Estudo 37 Livro do Céu Vol.12 ao 21 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 37 Livro do Céu Vol.12 ao 21 – Escola da Vontade Divina
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12-39
Março 26, 1918

Obrando no Divino Querer, o humano fica como suspenso e obra e toma lugar a Vida Divina.

(1) Continuando meu habitual estado, tratava de fundir-me no Divino Querer, e meu doce Jesus
me disse:
(2) “Minha filha, cada vez que a alma entra em meu Querer e reza, obra, sofre, etc., tantas
novas belezas divinas adquire, assim que um ato de mais ou de menos feito em minha
Vontade, é uma beleza de mais ou de menos que a alma adquire, não só, mas em cada ato a
mais que faz em minha Vontade, toma uma força, uma sabedoria, um amor, uma santidade, e
outras coisas divinas a mais, e enquanto toma as qualidades divinas deixa as humanas, ao
invés de agir em meu Querer o humano fica como suspenso, e obra e toma lugar a Vida Divina,
e meu amor tem o desabafo de tomar atitude de obrar na criatura”.

13-36
Novembro 26, 1921

Concentração da finalidade da Criação, Redenção e Glorificação.

(1) Estava pensando no que está escrito no dia 19 e dizia entre mim: “Como pode ser possível
que depois de minha Mãe possa ser eu o segundo apoio?” E meu doce Jesus, atraindo-me a
Ele dentro de uma luz imensa me disse:
(2) “Minha filha, por que duvida? Qual é o motivo?”
(3) E eu: “Minha grande miséria”.
(4) E Ele: “Isto deixa-o de um lado; e além disso, se não te escolhia a ti, certamente devia
escolher outra da família humana, porque esta se rebelou à minha Vontade, e com o rebelar-se
me tirou a finalidade da glória e da honra que a Criação devia dar-me, portanto, outra da
mesma família humana, com ter uma contínua conexão com meu Querer, com viver mais com
minha Vontade que com a própria, abraçando tudo em meu Querer devia elevar-se sobretudo
para pôr aos pés de meu trono a glória, a honra, o amor que todos os demais não me deram.
(5) Única finalidade da Criação foi que todos cumprissem meu Querer; não foi que o homem
fizesse coisas grandes, mas sim, estas as vejo como um nada e com desprezo se não são
frutos de minha Vontade, por isso muitas obras em seu melhor momento se desfazem, porque a
Vida de minha Vontade não estava dentro. Então o homem, tendo quebrado sua vontade com a
minha, destruiu-me o mais belo, a finalidade para a qual o havia criado; ele se arruinou
completamente e me negou todos os direitos que me devia dar como a seu Criador. Mas
minhas obras carregam o selo do eterno, e minha infinita sabedoria e meu eterno amor não
podiam deixar a obra da Criação sem seus efeitos e os direitos que me correspondiam; eis aqui
o por que da Redenção. Quis expiar com tantas penas as culpas do homem, e com não fazer
jamais minha vontade senão sempre a da Divindade, e ainda nas coisas menores, como o
respirar, o olhar, o falar, etc.; minha Humanidade não se movia, nem tinha vida se não era
animada pela Vontade de meu Pai, teria me contentado em morrer milhares de vezes antes
de dar um respiro sem seu Querer, com isto amarrei de novo a vontade humana com a Divina, e
em minha pessoa, sendo Eu verdadeiro homem e verdadeiro Deus, dava ao meu Pai toda a
glória e os direitos que lhe correspondiam. Mas meu Querer e meu amor não querem estar
sozinhos em minhas obras, querem fazer outras imagens semelhantes a Mim, e tendo minha
Humanidade refeito a finalidade da Criação, vi pela ingratidão do homem, pôr em perigo a
finalidade da Redenção, e para muitos ficar quase arruinada, por isto para fazer que a
Redenção me desse glória completa e me desse todos os direitos que me deviam, tomei outra
criatura da família humana, a qual foi minha Mãe, cópia fiel de minha Vida, em quem minha
Vontade se conservava íntegra, e concentrei nela todos os frutos da Redenção, assim pus a
salvo a finalidade da Criação e Redenção, e minha Mãe, se nenhum tivesse aproveitado a
Redenção, me daria Ela tudo o que as criaturas me teriam dado.

(6) Agora venho a ti; Eu era verdadeiro Homem e verdadeiro Deus, minha querida Mãe era
inocente e santa, e nosso amor nos levou além, queríamos outra criatura, que concebida como
todos os outros filhos dos homens tomasse o terceiro lugar a meu lado, – não estava contente
de que só eu e minha Mãe fôssemos íntegros com a Vontade Divina, queríamos os outros filhos
– que em nome de todos, vivendo em pleno acordo com nossa Vontade, nos dessem glória e
amor divino por todos, por isso te chamei “ab eterno”, quando nada existia ainda aqui abaixo, e
assim como cortejava a minha querida Mãe, deleitando-me, acariciando-a e fazendo chover
sobre Ela a torrentes todos os bens da Divindade, assim te cortejava a ti, acariciava-te, e as
torrentes que choviam sobre minha Mãe te inundavam a ti, por quanto eras capaz de conter, e
te preparavam, te preveniam e embelezando te davam a graça de que minha Vontade fosse
íntegra em ti, e que não a tua, senão a minha, animasse ainda teus mais pequenos atos; em
cada ato teu corria minha Vida, meu Querer e todo meu amor. Que contentamento, quantas
alegrias não sentia Eu! Eis por que te chamo segundo apoio depois de minha Mãe, não sobre
você me apoiava, porque você era nada e não podia me apoiar, senão sobre minha Vontade
que você devia conter. Minha Vontade é vida, e quem a possui, possui a vida e pode sustentar
o autor da mesma vida. Então, assim como em Mim concentrei a finalidade da Criação, em
minha Mãe concentrei os frutos da Redenção, assim em ti concentrei a finalidade da glória,
como se em todos fosse íntegro meu Querer, e daqui virá a corte das outras criaturas. Não
terminarão as gerações se não obtiver meu intento”.
(7) Então eu, surpreendida, disse: “Meu amor, é possível que a tua Vontade esteja íntegra em
mim, e que em toda a minha vida não tenha havido nenhuma ruptura entre a tua Vontade e a
minha? Parece que estás a brincar comigo”. E Jesus com acento mais doce ainda:

(8) “Não, não brinco, é verdade que não houve ruptura, as mais leves lesões alguma vez, mas
meu amor como forte cimento reparou estas lesões e fez ainda mais forte a integridade. Eu
estava de guarda a cada ato seu, e rapidamente fazia correr meu Querer ao seu ponto de honra
em cada um deles, Eu sabia que muitas graças eram necessárias, devendo fazer o maior milagre
que existe no mundo, como é viver continuado em meu Querer, em que a alma deve
absorver a todo um Deus em seu ato para dá-lo de novo íntegro como o tem absorvido, e logo
absorvê-lo de novo, por isso supera o mesmo milagre da Eucaristia, onde os acidentes não têm
razão, nem vontade, nem desejos que possam opor-se à minha Vida Sacramental, assim que
nada põe a hóstia, todo o obrar é meu, se o quero faço, em troca para realizar o milagre de
viver em meu Querer, devo dobrar uma razão, uma vontade humana, um desejo, um amor
puramente livre, e quanto não é necessário? Por isso abundam almas que comungam e
participam no milagre da Eucaristia, porque para isso se sacrificam menos, mas devendo
sacrificar-se mais no fazer que se realize o milagre de que minha Vontade tenha vida nelas,
pouquíssimas são as que se dispõem”.

14-40
Julho 6, 1922

Bênção de Jesus a sua Mãe. Quem vive na Divina Vontade é depositária da Vida Sacramental de Jesus.

(1) Estava pensando e acompanhando Jesus na hora da Paixão quando foi diante da Divina
Mãe pedir sua santa bênção, e meu dulcíssimo Jesus em meu íntimo me disse:
(2) “Minha filha, antes da minha Paixão quis abençoar a minha Mãe e ser abençoado por Ela,
mas não foi só à minha Mãe que abençoei, mas a todas as criaturas, não só animadas mas
também inanimadas; vi as criaturas débeis, cobertas de chagas, pobres, meu coração teve uma
batida de dor e de terna compaixão e disse: pobre humanidade, como está decaída, quero
abençoar-te a fim de que ressurjas de tua decadência; minha bênção imprima em ti o triplo selo
da potência, da sabedoria e do amor das Três Divinas Pessoas e te restitua a força, te cure e te
enriqueça, e para circundar-te de defesas abençoo todas as coisas criadas por Mim, a fim de
que as recebas abençoadas por Mim: abençoo a luz, o ar, a água, o fogo, o alimento, a fim de
que fique como abismada e coberta com minhas bênçãos, mas como você não as merecias,
por isso quis abençoar a minha Mamãe, servindo-me dela como canal para fazer chegar a você
minhas bênçãos”. E assim como minha Mãe me correspondeu com suas bênçãos, assim quero
que as criaturas me correspondam com suas bênçãos; mas, ai de Mim! em vez de
correspondência de bênçãos, correspondem-me com ofensas e maldições, por isso minha filha,
entra em meu Querer, e pondo-te sobre todas as coisas criadas sela todas com as bênçãos que
todos me devem, e traz a meu sofredor e terno coração as bênçãos de todos”.

(3) Depois de ter feito isto, como para me recompensar disse:

(4) “Minha amada filha, abençoo-te de modo especial, abençoo-te o coração, a mente, o
movimento, a palavra, o respiro, toda e tudo te abençoo”.
(5) Depois disto continuei com as demais horas da Paixão, e enquanto seguia a ceia
eucarística, meu doce Jesus moveu-se em meu interior e com a ponta de seu dedo tocou forte
em meu interior, tanto que o ouvi com meus ouvidos e disse entre mim: “Que quererá Jesus que chama?” E Ele, chamando-me, disse-me:
(6) “Não bastava tocar para me fazer ouvir, mas também te chamar para ser ouvido. Escuta
minha filha, enquanto instituía a ceia Eucarística chamei a todos em torno de Mim, olhei todas
as gerações, do primeiro ao último homem, para dar a todos minha Vida Sacramental, e não
uma vez, mas tantas vezes por quantas vezes tem necessidade do alimento corporal. Eu queria
constituir-me como alimento da alma, mas me encontrei muito mal ao ver que esta minha Vida
Sacramental ficava rodeada por desprezos, por descuidos e mesmo por morte
impiedosa. Senti-me mal, senti todas as angústias da morte da minha Vida Sacramental tão
dolorosa e repetida; mas olhei melhor, fiz uso da potência do meu Querer e chamei em torno de
Mim as almas que teriam vivido no meu Querer, oh, como me sentia feliz!

