Estudo 52 Livro do Céu Vol. 11 a 20 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 52 Livro do Céu Vol. 11 a 20 – Escola da Divina Vontade
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11-65
Outubro 2,1913

Quem faz a Vontade de Deus, pode dizer que sua vida acabou.

(1) Continuando meu habitual estado, o bendito Jesus se fazia ver dentro de mim, mas tão
fundido comigo que via seus olhos nos meus, sua boca na minha, e assim de tudo o mais, e
enquanto assim o via me disse:
(2) “Minha filha, olha a quem faz minha Vontade e como me fundo e me faço uma só coisa com
ela, faço sua vida própria, porque minha Vontade está dentro e fora da alma, pode-se dizer que é
como o ar que ela respira, que dá vida a tudo nela; como luz que faz ver tudo e faz compreender
tudo; calor que aquece, que fecunda e faz crescer; coração que palpita; mãos que operam; pé
que caminha, e quando a vontade humana se une ao meu Querer, forma-se a minha Vida na
alma”.
(3) Depois, havendo recebido a comunhão, estava dizendo a Jesus: “Eu te amo”. E Ele me disse:
(4) “Minha filha, queres amar-me na verdade? Dize: “Jesus, amo-te com a tua vontade”. E, como
a minha vontade enche o céu e a terra, o teu amor me circundará por toda a parte, e o teu amo
se repercute nos céus e até no fundo dos abismos; assim, se queres dizer te adoro, eu te
abençoo, eu te louvo, tu o dirás unida com a minha vontade, e encherás os céus e a terra de
adorações, bênçãos, louvores e agradecimentos. Em minha Vontade as coisas são simples,
fáceis e imensas, minha Vontade é tudo, tanto, que meus mesmos atributos, o que são? Um ato
simples de minha Vontade, assim que se a Justiça, a Bondade, a Sabedoria, a Fortaleza fizerem
seu curso, minha Vontade os precede, os acompanha, os põe em atitude de agir, em suma, não
se afastam um ponto de meu Querer. Por isso quem toma minha Vontade toma tudo, aliás, pode
dizer que sua vida terminou, terminadas as fraquezas, as tentações, as paixões, as misérias,
porque em quem faz meu Querer todas as coisas perdem seus direitos, porque o meu Querer
tem o primado sobre tudo e direito a tudo”.

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11-66
Novembro 18,1913

Tanto bem pode produzir a cruz, por quanta conexão tem a alma com a Vontade de Deus.

(1) Estava pensando em meu pobre estado e como até a cruz se afastou de mim, e Jesus em
meu interior me disse:
(2) “Minha filha, quando duas vontades estão opostas entre elas, uma forma a cruz da
outra; assim é entre Eu e as criaturas: Quando sua vontade está oposta à Minha, Eu formo a
cruz delas e elas a cruz minha, assim que Eu sou a haste longa da cruz e elas a curta, que se
cruzam formam a cruz. Agora, quando a vontade da alma se une com a Minha, as hastes não
ficam mais cruzadas, senão unidas entre elas, e portanto a cruz não é mais cruz, entendeu?

E além disso, Eu santifiquei a Cruz, não a Cruz a Mim, por isso não é a Cruz que santifica, é a
resignação à minha Vontade que santifica a Cruz; portanto, também a Cruz pode fazer tanto bem
quanto a conexão que tem com a minha Vontade, não só isto, a Cruz santifica, crucifica parte da
pessoa, mas a minha Vontade não lhe escapa nada, santifica tudo e crucifica os pensamentos,
os desejos, a vontade, os afetos, o coração, tudo, e sendo luz, minha Vontade faz ver à alma a
necessidade desta santificação e crucificação completa, de modo que ela mesma me incita a
querer cumprir o trabalho de minha Vontade nela. Assim que a cruz e todas as outras virtudes se
contentam em ter alguma coisa, e se podem cravar à criatura com três pregos se alegram e
cantam vitória; em troca minha Vontade, não sabendo fazer obras incompletas, não se contenta
com três pregos, mas com tantos pregos por quantos atos de minha Vontade disponho sobre a
criatura”.

12-56
Julho 16, 1918

Quem quer fazer bem a todos, deve estar na Vontade de Deus.

