dizia:
(197) “Amada minha, ajuda-me que não posso mais”.
(198) E, enquanto assim dizia, aproximava os seus lábios aos meus, e via uma amargura tal, que
sentia penas mortais quando entrava em mim esse licor tão amargo; sentia entrar como tantas
facas, pontas, flechas que me trespassavam de lado a lado, em suma, em todos os meus membros
se formava uma dor atroz e voltando a alma ao corpo participava estes sofrimentos ao corpo, quem
pode dizer as penas? Só o próprio Jesus que era testemunha, porque Os outros não podiam
mitigar minhas penas estando naquele estado de perda dos sentidos, e se esperava quando estava
presente o confessor, porque também com a obediência se mitigavam. Portanto só Jesus me podia
ajudar quando via que minha natureza não podia mais e que chegava propriamente aos extremos e
não me restava mais que dar o último respiro. Oh, quantas vezes a morte zombou de mim, mas
virá um dia em que eu me rirei dela! Então Jesus vinha, me tomava em seus braços, me
aproximava de seu coração, e oh, como me sentia voltar a vida, depois, de seus lábios vertia um
licor dulcíssimo, e assim se mitigavam as penas. Outras vezes, enquanto me levava junto com Ele
girando, se eram pecados de blasfêmias, contra a caridade e outros, vertia esse amargo venenoso;
se eram pecados de desonestidade, derramava uma coisa de podridão malcheirosa, e quando
voltava em mim mesma sentia tão bem aquela peste, e era tanto o fedor que me revolvia o
estômago e me sentia desfalecer, e às vezes tomando o alimento, quando o devolvia, sentia que
saía da minha boca aquela podridão misturada com o alimento. Uma vez levava-me às igrejas, e
também ali o meu bom Jesus era ofendido. Oh, como chegavam mal a seu coração aquelas obras,
santas, sim, mas descuidadamente feitas, aquelas orações vazias de espírito interior, aquela
piedade fingida, aparente, parecia que mais bem insultavam a Jesus em vez de lhe dar honra. Ah!
Sim, aquele coração santo, puro, reto, não podia receber essas obras tão mal feitas. Oh! quantas
vezes se lamentava dizendo:
(199) “Filha, também há gente que se diz devota, olha quantas ofensas me fazem, mesmo nos
lugares mais santos, ao receber os mesmos Sacramentos, em vez de sair purificados saem mais
enlameados “.
(200) ” Ah! Sim, quanta pena dava a Jesus ver pessoas que comungavam sacrílegamente,
sacerdotes que celebravam o Santo Sacrifício da missa em pecado mortal, por costume, e alguns,
dá horror dizer, por fins de interesse. ¡¡ Oh! Quantas vezes meu Jesus me fez ver estas cenas tão
dolorosas. Quantas vezes, enquanto o sacerdote celebrava o Sacrossanto Mistério, Jesus é
obrigado a descer, porque era chamado pelo poder sacerdotal, às mãos do sacerdote, se viam
aquelas mãos que gotejavam podridão, sangue, ou então estavam sujas de lama. Ah! Como dava
compaixão o estado de Jesus, tão santo, tão puro, naquelas mãos que davam horror só de olhá-las,
parecia que Jesus queria fugir daquelas mãos, mas era obrigado a permanecer até que se
consumissem as espécies do pão e do vinho. Às vezes, enquanto permanecia ali, com o sacerdote,
ao mesmo tempo vinha-se apressadamente a mim e lamentava-se, e antes de que eu o dissesse,
Ele mesmo me dizia:
(201) “Filha, deixa-me derramar em ti, porque não posso mais, tem compaixão do meu estado que
é demasiado doloroso, tem paciência, soframos juntos”.

2-30
Junho 5, 1899

Luisa reza com Jesus.

