Estudo 13 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 13 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina
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PARTE 1

12-16
Julho 25, 1917

Jesus purifica a alma para admiti-la a viver em sua Vontade.

(1) Continuando o meu habitual estado lamentava-me com Jesus e ao mesmo tempo pedia-lhe que pusesse fim a tantos castigos, e Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, lamentas-te? No entanto é nada ainda, virão os grandes castigos, a criatura se tornou insuportável, sob os castigos se rebela mais, e nem sequer quer reconhecer que é minha mão que castiga, não tenho outros meios que usar que exterminá-la, assim poderei tirar tantas vidas que espestam a terra e me matam a crescente geração, portanto não espere o fim por agora, senão sim outros males piores, não haverá parte da terra que não seja empapada de sangue”.
(3) Eu, ouvindo isto, sentia-me dilacerar o coração, e Jesus, querendo consolar-me, disse-me:
(4) “Minha filha, vem em minha Vontade para fazer o que faço Eu, e em meu Querer poderás correr para o bem de todas as criaturas, e de dentro do sangue onde nadam poderás salvá-las com a potência de meu Querer, de modo que as trará lavadas por seu próprio sangue com o selo de minha Vontade”.
(5) E eu: “Minha vida, sou tão má, como posso fazê-lo?”
(6) E Jesus: “Você deve saber que o ato mais nobre, mais sublime, maior, mais heróico, é fazer minha Vontade e agir em meu Querer, por isso, a este ato ao que nenhum outro poderá igualar,
Eu lhe dou alegria de todo meu amor e generosidade, e enquanto a alma se decide a fazê-lo, Eu, para lhe dar a honra de tê-la em meu Querer, no ato em que os dois quereres se encontram para fundir-se um no outro e fazer-se um só, se está manchada a purifico, e se os espinhos da natureza humana a envolvem, as destroço; se algum prego a traspassa, isto é, o pecado, Eu pulverizo-o, porque nada pode entrar de mal em minha Vontade; é mais, todos meus atributos a investem e lhe mudam a debilidade em fortaleza, a ignorância em sabedoria, a miséria em riqueza, e assim de todo o resto. Nos outros atos permanece sempre alguma coisa de si, mas nestes fica a alma despojada toda de si mesma, e Eu a encho toda de Mim”.

13-14
Agosto 25, 1921
Quanto mais conhecimento se tem do Divino Querer, tanto mais valor adquirem os atos.

(1) Estava toda fundindo-me no Santo Querer Divino, e meu Jesus me disse:
(2) “Filha de meu Querer, quantas vezes mais te submerges em meu Querer, tanto mais se amplia o círculo de tua vontade na minha. É verdade que os atos feitos em meu Querer enchem tudo, como a luz do sol enche a terra, mas com o repetir os atos em meu Querer alarga-se a circunferência do mesmo sol, e a alma adquire maior intensidade de luz e de calor; e conforme repete seus atos em meu Querer, tantas vezes fica atada sua vontade à minha, e estes nós fazem correr tantos rios divinos sobre toda a terra, que impedem o livre curso à justiça”.
(3) E eu: “Mas, ó meu Jesus, muitos flagelos enchem a terra, tanto de fazer estremecer”.
(4) E Ele: “Ah, minha filha, no entanto pode-se dizer que ainda não é nada! E se não fosse por estes rios, por estes nós da vontade humana feitos na Vontade Divina, Eu olharia a terra como
se não me pertencesse mais, e então faria abrir redemoinhos por toda parte para engoli-la. Oh,como me pesa a terra!”
(5) Mas o dizia com tal amargura de fazer chorar as pedras. Depois acrescentou:
(6) “Cada vez que te falo de meu Querer e você adquire novos conhecimentos, tanto mais valor tem seu ato em meu Querer e mais riquezas imensas adquire. Acontece como com alguém que tem uma jóia e sabe que esta tem um valor de um centavo; ele é rico em um centavo. Agora,acontece que ele mostra sua jóia por um especialista, e ele lhe diz que sua jóia vale cinco mil liras; então ele já não possui um centavo, mas é rico em cinco mil liras. Depois de algum tempo tem ocasião de fazer ver sua jóia por outro perito mais experiente, e ele lhe assegura que sua jóia tem um valor de cem mil liras e que está disposto a comprá-la se é que a quer vender; agora é rico em cem mil liras.Depois de algum tempo tem ocasião de fazer ver sua jóia por outro perito mais experiente, e ele lhe assegura que sua jóia tem um valor de cem mil liras e que está disposto a comprá-la se é que a quer vender; agora é rico em cem mil liras. Conforme conhece o valor de sua jóia, assim se faz mais rico e sente maior amor e estima por sua jóia; a tem guardada com maior cuidado sabendo que é toda sua fortuna, enquanto antes a tinha como uma coisa de nada. Não obstante a jóia não mudou, ficou tal como era, a mudança foi feita nele com saber o valor que a jóia contém. Assim acontece da minha Vontade, como também das virtudes, segundo a alma compreende seu valor, adquire maior conhecimento sobre ela, assim vem a adquirir novos valores e novas riquezas em seus atos. Por isso, quanto mais souberes da minha Vontade, tanto mais o teu ato adquirirá o seu valor. Oh, se soubesse que mares de graças eu abro entre você e eu cada vez que te falo dos efeitos do meu Querer, morreria de felicidade e faria festa como se tivesse adquirido novos reinos para dominar!”

