Estudo 41 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 41 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade
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12-44
Abril 25, 1918

Jesus brinca com Luisa2
.

(1) Estava a dizer ao meu doce Jesus: “Vida minha, que má (cattiva) sou, mas embora seja má
(cattiva), sei que Tu me amas muito”. E meu amado Jesus me disse:
(2) “Conquistadora (cattivella) minha, certamente que és cativante (cattiva), conquistaste
(cattivato) a minha Vontade. Se conquistaste (cattivavi) o meu amor, a minha potência, a minha
sabedoria, etc., conquistaste (cattivavi) parte de Mim, mas com conquistar (cattivare) a minha
Vontade, conquistaste (cattivato) toda a substância do meu Ser, que coroa todas as minhas
qualidades, por isso levaste-me a tudo Eu mesmo. Eis por que te falo freqüentemente não só de
minha Vontade, mas do viver em meu Querer, porque tendo conquistado-o (cattivato), quero
que conheça dele suas qualidades e o modo de como viver em meu Querer, para poder fazer
junto Comigo vida comum e inseparável, e revelar-te os segredos do meu Querer. Poderia ser
mais conquistadora (cattiva)?”
(3) E eu: “Meu Jesus, zomba de mim; eu quero te dizer que de verdade sou má (cattiva) e que
me ajude para poder me tornar boa”.
(4) E Jesus: “Sim, sim”.
(5) E desapareceu.

12-45
Maio 7, 1918

A Divina Vontade tritura o humano.

(1) Continuando meu estado habitual, meu doce Jesus me disse:

Para entender este capítulo, é necessário saber que em Italiano a palavra “cattiva” quer dizer má, cativante, ou
alguém que conquista algo ou alguém (fazer refém alguém). Por isso nosso Senhor joga com esta palavra à que
Luisa lhe dá o valor de “má”

(2) “Minha filha, se não me vês como de costume por alguns dias, não te aflijas, os males
aumentarão e Céu e terra se unirão para golpear o homem, e não quero te afligir com te fazer
ver tantos males”.
(3) E eu: “Ah meu Jesus! a maior pena para mim é a tua privação, é morte sem morte, pena
indescritível e sem termo, Jesus, Jesus, o que dizes? Eu sem Ti? Sem vida? Espera Jesus, não
me digas mais”.
(4) E Jesus acrescentou: “Minha filha, não te assustes, não te disse que não deva vir de todo,
senão que não será freqüentemente, e para não te preocupar te disse primeiro. Minha Vontade
suprirá a tudo, porque o humano em minha Vontade fica triturado, e Eu extraio a flor, o fruto, o
trabalho de meu Querer, e o ponho junto Comigo a fazer vida comum, e o humano como
bagaço fica separado e fica fora, por isso deixa que a máquina da minha Vontade te triture bem,
bem, para fazer que nada de humano fique em ti”.

13-41
Dezembro 15, 1921

Somente os atos feitos no Divino Querer se restituem ao princípio onde a alma foi criada, 
e tomam vida no âmbito da eternidade.

(1) Encontrando-me em meu estado habitual, meu sempre amável Jesus ao vir me disse:
(2) “Minha filha, reordene-se em Mim, mas sabe como pode reordenar-se em Mim? Fundindo-te
inteiramente em meu Querer; mesmo o respiro, o batimento cardíaco, o ar que respiras, não
devem ser outra coisa que fusão em meu Querer, assim entra a ordem entre Criador e criatura
e esta retorna ao princípio de onde saiu. Todas as coisas estão em ordem, têm seu lugar de
honra, são perfeitas, quando não se afastam do princípio de onde saíram; separadas deste
princípio, tudo é desordem, desonra e imperfeição. Somente os atos feitos em meu Querer se
restituem no princípio onde a alma foi criada, e tomam vida no âmbito da eternidade, levando a
seu Criador as homenagens divinas, a glória de seu próprio Querer, todos os demais atos ficam
no baixo, esperando a última hora da vida para sofrer cada um seu juízo e a pena que merece,
porque não há ato feito fora de minha Vontade, mesmo bom, que possa dizer-se puro, somente
não ter por objeto a minha Vontade é lançar lodo sobre as obras mais belas, e além disso, com
só separar-se de seu principio merece uma pena. A Criação saiu sobre as asas de meu Querer,
e sobre as mesmas asas gostaria que retornasse a Mim, mas em vão a espero, eis por que
tudo é desordem e confusão. Por isso vem no meu Querer, para me dar em nome de todos a
reparação de tanta desordem”.

