Estudo 39 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 39 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade
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12-42
Abril 12, 1918

A alma deve apoiar-se em Jesus.

(1) Encontrando-me no meu habitual estado sentia uma extrema necessidade de Jesus e de me
apoiar toda n’Ele, e meu doce Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, apoia-te toda em Mim, sempre me encontrarás à tua disposição, não te faltarei
jamais; mas bem, quanto mais te apoiares em Mim tanto mais Eu me derramarei em ti, e
sentindo Eu muitas vezes a necessidade de me apoiar, Eu virei a você e me apoiarei em você,
servindo-me do meu apoio que eu formei em você, e quando eu vir que você desdenha o apoio
das criaturas, Eu vou te amar em dobro e dobrar o meu apoio”.
(3) Depois acrescentou: “Quando a alma faz tudo para me agradar, para me amar e para viver
às custas de minha Vontade, vem a ser como membro a meu corpo e Eu me glorio destes
membros como meus; de outra maneira são como membros deslocados de Mim, que me dão
dor não só a Mim, mas também a eles mesmos e ao próximo, são membros que fazem sair
matéria para infectar e secar o mesmo bem que fazem”.

13-38
Dezembro 3, 1921

A Redenção é salvação, a Divina Vontade é Santidade.

(1) Sentia-me aniquilada e com dúvidas sobre tudo o que meu Jesus diz de seu Divino Querer,
e pensava entre mim: “Será possível que tenha deixado passar tantos séculos sem fazer
conhecer estes prodígios do Divino Querer, e que não tenha escolhido entre tantos santos um
onde dar início a esta Santidade toda divina? Estiveram os apóstolos, tantos outros grandes
santos que surpreenderam todo o mundo”. Agora, enquanto isto pensava, não dando-me tempo
e interrompendo o meu pensamento, veio e disse-me:
(2) “A pequena filha do meu Querer não quer persuadir-se, por que duvidas ainda?”
(3) “Porque eu pareço má, e quanto mais você diz tanto mais eu me sinto aniquilar”.

(4) E Jesus: “E isto quero Eu, teu aniquilamento, e por quanto mais te falo de meu Querer,
sendo minha palavra criadora, cria meu Querer no teu, e o teu ante a potência do meu fica
aniquilado e perdido, eis por que de teu aniquilamento. Deve saber que seu querer deve se
desfazer no meu, como vem desfeita a neve sob os raios de um sol ardente. Deve saber que
quanto maior a peça que quero fazer, mais preparativos são necessários. Quantas profecias,
quantos preparativos, quantos séculos não precederam a minha Redenção? Quantos símbolos
e figuras não previram a Concepção de minha Celestial Mãe? Agora, depois de cumprida a
Redenção devia reafirmar o homem nos bens da Redenção, e para isso escolhi os apóstolos
como confirmadores dos frutos da Redenção, onde com os Sacramentos deviam buscar o
homem perdido e colocá-lo a salvo, Assim que a Redenção é salvação, é salvar o homem de
qualquer precipício, por isso em uma ocasião te disse que fazer viver a alma em meu Querer é
coisa maior que a Redenção, porque salvar-se, com fazer uma vida mediana, agora cair e
agora levantar-se, não é tão difícil e isto conseguiu minha Redenção, porque queria salvar ao
homem a qualquer custo e isto o confiei a meus apóstolos como depositários dos frutos da
Redenção. Então, tendo que fazer o menos naquela época, deixei para agora o mais,
reservando-me outras épocas para o cumprimento de meus altos desígnios.
(5) Agora, viver no meu Querer não é só salvação, mas é santidade que deve elevar-se sobre
todas as outras santidades, que deve levar o selo da santidade do seu Criador, por isso deviam
primeiro vir as santidades menores como cortejo, como precursoras, como mensageiras, como
preparativos desta santidade toda Divina. E assim como na Redenção escolhi a minha
inigualável Mãe como elo de união Comigo, do qual deviam descender todos os frutos da
Redenção, assim te escolhi a ti como elo de união, do qual devia ter princípio a santidade de
viver em meu Querer, e tendo saído da minha Vontade para me trazer a glória completa do fim
pelo qual foi criado o homem, devia retornar sobre o mesmo caminho do meu Querer para
voltar ao seu Criador. Qual é então o seu espanto? Estas são coisas estabelecidas “ab eterno”
e ninguém poderá mudá-las para mim. E como a coisa é grande, é estabelecer meu reino na
alma ainda na terra, tenho feito como um rei quando deve tomar posse de um reino, ele não vai
primeiro, senão que antes se faz preparar a habitação real, Depois envia os seus soldados para
prepararem o reino e prepararem os povos para se submeterem; depois seguem as guardas de
honra, os ministros e o último é o rei; isto é digno para um rei. Assim o fiz Eu, me preparei para
a minha morada real, que é a Igreja; os soldados foram santos, para me fazerem conhecer
pelos povos; depois chegaram os santos que semearam milagres, como os meus ministros
mais íntimos; agora como rei venho Eu para reinar, pelo que devia escolher uma alma onde
fazer minha primeira morada e fundar este reino de minha Vontade. Por isso me faça reinar e
me dê plena liberdade”.

16-47
Fevereiro 16, 1924

Cada batida do coração de Jesus o levava uma nova dor, novas alegrias e contentamentos.

