Estudo 42 – Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 42 – Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade
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LIVRO DO CÉU VOLUME 1 

(261) Lembro-me de que, seguindo o meu pedido de crucificação e transportando-me para fora de
mim mesma, Jesus levou-me aos lugares santos de Jerusalém, onde Nosso Senhor padeceu a sua
dolorosa Paixão, e ali encontramos muitas cruzes e o meu amado Jesus disse-me:
(262) “Se tu soubesses que bem a cruz contém em si, como torna preciosa a alma, que jóia de
inestimável valor adquire quem tem o bem de possuir os sofrimentos, basta dizer-te somente que
vindo à terra não escolhi as riquezas, os prazeres, mas tive como amadas e íntimas irmãs a cruz, a
pobreza, os sofrimentos e as ignomínias”.
263) Enquanto assim dizia, mostrava um gosto tal, uma alegria pelo sofrimento, que essas
palavras me trespassavam o coração como tantos dardos ardentes, tanto que me sentia faltar a
vida se o Senhor não me concedia o sofrer, e com toda a força e a voz que tinha não fazia outra
coisa que lhe dizer: “Esposo Santo, dá-me o sofrer, dá-me as cruzes, só com isto saberei que me
amas, se me contentares com as cruzes e com os sofrimentos”. E então tomava uma daquelas
cruzes maiores que via, punha-me sobre ela e rogava a Jesus que viesse crucificar-me, e Ele se
comprazia em tomar minha mão e começava a traspassá-la com o prego, de vez em quando o
bendito Jesus me perguntava:
(264) “Que, te dói muito? Quer que eu pare?”
(265) E eu: “Não, não, meu amado, continua, dói, sim, mas estou contente”. E temia tanto que não
acabasse de me crucificar, que não fazia outra coisa senão dizer-lhe: “Faze-o depressa, ó Jesus,
faze-o depressa, não demores tanto”. Mas o que, quando tinha que cravar a outra mão, os braços
da cruz se encontravam curtos, enquanto antes me haviam parecido suficientes para poder
crucificar-me. Quem pode dizer como ficava mortificada? Isto repetia-se em muitas ocasiões, e às
vezes se os braços da cruz eram adequados, o comprimento da haste não alcançava para poder
distender os pés, em uma palavra, faltava sempre alguma coisa para não se poder cumprir de todo
a crucificação. Quem pode dizer a amargura de minha alma e os lamentos que fazia com Nosso
Senhor porque não me concedia o verdadeiro sofrimento? Dizia-lhe: “Meu amado, tudo termina em
burla, dizias-me que querias levar-me ao Céu, e logo de novo me fazias voltar à terra, dizias-me
que querias crucificar-me, e jamais chegamos à completa crucificação”. E Jesus novamente me
prometeu que me crucificaria.

2-44
Julho 4, 1899

Jesus fala da Mãe Celestial. As perturbações.

(1) Esta manhã, tendo-me renovado Jesus as penas da crucificação, encontrava-se também
nossa Mãe Rainha, e Jesus falando dela disse:
(2) “Meu próprio reino esteve no coração de minha Mãe, e isto porque seu coração não foi
jamais nem minimamente perturbado, tanto, que no mar imenso da Paixão sofreu penas
imensas, seu coração foi traspassado de lado a lado pela espada da dor, Mas não recebeu
nem um sopro de perturbação. Por isso, sendo meu reino um reino de paz, pude estender nela
meu reino, e sem encontrar nenhum obstáculo pude livremente reinar”.
(3) Tendo vindo Jesus mais vezes e vendo-me toda cheia de pecados, disse-lhe: “Senhor meu
Jesus, sinto-me toda coberta de chagas e pecados graves; ah, peço-te, tem piedade desta
miserável”.
(4) E Jesus: “Não temas, que não há culpas graves, e além disso, deve-se ter horror da culpa,
mas não se perturbar, porque a agitação, de onde quer que venha, jamais faz bem à alma”.
(5) Depois acrescentou: “Minha filha, tu és vítima como eu, faz que todas as tuas obras
resplandeçam com as minhas mesmas intenções, puras e santas, a fim de que encontrando
em ti a minha imagem possa livremente derramar o influxo das minhas graças, e adornada
assim poderei oferecer-te como vítima perfumada ante a divina justiça”.