14-45
Julho 24, 1922

Vínculos entre Jesus e todas as almas. Correspondência à Graça.

(1) Continuando o meu estado habitual, o meu sempre amável Jesus veio com uma majestade
e amor encantadores e fez-me ver todas as gerações, do primeiro ao último homem, cada um
dos quais estava vinculado e atado juntamente com o meu doce Jesus,e era tanta a união, que
parecia que Jesus se multiplicava para cada uma das criaturas, de modo que cada um tinha
tudo para si, e que Jesus dava a sua Vida para sofrer qualquer pena e morte que cada uma
devia sofrer, para poder dizer ao Pai Celestial: “Meu pai, em cada criatura terás outros tantos
Eu mesmo que te darão por cada uma o que cada uma te deve”. Enquanto via isto, o meu doce
Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, também tu queres aceitar o vínculo de cada ser, a fim de que entre Eu e tu não
haja nenhuma diferença?”
(3) Eu não sei como sentia como se o peso de todos se apoiasse sobre minhas costas, via
minha indignidade e debilidade, e sentia tal repugnância que me sentia aniquilar, tanto que o
bendito Jesus tendo compaixão de mim me tomou entre seus braços e me estreitou a seu
coração, fazendo-me pôr a boca na ferida que o atravessava dizendo-me:

(4) “Bebe minha filha o sangue que brota desta ferida para receber a força que te falta, ânimo,
não temas, Eu estarei contigo, dividiremos juntos todo o peso, o trabalho, as penas e as mortes,
por isso te digo, sê atenta e fiel, porque minha Graça quer correspondência, caso contrário, não
é preciso nada para descer. O que é preciso para abrir e fechar os olhos? Não se necessita
nada, porém que grande bem leva tê-los abertos, e que grande mal em tê-los fechados, com tê-
los abertos os olhos se enchem de luz, de sol; com esta luz a mão pode obrar, o pé caminhar
seguro e sem tropeçar, distingue os objetos, se são bons ou maus, reordena as coisas, lê,
escreve; agora, o que é preciso para perder todo este bem? Fechar os olhos, então a mão não
pode obrar, o pé não pode caminhar e se caminha está sujeito a tropeçar, não distingue mais os
objetos, se reduz à inabilidade. Tal é a correspondência, não é outra coisa que abrir os olhos da
alma, e assim que os abre se faz luz na mente, minha imagem se reflete em tudo o que vai
fazendo, me copiando fielmente, de maneira que não faz outra coisa que receber contínua luz
de Mim, tanto que transforma todo o seu ser em luz. Em troca, a incorrespondência lança a
alma nas trevas e a torna inativa”.

16-49
Fevereiro 20, 1924

Se outras almas antes de Luisa tivessem vivido na Divina Vontade, Jesus teria feito uso de sua Potência para fazer transparecer fora o
modo sublime de viver em seu Querer. Viver no Divino Querer significa uma troca contínua de vontade humana e Divina.