(1) Estava a pensar nas dores do Santíssimo Coração de Jesus, oh, como as minhas dores desa-
pareciam comparadas com as suas! E meu sempre amável Jesus me disse:

(2) “Minha filha, as dores do meu coração são indescritíveis e inconcebíveis para a criatura humana.
Você deve saber que cada batida de meu coração era uma dor distinta, cada batida me levava
uma nova dor, diferente uma da outra. A vida humana é um contínuo palpitar, se cessa o coração
pára de bater; imagine então que torrentes de dor me levava cada batida de meu coração, até o
último momento de minha morte, desde que fui concebido até meu último batimento, nenhum
deixou de levar-me novas penas e acerbas dores; mas deves saber também que minha Divindade
que era inseparável de Mim, vigiando meu coração, enquanto em cada batida fazia entrar uma nova
dor, assim também em cada batida fazia entrar novas alegrias, novos contentamentos, novas
harmonias e arcanos celestiais. Se eu fui rico na dor e mares imensos de penas encerrava meu
coração, fui também rico de felicidade, de alegrias infinitas e de doçuras Inenarráveis.

Ao primeiro batimento de dor Eu teria morrido se a Divindade, amando a este coração com amor infinito, não
tivesse feito refletir em meu coração uma batida em duas: dor e alegria, amargura e doçura, penas
e contentamentos, morte e vida, humilhação e glória, abandonos humanos e consolos divinos. Oh!
Se você pudesse ver em meu coração, veria tudo concentrado em Mim, todas as dores possíveis e
imagináveis, das quais surgem a nova vida as criaturas, e todos os felizes e riquezas divinas, que
como tantos mares correm em meu coração e Eu os espalho para o bem de toda a família humana.
Mas quem toma mais destes tesouros imensos do meu coração? Quem mais sofre. Por cada pena,
por cada dor, há uma alegria especial em meu coração que segue a essa dor ou dor sofrida pela
criatura; a dor a faz mais digna, mais amável, mais querida, mais simpática. E assim como meu
coração se atraiu todas as simpatias divinas em virtude das dores sofridas, Eu, vendo na criatura a
dor, especial característica de meu coração, vigiando esta dor, com todo amor derramo sobre ela
as alegria e alegria que contém o meu coração; mas com grande dor minha, enquanto meu coração
gostaria de seguir minhas alegrias à dor que envio às criaturas, não encontrando nelas o
amor às penas e a verdadeira resignação como os teve meu coração, minhas alegrias seguem a
dor, mas vendo que a dor não foi recebida com amor, honra e total submissão, minhas alegrias não
encontram o caminho para entrar naquele coração dolorido e retornam sofredores ao meu coração.
Por isso, quando encontro uma alma resignada, amante do sofrimento, sinto-a como regenerada
no meu coração e oh! como se alternam as dores e as alegrias, a amargura e a doçura, não poupa-
rei nada de todos os bens que posso derramar nela”.

17-42
Maio 10, 1925

Diversos modos de fundir-se no Divino Querer. Na Divina Vontade está o vazio dos atos humanos que devem ser feitos nela.

