Estudo 35 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 35 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina
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12-37
Março 16, 1918

O alimento de Jesus.

(1) Sentia uma grande necessidade e dirigia a Jesus os meus dolorosos lamentos e Ele, todo
bondade saiu de dentro de mim, vestido com uma vestidura adornada de diamantes
fulgidíssimos, e como despertando de um profundo sono, todo ternura me disse:

(2) “Minha filha, que queres? Seus lamentos feriram meu coração e me despertei para
responder de imediato a suas necessidades. Tu deves saber que eu estava no teu coração, e tu
fazias as tuas obras, as tuas orações, as reparações, conforme te vias no meu Querer e me
amavas, eu tomava tudo para mim, e me servia disso para me alimentar e embelezar a minha
veste de diamantes preciosos; tanto é verdade isto, que enquanto você me amava, rogava e
ademais, Eu não ficava em jejum como se nada fizesse, Eu tomava tudo para Mim, pois você
me deu plena liberdade. Agora, quando a alma faz isso, Eu não sei estar em repouso em suas
necessidades, e eu faço tudo para ela. Diga-me então, o que você quer?

(3) Eu lhe disse minhas extremas necessidades, derramando amargas lágrimas, tanto que
banhava as mãos santíssimas de Jesus, e o doce Jesus me estreitou a seu coração, do qual
derramava no meu uma água dulcíssima que toda me restaurava e logo acrescentou:

(4) “Minha filha, não temas, Eu serei tudo para ti, se as criaturas te vierem a faltar, Eu farei tudo,
te atarei e te desamarrarei, não te faltarei jamais, te amo muito, te fiz crescer em meu Querer,
és parte de Mim mesmo, te farei de guarda e direi a todos: “Ninguém me toque”. Por isso te
tranqüilize, que seu Jesus não te deixa”.

13-34
Novembro 19, 1921

Os dois apoios. Para conhecer as verdades é necessário que haja a vontade e o desejo de conhecê-las. As verdades devem ser simples.

(1) Estava fazendo companhia ao meu Jesus agonizante no Horto do Getsêmani, e por quanto
me era possível compadecia-o, estreitava-o forte ao meu coração tratando de secá-lo o suor
mortal, e meu sofredor Jesus, com voz apagada e agonizante me disse:
(2) “Minha filha, dura e penosa foi minha agonia no Horto, talvez mais penosa que a da cruz,
porque se esta foi o cumprimento e o triunfo sobre todos, aqui no Horto foi o princípio, e os
males se sentem mais ao princípio do que quando estão por terminar, nesta agonia, a pena
mais dilacerante foi quando todos os pecados me foram trazidos um a um, a minha humanidade
compreendeu toda a enormidade deles e cada delito levava o selo de “morte a um Deus”, e
estava armado com espada para me matar. Diante da Divindade a culpa me aparecia tão
horrenda e mais horrível que a própria morte; só ao compreender o que significa pecado, Eu me
sentia morrer e morria em realidade, gritei ao Pai e foi inexorável, não houve um só que ao
menos me desse uma ajuda para não me fazer morrer, gritei a todas as criaturas que tivessem
piedade de Mim, mas em vão, assim que minha Humanidade definhava e estava por receber o
último golpe da morte. Mas sabes quem impediu a execução e sustentou a minha humanidade
para não morrer? Primeiro foi minha inseparável Mamãe, Ela ao ouvir-me pedir ajuda voou a
meu lado e me sustentou, e Eu apoiei meu braço direito nela, olhei-a quase agonizante e
encontrei nela a imensidão de minha Vontade íntegra, sem ter havido nunca ruptura alguma
entre minha Vontade e a sua. Minha Vontade é Vida, e como a Vontade do Pai era inamovível,
e a morte me vinha das criaturas, outra criatura que encerrava a Vida de minha Vontade me
dava a vida. E eis que a minha Mãe, que no portento da minha Vontade me concebeu e me fez
nascer no tempo, e agora me dá pela segunda vez a vida para fazer-me cumprir a obra da
Redenção. Depois olhei para a esquerda e encontrei a pequena filha de meu Querer, te
encontrei como primeira, com o séquito das outras filhas de minha Vontade, e assim como a
minha Mamãe a quis Comigo como primeiro elo da misericórdia, com o qual devíamos abrir as
portas a todas as criaturas, por isso quis apoiar nela a direita; Eu te quis como primeiro elo da
justiça, para impedir que se descarregasse sobre todas as criaturas como merecem, por isso
quis apoiar a esquerda, a fim de que a segurasse junto Comigo. Então, com estes dois apoios
Eu me senti dar novamente a vida, e como se nada tivesse sofrido, com passo firme fui ao
encontro de meus inimigos, e em todas as penas que sofri em minha Paixão, muitas delas
capazes de me dar a morte, estes dois apoios não me deixavam jamais, e quando me viam a
ponto de morrer, com minha Vontade que continham me sustentavam e me davam como tantos
goles de vida. ¡ Oh! os prodígios de meu Querer, quem pode jamais numerá-los e calcular seu
valor? Por isso amo tanto a quem vive de meu Querer, reconheço nela meu retrato, meus
nobres traços, sinto nela meu mesmo alento, minha voz, e se não a amasse me defraudaria a
Mim mesmo, seria como um pai sem geração, sem o nobre cortejo de sua corte e sem a coroa
de seus filhos, E se eu não tivesse a geração, a corte, a coroa, como poderia chamar-me
Rei? Então o meu reino é formado por aqueles que vivem na minha Vontade, e deste reino eu
escolho a Mãe, a Rainha, os filhos, os ministros, o exército, o povo, Eu sou tudo para eles e
eles são tudo para Mim”.