Sentia-me cercado por estas almas às quais a potência de minha Vontade as tinha como abismadas, e que como
centro de sua vida estava meu Querer; vi nelas minha imensidão e me encontrei bem defendido
por todas, e a elas confiei minha Vida Sacramental, Eu a depositei nelas para que não só
cuidassem de mim mas que me correspondessem por cada hóstia Consagrada com uma vida
delas, e isto acontece como conatural, porque minha Vida Sacramental está animada por minha
Vontade eterna, e a vida destas almas tem como centro de vida meu Querer, então, quando a
minha Vida Sacramental é formada, meu Querer obrante em Mim obra nelas e Eu sinto sua vida
em minha Vida Sacramental, multiplicam-se Comigo em cada uma das hóstias, e Eu sinto que
me dão vida por vida. Oh! como eu exultei ao ver-te como a primeira, que de modo especial te
chamei a formar vida no meu Querer! Fiz em ti o meu primeiro depósito de todas as minhas
Vidas Sacramentais, confiei-te à potência e à imensidão do Querer Supremo, a fim de que te
tornassem capaz de receber este depósito, e desde então tu estavas presente a Mim e te
constituí depositária de minha Vida Sacramental, e em ti a todas as demais almas que viveriam
em meu Querer. Dei-te o primado sobre tudo, e com razão, porque o meu Querer não está
posto abaixo de ninguém, mesmo sobre os apóstolos, sobre os sacerdotes, porque, embora
eles me consagrem, não ficam vida junto de Mim, deixam-me sozinho, esquecido, não tendo
cuidado de Mim; em troca essas almas teriam sido vida em minha mesma Vida, inseparáveis de
Mim, por isso te amo tanto, é a mim mesmo querer que amo em ti”.

16-46
Fevereiro 10, 1924

A doutrina sobre a Divina Vontade é a mais pura, a mais bela, pela qual será renovada a Igreja e transformada a face da terra. O abandono na Divina Vontade.

(1) Estava a pensar entre mim em tudo o que está escrito nestes últimos dias, e dizia: entre mim que não eram coisas nem necessárias nem sérias, e que podia não tê-las posto no papel, mas a obediência o quis e eu estava no dever de pronunciar o Fiat também nisto. Enquanto pensava nisto, o meu amado Jesus disse-me:

(2) “Minha filha, no entanto, tudo era necessário para fazer conhecer como se vive em meu Querer; não dizendo tudo, você faria faltar uma qualidade do modo como viver nele, e assim tanto não poderiam ter o pleno efeito de viver em minha Vontade, como por exemplo sobre o abandono de viver em meu Querer, se a alma não vivesse toda abandonada em minha Vontade, seria como uma pessoa que vivia num suntuoso palácio, e agora se debruça por uma janela, agora por um balcão, agora desce ao portão, assim que a pobrezinha pouco ou levemente passa por suas estancias, não tem interesse nem do regime, nem do trabalho que é necessário, nem dos bens que há, nem do
que pode tomar nem do que pode dar; quem sabe quantos bens há e ela não toma interesse, por isso não ama como deveria amar, nem tem a estima que merece aquele palácio. Agora, para a alma que vive em Minha Vontade e não está de todo abandonada nela, as reflexões próprias, os cuidados de si mesma, os temores, as perturbações, não são outra coisa que janelas, varandas, portões que se forma em minha Vontade, e que saindo frequentemente é obrigada a ver e sentir as misérias da vida humana, e como as misérias são sua propriedade, e as riquezas de minha Vontade são minhas, apega-se mais às misérias que às riquezas, então não tomará amor nem gostará o que significa viver em mim Querer; e tendo formado o portão, um dia ou outro irá viver na miserável favela de sua vontade. Veja então como é necessário o pleno abandono em Mim para viver em Minha Vontade; Ela não tem necessidade das misérias da vontade humana, a quer para que viva junto com Ela, bela como a fez sair de seu seio, sem o miserável traje que se tem formado no exílio da vida, de outra maneira haveria disparidade que daria dor à minha e infelicidade à vontade humana. Veja como é necessário fazer entender que é necessário o pleno abandono para viver em minha Vontade, e você diz que não era necessário escrever sobre isto; Eu tenho pena de você,
porque você não vê o que vejo Eu, você só vê o hoje, e em minha Omnividência vejo que estes escritos serão para minha Igreja como um novo sol que surgirá em meio Dela, e os homens atraídos por sua luz deslumbrante se aplicarão para transformar-se nesta luz e sair espiritualizados e divinizados, pelo que renovando-se a Igreja, transformarão a face da Terra.
(3) A doutrina sobre a minha Vontade é a mais pura, a mais bela, não sujeita à sombra de matéria ou de interesse, tanto na ordem sobrenatural como na ordem natural, por isso será a maneira de sol, o mais penetrante, o mais fecundo e o mais bem-vindo e acolhimento. E como é Luz, por si mesma se fará entender e se abrirá caminho; não estará sujeita a dúvidas, a suspeitas de erro, e se alguma palavra não se entenderá, será a demasiada luz que eclipsando a inteligência humana não poderão compreender toda a plenitude da verdade, mas não encontrarão uma palavra que não seja verdade, no máximo, não poderão de todo compreendê-la. Por isso, em vista do bem que vejo, te incito a que nada pare de escrever, um dito, um efeito, uma semelhança sobre minha Vontade, pode ser como um orvalho benéfico sobre as almas, como é benéfico o orvalho sobre as plantas depois de um dia de sol ardente, como uma chuva abundante depois de longos meses de seca.

Você não pode entender todo o bem, a luz, a força que há dentro de uma palavra, mas seu Jesus sabe, e sabe a quem deve servir e o bem que deve fazer”.