(1) Continua ainda o estado de aniquilação, mas a tal ponto que não ousava dizer uma palavra
ao meu amado Jesus. Mas esta manhã, Jesus, tendo compaixão do meu miserável estado, Ele
mesmo quis aliviar-me, e eis que: Enquanto me fez ver e eu me sentia toda aniquilada e
envergonhada diante dele, Jesus aproximou-se de mim, mas tão intimamente, que me parecia
que Ele estava em mim e eu nele, e me disse:
(2) “Minha filha amada, que tens que estás tão aflita? Diz-me tudo, que te contentarei e
remediarei tudo”.
(3) Mas como continuava a ver-me a mim mesma, como disse no dia anterior, então vendo-me
tão mal, nem sequer ousei dizer-lhe nada, mas Jesus replicou: “Logo, logo, diga-me o que
quer, não demore”.
(4) Vendo-me quase forçada e rompendo em abundante pranto lhe disse: “Jesus santo, como
queres que não esteja afligida, depois de tantas graças não devia ser tão má, às vezes até as
obras boas que busco fazer, nas mesmas orações, misturo tantos defeitos e imperfeições que
eu mesma sinto horror. O que será de você que é tão perfeito e santo? E além disso, o
escassíssimo sofrer em comparação com o de antes, sua grande demora em vir, tudo me diz
claramente que meus pecados, minhas grandes ingratidões são a causa, e que Você, zangado
comigo, me nega também o pão cotidiano que Você concede a todos geralmente, como é a
cruz; assim que depois terminará com me abandonar de todo. Pode dar-se talvez maior aflição
que esta?” Jesus, compadecendo-me toda, me apertou a seu coração e me disse:
(5) “Não temas, esta manhã faremos as coisas juntos, assim Eu suprirei as tuas”.
(6) Então me pareceu que Jesus continha uma fonte de água e outra de sangue em seu peito,
e nessas duas fontes tem submergido minha alma, primeiro na água e depois no sangue.
Quem pode dizer como minha alma ficou purificada e embelezada? Depois nos pusemos a
rezar juntos recitando três “Gloria Patri” e isto me disse que o fazia para suprir a minhas
orações e adorações à Majestade de Deus. ¡ Oh, como era belo e comovedor rezar junto com
Jesus! Depois disto Jesus me disse:
(7) “Não te aflija não sofrer, queres tu antecipar a hora designada por Mim? Meu agir não é
apressado, mas tudo a seu tempo, cumpriremos cada coisa, mas a seu devido tempo”.
(8) Depois, por um fato todo providencial, inesperadamente, tendo saído o viático da igreja para
ir a outros enfermos, recebi também eu a comunhão. Quem pode dizer tudo o que aconteceu
entre Jesus e eu, os beijos, as carícias que Jesus me fazia? É impossível poder dizer tudo.
Parecia-me que depois da comunhão via a sagrada partícula, e agora via na partícula a boca
de Jesus, agora os olhos, agora uma mão e depois fez-se ver todo Ele. Transportou-me para
fora de mim mesma e agora encontrava-me na abóbada dos céus e agora encontrava-me
sobre a terra, no meio dos homens, mas sempre junto com Jesus. Ele de vez em quando ia
repetindo:
(9) “Oh, como és bela minha amada, se tu soubesses quanto te amo! E tu, quanto me amas?”
(10) Ao ouvir-me dizer estas palavras, senti tal confusão que me sentia a morrer, mas com tudo
isto tive a coragem de lhe dizer: “Meu Jesus, belo, sim, amo-te muito, e Tu, se verdadeiramente
me amas tanto, diz-me também: Tu perdoas-me por todo o mal que fiz? E também concede-me
o sofrer”.
(11) E Jesus: “Sim, perdoo-te e quero-te contentar com derramar em abundância as minhas
amarguras em ti”.
(12) Assim Jesus derramou suas amarguras. Parecia-me que tinha uma fonte de amargura em
seu coração, recebidas pelas ofensas dos homens, e a maior parte a derramava em mim.
Depois Jesus me disse:
(13) “Diz-me que mais queres?”
(14) E eu: “Jesus santo, confio-te ao meu confessor, santifica-me e dá-lhe também a saúde do
corpo, e além disso, é vontade tua que venha este sacerdote?”
(15) E Jesus: “Sim”.
(16) E eu: “Se fosse a tua vontade, fá-lo-ias bem”.
(17) E Ele: “Fique quieta, não queira investigar muito meus julgamentos”.
(18) E nesse mesmo instante me fazia ver a melhora da saúde do corpo e a santidade da alma
do confessor, e acrescentou:
(19) “Tu queres ser apressada, mas eu faço tudo a seu tempo”.
(20) Depois confiei-lhe as pessoas que me pertencem e pedi pelos pecadores dizendo a Jesus:
“Oh, quanto desejo que o meu corpo se reduzisse em pequeníssimos pedaços, desde que os
pecadores se convertessem!” E beijei a testa, os olhos, o rosto, a boca de Jesus, fazendo
várias adorações e reparos pelas ofensas que lhe faziam os pecadores.  Oh, como estava
contente Jesus e eu também! Depois, fazendo-me prometer por Jesus que não voltaria a me
deixar, voltei em mim mesma e assim terminou.