14-14
Março 18, 1922

A culpa acorrenta a alma e a impede de fazer o bem.

(1) Estava acompanhando meu doce Jesus em suas penas da Paixão, e Ele fazendo-se ver me  disse:
(2) “Minha filha, a culpa acorrenta a alma e a impede de fazer o bem: A mente sente a cadeia da culpa e fica impedida de compreender o bem, a vontade sente a cadeia que a ata e se sente entorpecida, e em lugar de querer o bem quer o mal, o desejo acorrentado sente que lhe cortam as asas para voar a Deus. ¡ Oh, como me dá compaixão ver o homem acorrentado por suas mesmas culpas! Eis porque a primeira pena que quis sofrer na Paixão foram as correntes, quis estar atado para libertar o homem de suas correntes. Aquelas correntes que Eu sofri tornaram-
se, assim que me tocaram, em cadeias de amor, as quais tocando o homem queimavam e rompiam as suas e o amarravam com minhas amorosas cadeias. Meu amor é obrante, não sabe estar se não obra, por isso para todos e para cada um preparei o que se necessita para reabilitá-lo, para curá-lo, para embelezar-lo de novo, tudo fiz a fim de que se se decidir encontre tudo preparado e a sua disposição, por isso tenho prontas as minhas cadeias para queimar as suas; os pedaços da minha carne para cobrir as suas chagas e adorná-lo de beleza; meu sangue para lhe dar novamente a vida; tudo o tenho pronto. Tenho em reserva para cada um o que se necessita, meu amor quer dar-se, quer obrar, sinto uma intranquilidade, uma força irresistível que não me dá paz se não dou, e sabe o que faço? Quando vejo que ninguém toma, concentro minhas correntes, os pedaços de minha carne, meu sangue, em quem os ama e me ama, e o cubro de beleza, envolvendo tudo com minhas correntes de amor, o centuplico a vida de graça, e assim meu amor se desafoga e se tranqüiliza”.
(3) Mas enquanto isso dizia, eu via que suas correntes, os pedaços de sua carne, seu sangue, corriam sobre mim, e Ele se divertia aplicando-os sobre mim e envolvendo-me toda. Como é bom Jesus, seja sempre bendito! Depois voltou e acrescentou:

(4) “Minha filha, sinto a necessidade de que a criatura repouse em Mim e Eu nela, mas sabes quando a criatura repousa em Mim e Eu nela? Quando sua inteligência pensa em Mim e me compreende, ela repousa na inteligência de seu Criador, e a do Criador encontra seu repouso na mente criada; quando a vontade humana se une com a Vontade Divina, as duas vontades se abraçam e repousam juntas; Se o amor humano se eleva sobre todas as coisas criadas e ama só o seu Deus, que belo repouso encontram mutuamente Deus e a alma! Quem dá repouso, encontra-o, Eu faço de leito e a tenho no mais doce sono, estreitada entre meus braços, por isso vem e repousa em meu seio”.

15-13
Abril 2, 1923
A Divina Vontade é germe de ressurreição à Graça, à santidade e à glória. Na Divina Vontade está o vazio do obrar humano no Divino. Os conhecimentos são os olhos da alma.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, meu sempre amável Jesus se fazia ver todo amável, majestoso e como envolto dentro de uma rede de luz, luz mandava de seus olhos, luz saía de sua boca, de cada palavra sua, de cada batimento, de cada movimento e passo, em suma, a sua humanidade era um abismo de luz. E Jesus olhando para mim uniu-me com esta luz dizendo-me:
(2) “Minha filha, quanta luz, quanta glória teve a minha humanidade na minha Ressurreição, porque no curso da minha Vida nesta terra não fiz outra coisa senão fechar em cada ato meu, em cada respiro, olhar, em tudo, à Vontade Suprema, e conforme a encerrava, Assim o Divino Querer me preparava a glória, a luz em minha Ressurreição, e contendo em Mim o mar imenso da luz de minha Vontade, não é maravilha que se olho, se falo, se me movo, saia tanta luz de Mim para poder dar luz a todos. Agora quero acorrentar-te e envolver-te nesta luz, para pôr em ti tantos germes de ressurreição por quantos atos vais fazendo em minha Vontade, Ela é a única que faz ressurgir a alma e o corpo à glória, Ela é germe de ressurreição à graça, germe de ressurreição à mais alta e perfeita santidade, germe de ressurreição à glória. Assim que conforme a alma faz seus atos em meu Querer, assim vai encadeando nova luz divina, porque meu Querer por natureza é luz, e quem nele vive tem virtude de transformar os pensamentos, as palavras, as obras e tudo o que faz, em luz”.