(4) Agora, enquanto dizia, fez-me ver no meio da Igreja uma mesa, e todos os escritos sobre a Divina Vontade postos em cima, muitas pessoas veneráveis rodeavam essa mesa e saíam transformadas em luz e divinizadas, e conforme caminhavam comunicavam aquela luz a quem encontravam.

(5) E Jesus acrescentou: “Tu verás do Céu o grande bem, quando a Igreja receberá Este alimento Celestial, que fortificando-a, a fará ressurgir em seu pleno triunfo”.

17-41
Maio 4, 1925

A missão da Divina Vontade refletirá a Santíssima Trindade na Terra, e fará com que o homem retorne à sua origem.

(1) Depois de ter escrito o que está acima, pus-me a fazer a adoração ao meu crucificado Jesus, Fundindo-me toda em sua Santíssima Vontade, e meu amado Jesus saiu de dentro de mim, e pondo o seu santíssimo rosto junto ao meu, todo ternura me disse:.
(2) “Minha filha, escreveste tudo sobre a missão da minha vontade?”.
(3) E eu: “Sim, sim, escrevi tudo”.
(4) E Ele de novo: “E se te disser que não escreveste tudo, aliás, a coisa mais essencial a deixaste, por isso volta a escrever e acrescenta: A missão da minha Vontade refletirá a Santíssima Trindade na terra; e como no céu estão o Pai, o Filho e o Espírito Santo, inseparáveis entre eles, mas distintos entre eles, que formam toda a bem-aventurança do Céu, assim na terra haverá três pessoas que, pela sua missão, serão distintas e inseparáveis entre elas: a Virgem com a sua Maternidade, que reflete a Paternidade do Pai Celestial e encerra sua potência para cumprir sua
missão de Mãe do Verbo Eterno e Corredentora do gênero humano; minha Humanidade para a missão de Redentor encerrou a Divindade, e o Verbo sem jamais se separar do Pai e do Espírito Santo para manifestar a minha Sabedoria celeste, acrescentando o vínculo de me fazer inseparável com a minha Mãe; tu, para a missão da minha Vontade, o Espírito Santo fará desabafar do seu amor manifestando-te os segredos, os prodígios do meu Querer, os bens que contém para fazer felizes aqueles que quererão conhecer quanto bem contém esta Vontade Suprema, para amá-la e fazê-la reinar entre eles, oferecendo suas almas para fazê-la habitar em seus próprios corações
para poder formar sua Vida neles, adicionando o vínculo da inseparabilidade entre você, a Mãe e o Verbo Eterno. Estas três missões são distintas e inseparáveis, e as primeiras duas prepararam as graças, a luz, o trabalho, e penas inauditas para a terceira missão de minha Vontade, para fundir-se ambas nela, sem deixar seu ofício para encontrar repouso, porque só a minha Vontade é repouso celestial. Estas missões não se repetem, porque é tal e tanta a exuberância da graça, da luz, do conhecimento, que todas as gerações humanas poderão ficar cheias, mas não poderão conter todo o bem que elas contêm. Estas missões estão simbolizadas no sol, que ao criá-lo enchi
de tanta luz e calor, de modo que todas as gerações humanas têm luz superabundante, e não tive em conta que no início da Criação, estando só Adão e Eva que deviam gozá-lo, poderia ter posto no sol uma luz que bastasse somente para eles dois, e conforme as gerações deviam crescer aumentar nova luz; não, não, o fiz cheio de luz como é ainda agora e será. Minhas obras, por decoro e honra de nosso poder, sabedoria e amor, são sempre feitas com a plenitude de todo bem que contêm, não sujeitas a crescer ou decrescer; assim fiz com o sol, concentrei nele toda a luz que devia servir até o último homem. E quantos bens o sol não faz à terra?

Quanta glória na sua luz muda não dá ao seu Criador? Posso dizer que me glorifica e me faz conhecer mais o sol em sua linguagem muda, pelos imensos bens que faz à terra, que todas as demais coisas juntas, e isto porque é pleno em sua luz e estável em seu curso. Quando olhei para o sol que, com tanta luz, só Adão e Eva gozavam, olhei também para todos os viventes, e vendo que essa luz devia servir a todos, a minha paterna bondade exultou de alegria e fui glorificado nas minhas obras. Assim fiz com minha Mãe, a enchi de tanta graça que pode dar graças a todos sem esgotar uma só; assim fiz com minha Humanidade, não há bem que não possua, encerre tudo, ainda à mesma Divindade, para dá-la a quem a queira; assim fiz contigo, encerrei em ti minha Vontade, e com ela encerrei-me a mim mesmo; encerrei em ti os seus conhecimentos, os seus segredos, a sua luz; enchi a tua alma até à borda, tanto que o que escreves não é outra coisa senão o desabafo do que contendes da minha vontade, e ainda que agora só te serve a ti, e algum raio de luz a alguma outra alma, Eu me contento, porque sendo luz, por si mesma, mais que segundo sol se fará caminho para iluminar as gerações humanas e levar o cumprimento de nossas obras, que nossa Vontade seja conhecida e amada e reine como vida nas criaturas. Esta foi a finalidade da Criação, este seu princípio, este será o meio e o fim. Por isso seja atenta, porque se trata de pôr a salvo essa Vontade Eterna que
com tanto amor quer habitar nas criaturas, mas quer ser conhecida, não quer estar como estranha, mas quer dar seus bens e fazer-se vida de cada um, mas quer seus direitos, O seu lugar de honra, quer que a vontade humana seja posta de lado, única inimiga sua e do homem. A missão da minha Vontade foi a finalidade da criação do homem. Minha Divindade não partiu do Céu, de seu trono, mas minha Vontade não só partiu, mas desceu em todas as coisas criadas e ali formou a sua Vida.
Mas enquanto todas as coisas me reconheceram, e Eu com majestade e decoro nelas habito, só o homem me rejeitou; mas Eu quero conquistá-lo e vencê-lo, e por isso minha missão não terminou, por isso te chamei, confiando-te minha mesma missão, a fim de que ponhas no colo de minha Vontade ao que me jogou, e tudo me retorne em meu Querer. Por isso não te admires por quantas coisas grandes e maravilhosas possa dizer-te para esta missão, por quantas graças possa fazer-te, porque não se trata de fazer um santo, de salvar as gerações, senão se trata de pôr a salvo uma Vontade Divina, que todos voltem ao princípio, à origem da qual todos saíram, e que a finalidade da
minha Vontade tenha o seu cumprimento”..