(1) Esta manhã meu doce Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, não estejas em ti, na tua vontade, senão entra em Mim e na minha Vontade. Eu
sou imenso, e só quem é imenso pode multiplicar os atos por quantos quer; quem está no alto
pode dar luz ao baixo, não vê o sol? Porque está no alto é luz de cada olho, aliás, cada homem
pode ter o sol à sua disposição como se fosse todo seu; mas as plantas, as árvores, os rios, os
mares, porque estão no baixo não estão à disposição de todos, não podem dizer deles como do
sol; “Se quero, faço tudo Meu, mesmo que os outros possam também goza-los.”

No entanto todas as coisas do baixo recebem o benefício do sol, quem a luz, quem o calor, a fecundidade,
a cor, etc. Agora, Eu sou a luz eterna, estou no ponto mais alto, e quanto mais alto, mais me
encontro em toda parte e até no mais baixo, e por isso sou vida de todos, e como se fosse só
para cada um. Então, se queres fazer bem a todos, entra na minha imensidão, vive no alto,
desapegada de tudo e até de ti mesma, de outra maneira se fará terra em torno de ti, e então
poderás ser uma planta, uma árvore, jamais um sol, e em vez de dar deves receber, e o bem
que farás será tão limitado que se poderá numerar”.

12-58
Agosto 7, 1918

A consumação de Jesus na alma.

(1) Lamentava-me com Jesus por sua privação e dizia entre mim: “Tudo acabou, que dias tão
amargos, meu Jesus se eclipsou, se retirou de mim, como posso seguir vivendo?” Enquanto
isto e outros desatinos dizia, o meu sempre amável Jesus, com uma luz intelectual que dele me
vinha, disse-me:
(2) “Minha filha, a minha consumação sobre a cruz continua ainda nas almas. Quando a alma
está bem disposta e me dá vida nela, Eu revivo nela como dentro da minha Humanidade. As
chamas do meu amor queimam-me, sinto o desejo de o testemunhar às criaturas e de dizer:
“Vede quanto vos amo, não estou contente por me ter consumado sobre a cruz por amor vosso,
mas quero consumar-me nesta alma por amor vosso, porque me deu vida nela”. E por isso faço
sentir à alma a consumação de minha Vida nela, e ela se sente como estreitada, sofre agonias
mortais, não sentindo mais a Vida de seu Jesus nela se sente consumir. Conforme sente faltar
minha Vida nela, da qual estava habituada a viver, debate-se, treme, quase como minha
Humanidade sobre a cruz quando minha Divindade, subtraindo-lhe a força a deixou morrer.
Esta consumação na alma não é humana, mas toda divina, e Eu sinto a satisfação como se
outra Minha Vida Divina se tivesse consumido por amor meu; e como não é sua vida que se
consumiu, senão a minha, a que já não sente mais, que já não vê, parece-lhe que eu tenha
morrido para ela. E às criaturas renovo os efeitos de minha consumação e à alma duplico a
graça e a glória, sinto o doce encanto e os atrativos de minha Humanidade que me fazia fazer o
que Eu queria. Por isso deixa-me fazer também tu o que quero fazer em ti, deixa-me livre e Eu
desenvolverei a minha Vida”.
(3) Outro dia me lamentava e lhe dizia: “Como, me deixou?
(4) E Jesus, sério e imponente me disse: “Cala-te, não digas tolices, não te deixei, estou no
fundo de tua alma, por isso não me vês e quando me vês é porque saio à superfície de tua
alma. Não se distraia, Eu te quero toda atenta em Mim para poder te ter para o bem de todos”.

14-53
Agosto 23, 1922
Na alma que vive na Divina Vontade forma-se a fonte de todas as dores e também a de todas as alegrias.

(1) Sentia-me oprimida e sofredora, e meu interior como se estivesse em contínuo ato de sofrer
novas destruições e aniquilamento de meu pobre ser. Então pedia a Jesus que me desse a
força, e Ele ao vir me tomou em seus braços para infundir-me nova vida, mas esta nova vida
era para me dar ocasião de sofrer uma nova morte, para depois infundir-me outra nova
vida. Então ele me disse:

(2) “Minha filha, minha Vontade abraça tudo, encerra em Si todas as penas, todos os martírios,
todas as dores que há no giro de todos os séculos, eis por que minha humanidade abraçou
tudo, cada pena, cada martírio de criatura, porque a minha Vida não foi outra coisa que a Vida
da Divina Vontade, e isto era conveniente para cumprir a obra da Redenção, e não só para isso,
senão para poder constituir-me Rei, ajuda e força de todos os martírios, dores e penas. Se não
tivesse em Mim a fonte de todos os martírios, dores e penas, como poderia chamar-me Rei de
todos e possuir em Mim a fonte de todas as ajudas, apoios, força e graça necessárias em cada
pena de criatura? É necessário ter para dar, eis por que te disse tantas vezes que a missão de
chamar uma alma a viver em meu Querer é a maior, a mais alta e sublime, não há outra que a
possa igualar.