(3) Depois estava eu a dizer ao meu doce Jesus: “Rezo no teu Querer, a fim de que a minha palavra, multiplicando-se nele, tenha por cada palavra de cada criatura uma palavra de oração, de louvor, de bênção, de amor, de reparação; gostaria que a minha voz se elevasse entre o Céu e a terra, absorver em si todas as vozes humanas para dá-las a Ti em homenagem e glória, de acordo com como Tu queres que a criatura se sirva da palavra”. Agora, enquanto dizia isto, meu amável Jesus pôs sua boca perto da minha, e com seu fôlego, aspirando absorvia minha respiração, minha voz, meu respiro no seu, e pondo-o como em caminho em seu Querer percorria cada uma das palavras humanas, e mudava as palavras, As vozes, segundo o que eu tinha dito, e conforme as percorria assim se elevavam ao alto para fazer o ofício diante de Deus, em nome de todos, de todas as vozes humanas. Eu fiquei maravilhada, e lembrando-me que Jesus já não me fala tão freqüentemente do seu Querer, disse-lhe:

(4) “Diz-me meu amor, por que não me falas tão freqüentemente do teu Querer? Talvez eu não tenha estado atenta às tuas lições e fiel em pôr em prática os teus ensinamentos?”
(5) E Jesus: “Minha filha, em minha Vontade está o vazio do obrar humano no Divino, e este vazio deve ser preenchido por quem vive em meu Querer, quanto mais esteja atenta a viver em meu Querer, e em fazê-lo conhecer aos demais, tanto mais cedo será preenchido este vazio, de modo que meu Querer, vendo-se mover em Si ao querer humano, como regressando ao princípio de
onde saiu, sentir-se-á satisfeito e verá cumpridos seus anseios sobre a geração humana, ainda que fossem poucos ou mesmo um só, porque meu Querer com sua potência pode refazer-se de tudo, mesmo com um só se não encontra outros, mas é sempre uma vontade humana que deve vir na minha para preencher tudo o que os demais não fazem; isto me será tão agradável que rasgarei os Céus para fazer descer meu Querer e fazer conhecer o bem e os prodígios que contém. Cada entrada que faz de mais em meu Querer me incita a te dar novos conhecimentos sobre Ele, a te contar outros prodígios, porque quero que conheça o bem que faz para que o aprecie, e ame o possuí-lo, e Eu, vendo que o ama e o aprecia, te o dou em posse. O conhecimento é o olho da alma, a alma que não conhece está como cega àquele bem, àquelas verdades. Em minha Vontade não há almas cegas, aliás, cada conhecimento lhes dá um alcance maior de vista, por isso entra freqüentemente em meu Querer, alarga teus confins em minha Vontade, e Eu, assim que veja isto, voltarei a te dizer coisas mais surpreendentes de minha Vontade”.

(6) Agora, enquanto isto dizia, giramos juntos um pouco pela terra, mas, oh espanto! Muitos queriam ferir o meu amado Jesus, que com facas, quem com espadas, e entre estes havia Bispos,
sacerdotes, religiosos, que o feriam até no coração, mas com tal fúria que dava horror. Oh! como sofria e se lançava em meus braços para ser defendido, eu o estreitava e lhe roguei que me desse parte de suas penas; Ele me contentou com traspassar-me o coração com tal veemência, de sentir todo o dia uma chaga profunda, e Jesus repetidamente voltava a me ferir. Então, na manhã seguinte, sentindo ainda forte a dor, o meu doce Jesus voltou dizendo-me:
(7) “Deixa-me ver o teu coração”.
(8) E, enquanto o olhava, disse-me: “Queres que te cure para te aliviar da dor que sofres?”
(9) E eu: “Meu sumo bem, por que queres curar-me? Não sou digna de sofrer por Ti? Teu coração está todo ferido, e o meu, por comparação ao teu, ó! como é escasso o meu sofrer, melhor, se a Ti te agrada me dê mais penas”. E Ele, estreitando-me totalmente a Si, continuou a trespassar-me o coração com mais dor, e deixou-me. \
(10) Seja tudo para sua glória.

16-14
Agosto 13, 1923

A Virgem foi o início, a origem, o germe do Fiat Voluntas Tua como no Céu assim na terra. Jesus sobre este germe de seu mesmo Querer que encontrou em sua Divina Mãe formou o grande plano da vontade humana na Vontade Divina. Agora, por meio de outra criatura, abrirá o campo deste plano às gerações.

(1) Sentia-me oprimida pela privação do meu doce Jesus, e pondo-me a rezar lhe pedia que não tardasse em vir a minha pobre alma, que não podia mais. Então com surpresa minha eu vi que estava apertado ao meu pescoço, me envolvendo com seus braços, e com seu rosto que tocava o meu, e com uma luz que queria infundir em minha mente; eu, como atraída o beijei, mas como se quisesse rejeitar a luz e dizia entre mim: “Eu não me importo de saber as coisas, O que quero é salvar minha alma, e Jesus só me basta para me salvar, todo o resto é nada”. Então Jesus me tocou a testa, não pude resistir mais, e a luz entrava em mim e dizia:

(2) “Minha filha, quem é chamado a um ofício deve conhecer os segredos, a importância, os deveres, os bens, o fundador e tudo o que a esse ofício pertence. Saiba que uma simples criatura rompeu as relações que existiam entre a Vontade Divina e a criatura, esta ruptura destruiu os planos que a Divindade tinha na criação do homem; agora, outra simples criatura, embora dotada de tantas graças e privilégios, qual foi a Virgem, Rainha de todos, mas sempre pura criatura, foi-lhe dado o ofício de ter que retomar, cimentar e estabelecer relações com a Vontade do seu Criador para reparar a primeira ruptura de aquela primeira criatura; mulher a primeira, mulher a segunda.