3-30

Janeiro 22, 1900

Correspondência à graça.

(1) Depois de ter passado dias amargos de privação, meu pobre coração lutava entre o temor de
havê-lo perdido e a esperança de talvez poder vê-lo de novo. Oh! Deus, que guerra sangrenta teve
que sustentar este meu pobre coração; era tanta a pena que agora se congelava e agora era
espremido como sob uma imprensa e gotejava sangue. Enquanto estava neste estado, senti-me
próximo do meu doce Jesus, que tirando um véu que me impedia de vê-lo, finalmente pude fazê-lo.
Logo lhe disse: “Ah Senhor, já não me amas?”
(2) E Ele: “Sim, sim, o que te recomendo é a correspondência à minha graça, e para ser fiel deves
ser como aquele eco que ressoa dentro de um vazio, que não apenas começa a emitir-se a voz,
imediatamente, sem o mínimo atraso se ouve ressoar o eco. Assim você, não apenas comece a
receber minha graça, sem nem sequer esperar que a termine de dar, imediatamente começa o eco
de sua correspondência”.

4-31
Novembro 13, 1900

Vê as muitas misérias humanas, o rebaixamento e despojamento da Igreja a mesma degradação dos sacerdotes.

(1) Depois de ter passado vários dias de privações amargas, tendo recebido a santa comunhão,
no meu íntimo vi três crianças; era tanta a sua beleza e igualdade, que pareciam os três nascidos
de um mesmo parto. Minha alma ficou surpreendida e estupefata ao ver tanta beleza encerrada no
círculo de meu interior tão miserável, e mais crescia meu assombro porque via a estes três
Meninos como se tivessem na mão muitas cordas de ouro, com as quais se amarravam totalmente
a mim e ligavam todo o meu coração a eles. Então, como se cada um tomasse seu lugar,
começaram a discutir entre eles; mas eu não entendia e não encontro palavras para poder repetir
sua altíssima linguagem, só posso dizer que em um abrir e fechar de olhos vi as tantas misérias
humanas, a degradação e despojamento da Igreja, a mesma degradação dos sacerdotes, que em
vez de ser luz para os povos, são trevas, então toda amarga por estas cenas tenho dito:
“Santíssimo Deus, dá a paz à Igreja, faz que lhe restituam o que lhe tiraram, não permitas que os
maus riam nas costas dos bons”. E Enquanto dizia isto, as crianças disseram:
(2) “São arcanos incompreensíveis de Deus”.
(3) Dito isto desapareceram e eu retornei em mim mesma.

5-28
Outubro 30, 1903

Ensinamentos sobre a paz.