(1) De tudo o que o meu doce Jesus me disse sobre o seu Santíssimo Querer, estava a pensar entre mim:
“Pode ser possível que não tenha havido antes uma alma que tenha vivido no Divino Querer,
e que eu seja a primeira? Quem sabe quantas outras houve antes de mim e em modo mais
perfeito e mais ativo que eu”. E enquanto isso dizia, meu sempre amável Jesus Mexeu-se dentro
de mim e disse:
(2) “Minha filha, porque não queres reconhecer o dom, a graça, a tua missão de ter sido modo todo
especial e novo para viver no meu Querer? Se tivesse havido outras almas em minha Igreja antes
de você, sendo o viver em meu querer a coisa mais importante, a que mais me interessa e que tanto
me pressiona, já estariam os traços, as normas, os ensinamentos em minha Igreja de quem tivesse
tido a sorte de fazer vida em minha Vontade, já estariam os conhecimento, os incentivos, os efeitos,
os bens que contém este viver no meu Querer. Se tivesse havido outras manifestações já teria feito
Eu uso de minha potência, fazendo translúcir fora o modo sublime do viver em meu Querer;
em vista de minha grande complacência e ao me ver honrado pela alma com a glória de minha
mesma Vontade, teria posto em tais apuros para aquela alma, que não poderia ter resistido em
manifestar o que Eu queria, e assim como estão os ditos e os ensinamentos do viver resignado,
paciente, obediente, etc., estaria também isto de viver no meu Querer; seria verdadeiramente estranho
que a coisa que mais amo a devesse ter oculta; e mais, quanto mais você ama uma coisa,
mais você quer torná-la conhecida; Quanto mais complacência e glória me dá um modo de viver,
mais quero difundi-lo. Não é natureza do amor verdadeiro esconder o que pode fazer os outros felizes
e enriquecer. Se você soubesse como suspirava este tempo em que viria à luz minha pequena
recém-nascida em Minha vontade, para te fazer viver em meu Querer, e que cortejo de graça preparava
para obter o tentativa, você ficaria atordoada e me estaria mais agradecida e mais atenta.

Ah, você não sabe o que significa viver em meu Querer! Significa fazer-me retornar as puras alegrias
da finalidade da Criação, meus inocentes entretenimentos do por que criei o homem; significa
tirar-me toda a amargura que a pérfida vontade humana me deu quase ao nascer da Criação; significa
um intercâmbio contínuo de vontade humana e Divina, e a alma, temendo a sua, vive de a
minha, e esta Minha Vontade vai enchendo a alma de gozos, de amor e de bens infinitos. Oh, como
me sinto feliz ao poder dar o que quero a esta alma, porque minha Vontade contém amplitude
tal de poder receber tudo! Assim que entre Eu e ela não há mais divisões, senão estável união de
agir, de pensar, de amar, porque a minha Vontade a supre em tudo, por isso estamos em acordo
perfeito e em comunidade de bens. Tinha sido esta a finalidade da criação do homem, fazê-lo viver
como nosso filho e colocar em comum com ele nossos bens, a fim de que Ele fosse feliz em tudo e
Nós ficássemos satisfeitos por sua felicidade.

(3) Agora, viver no meu Querer é precisamente isto: é fazer-nos restituir a finalidade, os gozos e as
festas da Criação, e você diz que devia tê-lo escondido em minha Igreja, sem fazê-lo sair? Teria
movido Céu e terra, teria aquecido os ânimos por uma força irresistível para fazer conhecer o que
será cumprimento da Criação. Vês o quanto me interessa este viver em meu Querer, que põe o
selo a todas minhas obras para que todas estejam Completas? A ti talvez te pareça nada, ou que já
haja coisas semelhantes na minha Igreja, não, não, para Mim em vez disso é o cumprimento de
minhas obras, e como tal deve apreciá-lo e ser mais atenta em cumprir a missão que quero de ti”.

17-47
Junho 11, 1925

O mal de não fazer a Divina Vontade é irreparável. Assim como a
Divina Vontade é o equilíbrio dos atributos de Deus, assim deveria ser o equilíbrio dos atributos do homem.