(1) Escrevo só por obedecer e faço uma mistura de coisas passadas e de coisas presentes. Muitas
vezes em meus escritos digo: “Estava me fundindo no Santo Querer Divino”, mas não explico mais.
Agora, obrigada pela obediência digo o que me acontece neste fundir-me. Enquanto me fundo nele,
diante da minha mente se faz presente um vazio imenso, todo de luz, no qual não se encontra até
onde chega a altura, nem onde chega a profundidade, nem os confins à direita nem à esquerda,
nem frente nem atrás. No meio desta imensidão, em um ponto altíssimo me parece ver a
Divindade, ou bem as Três Divinas Pessoas que me esperam, mas isto sempre mentalmente, e eu,
não sei como, mas uma pequena menina sai de mim, mas sou eu mesma, talvez seja a pequena
alma minha, mas é comovedor ver esta pequena menina pôr-se a caminho neste vazio imenso,
toda sozinha, que caminha tímida, de pontinhos, com os olhos sempre dirigidos aonde vê as Três
Divinas Pessoas, Porque receia que se olhar para aquele imenso vazio, não saiba a que ponto vai
acabar. Toda sua força está no olhar fixo no alto, que sendo correspondida com o olhar da Alteza
Suprema, toma forças no caminho. Agora, quando chega diante delas, se prostra com o rosto ao
vazio para adorar à Majestade Divina, mas uma mão das Divinas Pessoas levanta à pequena
menina e Elas lhe dizem:.
(2) “A nossa filha, a pequena filha da nossa Vontade, vem nos nossos braços”.
(3) E ao ouvir isto, ela se põe em festa e põe em festa as Três Divinas Pessoas, que esperam o
desempenho de seu ofício que lhe confiaram, e ela com uma graça própria de menina diz:.
(4) “Venho adorar-vos, abençoar-vos, agradecer-vos por todos, venho atar ao vosso trono todas as
vontades humanas de todas as gerações, desde o primeiro até ao último homem, a fim de que
todos reconheçam a vossa Vontade Suprema, adorem-na, amem-na e dêem-lhe vida nas suas
almas. Majestade Suprema, neste vazio imenso estão todas as criaturas, e eu quero tomá-las
todas para colocá-las em vosso Santo Querer, a fim de que todas regressem ao princípio do qual
saíram, isto é, à vossa Vontade, por isso vim nos vossos braços paternos para trazer todos os
vossos filhos, meus irmãos, e amarrá-los todos com a vossa vontade, e eu em nome de todos e por
todos, quero reparar-vos e dar-vos a homenagem e a glória, como se todos tivessem feito a vossa
Santíssima Vontade. Mas ah! vos rogo que já não haja mais separação entre Vontade Divina e
humana, é uma menina a que isto vos pede, e aos pequenos eu sei que Vós não sabeis negar
nada”.
(5) Mas quem pode dizer tudo, seria muito longo, além disso faltam-me as palavras para expressar
o que digo frente à Majestade Suprema, me parece que aqui no submundo não se usa a linguagem
daquele vazio imenso..
(6) Outras vezes, enquanto me fundo no Querer Divino e aquele vazio imenso se faz presente a
minha mente, giro por todas as coisas criadas e imprimo nelas um te amo para a Majestade
Suprema, Como se eu quisesse preencher toda a atmosfera de tantos “te amo” para corresponder
ao Amor Supremo por tanto amor para com as criaturas, é mais, giro por cada pensamento de
criatura e imprimo neles o meu “te amo”, por cada olhar e deixo neles o meu “te amo”, por cada
boca, e em cada palavra selo nela meu “te amo”, por cada batida, obra e passo e os cubro com
meu “te amo” a meu Deus, descendo até lá abaixo, no mar, no fundo do oceano, e em cada
serpenteio de peixe, em cada gota de água, quero enchê-los de meu “te amo”. Depois de que por
todas as partes, como se semeasse meu amor te amo’, a pequena menina vai diante da Majestade
Divina e como se quisesse lhe dar uma surpresa diz:.
(7) “Meu Criador e meu Pai, meu Jesus e meu eterno amor, olha, todas as coisas por parte de
todas as criaturas vos dizem que vos amam, por toda parte está o “te amo” para Vós, Céu e terra
estão cheios; e vós não concedereis à pequena menina que a vossa Vontade desça no meio das
criaturas, que se faça conhecer, que faça paz com a vontade humana, e tomando o seu justo
domínio, o seu lugar de honra, nenhuma criatura faça mais a sua vontade, senão sempre a
vossa?”.
(8) Outras vezes, enquanto me fundo no Divino Querer, quero sentir a dor de todas as ofensas
feitas a meu Deus, e retomando meu giro naquele vazio imenso para encontrar toda a dor que meu
Jesus teve por todos os pecados, faço meu e giro por todos lados, nos lugares mais recônditos e
secretos, nos lugares públicos, sobre todos os atos humanos maus para me doer por todas as
ofensas e por cada pecado, sinto que gostaria de gritar a cada movimento da criatura: “Dor,
perdão”. E para fazer com que todos o ouçam imprimo-o no rumor do trovão, a fim de que troveja
em todos os corações: “Dor por ter ofendido a meu Deus; perdão na explosão do raio; dor no
assobio do vento; dor, perdão no tilintar dos sinos; dor e perdão, em suma em tudo”. Então levo ao
meu Deus a dor de todos e imploro perdão por todos e digo: “Grande Deus, fazei descer vossa
Vontade à terra, a fim de que o pecado não tenha mais lugar. É a vontade humana que produz
tantas ofensas que parece que inunda toda a terra de pecados; vossa Vontade será a que destrua
todos os males, por isso vos peço que contenteis a pequena filha de vossa Vontade, que não quer
outra coisa que a vossa Vontade seja conhecida e amada e reine em todos os corações”.
(9) Recordo que um dia estava Fundindo-me no Santo Querer Divino, e eu olhava o céu que chovia
a cântaros e sentia gosto ao ver cair a água à terra; e meu doce Jesus movendo-se em meu
interior, com amor e ternura indizíveis me dizia:.
(10) “Minha filha, nessas gotas de água que vês descer do céu está minha Vontade, Ela corre
rapidamente junto com a água, vai para tirar a sede às criaturas, para descer nas vísceras
humanas, em suas veias, para as refrescar e constituir vida das criaturas e levar-lhes o meu beijo,
meu amor; vai para regar a terra, para a fecundar e preparar-lhes o alimento; vai para tantas outras
necessidades delas. Minha Vontade quer ter Vida em todas as coisas criadas para dar vida
celestial e natural a todas as criaturas. Mas Ela, enquanto vai como em festa, cheia de amor por
todas, não recebe a adequada correspondência e fica como em jejum por parte das criaturas.
Minha filha, tua vontade fundida na minha corre também nessa água que chove do céu, corre junto
onde quer que Ela vá, não a deixes sozinha e dá-lhe a correspondência do teu amor, e por todos”.
(11) Mas enquanto dizia isto, os meus olhos ficavam encantados, não os podia afastar de dentro da
água que chovia, a minha vontade corria junto, via naquela água as mãos do meu Jesus,
multiplicadas em tantas, para levar com as suas mãos a água a todos. Quem pode dizer o que
sentia em mim? Só Jesus, que é o autor, pode dizer isso. Mas quem pode dizer os muitos modos
de me fundir em seu Santíssimo Querer? Por agora basta, se Jesus quer que siga me dará as
palavras e a graça de dizer mais, e eu seguirei escrevendo..