(3) Depois estava a pensar no que Jesus me dizia, e dizia entre mim: “Como se faz para pôr em
prática isto?” E Jesus regressando acrescentou:

(4) “Minha filha, as verdades para as conhecer, é necessário que haja vontade e o desejo de as
conhecer. Supõe uma estadia com as persianas fechadas, por quanto sol haja fora a
permanência está sempre em escuridão; agora, abrir as persianas significa querer a luz, mas
isto não basta se não se aproveita a luz para reordenar a permanência, sacudi-la, pôr-se a
trabalhar, porque se não, é como matar essa luz e fazer-se ingrato pela luz recebida. Assim não
basta ter vontade de conhecer as verdades, se à luz da verdade que o ilumina não busca
sacudir-se de suas fraquezas e reordenar-se segundo a luz da verdade que conhece, e junto
com a luz da verdade pôr-se a trabalhar fazendo dela substância própria,” em modo de
transparecer por sua boca, por suas mãos, por seu comportamento, a luz da verdade que tem
absorvido, então seria como se matasse a verdade, e não pondo-a em prática seria estar em
plena desordem diante dessa luz. Pobre estadia, cheia de luz mas toda desordenada,
transtornada e em plena desordem, e uma pessoa dentro que não se preocupa em reordená-la,
que compaixão não daria? Tal é quem conhece as verdades e não as põe em prática.
(5) Deve saber que em todas as verdades, como primeiro alimento entra a simplicidade, se as
verdades não fossem simples, não seriam luz e não poderiam penetrar nas mentes humanas
para iluminá-las, e onde não há luz não se podem distinguir os objetos; a simplicidade não só é
luz, mas é como o ar que se respira, que embora não se veja dá a respiração a tudo, e se não
fosse pelo ar, a terra e todos ficariam sem movimento, assim que se as virtudes, as verdades,
não levam a marca da simplicidade, serão sem luz e sem ar”.

14-38
Junho 23, 1922
As verdades são mais que sóis. Quem não está vazio de tudo de seu querer, não pode ter certo conhecimento do Querer Divino.