(1) Minha pobre mente me sentia submersa na Santíssima Vontade de Deus. ¡ Oh, como teria
querido que nem sequer um respiro, um batimento, um movimento fizesse eu fora do Querer
Supremo! Parecia-me que tudo o que se faz fora da Vontade de Deus nos faz perder nova beleza,
nova graça e luz, e nos põe como em desacordo com o nosso Criador, enquanto Jesus quer que
em tudo nos assemelhemos ao nosso Supremo Criador. E em que outro modo mais fácil podemos
nos assemelhar, que receber em nós a Vida contínua de sua Santíssima Vontade? Ela nos traz os
reflexos, os lineamentos de nosso Pai Celestial, nos mantém íntegra a finalidade da Criação, nos
circunda em modo de conservar-nos belos e santos tal como Deus nos criou, e nos dá aquilo
sempre novo de beleza, de luz, de amor jamais interrompido que só em Deus se encontra. Agora,
enquanto minha mente se perdia no Querer Eterno, meu doce Jesus, estreitando-me a Ele, com
voz audível me disse:.

(2) “Minha filha, não há nada que possa igualar o grande mal de não fazer minha Vontade, não há
bem que possa igualá-lo, não há virtude que possa lhe fazer frente, assim que o bem que se perde
com não fazer minha Vontade é irreparável, e só com voltar de novo nela pode encontrar remédio,
e serem restituídos os bens que a nossa Vontade tinha estabelecido dar à criatura. Em vão se
iludem as criaturas com fazer outras obras, virtudes, sacrifícios, pois se não são partos de minha
Vontade e feitos só para cumpri-la, não são reconhecidas por Mim; muito mais porque está
estabelecido o dar a graça, os auxílios, a luz, os bens e o justo prêmio a quem obra para cumprir
minha Vontade. Além disso, minha Vontade é eterna, não tem princípio nem terá fim, E quem pode
calcular um ato feito em minha Vontade, sem princípio e sem fim? Esse ato fica circundado, cheio
de bens sem fim; tal qual é a minha Vontade, tal faz o ato. Mas as virtudes, as obras e sacrifícios
sem a minha Vontade têm um princípio, como também um fim; que grande coisa de prêmio podem
receber coisas sujeitas a perecer?

Além disso, minha Vontade é o equilíbrio de meus atributos: Se
minha potência não tivesse esta Vontade Santa, manifestar-se-ia em tirania para com quem tanto
me ofende, ao contrário equilibrando minha potência, faz-me derramar graças onde deveria
derramar furor e destruição. Minha sabedoria, se não fosse por Minha Vontade que lhe dá vida
sempre nova, não manifestaria tanto arte e maestria em nossas obras. Nossa beleza seria
desbotada e sem atrativo se não fosse sustentada por esta Vontade eterna. A Misericórdia se
tornaria fraqueza se não estivesse equilibrada por minha Vontade, e assim por todo o resto de
nossos atributos. Agora, nossa Paterna Bondade tem tanto amor pelas criaturas, que tem
estabelecido o equilíbrio do homem em nossa Vontade; era justo que tendo saído este homem da
Vontade Suprema, ela se fizesse vida que mantivesse o equilíbrio a todo o obrar do homem,
dando-lhe a semelhança de seu Criador, assim que se devia ver nele tal dignidade, majestade,
ordem no agir, para reconhecê-lo como parto de seu Criador. Então, também pelo obrar se pode
ver se está o equilíbrio da minha Vontade, ou bem o da humana. Esta é a causa de tantas obras,
talvez até boas, mas que não se vê o equilíbrio, o regime, a ordem, porque falta a execução de
minha Vontade, e por isso em vez de se admirar são de lamentar, e em lugar de dar luz dão trevas.
“Se todo o bem vem de minha Vontade, sem Ela são bens aparentes, sem vida, e talvez até
venenosos, que envenenam a quem tomam parte”.

19-41 Julho 26, 1926

Quatro graus que há no Supremo Querer.