(12) Além disso, dizia ao meu Jesus: “Dize-me, meu amor, que coisa é este vazio que se apresenta
diante da minha mente quando me fundo na tua Santíssima Vontade? Quem é esta menina que sai
de mim e por que sente uma força irresistível de ir ante seu trono para depositar seus pequenos
atos no colo divino, como para lhe fazer festa?” E meu doce Jesus, todo bondade me disse:.
(13) “Minha filha, o vazio é a minha Vontade posta à tua disposição, que deveria ser preenchida
com tantos atos por quantos as criaturas tivessem feito se tivessem cumprido a nossa Vontade.
Este vazio imenso que você vê, que representa nossa Vontade, saiu de nossa Divindade a bem de
todos na Criação para fazer feliz tudo e a todos, portanto era como consequência que todas as
criaturas deviam preencher este vazio com a correspondência de seus atos e com a doação de sua
vontade a seu Criador, e não tendo feito isso se faz a ofensa mais grave, por isso te chamamos
com missão especial, para que sejamos ressarcidos e correspondidos do que os demais nos
deviam, e esta é a causa pela qual primeiro te dispusemos com uma longa cadeia de graças e
depois te perguntamos se querias fazer vida em nossa Vontade, e tu aceitaste com um sim,
amarrando a tua vontade ao nosso trono sem querer conhecê-la mais, porque a vontade humana e
Divina não se reconciliam nem podem viver juntas; então, aquele sim, ou seja a tua vontade, existe
fortemente atado ao nosso trono, eis porque a tua alma, Como pequena menina é atraída ante a
Majestade Suprema, porque está seu querer diante de nós, que como ímã te atrai, e você em vez
de olhar sua vontade se ocupa só de levar a nosso colo tudo o que pôde fazer em nossa Vontade,
e depositas em nosso seio nossa mesma Vontade como a homenagem maior que a Nós nos
convém e a correspondência mais agradável a Nós. Então, o não levar em conta a tua vontade, e o
só Querer nosso que vive em ti, nos põe em festa; teus pequenos atos feitos em nosso Querer nos
trazem as alegrias de toda a Criação, assim parece que tudo nos sorri e nos faz festa; e ao ver-te
descer de nosso trono sem sequer olhar tua vontade, levando-te a Nossa, é para nós a maior
alegria, por isso te digo sempre, sê atenta a nosso Querer, porque nele há muito que fazer, e
quanto mais fizeres, mais festa você nos dará e nosso Querer se derramará torrentes em você e
fora de você”.

+ + +

17-43
Maio 17, 1925

Continua dizendo outros modos de fundir-se na Divina Vontade, para dar a correspondência em nome de todos de amor e glória
pela obra da Criação, da Redenção e da Santificação.