Foi propriamente Ela, que com vincular seu querer ao nosso nos restituiu a honra, o decoro, a sujeição, os direitos da Criação; não foi uma só criatura que teve o início do mal e a que formou o
germe da ruína de todas as gerações? Assim, esta só Criatura Celestial teve o início do bem, com relacionar-se com a Vontade de seu Criador formou o germe daquele Fiat Eterno que devia ser a salvação, a santidade, o bem-estar de todos. Agora, esta Celestial Criatura, conforme crescia, assim crescia nela o germe daquele Fiat Eterno, que fazendo-se árvore, o Verbo Eterno sentiu-se arrebatado a repousar sob a sombra de seu Eterno Querer, e ficou concebido, formando a sua humanidade naquele seio virginal, no qual reinava como Rei dominante seu Supremo Querer. Veja então como todos os bens descendem de meu Supremo Querer, e todos os males saem em campo quando a criatura se subtrai da Vontade Divina. Então, se não tivesse encontrado uma criatura que tivesse por vida meu Querer, e que não se tivesse posto em relação comigo Com aqueles vínculos da Criação queridos por Mim, não teria querido nem poderia descer do Céu e tomar carne humana para salvar o homem, assim que minha Mamãe foi o início, a origem, o germe do “Fiat Voluntas Tua come in Cielo Così in terra”; porque uma criatura o tinha destruído, era justo que outra criatura tinha de o reedificar. E minha Humanidade, que jamais se separou de minha Divindade, sobre este germe de meu mesmo Querer que encontrei em minha Divina Mãe formei o grande plano da vontade humana na Divina Vontade; com minha vontade humana unida à Divina não houve ato humano que não pusesse em relação com o Querer Supremo; com o Querer Divino estava em dia de todos os actos de todas as gerações, com o querer humano ia reparando-os e os ligava com o Eterno Querer; não houve ato que me escapasse e que não fosse ordenado por Mim na luz puríssima da Suprema Vontade. A Redenção, poderia dizer que me custou pouco, teriam bastado minha vida externa, as penas de minha Paixão, meus exemplos, minha palavra, e a teria feito em muito pouco tempo; mas para formar o grande plano da vontade humana na Divina, para unir todas as relações e vínculos por ela quebrados, devia colocar todo meu interior, toda Minha vida escondida, todas as minhas dores íntimas, que são de mais duração e mais intensas que minhas penas externas, e que ainda não são conhecidas; basta dizer que não era só o perdão o que impele, a remissão das culpas, o refúgio, a salvação, a defesa nos graves perigos da vida do homem, como o impeli na minha Paixão, senão era o ressurgimento de todo o interior, devia fazer surgir esse Sol do Querer Eterno, que amarrando com força raptora todo o interior do homem, até as mais íntimas fibras, devia conduzi-lo ao seio de meu Pai Celestial como renascido em seu Eterno Querer. Oh! Como foi mais fácil conseguir-lhe a salvação do que reordenar lhe seu interior em meu Supremo Querer, e se isto não o tivesse feito, a Redenção não teria sido completa, nem teria sido obra digna de um Deus, nem teria ajustado nem ordenado todas as partidas do homem, nem restituído aquela santidade perdida por ter sido subtraída e rompeu as relações com a Divina Vontade. O plano já está feito, mas para fazê-lo conhecer era necessário que primeiro o homem soubesse que com minha Vida e Paixão podia obter o perdão e a salvação, para dispô-lo a fazer-lhe conhecer como lhe havia conseguido a coisa maior e mais importante, que é o ressurgimento de seu querer no meu, para restaurar lhe sua nobreza, as relações quebradas com minha Vontade, e com isto seu estado de origem.
(3) Agora minha filha, se a minha eterna sabedoria determinou que uma Celestial e a mais Santa de todas as criaturas preparará o germe do meu Santo Querer, no qual Eu formei o plano do ressurgimento do homem em minha Suprema Vontade, agora por meio de outra criatura, fazendo-a entrar nas eternas moradas de meu Querer e vinculando sua vontade com a minha, unindo-a a todos os meus atos faço ressurgir todo seu interior no Eterno Sol de meu Querer, e abro o campo deste plano às gerações, de maneira que quem quiser possa entrar nele para colocar-se em relação com a Vontade do seu Criador, e se até agora gozaram os bens da Redenção, agora passarão a gozar os frutos do Fiat Voluntas Tua come in Cielo Como na terra, aquela felicidade perdida, aquela dignidade e nobreza, aquela paz toda celestial que com fazer sua vontade o homem tinha feito desaparecer da face da terra. Graça maior não poderia fazer, porque com colocá-lo de volta em relação a minha Vontade, eu lhe restituo todos os bens com os quais o Deus o criou. Por isso seja atenta, porque se trata de abrir um grande campo de bens a todos os teus irmãos”.

17-14
18 de setembro de 1924

Diferença entre viver na Vontade de Deus e fazer a Vontade de Deus. Para entender o que quer dizer viver na Divina Vontade deve-se dispor ao maior dos sacrifícios, que é o de não dar vida, mesmo nas coisas santas, à própria vontade.