(1) Continuo o meu habitual abandono no Supremo Querer, e meu amável Jesus ao vir me disse:.
(2) “Minha filha, a luz do sol não é gozada por todos na mesma medida, não por parte do sol,
porque minhas obras contendo o bem universal fazem o bem a todos, sem restrição alguma, mas
por parte das criaturas. Suponha que uma pessoa esteja em seu quarto, esta não goza toda a
vivacidade da luz, e se goza de uma luz fraca, não goza seu calor; em troca outra pessoa está fora
da cidade, esta goza mais luz, sente o calor do sol; o calor purifica, desinfecta o ar pútrido, e ao
gozar o ar purificado se revigora e se sente mais sã, assim que a segunda goza de mais os bens
que leva o sol à terra. Mas segue adiante, uma terceira pessoa vai se meter naquele ponto onde os
raios solares golpeiam com mais força a superfície da terra, esta se sente investida por seus raios,
se sente queimar pelo calor do sol, a vivacidade de sua luz é tanta, que enchendo o olho dela
dificilmente pode olhar a terra, parece como transfundida na mesma luz, mas como apóia os pés
sobre a terra, muito pouco sente dela, de si mesma, mas vive toda para o sol.

Veja que grande diferença há entre a primeira, a segunda e a terceira, mas segue adiante ainda, uma quarta
empreende o vôo nos raios solares, eleva-se até o centro de sua esfera, esta fica queimada pela
intensidade do calor que o sol contém em seu centro, a intensidade da luz a eclipsa totalmente de
modo que fica perdida, consumida no mesmo sol, esta quarta pessoa não pode olhar mais a terra,
nem pensar em si mesma, e se olhar, olhará luz, sentirá fogo, assim que para ela todas as coisas
terminaram, a luz e o calor substituíram-se a sua vida; que grande diferença entre a terceira e a
quarta! Mas toda esta diversidade não é por parte do sol, mas por parte das criaturas, dependendo
de como se exponham à luz do sol. Agora, o sol é a imagem de minha Vontade, que mais do que
sol, como dardos envia seus raios para converter aqueles que querem viver em seu Reino em luz e
amor. A imagem destas pessoas são os quatro graus de viver em minha Vontade: A primeira pode-
se dizer que não vive em seu Reino, senão somente à luz que de meu Reino expande a todos o

Sol de meu Querer, pode-se dizer que está fora de seus confins, e se goza de uma pouca luz é
pela natureza da luz que se expande onde quer que ela esteja; a natureza desta criatura, as suas
fraquezas e paixões, formam-na como um quarto ao seu redor e formam o ar infectado e pútrido, o
qual, ao respirá-lo, a faz viver enferma e sem vivacidade de força no fazer o bem, mas com tudo e
isto está resignada, suporta mais ou menos os encontros da vida, porque a luz da minha Vontade,
por quanto escassa seja, leva sempre o seu bem. A segunda é a imagem de quem entrou nos
primeiros passos dos confins do Reino do Supremo Querer, esta goza não só mais luz, mas goza
também o calor, portanto o ar que respira é puro, e respirá-lo se sente morrer as paixões, é
constante no bem, suporta as cruzes não só com paciência, mas com amor, mas como está nos
primeiros passos dos confins, olha a terra, sente o peso da natureza humana.

Ao contrário a terceira, sendo a imagem de quem se adentrou nos confins deste Reino, é tal e tanta a luz que lhe
faz esquecer tudo, não sente mais nada de si mesma, o bem, as virtudes, as cruzes, se mudam em
natureza; a luz a eclipsa, a transforma e apenas lhe deixa olhar de longe o que a ela não pertence
mais. A quarta é a mais feliz, porque é a imagem de quem não só vive em meu Reino, senão de
quem fez aquisição dele, esta sofre a consumação total no Sol Supremo de meu Querer, o eclipse
que lhe faz a luz é tão denso que ela mesma se torna luz e calor, não pode olhar outra coisa que
luz e fogo, e todas as coisas se convertem para ela em luz e amor. Assim, haverá uma diferença de
graus no reino da minha Vontade, de acordo com o qual as criaturas vão querer tomar de seus
bens, mas os primeiros graus serão empurrões e caminhos para chegar ao último. “Agora, para ti
que o deves fazer conhecer, é totalmente necessário que vivas no último grau”.