(1) Tendo feito ouvir ao confessor o que está escrito antes, com data de 10 de Maio, não ficou
contente e me impôs seguir escrevendo sobre o modo de fundir-me no Santo Querer Divino; e eu,
só por obedecer e por temor de que meu Jesus pudesse minimamente desagradar-se, começo novamente:
“Acrescento que enquanto se apresenta à minha mente aquele vazio imenso ao fundir-
me no Supremo Querer, a pequena menina continua seu giro, e elevando-se em alto quer corresponder ao
seu Deus por todo o amor que teve por todas as criaturas na Criação, quer
homenageá-lo como Criador de todas as coisas, por isso gira pelas estrelas e em cada cintilação
de luz imprime meu “te amo e glória a meu Criador”; em cada átomo de luz do sol que desce ao
baixo, „te amo e glória” ; em toda a extensão dos céus, entre a distância de um passo ao outro,
meu “te amo e glória”; no cantar do pássaro, no movimento de suas asas, traga amor e glória ao
meu Criador’; no fio de grama que desponta da terra, na flor que se abre, no perfume que se eleva,
ofereça amor e glória’; na altura dos montes e na profundidade dos vales, brilhar amor e glória. Giro
por cada coração de criatura, como se quisesse fechar-me dentro, e gritar dentro a cada coração
meu Amo-te e glória ao meu Criador’; queria que um fosse o grito, uma a vontade, uma a harmonia
de todas as coisas: “Glória e amor ao meu Criador”; e depois, como se tivesse reunido tudo junto,
de maneira que tudo diga correspondência de amor e testemunho de glória por tudo o que Deus
fez na Criação, transporto-me a seu trono e lhe digo: Majestade Suprema e Criador de todas as
coisas, esta pequena menina vem aos vossos braços para vos dizer que toda a Criação, em nome
de todas as criaturas, vos dá não só a correspondência do amor, mas a da justa glória por tantas
coisas criadas por Vós por amor nosso. Em vossa Vontade, neste vazio imenso, girei por toda
parte, a fim de que todas as coisas vos glorifiquem, vos amem e vos abençoem, e já que pus em
relação o amor entre Criador e criatura, que a vontade humana tinha rompido, e a glória que todos
vos deviam, fazei descer vossa Vontade à terra, a fim de que vincule, reafirme todas as relações
entre Criador e criatura, e, assim, todas as coisas voltarão à ordem, estabelecida por vós; portanto
fazei-o depressa, e não demoreis mais, não vedes que a terra está cheia de males? “Só vossa
Vontade pode deter esta corrente, pode colocá-la a salvo, mas vossa Vontade conhecida e
dominadora”.
(2) Então, depois disto sinto que meu ofício não está completo, por isso descendo ao baixo desse
vazio para corresponder a meu Jesus pela obra da Redenção, e como se encontrasse em ato tudo
o que Ele fez, quero dar-lhe a minha correspondência de todos os atos que deveriam ter feito todas
as criaturas se o tivessem esperado e recebido na terra, e depois, como se quisesse transformar-
me toda em amor por Jesus, volto ao meu refrão e digo: “Eu te amo no ato de descer do Céu e
imprimir meu Eu te amo’ no ato em que você foi concebido, Eu te amo’, na primeira gota de sangue
que se formou em sua Humanidade, „Eu te amo’ no primeiro batimento do seu coração, para selar
todos os seus batimentos com o meu eu te amo’; eu te amo’ em seu primeiro suspiro, eu te amo’
em suas primeiras penas, eu te amo’ em suas primeiras lágrimas que você derramou no seio
materno; eu quero retribuir suas orações, seus reparos, suas ofertas com meu Amo você’, cada
instante de sua Vida eu quero fazê-lo selado com meu Eu te amo’; Eu te amo’ em seu nascimento,
Eu te amo’ no frio que você sofreu, Eu te amo’ em cada gota de leite que você chupou de sua Mãe;
Eu tento encher com meus amo-te as fraldas com que a tua mãe te envolveu; estendo o meu Eu te
amo’ sobre aquela terra na qual a tua querida Mãe te deitou na manjedoura, e os teus terníssimos
membros sentiram a dureza do feno, mas mais que a dureza dos corações; Meu amo-te em cada
gemido teu, em todas as tuas lágrimas e tristezas de infância; faço correr o meu amo-te’ em todas
as relações, comunicações e amor que tiveste com a tua Mãe; „Amo-te’ em todas as palavras que
disseste, no alimento que tomaste, nos passos que deste, na água que bebeste; amo-te’ no
trabalho que fizeste com as tuas mãos; amo-te’ em todos os atos que fizeste na tua vida oculta;
carimbo meu „te amo’ em cada ato interior teu e penas que sofreste; estendo meu „te amo’ sobre
aqueles caminhos que percorreste, no ar que respiraste, em todas as pregações que fizeste em tua
Vida pública; meu „te amo’ corre na potência dos milagres que fizeste, nos Sacramentos que
instituíste, em todo o meu Jesus, mesmo nas fibras mais íntimas do teu coração imprimo o meu Eu
amo-te’ por mim e por todos. Seu Querer me faz todo presente, e eu nada quero te deixar em que
não esteja impresso meu te amo’; sua pequena filha de seu Querer sente o dever, de que se outra
coisa não sabe fazer, ao menos tenha um pequeno „te amo’ meu por tudo o que tem feito por mim
e por todos. Por isso meu amor te segue em todas as penas de sua Paixão, em todas as
cuspidelas, desprezos e insultos que te fizeram; o meu amo-te sela cada gota do teu sangue que
derramaste, cada golpe que recebeste, em cada chaga que se formou no teu corpo, em cada
espinho que trespassou a tua cabeça, nas dores acerbas da crucificação, nas palavras que
pronunciaste sobre a cruz, Até no teu último suspiro tento imprimir o meu amo-te’; quero encerrar
toda a tua Vida, todos os teus atos com o meu amo’; por todas as partes quero que toques, que
vejas, que ouças o meu contínuo amo-te. O meu amor nunca te vai deixar, o teu amor é a vida do
meu amor por ti.
(3) Mas sabes o que esta menina quer? Que esse Querer Divino que tanto amaste e fizeste em
toda a tua Vida sobre a terra, se faça conhecer a todas as criaturas, a fim de que todas o amem e
cumpram a tua Vontade como no Céu assim na terra; quer vencer-te em amor, a fim de que dês a
tua Vontade a todas as criaturas. ¡ Ah! faça feliz a esta pobre pequena que não quer outra coisa
senão o que quer Você, que sua Vontade seja conhecida e reine sobre a terra..
(4) Agora, acredito que a obediência ficará de algum modo contente; é certo que em muitas coisas
tive que fazer saltos, de outra maneira não acabaria jamais. Fundir-me no Supremo Querer é para
mim como uma fonte que brota, e cada pequena coisa que ouço, que vejo, uma ofensa feita a meu
Jesus, me é ocasião de novos modos e novas fusões em sua Santíssima Vontade. Agora eu
continuo a dizer que meu doce Jesus me disse:.
(5) “Minha filha, ao que disseste sobre fundir-te no meu Querer é necessário dar-lhe outro nome,
qual é o de fundir-te na ordem da graça, em tudo o que fez e fará o Santificador aos santificantes, o
Qual é o Espírito Santo. Muito mais, pois se a Criação se atribui ao Pai, enquanto estamos sempre
unidas as Três Divinas Pessoas no agir, a Redenção ao Filho, o Fiat Voluntas Tua se atribuirá ao
Espírito Santo; e é propriamente no Fiat Voluntas Tua que o Divino Espírito fará desabafar de sua
obra. Você o faz quando vindo perante a Suprema Majestade diz: Venho a corresponder em amor
a tudo o que faz o Santificador aos santificantes, venho a entrar na ordem da graça para poder dar-
lhes a glória e a correspondência do amor como se todos se tivessem feito santos, e a reparar-vos
por todas as oposições, as não correspondências à graça’. E, como está em ti, buscais em nossa
Vontade os atos da graça do Espírito Santificador, para fazer tua a sua dor, os seus gemidos
secretos, os seus suspiros angustiosos no fundo dos corações, vendo-se tão mal acolhido; e como
o primeiro ato que faz é levar nossa Vontade como ato completo de sua santificação, ao ver-se
rejeitado geme com gemidos inenarráveis, e você em sua infantil simplicidade lhe diz: imploro-vos,
fazei conhecer a todos vossa Vontade, a fim de que conhecendo-a a amem e acolham vosso
primeiro ato de sua santificação completa, que é a Santa Vontade vossa’. Minha filha, as Três
Divinas Pessoas somos inseparáveis e distintas, assim queremos manifestar às gerações humanas
nossas obras para com elas, que enquanto estamos unidos entre nós, cada um de nós quer
manifestar distintamente o seu amor e a sua obra para com as criaturas”.