19-38
Julho 18, 1926

Por que o Nosso Senhor, ao vir à terra, não manifestou o Reino do seu Querer.

(1) Minha pobre mente estava pensando no que está escrito aqui em cima, e meu doce Jesus continuou sobre o mesmo argumento dizendo-me:.
(2) “Minha filha, olha então o por que ao vir à terra não dei o Reino de meu Querer nem o fiz conhecer, pois havia uma necessidade, quis submeter a uma nova prova à criatura, quis dar-lhe coisas menores daquelas que lhe dei na Criação, remédios e bens para curá-la, porque, criando-o, o homem não estava doente, mas são e santo, portanto podia muito bem viver no Reino do meu Querer, mas subtraindo-se do Querer Supremo adoeceu, e Eu vim à terra como médico celestial para ver se aceitava os remédios, os medicamentos para a sua doença, e depois de tê-lo
experimentado nisso, então lhe teria dado a surpresa de manifestar o Reino de minha Vontade, que em minha Humanidade tinha preparado para ele.

(3) Enganam-se aqueles que pensam que nossa suma bondade e sabedoria infinita teriam deixado ao homem só com os bens da Redenção, sem levantá-lo de novo ao estado primeiro criado por nós; se assim fosse, nossa Criação teria ficado sem sua finalidade e portanto sem seu pleno efeito, o que não pode ser nas obras de um Deus, no máximo faremos passar e girar os séculos, dando agora uma surpresa, agora uma outra, agora confiando-lhe um pequeno bem, agora outro maior; faremos como um pai que quer herdar a seus filhos, mas estes filhos muito têm desperdiçado os bens do pai, mas contudo e isto está decidido a herdar a propriedade a seus filhos, assim que
pensa em outra estratégia, não dá já a seus filhos as somas grandes senão pouco a pouco, peso a peso, e conforme vê que os filhos conservam o pouco assim vai aumentando as pequenas somas.
Com isto os filhos vêm a reconhecer o amor do pai e a apreciar os bens que lhes confia, o que não faziam antes quando tinham as somas grandes, isto serve para os reafirmar e para lhes ensinar a saber conservar os bens recebidos; então o pai, quando os formou, confirma sua decisão e dá suas propriedades a seus filhos. Agora, assim está fazendo a paterna bondade, na Criação pôs o homem na opulência dos bens, sem restrição alguma, mas somente porque quis prová-lo colocou uma só restrição, que a ele não teria custado grande coisa, mas com um ato de sua vontade contrária à minha desperdiçou todos estes bens, mas meu amor não se deteve, comecei, mais que
pai, a dar-lhe pouco a pouco, e primeiro a curá-lo. Com o pouco muitas vezes se usa mais atenção que quando se possuem as coisas grandes, porque se possuem grandes propriedades e se se esbanja, há sempre de onde tomar, mas se esbanja o pouco fica em jejum; mas a decisão de dar o Reino da minha Vontade ao homem não a mudei, o homem muda, Deus não se muda. Agora a coisa é mais fácil, porque os bens da Redenção fizeram o caminho, fizeram conhecer muitas surpresas do meu amor pelo homem, como os amei, não só com o Fiat mas com dar-lhe a minha própria Vida, se bem que meu Fiat me custe mais que minha própria humanidade, porque o Fiat é Divino, Imenso e Eterno, minha humanidade é humana, limitada e no tempo tem seu princípio, mas a mente humana não conhecendo a fundo o que significa o Fiat, seu valor, sua potência, e o que pode fazer, se deixam impressionar mais por tudo o que fiz e sofri ao vir redimi-los, sem saber que sob minhas penas e minha morte estava escondido meu Fiat, que dava vida a minhas penas.
Agora, se eu quisesse manifestar o Reino da minha Vontade, tanto quando vim à terra, como antes de que os bens da Redenção fossem conhecidos e em grande parte possuídos pelas criaturas, meus maiores santos teriam ficado atemorizados, todos teriam pensado e dito: Adam inocente e santo não soube viver, nem perseverou neste Reino de luz interminável e de santidade divina, como podemos nós fazê-lo? E tu, quantas vezes não te assustaste? E tremendo diante dos bens imensos e da santidade toda divina do Reino do Fiat Supremo querias retirar-te dizendo-me: Jesus, pensa em qualquer outra criatura, eu sou incapaz’. Não te espantou tanto o sofrer, ao contrário, muitas vezes me rogaste, incitando a que te fizesse sofrer, e por isso minha mais que paterna bondade, como a uma segunda mãe minha, à qual ocultei que ia conceber-me em seu seio, primeiro a preparei, a formei, para não fazê-la espantar, e quando chegou o tempo oportuno, no mesmo momento em que Eu devia conceber-me, então o fiz saber por meio do anjo, e se no primeiro momento tremeu e se conturbou, mas logo se serenou, porque estava habituada a viver junto com seu Deus, em meio a sua luz e diante de sua santidade. Assim te fiz, por tantos anos e anos te ocultei que queria formar em ti este Reino supremo, te preparei, te formei, me encerrei em ti, no fundo de tua alma para formá-lo, e quando tudo estava feito te manifestei o segredo, te falei de tua missão especial, pedi-te em modo formal se querias aceitar o viver em minha Vontade, e enquanto tu temias e tremias, Eu te alentava e te tranquilizava dizendo-te: Por que te perturbas?
Talvez não tenha vivido até agora junto Comigo no Reino de meu Querer? ‘ E você se acalmando tomava mais prática em viver nele e Eu me deleitava em ampliar sempre mais os confins de meu Reino, porque está estabelecido até onde a criatura deve tomar posse neste Reino, posto que são intermináveis seus confins, e a criatura é incapaz de poder abraçá-los todos, porque é limitada”..
(4) E eu: “Meu amor, não obstante meus temores não cessaram de todo, e às vezes me espanto tanto, que temo chegar a ser um segundo Adão”.
(5) E Jesus: “Minha filha, não temas, tu tens mais ajuda que a que tinha Adão, tens a ajuda de um Deus Humanado e todas as suas obras e penas para tua defesa, para teu sustento, para teu cortejo, o que ele não tinha, por que então queres temer? Mas fica atenta à santidade que convém para viver neste Reino celestial, à tua felicidade e fortuna, pois vivendo nele te basta um olhar, ouvir uma só palavra minha para compreender seus bens, enquanto que quem está fora, se pode dizer que entendem só que existe o Reino de minha Vontade, mas do que está dentro, e o que se
necessita para fazê-lo compreender, apenas o alfabeto de minha Vontade podem entender”..