(1) Estava pensativa acerca do que está escrito sobre o viver no Divino Querer, e pedia a Jesus que me desse mais luz para explicar-me melhor, e assim poder esclarecer mais a quem estou obrigada a fazê-lo este bendito viver na Divina Vontade, e meu doce Jesus me disse:.
(2) “Minha filha, não se quer entender. O viver em minha Vontade é reinar, o fazer minha Vontade é estar às minhas ordens; o primeiro é possuir, o segundo é receber minhas ordens e cumpri-las.
Viver em meu Querer é fazer sua minha Vontade como coisa própria, é dispor dela; fazer minha Vontade é tê-la em conta como Vontade de Deus, não como coisa própria, nem poder dispor dela como se quer. O viver em minha vontade é viver com uma só Vontade, a qual é a de Deus, a qual, sendo uma Vontade toda Santa, toda pura, toda paz, e sendo uma só Vontade a que reina, não há contrastes, tudo é paz; As paixões humanas tremem ante esta Suprema Vontade e querem evitá-la, não se atrevem a mover-se nem a opor-se, vendo que diante desta Santa Vontade tremem Céus e terra. Então o primeiro passo de viver no Querer Divino, o que faz? Colocar a ordem divina no fundo da alma, esvaziá-la do que é humano, de tendências, de paixões, de inclinações e de outras coisas. Ao contrário, fazer minha Vontade é viver com duas vontades, e quando dou as ordens de seguir a minha, a criatura sente o peso de sua vontade que lhe põe contrastes, e embora siga as ordens de minha Vontade com fidelidade, sente o peso da natureza rebelde, suas paixões e inclinações. E quantos santos, embora tenham chegado à perfeição mais alta, sentem esta sua vontade que lhes faz guerra, que os tem oprimidos, e muitos são obrigados a gritar: Quem me livrará deste corpo de morte? Isto é, desta minha vontade que quer dar morte ao bem que quero fazer? Viver na minha vontade é viver como filho, fazer a minha vontade é viver como servo. No primeiro, o que é do pai é do filho e muitas vezes fazem mais sacrifícios os servos que os filhos, a eles cabe expor-se aos serviços mais cansativos, mais humildes, ao frio, ao calor, a viajar a pé; com efeito, quanto não fizeram os meus santos para seguir as ordens da minha Vontade? Mas o filho está com seu pai, tem cuidado dele, alegra-o com seus beijos e com suas carícias, manda aos servos como se o fizesse seu pai; se sair, não vai a pé, mas viaja em carruagem; e se o filho possui tudo o que é do pai, aos servos não se dá outra coisa senão o pagamento pelo trabalho que fizeram, e ficam livres de servir ou não servir a seu patrão, e se não o servem não têm mais direito de receber nenhuma outra compensação. Pelo contrário, entre pai e filho, ninguém pode retirar estes direitos: que o filho possua os bens do pai. ‘Nenhuma lei, nem celeste nem terrestre pode remover estes direitos, nem desvincular a filiação entre pai e filho. Minha filha, viver em minha Vontade é o viver que mais se aproxima ao dos bem-aventurados no Céu, e é tão distante de quem faz minha Vontade e está fielmente a minhas ordens, quanto é distante o Céu da terra, quanta distância há entre filho e servo, entre rei e súdito. Além disso, isto é um dom que quero fazer nestes tempos tão tristes, que não só façam minha Vontade mas que a possuam. Não sou Senhor e dono de dar o que quero, quando quero e a quem quero? Não é porventura livre um senhor dizer a um servo: Vive em minha casa, come, toma, ordena como outro eu? E para fazer com que ninguém lhe possa impedir a posse de seus bens, este servo é legitimado como filho e lhe dá o direito de possuir. Se isso pode fazer um rico, muito mais eu posso fazer. Este viver em meu Querer é o maior dom que quero dar às criaturas, minha bondade quer sempre mais desafogar em amor para com elas e tendo dado tudo a elas, e não tendo mais que lhes dar para fazer-me amar, quero fazer dom de minha Vontade, a fim de que possuindo-a, amem o grande bem que possuem.
(3) Não se surpreenda se vê que não compreendem, para entender deveriam dispor-se ao maior dos sacrifícios, qual é o de não dar vida, mesmo nas coisas santas à própria vontade, só então
sentiriam a posse da minha e tocariam com a mão o que significa viver em meu Querer. “Você seja atenta e não se aborreça das dificuldades que te colocam, e Eu pouco a pouco farei caminho para fazer compreender o viver em minha Vontade”.

18-13
Novembro 12, 1925
Quem é chamado como cabeça de uma missão, deve conter todos os bens pertencentes àquela missão para comunicá-los aos demais. É costume da Sabedoria eterna estabelecer os atos da criatura para dar cumprimento ao bem que quer fazer nela.