A imensidão de meu Querer lhe fará chegar todos os martírios, penas e dores,
minha mesma Vontade lhe dará a força divina para sustentá-los, e formará nela fontes de
martírios e dores, e meu próprio Querer a constituirá rainha de todos os martírios, dores e
penas. Vês o que significa viver no meu Querer? Sofrer não só um martírio, mas todos os
martírios; não uma pena e dor, mas todas as penas e todas as dores. Eis por que a
necessidade de que minha Vontade lhe seja vida, de outra maneira, quem lhe daria a força em
tanto sofrer? E se isto não fosse assim, como se poderia dizer que a alma que vive em meu
Querer é a força do mártir? Se não tivesse nela a substância dessa pena, como poderia ser
força de outro? Seria somente um modo de dizer, uma coisa fantástica, não uma realidade.

(3) Vejo que te assustas ao ouvir isto, não, não temas, tantos martírios, dores e penas serão
correspondidos com inumeráveis alegrias, contentamentos e graças, dos quais o meu próprio
Querer formará fontes inesgotáveis. É justo, se na alma que vive em meu Querer formará a
fonte das dores para ajuda de toda a família humana, é também justo que forme a fonte das
alegrias e das graças; com esta diferença, que a das dores terá um fim, porque as coisas daqui
abaixo, por quanto grandes sejam, estão sempre determinadas, em troca a fonte das alegrias,
são lá de cima, são divinas, portanto sem fim, por isso ânimo em fazer o caminho em minha
Vontade”.

16-52
Fevereiro 28, 1924

O Senhor suspendeu os bens que tinha estabelecido na Criação, para dá-los às almas que devem viver em seu Querer.

(1) Enquanto rezava, sentia o meu amável Jesus dentro de mim, que agora rezava, agora sofria,
agora como se estivesse trabalhando, e freqüentemente me chamava por meu nome, e eu dizia:
“Jesus, o que queres, o que estás a fazer? Parece-me que estás muito ocupado e sofres muito, e
enquanto me chamas, atraído por tuas ocupações esqueces-te que me tens chamado e não me diz
nada”.

(2) E Jesus: “Minha filha, estou tão ocupado em ti porque estou desenvolvendo todo o trabalho do
viver em meu Querer. É necessário que primeiro o faça em você, e enquanto o faço amarro todo
seu interior na interminável luz de minha Vontade, a fim de que sua pequena vontade humana fique
concatenada e nela tome seu lugar, e alargando-se nela receba todo o bem que a Vontade Divina
quer dar à vontade humana. Você deve saber que, enquanto a Divindade decretou a Criação, pôs
fora de Si tudo o que devia dar à criatura, os dons, as graças, as carícias, os beijos, o amor que lhe
devia manifestar; e assim como pôs fora o sol, as estrelas, o céu azul e tudo o mais, assim pôs fora
todos os dons com os quais devia enriquecer as almas. Agora, enquanto o homem se subtraiu da
Vontade Suprema, rejeitou todos estes dons, mas a Divindade não os retirou em Si mesma, mas
deixou-os suspensos em Sua Vontade esperando que a vontade humana se vinculasse à sua e
entrasse na primeira ordem por Ela criado, para pôr em corrente com a natureza humana os dons
por Ela estabelecidos, assim que estão suspensas em minha Vontade todas as finezas de amor, os
beijos, as carícias, os dons, as comunicações e as minhas inocentes diversões que devia ter tido
com Adão se não tivesse pecado. Minha Vontade quer entregar estes enxames de bens que tinha
estabelecido dar às criaturas, e por isso quero estabelecer a lei do viver em meu Querer, para pôr
em vigor entre Criador e criatura todos estes bens suspensos, por isso estou trabalhando em você,
para reordenar sua vontade com a Divina, assim poderei dar início e pôr em comum os tantos bens
que até agora estão suspensos entre Criador e criatura. Me interessa tanto este reordenamento da
vontade humana com a Divina e que de todo viva nela, que até enquanto isto não me obtenha Sin-
to como se a Criação não tivesse meu objetivo primário.