3-45
Fevereiro 27, 1900

A Divina Vontade ata Jesus à alma. O grande mal da murmuração.

(1) Havendo-me abandonado toda na amável Vontade de Nosso Senhor, eu me via toda
circundada pelo meu doce Jesus, por fora e por dentro. Com o ter-me abandonada Nele me via
como se meu ser se tivesse tornado transparente e a qualquer parte que virava via a meu sumo
Bem, mas o que me fazia maravilhar era que enquanto me via rodeada por dentro e por fora por
Jesus, assim eu, meu pobre ser, minha vontade, circundava a Jesus como dentro de um círculo, de
modo que Ele não encontrava a abertura para poder sair, porque minha vontade unida à sua o
tinha acorrentado, sem que me pudesse fugir. Oh, admirável segredo da Vontade de meu Senhor,
indescritível é sua felicidade! Agora, enquanto eu estava neste estado, o bendito Jesus me disse:

(2) “Minha filha, na alma toda transformada no meu querer Eu encontro um doce repouso. A alma
se converte para Mim como aqueles objetos suaves que não dão nenhum incômodo a quem quer
repousar neles, é mais, ainda que fossem pessoas cansadas e doloridas, é tanta a suavidade e o
prazer que tomam ao repousar sobre estes objetos, que ao acordarem se encontram fortes e
saudáveis. Assim é para mim a alma conformada a meu Querer, e Eu em recompensa me faço atar
por sua vontade e nela faço resplandecer o Sol Divino como no pleno meio-dia”.
(3) Disse isto desapareceu. Pouco depois, tendo recebido a comunhão voltou e me transportou
para fora de mim mesma. Via muita gente e Jesus me dizia:

(4) “Diga-lhes, diga-lhes quão grande é o mal que fazem com murmurar um do outro, porque
atraem minha indignação, e isto com justiça, porque vejo que enquanto estão sujeitos às mesmas
misérias e fraquezas, não fazem outra coisa que erigir tribunais um contra o outro. Se assim fazem
entre eles, que farei eu, que sou santo e puro, com eles? De acordo com a caridade que exercitem-
se uns com os outros, assim Eu me sinto atraído a usar misericórdia com eles”.

(5) Jesus me dizia isso, e eu o repetia a essa gente, e depois nos retiramos.

4-48
Janeiro 15, 1901

Jesus diz-lhe que ela forma o seu maior martírio.

(1) Como nos dias passados meu amado Jesus se fez ver de certo modo zangado com o mundo,
esta manhã ao não vê-lo vir pensava entre mim: “Quem sabe, talvez não venha porque quer
mandar algum castigo, e que culpa tenho eu de que, como quer mandar castigos não se digna vir a
mim? Que coisa bonita, que enquanto quer castigar os outros, dá-me a mim o maior dos castigos,
que é a sua privação”. Agora, enquanto dizia estes e outros desatinos, meu amável Jesus apenas
se fez ver me disse:
(2) “Minha filha, tu forma para Mim o maior martírio, porque devo mandar algum castigo não posso
estar contigo, porque me atas por toda parte e não queres que faça nada, e não vindo, tu me
ensurdeces com tuas demandas, com teus lamentos e suas esperas, tanto, que enquanto me
ocupo em castigar estou obrigado a pensar em você, a te ouvir, e meu coração é dilacerado ao te
ver em teu estado doloroso de minha privação, porque o martírio mais doloroso é o martírio do
amor, e por quanto mais se amam duas pessoas, tanto mais são dolorosas essas penas, que não
por outros, mas por meio deles mesmos se suscitam, por isso fique tranquila, calma, não queira
aumentar minhas penas por meio de suas penas”.
(3) Então Ele desapareceu e eu fiquei toda mortificada ao pensar que eu formo o martírio de meu
amado Jesus, e que para não fazê-lo sofrer tanto, quando não vem devo ficar tranqüila, mas quem
pode fazer este sacrifício? Parece-me impossível, e serei obrigada a continuar a martirizar-nos
mutuamente.