(1) Estava fundindo-me segundo meu costume no Santo Querer Divino, e meu doce Jesus movendo-se em meu interior estreitou-me toda a Si e se pôs em atitude de me dar uma lição e de
me corrigir, e me disse:.
(2) “Minha filha, sê atenta em fazer teus atos em minha Vontade, tu deves saber que quem é chamado como cabeça de uma missão, quanto mais encerra o bem pertencente a essa missão, tanto mais poderá comunicar aos demais; esses bens serão como tantas sementes que emprestará aos demais, a fim de que quem tenha a fortuna de querer adquirir esses germes se torne possuidor da colheita dessas sementes. Isto aconteceu em Adão, que sendo o primeiro homem foi constituído chefe de todas as gerações, e sendo ele a cabeça se tornava necessário que possuísse os germes para poder dar aos outros o que é necessário para o desenvolvimento da vida humana; se, em seguida, estes germes foram aumentados, explicados, mais conhecidos de acordo com a boa vontade das gerações seguintes, pela capacidade e aplicação que fizeram sobre aqueles mesmos germes, mas Adão os tinha todos em si, e se pode dizer que tudo vem dele; assim que se pode dizer que ao ser criado por Deus foi dotado de todas as ciências; o que os demais aprendem com tantas fadigas, ele possuía-o como dom de maneira surpreendente; assim que possuía o conhecimento de todas as coisas desta terra, tinha a ciência de todas as plantas, de todas as ervas, e a virtude que cada uma delas continha; tinha a ciência de todas as espécies animais e de como devia usar deles; tinha a ciência da música, do canto, da escrita, da medicina, em suma, de tudo, e se as gerações possuem cada uma sua ciência especial, Adão possuía-as todas. Vê então que quem deve ser cabeça é necessário que encerre em si todo o bem que deve participar aos demais..
(3) Assim é de ti, minha filha, como te chamei como cabeça de uma missão especial, mais que a novo Adão, e não se trata das ciências humanas, mas da ciência das ciências, que é a minha
vontade, ciência toda do céu, quero que feches em ti todos os germes que a minha Vontade contém, e por quantos mais atos faças nela, e por quanto mais conhecimentos adquirires, tanto
mais raios de luz porás ao Sol da minha vontade, e assim, havendo maior plenitude de luz, mais se poderá difundir para bem das gerações, de modo que tocadas pela plenitude da luz, poderão
conhecer com mais clareza o bem que contém a minha Vontade, o que significa viver nela, e o grande bem com o qual ficam enriquecidas. Acontecerá como acontece com o sol, que como possui tanta plenitude de luz, pode com facilidade tomar como num punho a toda a terra, aquecê-la, iluminá-la e fecundá-la, de modo que todos podem conhecer, quem mais, quem menos, o bem que faz com levar a sua luz a todos, mas se o sol no alto de sua esfera fosse pobre de luz, não poderia a luz que desce ao baixo iluminar plenamente toda a terra, no máximo a uma pequena parte da terra que girasse mais próxima ao sol. E se ao sol que devia iluminar naturalmente à terra dei tal plenitude de luz para o bem de todas as gerações, muito mais quero encher de plenitude de luz o Sol da minha Vontade, que deve iluminar as almas, aquecê-las e nelas pôr a fecundidade do germe da Santidade Divina. Agora, assim como escolhi Adão como cabeça, assim como escolhi um ponto do céu onde fixar o centro do sol que devia iluminar a terra, assim te escolhi a ti como centro do Sol de minha Vontade, e deve ser tanta a plenitude da luz, que todos poderão gozar e ser investidos por esta luz, e fazê-la cada um como coisa própria, por isso são necessários teus atos completos em minha Vontade e os conhecimentos que Eu te vou manifestando, para formar a plenitude desta luz..
(4) É costume da Sabedoria Eterna estabelecer os atos da criatura para dar cumprimento ao bem que quer fazer a ela, isto aconteceu para que viesse à terra a Redenção do Verbo Eterno, se necessitou o curso de quatro mil anos, e para este intervalo de tempo estavam estabelecidos todos os atos que as criaturas deviam fazer para dispor-se a merecer o grande bem da Redenção, e todas as graças e conhecimentos que a Suprema Majestade devia dar para fazer conhecer o mesmo bem que devia levar o conteúdo do Verbo no meio delas. Eis por que dos patriarcas, dos
santos pais, dos profetas e de todos os bons do Antigo Testamento, os quais, com seus atos, deviam fazer o caminho, a escada para chegar ao cumprimento da Redenção desejada; mas isto não basta, por quanto bons e santos eram seus atos, estava o muro altíssimo do pecado original que mantinha a divisão entre eles e Deus. Eis por que foi necessária uma Virgem concebida sem mancha original, inocente, santa e enriquecida por Deus com todas as graças, a qual fez como seus todos os atos bons do curso dos quatro mil anos, cobriu-os com sua inocência, santidade e pureza, de modo que a Divindade via aqueles atos através dos atos desta inocente e santa Criatura, a qual não só abraçou todos os atos dos antigos, senão que Ela com os seus os superou a todos, e por isso obteve o descida do Verbo à terra. A todos os atos bons dos antigos, sucedeu- lhes como a quem tem muito ouro e prata, mas naqueles metais preciosos não está cunhada a imagem do rei que é o que dá o valor de moeda ao metal, e se bem por si mesmo contém valor, mas não se pode chamar valor de moeda que possa correr com direito no reino; mas suponha que esse ouro ou prata fossem adquiridos pelo rei, e dando-lhes forma de moeda cunhará sobre ela sua imagem, então esse ouro adquirirá o direito de moeda. Assim fez a Virgem, sobre aqueles atos cunhou sua inocência, sua santidade, o Querer Divino que Ela possuía íntegro, e os apresentou todos juntos à Divindade e obteve o Redentor desejado. Assim, Nossa Senhora completou todas as ações necessárias para fazer descer o Verbo à terra; mas não terminou aqui, para fazer com que o Redentor tivesse seu campo de ação na terra, e para fazer com que qualquer um que o quisesse pudesse servir-se desses atos como moedas para comprar-se o Céu, necessitava-se o selo da inocência, santidade e Querer Divino, necessitava-se o selo do obrar do mesmo Verbo para fazer subir o homem ao Céu. Se o selo da Virgem foi suficiente para me fazer descer no meio das criaturas, para fazer subir o homem era necessário o meu agir divino; e eis que por isso abracei e fiz meus todos aqueles atos, supliquei a todos, cumpri tudo e por todos pus o selo divino a todos os atos bons, desde o primeiro até o último homem que virá à terra, e este selo foi feito por Mim com penas inauditas e com o desembolso de meu sangue, e assim dei como Rei magnânimo a moeda a todos para comprar o Céu. Tudo isto estava estabelecido pela Sabedoria Incriada, e nem sequer um ato podia faltar de tudo isto para vir a cumprimento a Redenção..