(1) Esta manhã, não vindo meu adorável Jesus, estava pensando em meu interior: “Quem sabe se
era verdade que era nosso Senhor que vinha, ou melhor, o inimigo para me enganar; como Jesus
Cristo devia me deixar tão feiamente sem nenhuma piedade?” Agora, enquanto eu pensava nisso,
por alguns instantes ele se fez ver levantando sua destra, e apertando minha boca com o polegar
ele me disse:
(2) “Cale-se, cale-se, e além disso, seria engraçado que um que viu o sol, só porque ele não vê diz
que não era sol o que tinha visto; não seria mais verdadeiro e razoável se dissesse que o sol se
escondeu?” E desapareceu.
(3) Mas embora não o visse, sentia que com suas mãos ia me tocando toda e esfregando a boca, a
mente e demais coisas, e me deixava toda luminosa; e como não o via, a mente seguia duvidando,
e Ele fazendo-se ver de novo acrescentou:
(4) “Ainda não quer terminar com isto? Tu queres fazer desaparecer a minha obra em ti, porque
duvidando não estás em paz, e sendo Eu fonte de paz, não te vendo em paz farás duvidar a quem
te guia, que não é o Rei da paz que habita em ti. Ah, não queres estar atenta! É verdade que Eu
faço tudo na alma, de modo que sem Mim não faria nada, mas é também verdade que deixo
sempre um fio de vontade à alma, para que também ela possa dizer: “Tudo faço por minha própria
vontade”. Então, estando inquieta quebras aquele fio de união Comigo, e me amarras os braços
sem que Eu possa operar em ti, esperando até que te ponhas em paz para voltar a tomar o fio de
tua vontade e continuar minha obra”.

6-30
Abril 10, 1904
As três cordas que amarram por todos os lados e estreitam mais intimamente a Jesus
com a alma, são: sofrimentos assíduos, reparação perpétua, amor perseverante.

(1) Esta manhã, encontrando-me com o temor de que o bendito Jesus, vendo-me ainda tão má, me
tivesse deixado, senti-o sair de dentro de mim e disse-me:
(2) “Minha filha, por que te ocupas em pensamentos inúteis e em coisas que não existem? Deves
saber que há três títulos diante de Mim que como três cordas me amarram por toda parte e me
estreitam mais intimamente a ti, de modo que não posso deixar-te, e são: sofrimentos assíduos,
reparação perpétua, amor perseverante. Se você como criatura é contínua nisto, talvez o Criador
seja menos que a criatura? Ou se deixará vencer por ela? Isto não é possível”.

7-32
Julho 21,1906

A reta intenção purifica a ação

(1)Tendo chegado por pouco tempo, o bendito Jesus disse-me:

(2) “Minha filha, todas as ações humanas, mesmo santas, feitas sem uma intenção especial
para mim, saem da alma cheias de trevas, mas feitas com reta e especial intenção de
me agradar, saem cheias de luz, porque a intenção purifica a ação”.

+ + + +

7-33
Julho 27, 1906

Na cruz Jesus dotou as almas, e as desposou a Ele.

(1) Esta manhã fez-se ver o meu adorável Jesus abraçando a cruz, e eu pensava
interiormente quais tinham sido seus pensamentos ao recebê-la”.
(2) E Ele disse-me: “Minha filha, quando recebi a cruz abracei-a como ao meu mais amado
tesouro, porque na cruz dotei as almas e as desposei Comigo. Agora, olhando a cruz, sua altura
e largura, Eu me alegrei porque via nela os dotes suficientes para todas as minhas esposas, e
nenhuma podia temer não poder casar-se comigo, tendo eu em minhas próprias mãos, na cruz,
o preço de seu dote, mas com esta única condição, que se a alma aceita os pequenos donativos
que Eu lhe envio, os quais são as cruzes, como penhor de que me aceita por Esposo, o
desposório é formado e faço-lhe a doação do dote. Mas se não aceita os donativos, isto é, não
se resignando a minha Vontade, fica tudo anulado, e apesar de que Eu quero dota-la não posso,
porque para formar um esponsal se necessita sempre a vontade de ambas partes, e a alma não
aceitando os donativos, significa que não quer aceitar o noivado”.