Além disso, Eu criei a Criação não Porque dela tinha necessidade, era mais que suficientemente feliz por Mim mesmo, e se a criei foi só por-
que aos tantos bens que continhamos em Nós mesmos queríamos acrescentar uma diversão fora
de Nós, por isso tudo foi criado, e dentro de um intenso desabafar do mais puro amor nosso, colo-
camos fora com nosso sopro onipotente esta criatura, para poder entreter-nos com ela, e ela fazer-
se feliz conosco e com todas as coisas criadas por nós por seu amor. Agora, não foi destruir a nos-
sa finalidade, que quem devia servir só para nos fazer gozar e entreter-nos juntos, com subtrair-se
da nossa Vontade nos serviu de amargura, e afastando-se de nós, em vez de conosco entreteve se
com as coisas criadas por Nós, com suas mesmas paixões, e a Nós nos afastou? Não foi isso um
colocar de cabeça a finalidade de toda a Criação? Veja então como é necessário que nos re-
façamos de nossos direitos, que a criatura retorna ao nosso seio para recomeçar nossos entrete-
nimentos, mas debe retornar onde o homem fez começar nossa dor e vincular-se com nó indissolú-
vel com nossa Vontade Eterna, deve deixar a sua para viver da Nossa. Por isso estou trabalhando
em tua alma, tu segue o trabalho de teu Jesus que quer pôr em corrente os dons, as graças sus-
pensas que há em minha Vontade”.

16-53
Março 2, 1924

As almas que fazem a Vontade de Deus farão o giro na sua luz e serão como as primeiras criadas por Deus.

(1) Estava a pensar como podia acontecer que o meu doce Jesus, como pensava, falava, trabalha-
va, etc., estendia seus pensamentos em cada pensamento de criatura, em cada palavra e obra. E
meu amado Jesus, movendo-se dentro de mim, disse-me:

(2) “Minha filha, não há nada para se maravilhar, em Mim estava a Divindade com a luz interminá-
vel de sua Vontade Eterna; nesta luz Eu descobria em modo facilíssimo cada pensamento, palavra,
batida e ato das criaturas, e conforme Eu pensava, a luz que Eu continha levava meu pensamento
a cada pensamento das criaturas, e assim minha palavra e todo o resto que eu fazia e sofria. Veja,
também o sol possui esta virtude, sua luz é uma e sem dúvida quantos não ficam inundados por
essa luz? Se se pudesse ver todo o interior do homem, pensamentos, batidas, afetos, como o sol
com sua luz invade a cada um, assim faria correr sua luz em cada pensamento, batida, etc.

Agora, se isso pode fazer a luz do sol, sem que ele desça do alto para dar a cada um seu calor e sua luz,
e no entanto não é outra coisa que a sombra da minha luz, muito mais posso fazer Eu que con-
tenho luz imensa e interminável. Além disso, minha Vontade Divina que contém esta virtude, assim
que a alma entra em meu Querer abre a corrente da luz que minha Vontade contém, e minha luz
invadindo a todos, leva a cada um o pensamento, a palavra, o ato que entrou na corrente de sua
luz. Por isso não há coisa mais sublime, maior, mais divina, mais santa, que viver em mim Querer;
as gerações de seus atos são incalculáveis, assim que a alma quando não está unida com minha
Vontade nem entra nela, não faz seu percurso nem abre a corrente de sua luz interminável, portan-
to tudo o que faz permanece pessoal e individual; seu bem, sua oração é como uma pequena luz
que se acende em uma sala, que não tem virtude de dar luz a todos os cantos da casa, muito me-
nos pode dar luz ao exterior, e se falta o óleo, isto é a continuidade de seus atos, a pequena luz se
apaga e fica às escuras”.

(3) Depois estava a fundir-me no eterno Divino Querer, pondo-me diante de todos para poder levar
à Divina Majestade, como a primeira de todos, todos os atos das criaturas, a correspondência de
todo, o amor delas. Mas enquanto fazia isto pensava para mim: “Como pode ser que eu possa ir
diante de todos se nasci depois de tantas gerações? No máximo eu deveria ficar no meio, entre as
passadas e as futuras gerações que virão; é mais, por minha indignidade deveria me colocar no
último e atrás de todos”. E meu amável Jesus movendo-se em meu interior me disse:

(4) “Minha filha, toda a Criação foi criada para que todos fizessem a minha Vontade. A vida das
criaturas deviam correr em meu querer como corre o sangue nas veias, deviam viver nele como
verdadeiros filhos meus, nada lhes devia ser estranho de tudo o que a Mim pertence, Eu devia ser
seu terno e amoroso Pai, e eles deviam ser meus ternos e amorosos filhos. Agora, como a finalida-
de da Criação foi esta, apesar de outras gerações terem sido antes, o que diz nada, serão postas
depois, e minha Vontade porá primeiro aqueles que serão e que foram fiéis em manter íntegra a
finalidade para a qual foram criados; estes, tenham vindo antes ou depois, ocuparão a primeira or-
dem ante a Divindade. Com ter mantido a finalidade da Criação, serão distintos entre todos e apon-
tados como refulgentes gemas com a auréola de nossa Vontade, e todos lhes deixarão a pas-
sagem livre para que ocupem seu primeiro posto de honra.