(1) Estava pensando entre mim: “Jesus diz tantas coisas de seu Santíssimo Querer, mas
parece que não é compreendido, e mesmo os próprios confessores parecem duvidosos, e
diante de uma luz tão imensa não ficam nem iluminados, nem movidos a amar a um Querer tão
amável”. Agora, enquanto isso eu pensava, meu sempre amável Jesus, colocando um braço no
meu pescoço me disse:

(2) “Minha filha, não te admires por isto, quem não está vazio de tudo do seu querer, não pode
ter certo conhecimento do meu, porque o querer humano forma as nuvens entre o meu Querer
e o seu, e impede o conhecimento do valor e efeitos que o meu contém; Mas apesar disso não
podem dizer que não é luz. Olhe, nem as coisas que se vêem aqui na terra são compreendidas
pelo homem, quem pode dizer como fiz para criar o sol, quanta luz e calor contém? No entanto
o vêem, gozam de seus efeitos, todo o dia está com eles, seu calor e luz os seguem por todos
lados, e com tudo isso nem sabem nem podem dizer sua altura, a luz e o calor que possui, e se
alguém quiser se elevar para conhecer isto, a luz o eclipsaria e o calor o queimaria, assim que o
homem está obrigado a ter os olhos baixos e se alegrar com a luz sem poder investigá-lo, e
contentar-se em dizer: É sol”. Então, se isto acontece com o sol que se vê e que Eu criei para o
bem natural do homem, muito mais com as verdades que contêm, oh! quanto mais luz e calor
do que o próprio sol, especialmente as verdades que se referem à minha Vontade, que contêm
efeitos, bens e valor eternos; quem pode medir tudo o que Ela contém?

Seria querer eclipsar-se, seria melhor baixar a testa e alegrar-se a luz que leva minha verdade, amá-la e fazer sua
aquela pequena luz que a inteligência humana compreende e não fazer que, porque não
compreendem toda a plenitude da luz, assim que o sol não compreendido se alegra de sua luz
por quanto mais se pode, serve-se dela para operar, para caminhar, para olhar, e oh! como se
suspira o dia para que a luz lhes faça companhia e viva com eles. Além disso, minhas
verdades, que são mais que luz, que fazem despontar o sol do dia nas mentes humanas, não
são tomadas em conta, nem amadas, nem suspiradas e se têm como nada, que dor! Mas Eu
quando vejo que eles põem de lado as minhas verdades, Eu os ponho de lado, e faço o curso
das minhas verdades com as almas que as amam e suspiram por elas, e servem-se da luz
delas para modelar as suas vidas e fazer com elas uma só coisa. Você acha que eu te disse
tudo sobre as verdades, os efeitos e valor que minha verdade contém? Oh! Quantos outros sóis
devo fazer surgir, não te surpreendas se não compreendes tudo, aceita-te com viver de sua luz,
e isto me basta”.

16-44
Fevereiro 5, 1924

Privações. Penas de Jesus, tristeza da alma. Efeitos da alegria. A alma não pode sair da Divina Vontade, porque\
sua vontade está encadeada com a imutabilidade da Divina.

(1) Sentia-me amarga pela privação do meu sumo e único bem, sentia-me extenuada, sentia que
não devia mais vir Aquele que era toda minha vida, sentia que todo o passado tinha sido um jogo
de fantasia. Oh! se estivesse em meu poder teria queimado todos os escritos para fim de que não
ficasse nenhum vestígio de mim. Também minha natureza sentia os dolorosos efeitos de sua privação,
mas é inútil escrever o que aconteceu, porque também o papel é cruel e não tem nenhuma
palavra de consolo para mim, e não me dá Aquele por quem tanto suspiro, mas bem o dizê-lo
agrava mais minhas penas, por isso melhor sigo adiante. Agora, enquanto eu estava em tão duro
estado, meu sempre amável Jesus se fazia ver com um varinha de fogo na mão e me dizia:

(2) “Minha filha, onde queres que te bata com esta varinha? Quero castigar o mundo, por isso vim a
ti para ver quantos golpes queres receber tu, para dar o resto às criaturas, por isso diz-me onde
queres que te bata.
(3) E eu amarga como estava disse: “Onde você quiser me bater, eu não quero saber nada, não
quero outra coisa que sua Vontade”.
(4) E Ele de novo: Quero saber por ti onde queres que te golpeie”.
(5) E eu: “Não, não, eu jamais o direi, quero onde tu quiseres”.
(6) E Jesus perguntou-me de novo, e vendo que eu sempre respondia, não quero outra coisa que a
tua vontade repetiu:
(7) “Portanto, nem sequer queres dizer onde queres que te bata”.

(8) Então sem me dizer outra coisa me golpeava; aqueles golpes eram dolorosos, mas como par-
tiam das mãos de Jesus infundiam-me a vida, a força, a confiança. Depois que me golpeou, de
maneira que me sentia toda maltratada, me pus perto de seu pescoço e me aproximando de sua
boca tentei sugar, mas enquanto fazia isto vinha à minha boca um líquido dulcíssimo que me fortalecia
toda, mas não era essa minha vontade, mas bem queria sua amargura que as tinha em demasia
no seu santíssimo coração, e depois lhe disse:

(9) “Meu amor, que dura sorte é a minha, a tua privação mata-me, o medo de que possa sair de tua
Vontade me esmaga, diz-me, em que te ofendi? Por que me deixas? E embora que Agora está
comigo, não me parece que tenha vindo para ficar comigo como antes, para estar juntos, mas de
passagem. Ah! como estarei sem Ti, vida minha? Diga você mesmo se é que posso fazê-lo, e en-
quanto isto dizia rompi em pranto, e Jesus apertando-me a Ele me tem dito:

(10) “Pobre minha filha, pobre minha filha, coragem, teu Jesus não te deixa, nem temas que pudesses
sair de minha Vontade, porque tua vontade está encadeada com a imutabilidade da minha,
ao máximo serão pensamentos, impressões que sentirá, mas não verdadeiros atos, porque estando
em você a imutabilidade de minha Vontade, quando a sua estivesse por sair da minha, sentirá a
firmeza, a força da minha imutabilidade e ficarás mais acorrentada. E além disso, tens-te esquecido
que não só estou Eu em teu coração, mas todo o mundo, e que de dentro de ti dirijo a sorte de todas as criaturas?
O que você sente não é outra coisa que a forma em como Está o mundo comigo,
e as penas que me dão, estando eu em ti, repercutem sobre ti; ah minha filha, quanto nos faz so-
frer o mundo! Mas ânimo, quando vejo que não pode mais Eu Deixo tudo e venho para estar com
minha filha para reanimar-te e reanimar-me das tristezas que me dão”.

(11) Disse isso e desapareceu. Eu fui reanimada, sim, mas com uma tristeza de sentir-me morta,
senti-me mergulhada num banho de amarguras e aflições, tanto que não sentia a força de dizer a
Jesus: Vem. Logo, enquanto fazia minhas habituais orações, meu amado Jesus voltou dizendo:

(12) “Minha filha, diz-me, porque estás tão triste? Olha, eu venho do meio das criaturas com as lágrimas
nos olhos, com o coração trespassado, traído por muitos e por isso tenho dito entre Mim: Eu
vou com a minha filha, com a minha pequena recém-nascida da Minha Vontade, a fim de que
enxugue-me as lágrimas, com seus atos que fez em minha Vontade me dará o amor e tudo o que
os demais não me dão, me repousarei nela e a reanimarei com minha presença, e você em troca
faz-te sentir tão triste que tenho de pôr de lado as minhas mágoas para aliviar as tuas. Não sabes
tu que a alegria à alma é como o perfume às flores, como o tempero aos alimentos, como o colorido
para as pessoas, como a maturação para os frutos, como o sol para as plantas? Então com esta
tristeza você não me deixou encontrar um perfume que eu recreei, nem um alimento saboroso,
nem um fruto maduro, está toda descolorida, tanto, que me dá piedade. Pobre filha, anime-se,
abrace-me, não tema”.