20-44
Janeiro 1, 1927

A vontade da alma como presente de ano novo para o menino Jesus. Como toda sua vida foi símbolo e chamada da Vontade Divina.
Como o meio para apressar o Reino de sua Vontade são os conhecimentos.

(1) (Estava a meditar sobre o ano velho que chegava ao fim e sobre o novo que surgia)
(2) Meu estado continua no voo da luz do Querer Divino e rogava ao gracioso Menino que assim
como morria o ano velho, sem renascer mais, assim fizesse morrer minha vontade sem fazê-la
reviver mais, e que como presente de ano novo me desse sua Vontade assim como eu lhe fazia o
dom, como presente, da minha, para a pôr como escabelo aos seus ternos pezinhos, a fim de que
não tivesse outra vida senão a sua Vontade. Agora, enquanto isto e outras coisas dizia, meu doce
Jesus saiu de dentro de mim e me disse:

(3) “Filha do meu Querer, como amo, quero, desejo que teu querer tenha fim em ti. Oh! como
aceito seu presente de fim de ano, como me será agradável tê-la como suave banco a meus pés,
porque a vontade humana enquanto está na criatura, fora do seu centro que é Deus, é dura, mas
quando regressa ao seu centro de onde saiu e serve como banco aos pés do teu Menino Jesus,
torna-se branda e me serve para entreter, não é justo que sendo eu pequeno tenha uma diversão,
e no meio de tantas dores, privações e lágrimas tenha sua vontade que me faça sorrir? Agora, tu
deves saber que quem põe fim à sua vontade, regressa ao seu princípio, de onde saiu, e começa
nela a vida nova, a vida de luz, a vida perene da minha Vontade.

Olha, quando eu vim para a Terra eu quis dar muitos exemplos e semelhanças de como eu queria que a vontade humana terminasse:
Eu quis nascer à meia-noite para dividir a noite da vontade humana com o dia brilhante da minha, e
se bem que à meia noite a noite segue, não termina, mas é princípio de um novo dia, e meus anjos
para fazer honra a meu nascimento e para indicar a todos o dia de minha Vontade, encheram de
alegria e felicidade, de meia noite em diante, na abóbada dos céus, novas estrelas, novos sóis, até
fazer mudar a noite em dia, era a homenagem que os anjos davam à minha pequena Humanidade,
onde residia o pleno dia do Sol da minha Vontade Divina e a chamada à criatura ao pleno dia dela.
Pequeno ainda me submeti ao duríssimo corte da circuncisão, que me fez verter pela dor amargas
lágrimas, não só a Mim, mas também junto Comigo choraram minha Mãe e o amado São José; era
o corte que Eu queria dar à vontade humana, a fim de que naquele corte fizessem correr a Vontade
Divina para que não tivesse mais vida uma vontade dividida, mas sim só a minha, que tinha corrido
naquele corte a fim de que começasse novamente sua Vida.

Pequeno ainda quis fugir para o Egito, uma vontade tirana, iníqua, queria me assassinar, símbolo da vontade humana que quer matar a
minha, e Eu fugi para dizer a todos: „Fujam da vontade humana se não querem que seja
assassinada a minha.‟ Toda minha vida não foi outra coisa que a chamada da Vontade Divina na
humana. No Egito vivia como um estranho no meio daquele povo, símbolo da minha Vontade, que
a têm como estranha no meio deles, e símbolo de que quem quer viver em paz e unido com a
minha, deve viver como estranho à vontade humana, de outra maneira haverá sempre guerra entre
uma e a outra, são duas vontades irreconciliáveis. Depois de meu exílio voltei a minha pátria,
símbolo de minha Vontade que depois de seu longo exílio de séculos e séculos voltará a sua
amada pátria no meio de seus filhos para reinar, e à medida que Eu passava estas circunstâncias
em minha Vida, assim formava seu Reino em Mim e a chamava com orações incessantes, com
penas e lágrimas a vir a reinar no meio das criaturas. Regressei à minha pátria e vivi escondido e
desconhecido, oh! como isto simboliza a dor de minha Vontade, que enquanto vive no meio dos
povos, vive desconhecida e escondida, e Eu implorava com meu ocultamento que a Suprema
Vontade fosse conhecida, a fim de que recebesse a homenagem e a glória a Ela devidos. Não