(5) Agora minha filha, assim como foi da Redenção assim é da minha Vontade. Para fazê-la conhecer e fazê-la reinar como ato primeiro de vida na criatura necessita-se o cumprimento dos atos; também você, a exemplo de minha Celestial Mãe e do meu, deve em minha mesma Vontade abraçar todos os atos feitos no antigo testamento, os da Rainha do Céu, aqueles feitos por Mim, aqueles que se fazem e que se farão por todos os bons e santos até o último dos dias, e a todos porás teu selo de correspondência de amor, de bênção, de adoração, com a Santidade e Potência de minha Vontade, nada te deve escapar. Minha Vontade abraça tudo, também tu deves abraçar tudo e todos, e pôr neles no primeiro lugar de honra, sobre todos os atos das criaturas só minha Vontade. Ela será o teu selo, com o qual selarás a imagem da minha Vontade sobre todos os atos das criaturas. Por isso teu campo é vasto; quero ver-te correr em minha Vontade sobre todas as graças e prodígios que fiz no antigo testamento, para me dar tua correspondência de amor e de agradecimento; nos atos dos patriarcas e profetas para suprir seu amor; não há ato em que não te queira encontrar, não me sentiria satisfeito nem contente se não te encontrasse em todos os atos das criaturas que se fizeram e se farão, nem tu poderias dizer que completaste tudo em minha  Vontade, te faltaria alguma coisa do verdadeiro viver em meu Querer. Por isso, esteja atenta se queres que a plenitude da luz seja suficiente para poder iluminar com o Sol da minha Vontade todas as nações. Quem quiser dar luz a todos, deve abraçar a todos como num só abraço, com o fazer-se vida e suplemento de tudo e de todos. Não é talvez minha Vontade vida de tudo? E como esta vida vem correspondida com tantas amarguras? Não é necessário então quem corra em todos para adoçar estas amarguras com o substituir-se como ato de vida com minha mesma Vontade por cada ato da ingrata criatura?”.

19-18
Maio 6, 1926

Os que vivem no Querer Divino são os primeiros diante de Deus, e formam sua coroa.

(1) Estava segundo meu costume Fundindo-me no Santo Querer Divino e pedia à Mãe Celestial que viesse junto comigo, que me desse sua mão, a fim de que guiada por Ela pudesse corresponder ao meu Deus por todo aquele amor, aquela adoração e glória que todos lhe devem.
Agora, enquanto dizia isto, o meu amado Jesus mexeu-se dentro de mim e disse-me:.
(2) “Minha filha, tu deves saber que os primeiros diante da Majestade Suprema são aqueles que viveram em meu Querer e que jamais saíram de minha Vontade. Minha mãe veio ao mundo depois de quatro mil anos, porém diante de Deus foi primeiro que Adão; seus atos, seu amor, estão na primeira ordem das criaturas, assim que seus atos estão primeiro que todos os atos das criaturas, porque Ela foi a mais próxima a Deus, ligada aos vínculos mais estreitos de santidade, de união e de semelhança, e com o viver em nosso Querer seus atos se tornavam inseparáveis dos nossos, e como são inseparáveis se tornam os atos mais próximos, como coisas conaturais a seu Criador. O primeiro e o depois em nossa Vontade não existem, mas tudo é como ato primeiro, por isso quem vive em minha Vontade, Mesmo que venha ao último, é sempre antes de todos. Assim não se olhará a época em que as almas sairão à luz do tempo, senão que se verá se a Vida de minha Vontade esteve nelas como centro de vida, reinante e dominante em todos seus atos, tal como rainha e domina no seio da Divindade, estas serão as primeiras, Seus atos feitos em nosso Querer se elevarão sobre todos os atos das outras criaturas, e todos ficarão para trás, por isso estas almas serão nossa coroa. Olha, enquanto você chamava minha mãe no meu Querer para me retribuir em amor, adoração e glória, meu Querer uniu vocês, e o amor, a glória, a adoração que fazia a Rainha Soberana se tornaram atos seus, e os seus se tornaram atos da minha mãe, A minha vontade tudo pôs em comum, e uns se tornaram inseparáveis dos outros, e eu ouvia em ti a voz de minha mãe, sentia seu amor, sua adoração, sua glória, e em minha Mãe ouvia tua voz que me amava, me adorava, me glorificava; como me sentia feliz, encontrar e sentir a mãe na filha e a filha na mãe.
Minha Vontade une a todos e a tudo, não seria verdadeiro viver em meu Querer, nem obrar de minha Vontade, se tudo o que a Ela pertence e todo o seu eterno agir não o concentra na alma que nela vive e onde tem o seu Reino e domínio. Se isto não fosse, o Reino de minha Vontade seria um Reino dividido, o que não pode ser, porque minha Vontade une tudo junto seu obrar e dele faz um só ato, e se diz que cria, redime, santifica e outras coisas, são os efeitos daquele só ato que jamais muda ação. “Por isso, quem vive em meu Querer sua origem é eterno, inseparável de seu Criador e de todos aqueles nos quais minha Vontade teve seu Reino e seu domínio”..