Não há do que maravilhar-se, também neste submundo acontece assim: Imagina um rei no meio de sua corte, de seus ministros, depu-
tados, exércitos, mas chega seu filho, o pequeno príncipe, e apesar de que todos os demais sejam
grandes, quem não lhe dá passo livre o pequeno príncipe para que tome seu posto de honra ao
lado do rei, seu pai? Quem trata com o rei com essa familiaridade digna de um filho? Quem gosta-
ria de criticar esse rei e a esse filho, por que apesar de que este filho seja o menor de todos, se
eleva sobre todos e toma seu lugar primeiro e legítimo junto ao rei seu pai? certo, nenhum; é mais,
todos respeitariam o direito do pequeno principezinho desce mais abaixo ainda, imagina uma famí-
lia, um filho nasceu primeiro, mas não quis se ocupar em fazer a vontade do pai, não tem quis es-
tudar nem trabalhar; ficou como entontecido em seu lazer formando a dor do pai; depois vem à luz
outro filho, e este, ainda que mais pequeno, faz a vontade do seu pai, estuda, torna-se um profes-
sor digno de ocupar os mais altos cargos. Agora, quem é o primeiro nessa família, quem recebe
seu posto de honra junto ao pai?

Não é acaso o que chegou ao último? Assim que minha filha, só
aqueles que terão conservado neles a finalidade integral da Criação serão meus verdadeiros filhos
legítimos; com fazer minha Vontade mantiveram neles o sangue puro de seu Pai Celestial, o qual
lhes deu todas as diretrizes de sua semelhança, por isso será muito fácil reconhecê-los como nos-
sos legítimos filhos. Nossa Vontade os conservará nobres, puros, frescos, todo amor por Aquele
que os criou; e como filhos nossos que sempre estiveram em nossa Vontade e que jamais deram
vida à sua, serão como os primeiros por Nós criados, que nos darão a glória, a honra da finalidade
pela qual todas as coisas foram criadas. Por isso o mundo não pode terminar, esperamos a ge-
ração de nossos filhos, que vivendo em nosso Querer nos darão a glória de nossas obras; eles
terão por vida só meu Querer; será tão natural em eles fazer a Divina Vontade, espontaneamente,
sem esforço, como é natural o batimento cardíaco, o respiro, a circulação do sangue, assim que
eles não a terão como lei, porque as leis são para os rebeldes, mas como vida, como honra, como
princípio e como fim. Por isso minha filha, só te interessa minha Vontade e não queiras preocupar-
te de outra coisa se queres que teu Jesus cumpra em ti e encerre em ti a finalidade de toda a
Criação”.

19-54
Setembro 3, 1926

O desejo purga a alma e estimula o apetite para os bens de Jesus. Como a Vontade Divina é penetrante e converte em natureza seus efeitos.

(1) Sentia-me toda derretida em meu doce Jesus, e lhe pedia de coração que vigiasse minha pobre
alma, a fim de que nada entrasse nela que não fosse de sua Vontade. Agora, enquanto fazia isso,
meu amado bem, minha doce vida se moveu em meu interior e me disse:.