Vol. 6-44 1904

Jesus fala da beleza do homem.

(1) Continuando o meu habitual estado, assim que veio o meu adorável Jesus, todos os aflitos e
sofredores me disseram:
(2) “Ah! minha filha, se o homem se conhecesse a si mesmo, oh! como se cuidaria de manchar-se,
porque é tal e tanta sua beleza, sua nobreza, sua formosura, que todas as belezas e diversidade
das coisas criadas as reúne em si, e isto porque sendo criadas todas as outras coisas da natureza
para serviço do homem, e o homem devia ser superior a todas, portanto, para ser superior devia
reunir em si todas as qualidades das outras coisas criadas, e não só isso, senão que tendo sido
criadas as outras coisas para o homem e o homem só para Deus e para sua delícia, por
consequência não somente devia reunir em si todo o criado, senão que devia superá-lo até receber
em si mesmo a imagem da Majestade Suprema. E o homem, apesar de tudo isto, não cuidando de
todos estes bens, não faz outra coisa senão sujar-se com as mais feias porcarias”.
(3) E desapareceu. Então eu compreendia que a nós nos sucede como a uma pobre, que tendo
recebido um vestido tecido de ouro, enriquecido com gemas e com pedras preciosas, como não
entende nem conhece seu valor, o tem exposto ao pó, ele o suja facilmente e o tem como um
vestido tosco e de pouco valor, de modo que se o tira, pouco ou nenhum desgosto sente. Assim é
nossa cegueira a respeito de nós mesmos.

7-47
Outubro 2, 1906

Como os nossos sofrimentos podem aliviar Jesus.

(1) Tendo recebido a comunhão, senti-me fora de mim e via uma pessoa muito oprimida por
várias cruzes, e a Jesus bendito que dizia:
(2) “Diga-lhe que no ato em que ela se sente como acossada por perseguições, por dores, por
sofrimentos, pense que Eu lhe estou presente, e que pode servir-se de seus sofrimentos para
curar e cicatrizar minhas chagas; assim que seus sofrimentos me servirão agora para curar-me o
lado, agora a cabeça, agora as mãos e os pés, chagas demasiado doloridas, irritadas pelas
graves ofensas que me fazem as criaturas, e isto é uma grande honra que lhe faço, dando-lhe eu
mesmo o remédio para curar as minhas chagas, e ao mesmo tempo dar-lhe o mérito da caridade
de ter-me curado”.
(3) Enquanto assim dizia, via muitas almas purgantes, as quais ao ouvir isto, todas espantadas
disseram:
(4) “Felizes sois vós que recebeis tantos sublimes ensinamentos, que adquiris méritos de curar
um Deus, méritos que ultrapassam todos os outros méritos, e vossa glória será diferente da dos
demais, como é diferente o Céu da terra. Oh! Se nós tivéssemos recebido tais ensinamentos,
que nossos sofrimentos poderiam ter servido para curar um Deus, quantas riquezas de méritos
teríamos adquirido, e dos quais agora nos vemos privadas?”

7-48
Outubro 3, 1906

Jesus fala-lhe da simplicidade.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, assim que veio o bendito Jesus me disse:
(2) “Minha filha, a simplicidade enche a alma de Graça até difundir-se fora, assim que se quiser
restringir a Graça nela não se pode, porque assim como o Espírito de Deus por ser simplíssimo
se difunde por toda parte sem esforço nem fadiga, mais bem naturalmente, assim a alma que
possui a virtude da simplicidade difunde a Graça em outros sem sequer adverti-lo”.
(3) Dito isto desapareceu.