8-28
Março 13, 1908
O calor da união com Jesus, dissipa da alma o frio das inclinações humanas.

(1) Estando no meu estado habitual veio um demônio que fazia coisas estranhas. Assim que ele
desapareceu, não pensei mais nele, tanto em esquecer suas estranhezas, cuidando apenas do
meu único e supremo Bem. Mas depois veio-me o pensamento: “Como sou má, insípida, nada me
causa impressão”. E o bendito Jesus me disse:
(2) “Minha filha, há certas regiões nas quais as plantas não estão sujeitas aos frios, às geadas, às
nevadas, e por isso não são despojadas de suas folhas, de suas flores e de seus frutos, e se têm
épocas de repouso é por breve tempo, porque quando se colhem os frutos leva-se pouco tempo
para fazer crescer outros frutos, porque o calor as fecunda admiravelmente e não estão sujeitas a
longos períodos de inatividade, como o estão as plantas nas regiões frias, porque as pobres
plantas pelas geadas e as nevadas a que estão sujeitas por longos meses, são obrigadas a dar por
breve tempo pouquíssimos frutos, quase cansando a paciência do agricultor que os deve recolher.
Assim são as almas que chegaram à união Comigo, o calor de minha união dissipa delas o frio das
inclinações humanas, que como frio para as plantas as torna estéreis e despojadas de folhas e de
frutos divinos.

As geadas das paixões, as nevadas das perturbações, impedem na alma os frutos
da Graça. Estando a alma à sombra de minha união nada lhe faz impressão, nada entra em seu
interior que perturbe nossa união e nosso repouso, toda sua vida gira em torno de meu centro,
assim que suas inclinações, suas paixões, são para Deus, e se alguma vez se faz uma breve
pausa, não é outra coisa que um simples ocultamento meu para dar-lhe depois uma surpresa de
maiores alegrias e assim poder saborear nela frutos mais refinados de paciência e de heroísmo,
que exerceu durante meu ocultamento. O oposto acontece com as almas imperfeitas, parecem as
plantas nascidas nas regiões frias, estão sujeitas a todas as impressões, assim que sua vida vive
mais de impressões do que de razões e de virtudes; as inclinações, as paixões, as tentações, as
perturbações e todos os eventos da vida são tantos frios, gelados, nevados, granizados, que
impedem o desenvolvimento de minha união com elas, e quando parece que fizeram uma bela
floração, basta um novo acontecimento, uma coisa que lhes faça impressão, para fazer que se
murche esta bela floração e fazê-la cair por terra; assim que se encontram sempre no princípio, e
pouquíssimos frutos produzem, e quase cansam minha paciência em cultivá-las”.

9-29
Março 8, 1910

A reta intenção é luz à alma.

(1) Esta manhã, brevemente o bendito Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, a reta intenção é luz à alma, converte-a em luz e lhe dá o modo de agir ao divino.
A alma não é outra coisa que uma estadia obscura, e a reta intenção é como sol que entra e a
ilumina; com esta diferença, que o sol não converte os muros em luz, e o reto obrar transforma tudo
em luz”.

10-30
Outubro 10, 1911

Jesus a atrai a fazer seu Querer.