(2) “Minha filha, o desejo de querer um bem, e de querê-lo conhecer, purga a alma e dispõe sua
inteligência para compreendê-lo, sua memória para recordá-lo, e sua vontade se sente avivar o
apetite de querê-lo para fazer dele alimento e vida, e move Deus a dar-lhe aquele bem e a fazê-lo
conhecer. Assim, o desejo de querer um bem e o de conhecê-lo, é como o apetite ao alimento, pois
se há apetite sente-se o gosto, come-se com prazer e fica satisfeito e contente por ter tomado
aquele alimento, e fica com o desejo de prová-lo de novo; ao contrário, se falta o apetite, aquele
mesmo alimento provado com tanta avidez por uma pessoa, para outra que não tem apetite sente
náuseas, desgosto, e chega até a sofrer. Tal é o desejo à alma, é como o apetite, e Eu, vendo que
o desejo de minhas coisas é seu gosto, até fazer delas alimento e vida, me torno tão magnânimo
no dar, que não me canso jamais de dar. Ao contrário, para quem não deseja, faltando o apetite,
sentirá náuseas de minhas coisas, repetir-se-á o dito evangélico: Ser-lhe-á dado a quem tem e ser-
lhe-á tirado aquele pouco que tem a quem não apetece meus bens, minhas verdades, as coisas
celestiais’. Justa pena para quem não deseja, não apetece e não quer saber nada das coisas que a
Mim pertencem, e se tem alguma pequena coisa, é justo que se lhe tire e se dê àqueles que
possuem muito”.

(3) Depois disto, estava pensando e Fundindo-me no Santo Querer Divino, e encontrando-me em
sua luz imensa sentia que seus raios divinos me penetravam tanto, até transformar-me em sua
mesma luz, e Jesus saindo de meu interior me disse:
(4) “Minha filha, como é bela, penetrante, comunicativa, transformadora a luz da minha Vontade.
Ela é mais que sol, o qual, golpeando a terra doa com liberalidade os efeitos que sua luz contém,
não se necessita rogar-lhe, senão que espontaneamente, conforme sua luz enche a superfície da
terra, doa a cada uma das coisas que encontra o que tem, dá ao fruto a doçura e o sabor, à flor a
cor e o perfume, às plantas o desenvolvimento, a todas as coisas dá os efeitos e os bens que
contém, não particulariza com nenhum, só basta que sua luz as toque, as penetre, as aqueça, para
fazer sua obra.

Mais que sol é minha Vontade, desde que a alma se exponha a seus raios
vivificantes e faça a um lado as trevas e a noite de sua vontade humana, sua luz surge e investe à
alma, e penetra em suas mais íntimas fibras para lhe fazer fugir as sombras e os átomos do
humano querer, conforme dá sua luz e a alma a recebe, comunica todos os efeitos que contém,
porque minha Vontade, saindo do Ser Supremo contém todas as qualidades da Natureza Divina,
portanto, conforme a investe, assim comunica a bondade, o amor, a potência, a firmeza, a
misericórdia, e todas as qualidades divinas, mas não em modo superficial, mas tão real, que
transmuta na natureza humana todas as suas qualidades, de modo que a alma sentirá em si, como
sua, a natureza da verdadeira bondade, da potência, da doçura, da misericórdia, e assim de todo o
resto das qualidades supremas. Só minha Vontade tem esta potência de converter em natureza
suas virtudes para quem se dá em poder de sua luz e de seu calor e tem longe dela a noite
tenebrosa do próprio querer, verdadeira e perfeita noite da pobre criatura”..

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19-55
Setembro 5, 1926

Quem vive na Vontade Divina possui uma paternidade grande e uma grande filiação: É filha de todos.

(1) Sentia-me oprimida, antes como sem vida pela privação do meu doce Jesus, esta pena é
sempre nova e mais profunda, de modo a formar novas feridas para fazer sangrar de dor a minha
pobre alma. Agora, enquanto me encontrava sob a opressão da dor da sua privação, o meu amado
Jesus moveu-se dentro de mim e apertou-me ao seu coração santíssimo, dizendo-me:.
(2) “A minha filha, a nossa filha, a filha da Mãe Celestial, a filha dos anjos e dos santos, a filha do
céu, a filha do sol, das estrelas, do mar, em suma, és a filha de todos, todos te são pai e de todos
és filha, olha como é grande a paternidade, como é extensa a tua filiação! Em vez de te oprimires
devias gozar pensando que todos te são pai e a todos lhes és filha. Somente quem vive em minha
Vontade pode ter o direito de tão grande paternidade e de tão extensa filiação, de ser amada por
todos com amor paterno, porque todos reconhecem nela a sua filha, porque estando as coisas
criadas todas investidas por minha Vontade, onde Ela reina triunfante e dominante, vêem em ti a
mesma Vontade que reina nelas, por isso todos te têm como filha de suas entranhas, há tantos
vínculos entre você e elas, de superar em modo infinito os vínculos naturais que há entre pai e
filho. Sabes quem não é pai?