6-53 Março 2, 1924
As almas que fazem a Vontade de Deus farão o giro na sua luz e serão como as primeiras criadas por Deus.

Depois estava a fundir-me no eterno Divino Querer, pondo-me diante de todos para poder levar à Divina Majestade, como a primeira de todos, todos os atos das criaturas, a correspondência de todo, o amor delas. Mas enquanto fazia isto pensava para mim:

“Como pode ser que eu possa ir diante de todos se nasci depois de tantas gerações? No máximo eu deveria ficar no meio, entre as passadas e as futuras gerações que virão; é mais, por minha indignidade deveria me colocar no último e atrás de todos”.
E meu amável Jesus movendo-se em meu interior me disse:
(4) “Minha filha, toda a Criação foi criada para que todos fizessem a minha Vontade. A vida das criaturas deviam correr em meu querer como corre o sangue nas veias, deviam viver nele como verdadeiros filhos meus, nada lhes devia ser estranho de tudo o que a Mim pertence, Eu devia ser seu terno e amoroso Pai, e eles deviam ser meus ternos e amorosos filhos.

Agora, como a finalidade da Criação foi esta, apesar de outras gerações terem sido antes, o que diz nada, serão postas depois, e minha Vontade porá primeiro aqueles que serão e que foram fiéis em manter íntegra a finalidade para a qual foram criados; estes, tenham vindo antes ou depois, ocuparão a primeira ordem ante a Divindade. Com ter mantido a finalidade da Criação, serão distintos entre todos e apontados como refulgentes gemas com a auréola de nossa Vontade, e todos lhes deixarão a passagem livre para que ocupem seu primeiro posto de honra. Não há do que maravilhar-se, também neste submundo acontece assim: Imagina um rei no meio de sua corte, de seus ministros, deputados, exércitos, mas chega seu filho, o pequeno príncipe, e apesar de que todos os demais sejam grandes, quem não lhe dá passo livre o pequeno príncipe para que tome seu posto de honra ao lado do rei, seu pai? Quem trata com o rei com essa familiaridade digna de um filho?
Quem gostaria de criticar esse rei e a esse filho, por que apesar de que este filho seja o menor de todos, se eleva sobre todos e toma seu lugar primeiro e legítimo junto ao rei seu pai? certo, nenhum; é mais, todos respeitariam o direito do pequeno principezinho desce mais abaixo ainda, imagina uma família, um filho nasceu primeiro, mas não quis se ocupar em fazer a vontade do pai, não tem quis estudar nem trabalhar; ficou como entontecido em seu lazer formando a dor do pai; depois vem à luz outro filho, e este, ainda que mais pequeno, faz a vontade do seu pai, estuda, torna-se um professor digno de ocupar os mais altos cargos. Agora, quem é o primeiro nessa família, quem recebe seu posto de honra junto ao pai? Não é acaso o que chegou ao último? Assim que minha filha, só aqueles que terão conservado neles a finalidade integral da Criação serão meus verdadeiros filhos legítimos; com fazer minha Vontade mantiveram neles o sangue puro de seu Pai Celestial, o qual lhes deu todas as diretrizes de sua semelhança, por isso será muito fácil reconhecê-los como nossos legítimos filhos. Nossa Vontade os conservará nobres, puros, frescos, todo amor por Aquele que os criou; e como filhos nossos que sempre estiveram em nossa Vontade e que jamais deram vida à sua, serão como os primeiros por Nós criados, que nos darão a glória, a honra da finalidade pela qual todas as coisas foram criadas. Por isso o mundo não pode terminar, esperamos a geração de nossos filhos, que vivendo em nosso Querer nos darão a glória de nossas obras; eles terão por vida só meu Querer; será tão natural em eles fazer a Divina Vontade, espontaneamente, sem esforço, como é natural o batimento cardíaco, o respiro, a circulação do sangue, assim que eles não a terão como lei, porque as leis são para os rebeldes, mas como vida, como honra, como princípio e como fim. Por isso minha filha, só te interessa minha Vontade e não queiras preocupar. te de outra coisa se queres que teu Jesus cumpra em ti e encerre em ti a finalidade de toda a Criação”.

 

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