(13) Eu estreitava-me a Jesus, teria querido explodir em pranto, sentia que me estava a sufocar a
voz, mas fiz-me violência e a sufocar o choro disse-lhe:

(14) “Jesus, meu amor, as minhas dores não são nada em comparação com as tuas, por isso pensemos
em suas dores se você não quiser me adicionar outras amarguras. Deixe-me enxugar suas
lágrimas e Parte-me as dores do teu coração”.
(15) Assim, tive a oportunidade de participar nas suas penas e de me fazer ver os graves males
que existem o mundo e os que virão, desapareceu”.

17-39
Abril 26, 1925

O bem que farão os escritos acerca da Divina Vontade. Jesus e Sua Vontade são inseparáveis,
e Ela torna-se inseparável de Jesus a quem se deixa dominar por Ela.

(1) Estava pensando entre mim sobre certas coisas sobre a Vontade de Deus, que o bom Jesus me
havia dito e que as publicaram, e em conseqüência correm entre as mãos de quem as quer ler.
Sentia tal vergonha em mim que me dava uma pena indescritível e dizia:.

(2) “Amado bem meu, como permitiste isto? Nossos segredos, que por obediência escrevi e só por
amor de você, já estão à vista dos demais, e se continuarem publicando outras coisas eu morrerei
de vergonha e de pena. E depois de tudo isso, como um prêmio para o meu duro sacrifício que
você me deixou tão dolorosamente. ¡Ah! se Tu tivesses estado comigo terias tido piedade de minha
pena e me terias dado a força”.

(3) Mas enquanto pensava assim, o meu doce Jesus saiu de dentro de mim, e pondo uma mão na
minha testa e outra na minha boca, como se quisesse deter tantos pensamentos desconsoladores
que me vinham, disse-me:.

(4) “Cala-te, cala-te, não queiras ir mais longe, não são coisas tuas mas sim minhas, é a minha
Vontade que quer fazer o seu caminho para se fazer conhecer. Minha Vontade é mais que sol, e
para esconder a luz do sol se necessita muito, mas bem é de todo impossível, e se a detiverem por
um lado, ela supera o obstáculo que lhe puseram frente, e conduzindo-se por outros lados, com
majestade faz seu caminho, deixando confusos aqueles que queriam impedir seu curso, porque a
viram escapar por todas as partes sem poder detê-la. Se pode esconder uma lâmpada, mas o sol
jamais; tal é minha Vontade, mais que sol, e querê-la você te resultará impossível. Por isso cala
minha filha, e faze que o Sol eterno da minha Vontade faça seu curso, seja por meio dos escritos,
da publicação, de tuas palavras e de teus modos; faze que Ela fuja como luz e percorra todo o
mundo, Eu o suspiro, o quero. E além disso, o que fizeram sair das verdades de minha Vontade?
Pode-se dizer que apenas os átomos de sua luz, e embora átomos ainda, se soubesse o bem que
fazem, o que será quando reunidas todas as verdades que te disse de minha Vontade, a
fecundidade de sua luz, os bens que contém, unidos todos juntos formarão não os átomos, ou o sol
que desponta, senão o seu pleno meio-dia? Que bem não produzirá este Sol eterno no meio das
criaturas? E tu e eu ficaremos mais felizes em ver a minha Vontade conhecida, amada e cumprida,
por isso deixa-me fazer.