17-44
Maio 21, 1925

Vontade Divina e humana são as mais ferozes inimigas. Viver no
Divino Querer é nunca deixar o seu Criador sozinho, e admirar todas
suas obras e dar a seus grandes atos, os pequenos atos das criaturas.

(1) Estava pensando entre mim, e quase me lamentava com meu amável Jesus, de que algumas
vezes age de modo que vem e me faz sofrer na presença do confessor, e por quanto eu faça por
resistir e não cair nesse estado de perda dos sentidos e de penas, me é impossível. E digo a
Jesus: “Meu amor, houve tempo esta noite, há tempo hoje de que venhas e me faças sofrer, mas
agora que está o confessor deixa-me livre e depois farás o que quiseres, estarei à tua disposição”.
Mas que, em vão é dizer, uma força irresistível me surpreende e me põe em um estado como se
estivesse morrendo; por isso me lamentava disto com Jesus e lhe rogava que não o permitisse, e
Ele, toda bondade me disse:.
(2) “Minha filha, se isto o permito é pela firmeza do confessor que não cessa de pedir-me que te
faça sofrer, sempre com a finalidade de minha glória e de aplacar-me. Se Eu não comparecesse
seria desonrado em ti, e farias pôr em dúvida as verdades que te manifestei, tanto sobre minha
Vontade quanto sobre as virtudes. Se diria: Onde está a obediência da vítima, na qual deve ser
transmutada até a mesma natureza na obediência dada? Portanto, tu queres desonrar-me e fazer
crer que não sou Eu quem te fala e quem trabalha em ti.
(3) Além disso, você deve saber que para te confiar a missão de minha Vontade, se não te tirei a
mancha original como fiz com minha amada Mamãe, te tirei o incentivo da concupiscência e o
germe da corrupção, Porque era conveniente ao decoro e à santidade da minha vontade que eu
não tomasse posição em uma vontade e natureza corrompida; teriam sido como nuvens diante do
Sol do meu Querer, e os conhecimentos dele, como raios, não teriam penetrado e tomado posse
da tua alma. Agora, estando a minha vontade em ti, contigo está ligado todo o Céu, a Virgem
Santíssima, todos os santos e anjos, porque Ela é vida de cada um deles; por isso, quando tu
hesitas, ainda minimamente, ou ponderas se deves ou não aceitar, Céu e terra sentem-se sacudir
desde seus fundamentos, porque essa Vontade que é vida de todos, e que por sua suma bondade
sua quer reinar em você como no Céu, não tem seu pleno domínio nem sua justa honra. “Por isso
te recomendo que não chame mais a vida a teu querer se queres que teu Jesus fique honrado em
ti, e minha Vontade fique com seu pleno domínio”.
(4) Eu fiquei espantada ao ouvir o grande mal que faço só ao refletir se devo ou não ceder ao que
Jesus quer de mim, ainda que depois termino sempre com ceder, o que será se, jamais seja, não
cedesse? E sentia-me angustiada temendo que pudesse acontecer isto, e meu amável Jesus tendo
compaixão de minha angústia, que me oprimia ao temer que, nunca o seja, não fizesse sempre sua
Santíssima Vontade, voltou e me disse:.
(5) “Minha filha, coragem, não temas, por isso te disse e te fiz ver, como todo o Céu está ligado a
essa minha Vontade que reina em ti, a fim de que jamais cedas à tua vontade, porque Vontade
Divina e humana são os mais ferozes inimigos entre elas, E como a Vontade Divina é a mais forte,
a mais santa, a mais imensa, convém que o inimigo, a vontade humana, esteja sob seus pés e
sirva de escabelo à Vontade Divina. Porque quem deve viver em meu Querer não deve considerar-
se como cidadão terrestre, senão deve ter-se em conta como cidadão do Céu, e com justa razão
todos os bem-aventurados se sentem abalados, porque quem vive com sua mesma vontade pensa
fazer sair em campo a vontade humana, causa esta de desordem, O que nunca entrou nas regiões
celestes. Tu deves estar convencida que com viver de minha Vontade a vida da tua terminou, não
tem mais razão de existir, por isso te tenho dito tantas vezes que viver em minha Vontade é muito
diverso; para quem faz minha Vontade, estes são livres de dar sua vontade e retomá-la, porque
vivem como cidadãos terrestres, mas para quem vive nela, está atado a um ponto eterno, corre
junto com a minha, está circundado de força inexpugnável, por isso não temas e sê atenta”.
(6) Depois, como se Jesus me quisesse consolar e reafirmar na sua Santíssima Vontade, tomou a
minha mão na sua e disse-me:.
(7) “Minha filha, vem fazer teu giro em minha Vontade, olha, minha Vontade é uma, mas corre
como dividida em todas as coisas criadas, mas sem se dividir. Olhe as estrelas, o céu azul, o sol, a
lua, as plantas, as flores, os frutos, os campos, a terra, o mar, tudo e todos, em cada coisa há um
ato de minha Vontade, e não só há um ato, senão que se ficou como conservadora de meu mesmo
ato em cada coisa criada. Minha Vontade não quer ficar sozinha em seu ato, senão quer a
companhia de seu ato, quer sua correspondência, por isso te pus em minha Vontade, a fim de que
faças companhia a meus atos, e junto com minha Vontade tu quererás o que quero Eu, que as
estrelas cintilem, que o sol encha de luz à terra, que as plantas floresçam, que os campos
reverdeçam, que o pássaro cante, que o mar murmure, que o peixe serpenteie, em suma, quererás
o que eu quero; minha Vontade não se sentirá mais só nas coisas criadas, senão sentirá a
companhia de teus atos, por isso gira por cada coisa criada, e constitui ato por cada ato de minha
Vontade. Isto é o viver em meu Querer, não deixar jamais só a seu Criador, admirar todas suas
obras e dar a seus atos grandes os pequenos atos de criatura”.
(8) Eu, não sei como me encontrei naquele vazio imenso de luz para encontrar todos os atos
saídos da Vontade de Deus, para pôr neles minha correspondência de ato de adoração, de louvor,
de amor e de agradecimento, e depois me encontrei em mim mesma.