(1) Sinto-me morrer pela dor e vou repetindo frequentemente o meu refrão: “Pobres irmãos meus,
pobres irmãos meus”. Jesus aumentou minha dor fazendo-me ver a tragédia da guerra; quanto
sangue parecia que se derramava e se derramaria. Jesus parecia inexorável e dizia:
(2) “Não posso mais, quero terminar com isto, tu farás o meu querer, não é verdade?”
(3) “Certo, como Tu quiseres, mas posso esquecer que são teus filhos saídos de tuas mesmas
mãos?”
(4) E Jesus: “Mas estes filhos fazem-me sofrer muito, e não só querem matar o seu próprio Pai,
mas querem tornar-se homicidas deles mesmos. Se você soubesse o quanto me fazem sofrer,
você estaria Comigo”.
(5) E enquanto dizia isto, parecia que me amarrava as mãos e me apertava Consigo, e me sentia
tão transformada em seu Querer, que perdia a força de lhe fazer violência, e acrescentou:
(6) “Assim está bem, toda em minha Vontade”.
(7) Eu, vendo minha inabilidade e ao mesmo tempo a tragédia, rompi em pranto e dizia: “Meu
Jesus, como farão? Não há meios para salvá-los, salve ao menos suas almas, quem poderá
resistir? Ao menos leve-me primeiro”.
(8) E Jesus: “Você viu? Se você continuar chorando Eu vou embora e te deixo sozinha, você
também quer me afligir. Eu salvarei a todos aqueles que estão dispostos, por isso não chore, te
darei suas almas, fique contente. Talvez Eu não possa levá-la mais para o Céu, e será por isso que
você está tão aflita? Tu sabes porque não te levo?”
(9) E como eu continuava a chorar, Jesus fingia que se retirava, e eu tive que gritar alto e dizer:
“Jesus, não me deixes, que não choro mais”.

11-28
Agosto 12,1912

O Amor de Deus simbolizado pelo sol.

(1) Esta manhã, quando veio o meu sempre amável Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, meu Amor está simbolizado pelo sol: O sol surge majestoso, mas enquanto
parece que surge, ele está sempre fixo e não surge nunca, com sua luz invade toda a terra, com
seu calor fecunda todas as plantas, não há olho que dele não goze, Poder-se-ia dizer que quase
não há bem na terra que não venha de sua benéfica influência, quantas coisas não teriam vida
sem ele? Não obstante faz tudo sem estrondo, sem dizer nem sequer uma palavra, sem
pretender nada, não dá incômodo a ninguém, e mais, não ocupa espaço algum da mesma terra
que invade com sua luz; o homem pode fazer o que quiser com ela, Além disso, enquanto gozam
do bem do sol não lhe dão atenção nenhuma e o têm não observado no meio deles. Assim é
meu Amor simbolizado pelo sol: Como sol majestoso surge no meio a todos, não há mente que
não esteja iluminada com minha luz, não há coração que não sinta meu calor, não há alma que
não esteja abraçada por meu Amor.

Mais do que o sol, estou no meio de todos, mas!
Como poucos me prestam atenção, estou quase inobservado no meio deles, não sou correspondido e
continuo dando luz, calor, amor; mas se alguma alma me presta atenção, então Eu fico louco,
mas sem estrondos, porque meu Amor, sendo sólido, fixo, voraz, não está sujeito a fraquezas.
Assim queria teu amor para Mim, e se assim fosse viria a ser também sol para Mim e para todos,
porque o verdadeiro amor tem todas as qualidades do sol, em troca o amor não sólido, não fixo,
não verdadeiro, é símbolo do fogo daqui abaixo, sujeito a variedade, sua luz não é capaz de
iluminar a todos, e é uma luz muito fraca, misturada com fumaça, seu calor é limitado, e se não
se alimenta com a lenha se apaga e se transforma em cinzas, e se a lenha é verde faz estrondo
e fumaça. Assim são as almas que não são todas para Mim, nem meus verdadeiros amantes, se
fazem um pouco de bem é mais o estrondo que fazem e mais a fumaça que sai de suas ações
que a luz, e se não são alimentadas com algum afã humano, mesmo sob aspecto de santidade,
de consciência, se apagam e se tornam frias, mais que cinzas, sua característica é a
inconstância: ora fogo, ora cinzas”.

 

 

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