E além disso, não, não é verdade que te deixei, como, não me sentes em
ti? Não ouves o eco da minha oração no teu íntimo, que abraço tudo e todos, sem que ninguém me
escape, porque todas as coisas e todas as gerações são como um ponto só para Mim, e por todos
Eu rezo, amo, Adoro e reparo, e tu, ao ecoares a minha oração, sentes-te como se tomasses na
mão de todos e de tudo, e repetes o que faço? Por acaso é você quem o faz, ou bem sua
capacidade? Ah não, não! Eu sou Eu que estou em você, é minha Vontade que faz você tomar
como um punho a tudo e a todos e continua seu curso em sua alma. E além disso, você quer
alguma coisa fora de minha Vontade? Que temes? Que poderia te deixar? Não sabes que o sinal
mais certo de que eu habito em ti, é que a minha Vontade tenha o seu lugar de honra, que te
domine e que faça de ti o que quer? “Eu e Minha Vontade somos inseparáveis, e torna inseparável
de Mim a quem se deixa dominar por Ela”.

19-36
Julho 11, 1926

Assim como se soube que para formar o Reino da Redenção os que mais sofreram foram Jesus e sua Mãe,
assim será necessário conhecer quem sofreu pelo Reino do Fiat Supremo.

(1) Há alguns dias, o meu doce Jesus não me tinha dito nada acerca da sua Santíssima Vontade,
mas fazia-se parecer triste, em ato de bater nas criaturas. Hoje, como se quisesse sair de sua
tristeza, porque quando fala de sua Vontade parece que se põe em festa, ao sair de dentro de meu
interior me disse:.
(2) “Minha filha, quero me consolar, me faça falar do Reino do meu Supremo Querer”..

(3) E eu: “Meu amor e minha vida, Jesus, se Tu não me dizes todos os segredos que há nele, eu,
não conhecendo tudo, não gozarei a plenitude dos bens que este Reino possui, nem poderei dar-te
a correspondência do amor, dos bens que Tu escondes, e me sentiria infeliz em meio a tanta
felicidade, porque em tudo o que le Tu possuis não corre meu amo-te’, será pequeno, mas é o
amo-te’ de tua pequena filha que Tu amas tanto”. E Jesus, tomando a minha palavra, disse-me:.

(4) “Minha pequena filha, tu mesma o dizes, quanto é necessário o conhecimento; se é necessário
para ti, muito mais para os demais. Agora, você deve saber que para formar o Reino da Redenção,
aqueles que se distinguiram mais no sofrer, foi minha Mamãe, e embora Ela aparentemente não
sofreu nenhuma pena que conhecessem as outras criaturas, com exceção de minha morte que foi
conhecida por todos e que foi para seu materno coração o golpe fatal e mais dilacerante, mais que
qualquer morte dolorosíssima, mas como Ela possuía a unidade da luz de meu Querer, esta luz
levou o seu coração trespassado não só as sete espadas que diz a Igreja, mas todas as espadas,
as lanças, os furos de todas as culpas e penas das criaturas, que martirizavam de modo
dilacerante seu materno coração; mas isto é nada, esta luz levava-lhe todas minhas penas, minhas
humilhações, minhas aflições, meus espinhos, meus cravos, as penas mais íntimas de meu
coração. O coração de minha Mãe era o verdadeiro sol, que enquanto se vê só luz, esta luz contém
todos os bens e efeitos que recebe e possui a terra, assim que se pode dizer que a terra está
encerrada no sol; assim a Soberana Rainha, se via somente sua pessoa, mas a luz do meu
Supremo Querer encerrava nela todas as penas possíveis e imagináveis, e por quanto mais íntimas
e desconhecidas estas penas, tanto mais estimáveis e mais potentes sobre o Coração Divino para
implorar o suspirado Redentor, e mais do que luz solar desciam nos corações das criaturas para
conquistá-las e atá-las no Reino da Redenção. Assim que a Igreja das penas da Celestial
Soberana conhece tão pouco, que se pode dizer que são só as penas aparentes, e por isso dá o
número de sete espadas, mas se soubesse que seu materno coração era o refúgio, o depósito de
todas as penas, que a luz da minha Vontade tudo lhe levava e nada lhe poupava, não teria dito
sete espadas, mas milhões de espadas, muito mais que sendo penas íntimas, só Deus conhece a
intensidade da dor delas, e por isso com direito foi constituída Rainha dos mártires e de todas as
dores; as criaturas sabem dar o peso, o valor às penas externas, mas das internas não atingem a
dar-lhes o justo valor.