20-41
Dezembro 25, 1926

Como o Menino Jesus se fez ver apenas nascido a sua Mãe. Luz que exala o Menino, que dava a todos o anúncio e a saudação da sua chegada à terra. Diferença entre a gruta e a prisão da Paixão.

(1) Estava com ânsia esperando o menino Jesus, e depois de muitos suspiros finalmente veio e lançando-se como um pequeno menino em meus braços me disse:
(2) “Minha filha, queres ver como me viu minha inseparável Mãe quando saí do seio materno? Olhe
para Mim e veja”.
(3) Eu o olhei e o via pequeno menino, de uma inédita beleza, atraente; de toda sua pequena
humanidade, dos olhos, da boca, das mãos e dos pés saíam raios brilhantíssimos de luz que não
só envolviam a Ele, mas sim que se alongavam tanto de poder ferir cada coração de criatura, como
para lhes dar a primeira saudação de sua vinda à terra, o primeiro toque para chamar os corações,
para que lhe abrissem e lhes pedisse um albergue neles, aquele chamado era doce mas
penetrante, mas como era chamado de luz não fazia ruído, mas se fazia ouvir mais alto que
qualquer rumor. Assim, naquela noite, todos sentiam uma coisa incomum em seus corações, mas
pouquíssimos foram os que o abriram para dar-lhe um pequeno refúgio. E o terno infante, não
sentindo-se correspondido na saudação, nem abrindo os corações diante de seus repetidos
chamados, começou seu pranto com os lábios lívidos e trêmulos pelo frio, soluçava, gemia e
suspirava, mas enquanto a luz que saía d‟Ele fazia tudo isto com as criaturas, recebendo as
primeiras recusas, com sua Mãe Celestial, logo que saiu de seu seio, se lançou em seus braços
maternos para lhe dar o primeiro abraço, o primeiro beijo, e como seus pequenos braços não
conseguiam abraçá-la toda, a luz que saía de suas mãozinhas a cercou toda, de modo que Mãe e
Filho foram investidos pela mesma luz. Oh! como a Mãe Rainha correspondeu ao Filho com seu
abraço e beijo, de modo que ficaram tão estreitados juntos, que pareciam fundidos um no outro.
Com seu amor reparou a primeira rejeição recebida por Jesus por parte dos corações das criaturas,
e o amado e amoroso menino depositou no coração de sua Mãe seu primeiro ato de nascer, suas
graças, sua primeira dor, para fazer com que o que se via no Filho se pudesse ver em sua Mãe.

(4) Depois disto o gracioso menino veio em meus braços e me apertando forte, forte, sentia que Ele
entrava em mim e eu n‟Ele, e depois me disse:

(5) “Minha filha, te quis abraçar como abracei a minha amada Mamãe, a fim de que também você
recebesse meu primeiro ato de nascer e minha primeira dor, minhas lágrimas, meus ternos
gemidos, a fim de que se mova a compaixão de meu estado doloroso de meu nascimento. Se não
tivesse a minha Mãe na qual depositar todo o bem de meu nascimento e fixar n‟Ela a luz de minha
Divindade, que Eu, Verbo do Pai continha, não teria encontrado ninguém, nem onde depositar o
tesouro infinito de meu nascimento, nem onde fixar a luz de minha Divindade que de minha
pequena Humanidade transparecia. Por isso vê como é necessário que quando se decide pela
Majestade Suprema fazer um grande bem às criaturas, que pode servir como bem universal, que
escolhamos uma só para dar-lhe tanta Graça para poder receber em si todo aquele bem que
devem receber todos os demais, porque se os outros não recebem tudo ou em parte, nossa obra não fica suspensa e sem seu fruto, pois a alma escolhida recebe nela todo aquele bem, e nossa
obra recebe a correspondência do fruto, assim que minha Mãe foi não só a depositária de minha
Vida, mas de todos meus atos.