17-45
Maio 30, 1925

O conhecimento abre as portas do bem que se conhece para possuí-lo.
O livre arbítrio no Céu e o viver na Divina Vontade na terra.

(1) Sentia-me oprimida pela perda do meu adorável Jesus, oh, como suspirava o seu regresso!
Chamava-o com o coração, com a voz, com os pensamentos, que a sua privação me tornava
inquieta. Oh! Deus, que longas noites sem Jesus, enquanto junto com Ele passam como um
suspiro. Então dizia: “Meu amor, vem, não me deixes, sou muito pequena, tenho necessidade de
Ti, e Tu sabes que minha pequenez não pode estar sem Ti, entretanto me deixas? Ah, volta, volta
oh Jesus!” Nesse momento me pôs um braço no pescoço e se fez ver como menino, apoiava forte
sua cabeça em meu peito, e dava com sua cabeça golpes em meu peito e me sentia como romper,
tanto que eu tremia e tinha temor, e Jesus, com voz forte e suave me disse:.
(2) “Minha filha, não temas, sou Eu, não te deixo, e além disso, como posso te deixar? Viver em
minha Vontade torna a alma inseparável de Mim, minha Vida é para ela mais que alma ao corpo, e
assim como o corpo sem a alma se converte em pó, porque falta a vida que o sustenta, assim tu,
sem minha Vida em ti ficarias vazia de todos os atos de minha Vontade em ti, não ouvirias mais no
fundo de tua alma minha repetida voz que te sugere o modo de fazer-te cumprir teu ofício em
minha Vontade; se está minha voz, há também a minha Vida que a emite. Quão fácil é para pensar
que posso te deixar, não posso, primeiro deveria você deixar minha Vontade, e logo poderia pensar
que Eu te deixei; mas para minha Vontade te deixar será muito difícil, por não te dizer quase
impossível. Você se encontra quase semelhante às condições em que se encontram os bem-
aventurados no Céu, eles não perderam o livre arbítrio, isto é um dom que dei ao homem, e o que
Eu uma vez dou não o retiro jamais. No Céu não entrou jamais a escravidão, sou Deus dos filhos,
não dos escravos; sou Rei que faço reinar a todos; não há divisão entre Eu e eles, mas no Céu é
tal e tanto o conhecimento de meus bens, de minha Vontade e de minha felicidade, que todos ficam
cheios deles até a borda, até transbordar fora, tanto que sua vontade não encontra lugar para
obrar, e enquanto são livres, o conhecimento de uma Vontade infinita e de bens infinitos nos quais
estão imersos, leva-os com uma força irresistível a usar de sua vontade como se não a tivessem,
considerando isto como suma fortuna e felicidade, mas espontaneamente livres e de toda sua
vontade. Assim tu, filha minha, Fazer-te conhecer a minha Vontade foi a maior graça que te fiz, e
enquanto és livre de fazer ou não fazer a tua vontade, diante da minha a tua se sente incapaz de
agir, se sente anulada, e conhecendo o grande bem da minha Vontade aborreces a tua, e sem que
ninguém te force, amas fazer a minha em vista do grande bem que te vem. Além disso, os muitos
conhecimentos que te manifestei da minha Vontade são vínculos divinos, cadeias eternas que te
circundam, posse de bens celestes; e fugir destas correntes eternas, romper estes vínculos divinos,
perder estas possessões celestes, ainda em vida, a tua vontade, Embora livre, não encontra o
caminho para sair, revolve-se, vê sua pequenez e temendo de si mesma, rapidamente se lança e
se aprofunda com mais amor espontâneo em minha Vontade. O conhecimento abre as portas
daquele bem que se conhece, e por quantos conhecimentos de mais te manifestei sobre a minha
Vontade, outras tantas portas de bens te abri, de luz, de graça e de participações divinas. Estas
portas são abertas para você e quando estes conhecimentos chegarem no meio das criaturas, se
abrirão estas portas para elas, porque o conhecimento faz surgir o amor ao bem conhecido, e a
primeira porta que abrirei será a minha Vontade, para fechar a pequena porta da sua vontade.
Minha Vontade fará aborrecer a sua, porque frente a minha Vontade, a humana é incapaz de obrar,
com a luz da minha vê como é insignificante e boa para nada, por isso, como conseqüência as
criaturas farão a um lado a própria vontade. Além disso, tu deves saber que, quando eu te
manifestar o conhecimento da minha vontade, então eu decido abrir-te outra porta do meu
conhecimento, quando tu fizeres entrar na tua alma todo o bem do que eu te manifestei; se assim
não for, seria tua só a notícia desse bem, não sua posse, e Eu isto não sei fazer, quando falo Eu
quero que se possua o bem que manifesto, por isso sê atenta no exercício de minha Vontade, a fim
de que te abra outras portas de meu conhecimento e você entre mais nas posses divinas”..