 

Agora, para formar em minha Mãe primeiro o Reino de minha Vontade e
depois o da Redenção, não eram necessárias tantas penas, porque não tendo culpas, a herança
das penas não era para Ela, sua herança era o Reino de minha Vontade, mas para dar o reino da
Redenção às criaturas, Ela teve que se sujeitar a tantas penas, assim os frutos da Redenção foram
amadurecidos no Reino de minha Vontade possuído por Mim e por minha Mãe. Não há coisa bela,
boa e útil que não saia de minha Vontade. Agora, unida à Soberana Rainha veio minha
Humanidade, Ela ficou escondida em Mim, em minhas dores, em minhas penas, por isso pouco se
conheceu dela, mas de minha Humanidade foi necessário que se soubesse o que Eu fiz, quanto
sofri e quanto amei, se nada fosse conhecido não teria podido formar o Reino da Redenção, o
conhecimento de minhas penas e de meu Amor é ímã e estímulo, incitação, luz para atrair as
almas a tomar os remédios, os bens que nela há; o saber quanto me custam suas culpas, sua
salvação, é cadeia que os ata a Mim e impede novas culpas. Se em vez disso nada tivessem
sabido de minhas penas e de minha morte, não conhecendo quanto me custou sua salvação,
nenhum teria tido o pensamento de me amar e de salvar sua alma. Vês então quanto é necessário
fazer conhecer quanto fez e sofreu aquele ou aquela que formou em si um bem universal para dá-
lo aos outros?.

(5) Agora minha filha, assim como foi necessário fazer conhecer quem foi Aquele e Aquela e
quanto lhes custou formar o Reino da Redenção, assim é necessário fazer conhecer aquela à qual
minha paterna bondade escolheu primeira para formar nela o Reino do Fiat Supremo, e depois dar
o princípio da transmissão aos outros, assim como foi para a Redenção, que primeiro foi formada
entre Eu e minha Mãe Celestial e depois foi conhecida pelas criaturas, assim será do Fiat Supremo,
portanto é necessário fazer conhecer quanto me custa este Reino de minha Vontade, e para fazer
que o homem pudesse entrar de novo em seu Reino perdido, tive que sacrificar a menor das
criaturas, tê-la cravada por quarenta anos e mais dentro de um leito, sem ar, sem a plenitude da luz
do sol que todos gozam, como seu pequeno coração tem sido o refúgio de minhas penas e
daquelas das criaturas, como amou a todos, rogado por todos, defendido a todos e quantas vezes
se expôs aos golpes da Justiça Divina para defender a todos seus irmãos, e além disso suas penas
íntimas, minhas mesmas privações que martirizavam seu pequeno coração, dando-lhe morte
contínua, porque não conhecendo outra vida que a minha, outro querer que o meu, todas estas
penas lançavam os fundamentos do Reino da minha vontade, e como raios solares amadureciam
os frutos do Fiat Supremo, por isso é necessário fazer saber quanto te custou a ti e a mim este
Reino, e assim pelo custo possam conhecer quanto amo o que façam aquisição dele, e pelo custo
possam apreciá-lo e amá-lo e aspirar a entrar a viver no Reino de minha Suprema Vontade”.

(6) Isto eu escrevi por obedecer, mas foi tanto o esforço, que apenas pude assinalar algo de minha
pobre existência, já que pela grande relutância me sinto gelar o sangue nas veias, mas convém-me
repetir sempre: Fiat, Fiat, Fiat!. .

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