Por isso, em todos os meus atos, primeiro via se podia depositar
neles e depois os fazia, assim que n‟Ela depositei minhas lágrimas, meus gemidos, o frio e as
penas que sofri, e Ela fazia eco a todos meus atos e com incessantes agradecimentos recebia
tudo; havia uma competição entre Mãe e Filho, Eu a dar e Ela a receber. Nesta minha pequena
Humanidade ao fazer sua primeira entrada sobre a terra, minha Divindade quis transformar-se fora
dela para girar por toda parte e fazer a primeira visita sensível a toda a Criação, céus e terra, todos
receberam esta visita de seu Criador, fora do homem; jamais tinham recebido tanta honra e glória
como quando viram no meio deles o seu Rei, o seu Criador, todos se sentiam honrados porque
deviam servir àquele do qual tinham recebido a existência, por isso todos fizeram festa. Por isso
meu nascimento, por parte de minha Mãe e de toda a Criação, me foi de grande alegria e glória;
por parte das criaturas me foi de grande dor. Eis por que vim a ti, para me sentir repetir as alegrias
da minha Mãe e depositar em ti o fruto do meu nascimento”.
(6) Depois disto estava pensando como era infeliz aquela gruta onde o menino Jesus havia
nascido, como estava exposta a todos os ventos, ao frio, de fazer tremer pelo frio, em vez de
homens havia bestas que lhe faziam companhia. Por isso pensava qual poderia ser mais infeliz e
dolorosa, a prisão da noite de sua Paixão ou a gruta de Belém. E a minha doce criança
acrescentou:

(7) “Minha filha, não se pode comparar a infelicidade da prisão da minha Paixão com a gruta de
Belém. Na gruta tinha a minha Mãe em alma e corpo estava junto Comigo, portanto tinha todas as
alegrias da minha amada Mãe e Ela tinha todas as alegrias de Mim, seu Filho, que formavam
nosso Paraíso. As alegrias de Mãe ao possuir o Filho são grandes, as alegrias de possuir uma Mãe
são maiores ainda; Eu encontrava tudo n‟Ela e Ela encontrava tudo em Mim; além disso estava
meu amado pai São José que me fazia de pai, e Eu sentia todas as alegrias que ele sentia por
minha causa. Em vez disso, na minha Paixão, todas as nossas alegrias foram interrompidas,
porque devíamos dar lugar à dor, e sentíamos entre Mãe e Filho a grande dor da próxima
separação, pelo menos sensível, que devia acontecer com minha morte. Na gruta as bestas me
reconheceram e honrando-me procuravam aquecer-me com seu fôlego, na prisão nem sequer os
homens me reconheceram e para insultar-me cobriram de escarros e de vergonha, por isso não há
comparação entre uma e a outra”.

21-7
Março 16, 1927

Assim que Jesus foi concebido, formou o reatamento de seu Reino com as criaturas. Como na Divina Vontade estão os atos universais que são necessários para reivindicá-la.

(1) Estava pensando no Fiat Supremo e no modo como pode vir e ser realizado este Reino, e meu
amado Jesus movendo-se em meu interior me disse:
(2) “Minha filha, assim que teu Jesus foi concebido, retomei de novo o Reino de minha Vontade
Divina com as criaturas. Era necessário que Ela tomasse domínio absoluto em minha Humanidade
e tivesse sua Vida livre em todos meus atos, para poder estender seu Reino como queria em
minha Humanidade. Assim, tudo o que eu fazia: Obras, orações, respiro, batida e sofrimentos,
eram vínculos, retomados do Reino do meu Fiat com as criaturas. Eu representava o novo Adão,
que não só devia dar os remédios para salvá-los, mas devia refazer, restituir o que o velho Adão
perdeu; por isso me foi necessário tomar a natureza humana para poder fechar nela o que a
criatura tinha perdido, e por meio de mim dá-lo de novo.

Era de justiça que minha Vontade Divina tivesse uma natureza humana a sua disposição e que em nada se opusesse, para poder de novo estender seu Reino no meio das criaturas, muito mais que uma natureza humana lhe havia tirado seus direitos de reinar, por isso, era necessária outra que lhe restituísse os seus direitos. Portanto
minha vinda à terra não foi só pela Redenção, mas sim, a primeira finalidade foi para formar o Reino de minha Vontade em minha Humanidade, para dá-lo novamente às criaturas; se isto não fosse assim, a minha vinda sobre a terra seria uma obra incompleta, não digna de um Deus, que nada menos não teria podido restabelecer a obra da Criação, a ordem como saiu de nossas mãos criadoras, que em tudo devia reinar nossa Vontade. Agora, para que estes recomeços que formou minha Humanidade do meu Reino com as criaturas, pudessem ter validade, vida e ser conhecidos, era necessário que escolhesse uma criatura, que dando-lhe por ofício especial que fizesse
conhecer este Reino do meu Querer, vincular com ela todos estes recomeços que tinha formado a minha Vontade com a minha humanidade, dando-lhe capacidade de transmitir estes recomeços do meu Reino às outras criaturas. Por isso estou no fundo de tua alma mantendo a Vida do Fiat Supremo, para vincular estes recomeços e estender nela seu Reino, e te falo tanto dele como a nenhum outro até agora lhe falei, por tanto seja atenta, que se trata da coisa maior, qual é restabelecer a ordem da Criação entre o Criador e a criatura.