9-47
Setembro 22, 1910

Cada virtude é um Céu que a alma adquire.

(1) Esta manhã, continuando o meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus me disse:
(2) “Minha filha, cada virtude é um céu que a alma adquire; assim, por quantas virtudes se
adquirem, tantos céus a alma vai formando, e estes céus derrotam todas as inclinações humanas,
destroem o que é terreno e fazem espaçar a alma nas atmosferas mais puras, nas mais santas
delícias, nos perfumes celestes do sumo bem, antecipando-lhe parte das alegrias eternas”.
(3) E desapareceu..

9-48
Outubro 1, 1910

O amor a Jesus forma a transformação da alma n’Ele.

(1) Tendo recebido a comunhão, sentia-me toda transformada em Jesus bendito, e dizia entre
mim: “Como se faz para manter esta transformação com Jesus?” E no meu íntimo parecia que
Jesus me dizia:

(2) “Minha filha, se queres estar sempre transformada em Mim, melhor, ser uma só coisa Comigo,
ama-me sempre e manterás a transformação Comigo, porque o amor é fogo, e qualquer lenha que
se lança no fogo, pequeno ou grande, verde ou seco, todos tomam a forma de fogo e se convertem
no mesmo fogo, e depois que estes troncos ficaram queimados, não se discerne mais qual era um
tronco e qual o outro, nem o verde nem o seco, não se vê outra coisa que fogo, assim a alma
quando não cessa jamais de me amar. O amor é fogo que transforma em Deus, o amor une, as
suas chamas investem todas as obras humanas e lhes dá a forma das obras divinas”.

10-46

Janeiro 5, 1912

Jesus se torna devedor da alma. Efeitos da oração contínua.

(1) Tendo lido em meus escritos que quando o bendito Jesus nos priva d‟Ele se faz nosso devedor,
eu pensava entre mim: “Se Jesus leva em conta todas as privações, os desgostos, as birras, que
faço especialmente nestes tempos, quem sabe quantas dívidas tem contraído comigo? Mas temo
que não sendo sua Vontade meu estado, em vez de fazê-lo devedor me torne eu devedora”. E
Jesus, movendo-se dentro de mim, disse-me:
(2) “Estou propriamente para ver o que você faz, se você se afastar, se mudar sistema; enquanto
não se separar, está segura de que sempre faço assinatura de novos débitos, sua espera, sua
tolerância e perseverança me fornecem o promissório onde colocar minha assinatura, mas se isto
não fazer, primeiro não teria onde pôr minha assinatura; segundo não teria nenhum documento na
mão para resgatar estas dívidas, e querendo você exigir, responderia franco: “Não te conheço,
onde estão os documentos que demonstrem que Eu sou seu devedor?” E você ficaria confusa. É
verdade que Eu me faço devedor quando privo de minha presença, da graça sensível, mas quando
isto o dispõe minha sabedoria e eles não me dão ocasião de privá-las de Mim; mas quando eles
me dão a ocasião, ou que privando-os de Mim não me são fiéis, não esperam por Mim, então em
vez de me tornar devedor Eu, eles se tornam devedores. Eu, se contraio dívidas tenho com o que
pagar e permaneço sempre o que sou, mas se você as contrai, como me pagará? Por isso
permanece atenta em seu posto, a seu estado de vítima, como queira que te tenha, se é que quer
me fazer seu devedor”.
(3) Eu disse: “Quem sabe, oh! Jesus, como estará o pai, porque hoje não se sentia bem, e não me
lembrei dele para pedir-te de contínuo como fiz anteontem”.
(4) E Jesus: “Continua a estar mais aliviado, porque quando você me pede continuamente, Eu sinto
a força da oração e quase me impede de fazê-lo sentir mais sofredor, com o tempo, cessando esta
oração contínua, esta força vai se perdendo e Eu fico livre de fazê-lo sofrer mais”.

 

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