houve coisa feita por Mim que não simbolizasse uma dor de Minha Vontade, a condição na qual as
criaturas a colocam e um chamado que Eu fazia para restituir-lhe seu Reino. E isto quero que seja
a tua vida, a chamada contínua do Reino da minha Vontade em meio às criaturas”.
(4) Depois disto estava girando por toda a Criação para levar junto comigo o céu, as estrelas, o sol,
a lua, o mar, em suma, tudo, aos pés do menino Jesus para pedir todos juntos que a vinda deste
Reino de sua Vontade à terra chegasse logo, e no meu desejo lhe dizia: “Olha, não estou sozinha
em pedir-te, senão que te roga o céu com as vozes de todas as estrelas, o sol com a voz de sua
luz e de seu calor, o mar com seu murmúrio, todos te pedem que venha teu Querer a reinar sobre a
terra, como pode resistir e não ouvir tantas vozes implorando?

São vozes inocentes, vozes animadas por tua mesma Vontade que te pedem”. Agora, enquanto dizia isto, o meu pequeno
Jesus saiu de dentro de mim para receber a homenagem de toda a Criação e ouvir a sua
linguagem muda, e estreitando-me a Si disse-me:

(5) “Minha filha, o meio mais fácil para apressar a vinda da minha Vontade à terra são os
conhecimentos d‟Ela. Os conhecimentos levam luz e calor à alma e formam nela o ato primeiro de
Deus, no qual a criatura encontra o primeiro ato para modelar o seu, se não encontra esse primeiro
ato, a criatura não tem virtude de formar seu primeiro ato, portanto faltariam os atos, as coisas de
primeira necessidade para formar este Reino. Olhe então o que significa um conhecimento a mais
sobre minha Vontade: Levando em si o ato primeiro de Deus, levará consigo uma força magnética,
um ímã potente para atrair as criaturas a repetir o ato primeiro de Deus; com sua luz levará o
desapontamento da vontade humana; com o seu calor amolecerá os corações mais duros para se
curvarem diante deste ato divino e se sentirão atraídos a querer modelar-se neste ato. Por isso,
quanto mais conhecimento manifesto sobre minha Vontade, tanto mais cedo se apressa o Reino do
Fiat Divino sobre a terra”.

21-11
Março 31, 1927

Como a alma que vive no Querer Divino é seu triunfo. Ameaças de guerras. União de todas as raças.

(1) Sentia-me toda submersa e abandonada no Querer Divino e enquanto seguia meus atos nele,
meu doce Jesus movendo-se em meu interior me disse:
(2) “Minha filha, a alma que vive em minha Vontade Divina é o triunfo dela, enquanto a alma faz
seus atos em minha Vontade, faz sair dela sua virtude bilocadora, que sobrevoando em toda a
Criação distende sua Vida Divina. Assim que a alma que vive em minha Vontade me dá a ocasião
de situar minha Vida por quantos atos faz nela, e por isso não só é o triunfo de meu Querer, senão
que recebe mais honra desta alma que trabalha nele do que de toda a Criação, porque em cada
coisa criada, pôs Deus ao criá-las, onde a sombra de sua luz, onde as notas de seu amor, em
alguma outra a imagem de sua potência, em outras as flores de sua beleza, assim que cada coisa
criada tem uma coisa que pertence a seu Criador.