(3) Não só isto, mas era necessário que escolhesse primeiro uma criatura que vivesse no Fiat Divino para receber dela atos universais, porque minha Vontade é universal, se encontra por toda parte, não há criatura que não receba sua Vida. Agora, o homem com subtrair-se da minha Vontade rejeitou um bem universal, tirou a Deus a glória, a adoração, o amor universal; assim, para dar novamente este Reino, estes bens universais, quer por direito que primeiro uma criatura vivendo neste Fiat, se lhe comunique este ato universal, e conforme ama, adora, glorifica, reza, se constitui junto com seu mesmo Querer amor universal por todos, adoração e glória por cada criatura, e difundindo sua oração como se cada uma rezara, roga de modo universal que venha o Reino do Fiat Divino no meio das criaturas. Quando um bem é universal, são necessários atos universais para obtê-lo, e só em minha Vontade há esses atos. À medida que tu amas Nela, o teu amor estende-se onde quer que Ela se encontre, e a minha Vontade sente o teu amor em toda a parte, sente-se a seguir por toda a parte, portanto sente em ti o primeiro amor como tinha estabelecido que a criatura a amava no princípio da Criação; sente seu eco em seu amor que não sabe amar com amor pequeno e finito, senão com amor infinito e universal; sente o primeiro amor de Adão antes de pecar, que não fazia outra coisa que repetir o eco da Vontade de seu Criador, e sente-se atraída por estes atos universais que a seguem por toda parte para vir a reinar de novo no meio das criaturas; por isso te escolhi filha minha, e do meio de sua estirpe, não só para manifestar-te os conhecimentos, os bens, os prodígios deste Fiat, mas para fazer com que tu, vivendo Nele, com os teus atos universais, te inclines à minha Vontade para vir a reinar novamente como ao princípio da Criação no meio das criaturas.

Por isso a ti te é dado unir a todos, abraçar a todos, a fim de que encontrando a todos e tudo em ti, como tudo se encontra em minha Vontade, farás que se ponham de acordo, dar-se-ão o beijo de paz e meu Reino será restabelecido no meio das criaturas. Eis por que a necessidade dos conhecimentos, das maravilhas do meu Fiat Divino, para dispor as criaturas, para encorajá-las a desejar, a querer, a suspirar este Reino e os bens que há nele; e a necessidade de escolher primeiro uma criatura que vivendo nele, com os seus atos universais que eu mesmo forneci a Querer, que são atos divinos, consiga o Reino do meu Fiat às
criaturas. Eu faço como um rei cujo povo tem sido rebelde a suas leis, o rei usando de seu poder, a quem mete à prisão, a quem manda ao exílio, a quem lhe tira o direito de possuir, em suma, a todos dá o castigo que justamente merecem. Agora, com o longo andar do tempo o rei tem compaixão de seu povo, escolhe a um de seus ministros mais fiéis e abrindo seu coração dolorido diz: Quero confiar em você, escute, decidi te dar o mandato de que me chame aos pobres exilados, que liberte os prisioneiros, que restitua o direito de possuir os bens que lhes tirei, e se me forem fiéis lhes duplicarei seus bens, sua felicidade’. E lida longamente com este ministro de sua confiança, planejando tudo o que se deve fazer, muito mais que este ministro estava sempre junto ao rei, rogando por seu povo, que desse a todos graça de perdão e de reconciliação. Então, depois de ter planejado tudo em segredo, chamam os outros ministros dando ordem de que façam chegar  a boa notícia no meio de todo o povo, nas prisões, no exílio, de como o rei quer fazer a paz com eles, que quer que cada um volte ao seu posto e todos os bens que o rei lhes quer dar; e enquanto se espalham estas belas notícias, desejam, suspiram, se dispõem com seus atos a receber sua liberdade e o Reino perdido por eles; agora, enquanto se difundem as notícias, O fiel ministro está
sempre ao lado do rei, exortando-o com incessantes súplicas para que o povo receba o bem estabelecido entre eles. Precisamente isto é o que eu fiz Eu, porque o que se pode fazer entre dois, ao tu por tu, no segredo da dor e do amor de dois seres que se amam e que querem o mesmo bem, não se pode fazer entre muitos. Um segredo dor e amor de teu Jesus, unidos com a alma que escolho, têm tal poder: Eu de dar e ela de impetrar o que se quer; o segredo entre você e Eu amadureceu os tantos conhecimentos que te dei do Reino de meu Fiat Divino, fez ressurgir teus tantos atos nele; o segredo entre você e eu me fez desabafar minha dor tão grande e de tantos séculos nos quais minha Vontade, enquanto estava no meio das criaturas, era vida de cada ato delas, não a conheciam, a têm em estado de agonia contínua.

Minha filha, uma dor minha desafogada no segredo do coração de quem me ama, tem a virtude de mudar a justiça em misericórdia, e minhas amarguras se trocam em doçuras. Então, depois que confiei em você, planejando juntos tudo, chamei meus ministros dando-lhes ordem de fazer conhecer ao povo as belas notícias sobre meu Fiat Supremo, seus tantos conhecimentos, e como chamo a todos a que venham a meu Reino, que saiam da prisão, do exílio da sua vontade, que tomem posse dos bens perdidos, que não vivam mais infelizes e escravos da vontade humana, mas felizes e livres em minha Vontade Divina. E como este segredo teve virtude de nos dizer coração a coração as tantas manifestações maravilhosas do eterno Fiat, saindo fora este nosso grande segredo, fará tanto caminho no povo, que surpresos implorarão com suspiros que venha o meu Reino que porá fim a todos os seus males”.

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