Só aqueles que não fazem reinar minha Vontade neles, eles não têm
nenhum direito sobre ti, nem tu tens nenhum dever para com eles, é como coisa que não te
pertence. Mas você sabe o que significa possuir tão grande paternidade e tão extensa filiação?
Significa estar vinculada com vínculos de justiça a todas as riquezas, glória, honra e privilégios que
possui tão grande paternidade, assim que como minha filha, teu Jesus te faz dom de todos os bens
da Redenção; como filha nossa fica dotada de todos os bens da Trindade Sacrossanta; como filha
da Soberana Rainha, Ela te doa suas dores, as suas obras, o seu amor e todos os seus méritos
maternos; como filha dos anjos e dos santos, eles competem a ceder-te todos os seus bens, como
filha do céu, das estrelas, do sol, do mar e de todas as coisas criadas, todas se sentem honradas
porque finalmente têm a sua filha para poder dar-lhe sua herança, e minha mesma Vontade
reinante nelas, com sua luz interminável te faz a escritura de toda a Criação, e todos sentem a
felicidade, a alegria de poder dar sua herança, Porque ao poder dar não se sentem mais estéreis
senão fecundos, a fecundidade leva a alegria, a companhia, a harmonia, a glória, a repetição da
mesma vida.

Quantos homens e mulheres são infelizes apesar de serem ricos porque não têm
prole? Porque a esterilidade leva por si mesma ao isolamento, a amargura, a falta de apoio e de
felicidade, e se parece que gozam aparentemente, no seu coração têm o espinho da esterilidade
que amarga todas as suas alegrias. Portanto, a tua grande paternidade que possuis e a tua vasta
filiação é motivo de alegria para todos e muito mais para a minha Vontade, que bilocando-se reina
em ti e te constitui como filha de todas as coisas criadas por Ela, de modo que todos sentem seu
apoio e o alegre poder dar os bens que possuem. “Por isso a tua opressão não é justa no meio de
tantos bens e felicidade, e de tantos que te protegem, te defendem e te amam como a verdadeira
filha”.

(3) Depois disto me abandonei nos braços de Jesus e na corrente da Divina Vontade para fazer
meus acostumados atos, e Jesus regressando me disse:.

(4) “Minha filha, minha Vontade conserva a alma em sua origem e não a deixa sair de seu princípio
que é Deus, mantém íntegra imagem divina no fundo dela, imagem que está encerrada na
inteligência, memória e vontade. E até enquanto a alma faz reinar minha Vontade nela, tudo está
vinculado, tudo está em relação entre Criador e criatura, mais bem vive aos reflexos da Majestade
Suprema e sempre cresce nossa semelhança nela, e esta imagem a faz distinguir que é filha
nossa. Ao contrário, a vontade humana faz com que se desconheça a sua origem, fá-la descer do
seu princípio, a inteligência, a memória e a vontade, ficam sem luz e a imagem divina fica
deformada e irreconhecível, rompe todos os vínculos e relações divinas, e por isso a vontade
humana faz viver a alma dos reflexos de todas as paixões, de modo que se torna feia e filha do
inimigo infernal, o qual busca esculpir na alma sua feia imagem. Quantos males não faz o próprio
querer? Devasta todo bem e produz todos os males”.

(5) Depois disto o bendito Jesus me transportou para fora de mim mesma e me fazia ver como sua
imagem se havia deformado nas criaturas, dava horror vê-la como era irreconhecível e feia. A
santidade do olhar de Jesus evitava vê-las, mas a compaixão de seu santíssimo coração o impelia
a ter piedade das obras de suas mãos, deformadas e tão feias por sua própria culpa. Mas enquanto
Jesus, no máximo, estava dorido ao ver tão transformada sua imagem, chegamos a um ponto onde
eram tantas as ofensas que lhe faziam, que não podendo mais mudou o aspecto de bondade e
tomava aspecto de justiça e ameaçava com castigos; terremotos, água e fogo eram postos contra
as aldeias para destruir homens e cidades. Eu lhe roguei que perdoasse aos povos, e Jesus me
devolvendo a minha cama me deu parte de suas penas.

20-56
Fevereiro 6, 1927

Onde está a Vontade Divina está tudo, não há nada que fuja, e como quem a possui vive na
comunidade dos bens de seu Criador; amor e felicidade recebe, amor e felicidade dá.