Em vez disso, na alma que vive no Fiat Divino põe-se todo Si mesmo, concentra
todo o seu Ser e situando nela preenche toda a Criação com os
atos que a alma faz em sua Vontade para receber dela amor, glória, adoração por cada coisa que
saiu de nossas mãos criadoras. Por isso quem vive nela se põe em relação com todas as coisas
criadas, e tomando a peito a honra de seu Criador, nessas mesmas relações que recebe, por cada
coisa criada, desde a menor à maior, envia a correspondência das relações de tudo o que fez seu
Criador, e por isso todas as comunicações estão abertas entre a alma e Deus, a criatura entra na
ordem divina e goza a perfeita harmonia com o Ser Supremo, e é por isso o verdadeiro triunfo de
minha Vontade, em vez disso, quem não vive nela vive com a vontade humana, e por isso todas as
comunicações estão fechadas com o Ser Supremo, tudo é desordem e desarmonia, suas relações
são com suas paixões e nas paixões gera seus atos, nada lhe interessam as notícias de seu
Criador, se arrasta pela terra mais que serpente e vive na desordem das coisas humanas, por isso
a alma que vive com seu querer humano é a desonra do meu e a derrota do Fiat Divino na obra da
Criação. Que dor minha filha! Que dor que o querer humano quer derrotar ao Querer de seu
Criador, que tanto a ama e que quer, em seu triunfo, o triunfo da mesma criatura”.

(3) Depois lamentava com Jesus suas privações, como agora, talvez mais do que nunca, me faz
sofrer mais longamente sua distância, mas diz-me que me ama muito, quem sabe se não acabará
por me deixar completamente. Mas enquanto pensava isto, o meu doce Jesus moveu-se dentro de
mim rodeando-me da luz, fez-me ver naquela luz guerras e revoluções encarniçadas, civis e contra
os católicos; viam-se todas as raças a lutar e todos em ato de preparar-se para outras guerras, e
Jesus todo aflito me disse:

(4) “Minha filha, tu não sabes como o meu ardente coração quer correr com o amor para as
criaturas, e enquanto corre o rejeitam, mas correm junto a Mim com as ofensas mais brutais e com
os fingimentos mais horrendos. Portanto ao ver meu amor perseguido, sai minha justiça em campo
e defende a meu amor e com flagelos golpeia a aqueles que me perseguem e descobre os
fingimentos que fazem não só Comigo, mas entre elas se fazem as nações, porque, pelejando,
fazem saber que, em vez de se amarem, se odeiam ardentemente. Este século pode-se chamar o
século dos mais horríveis fingimentos, e isto em toda classe de pessoas, e por isso nunca se põem
de acordo entre elas, e enquanto aparentemente parece que se querem pôr de acordo, na
realidade vão maquinando novas guerras. O fingimento não traz jamais verdadeiro bem, nem na
ordem civil nem no religioso, ao mais alguma sombra de bem que foge. Eis por que razão a tão
decantada paz permanece em palavras e não em ações, transformando-a em preparativos para a
guerra. Como você já vê muitas raças se uniram para combater, umas por um pretexto e outras por
outro, outras se unirão, mas Eu me servirei das uniões destas raças, porque para que venha o
Reino da minha Divina Vontade é necessário que venha a união de todas as raças por meio de
outra guerra muito mais extensa que esta última, na qual a Itália tinha estado comprometida
financeiramente. Com a união destas raças os povos se conhecerão e depois da guerra será mais
fácil a difusão do Reino de minha Vontade. Por isso tenha paciência em suportar minha privação, é
o vazio que quer formar minha justiça para defender meu amor perseguido. Você reza e oferece
tudo para que o Reino do meu Fiat venha logo”.

 

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           ORAÇÃO DO DIA

¨Mãe celeste, Rainha Soberana do Fiat Divino, toma-me pela mão e mergulha-me na Luz do querer Divino. Tu serás a minha guia, minha terna Mãe, e me ensinarás a viver e a manter-me na ordem e no recinto da Divina Vontade. Amém, Fiat.¨

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