19-39
Julho 20, 1926

A palavra de Jesus é trabalho, o seu silêncio é repouso.
O repouso de Jesus no meio das suas obras.

(1) Continuava me sentindo toda abandonada no Supremo Querer, meu sempre amável Jesus se
fazia ver tudo em silêncio, em ato de olhar toda a Criação, todas suas obras, e enquanto as olhava
ficava como arrebatado profundamente ante a magnificência, santidade, multiplicidade e grandeza
de suas obras, e eu junto com Jesus guardava um profundo silêncio ao olhar suas obras, muitas
coisas se compreendiam, mas tudo ficava no fundo da inteligência, sem palavras para poder dizê-
las. ¡ Como era bonito estar junto com Jesus em profundo silêncio! Depois disto meu amado bem,
minha doce vida me disse:.
(2) “Minha querida filha, tu deves saber que a minha palavra é trabalho, o meu silêncio é repouso, e
não somente para Mim é trabalho a minha palavra, mas também para ti, e é meu costume que
depois de ter trabalhado quero repousar no meio das minhas próprias obras, Elas são o leito mais
brando no meu repouso, e como tu ouviste a minha palavra e trabalhaste comigo, por isso
juntamente comigo descansa. Olha minha filha como é bela toda a Criação, foi a palavra de teu
Jesus que com um Fiat a trabalhou, mas sabes tu qual é o meu encanto que me rapta? Seu
pequeno eu te amo’ sobre cada uma das coisas criadas; com este teu pequeno amor te amo’
impresso sobre cada uma delas, todas me falam de teu amor, me falam de minha recém nascida
de minha Vontade, escuto o eco harmonioso de toda a Criação que me fala de ti; oh! como me
rapta, como estou contente ao ver que meu Fiat na Criação e aquele que te ensinei se dão a mão,
se entrelaçam juntos e cumprindo minha Vontade me dão repouso. Mas não estou contente em
repousar sozinho, quero junto comigo aquela que me dá repouso, a fim de que ela descanse e
gozemos juntos os frutos de nosso trabalho. Não te parece mais bela toda a Criação e todas as
obras da minha Redenção com o teu amor, com a tua adoração e com a tua vontade fundida na
minha, que faz vida entre as esferas celestes?

Assim, não há mais solidão nem silêncio sepulcral
que havia antes nas esferas celestes e em todas as minhas obras, mas há a pequena filha do meu
Querer que faz companhia, que faz ouvir a sua voz, que ama, que adora, que reza, e que
mantendo seus direitos dados a ela por minha Vontade, possui tudo, e quando há quem possui não
há mais solidão nem silêncio de tumba. Eis por que depois de te haver falado muito faço silêncio, é
o repouso que se requer para Mim e para ti, para depois poder retomar de novo o falar-te e assim
continuar meu e teu trabalho. Mas enquanto descanso contemplo todas as minhas obras, meu
amor surge em Mim e refletindo em Mim mesmo e agradando-me, concebo em Mim outras
imagens minhas semelhantes a Mim, e minha Vontade as põe fora como triunfo de meu amor e
como geração predileta de meu Fiat Supremo, Assim, no meu repouso, gero os filhos à minha
Vontade, todos semelhantes a Mim, e na minha palavra os dou à luz e lhes dou o desenvolvimento,
a beleza, a altura, por isso a minha palavra os vai formando dignos filhos do Fiat Supremo. Por isso
minha filha, cada palavra minha é um dom que te faço, e se te chamo ao repouso é para que tu
contemples o meu dom, e agradando-te e amando-o faça surgir de ti outros dons semelhantes
àqueles que te dei, e pondo-os fora formarão junto a geração dos filhos do Fiat Supremo, oh, como
estaremos contentes!”.

 

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