(1) Estava toda submersa no Supremo Querer seguindo seus atos para constituir-me ato de cada
criatura, e meu doce Jesus saiu de dentro de meu interior e me estendendo seus braços me
abraçava forte, apertando-me toda a Si. Agora, enquanto Jesus me abraçava, todas as coisas
criadas, o céu, o sol, o mar, todos, até o pequeno passarinho, pondo-se ao redor de Jesus todos
me abraçavam querendo repetir seu ato, faziam como competição, nenhum queria ficar para trás.
Eu fiquei confusa ao ver que toda a Criação corria para me abraçar, e Jesus me disse:

(2) “Minha filha, quando a alma vive em meu Querer e Eu faço um ato para ela, mesmo um simples
beijo, uma só palavra, toda a Criação, começando pela Soberana Rainha até o último dos menores
seres, todos se põem em movimento para repetir meu ato, porque sendo uma a Vontade da alma,
a minha e a deles, todos têm o direito de se unir Comigo para fazer a mesma coisa que faço Eu.
Por isso não sou só Eu, mas todos os seres onde existe íntegra minha Vontade estavam junto
Comigo a te abraçar. Então quando faço um ato extra com quem vive no meu Querer, dou uma
festa nova a toda a Criação, e quando há uma festa nova todos se movem e estão atentos a
quando Eu estou para te fazer um dom, te dizer uma palavra, para participar junto Comigo, repetir
meu ato, receber a nova festa e fazer a você a festa de seus atos. Não foi festa para você sentir o
abraço da Mãe Celestial, o abraço da luz do sol, das ondas do mar, até do pequeno passarinho
que estendia suas asas para te abraçar? Minha filha, onde está minha Vontade está tudo, não há
nada que lhe possa escapar”.

(3) Então eu continuava seguindo seus atos no Supremo Querer, e meu doce Jesus acrescentou:
(4) “Minha filha, quem possui minha Vontade é como se tivesse concentrado o Sol em si mesmo,
mas não o sol que se vê no alto dos céus, e sim o Sol Divino, aquele mesmo Sol que está
concentrado em Deus, e que alongando seus raios se concentra na alma, assim que ela é dona da
luz porque possui dentro dela a vida da luz e todos os bens e efeitos que ela contém, por isso goza
a comunidade de bens de seu Criador. Tudo é em comum com quem possui a minha Vontade:
Comum é o amor, comum é a santidade, comum é a luz, tudo é em comum com ela, é mais,
vendo-a como parto de sua Vontade Divina é já sua filha, e goza, ama e quer que seus bens sejam
comuns. E se isto não pudesse ser, sofreria como um pai poderia sofrer porque sendo riquíssimo
se encontra na impossibilidade de poder dar seus bens a seus verdadeiros e fiéis filhos seus, e
então não podendo dar o que ele possui, está obrigado a vê-los pobres; este pai no meio da
opulência de suas riquezas morreria de dor e atormentado em suas amarguras, porque a alegria do
pai é dar e fazer felizes a seus filhos de sua mesma felicidade.

Se tanto pudesse sofrer um pai terreno que não pudesse fazer comum os bens com seus filhos, até morrer de dor, muito mais o
Eterno Criador, mais que Pai terníssimo sofreria se não pudesse pôr em comum seus bens com
quem possui o Fiat Divino, que como sua filha tem seus direitos de possuir a comunidade dos bens
de seu Pai, e se não fosse assim, chocaria com aquele amor que não conhece limites e com
aquela bondade mais que paterna que é o contínuo triunfo de todas nossas obras. Por isso, assim
que a alma chega a possuir o Fiat Supremo, o primeiro ato de Deus é pôr em comum seus bens
com ela, e concentrando-lhe seu Sol, na corrente de sua luz faz descer seus bens no fundo da
alma e ela toma o que quer, e sobre a mesma corrente da luz que possui os faz subir de novo a
seu Criador, como a maior homenagem de amor e de reconhecimento, e a mesma corrente os faz
descer de novo nela. Assim que sobem e descem continuamente estes bens, como certeza e selo
da comunidade que existe entre Criador e criatura. Assim era o estado de Adão desde que foi
criado até que pecou, o que era nosso era dele, a plenitude da luz concentrada nele, em vista de
que uma era sua vontade com a nossa, dava-lhe a comunidade de nossos bens.

Como nos sentíamos duplicados de nossa felicidade por causa da Criação, não por outra coisa, mas porque
víamos Adão, nosso filho, feliz de nossa mesma felicidade, porque sua vontade sendo uma com a
nossa, a nossa fazia chover a torrentes os nossos bens e a nossa felicidade, tanto que ele não os
podia conter todos, porque não tinha a grandeza do seu Criador, enquanto se enchia até à borda,
até derramar fora, fazia subir todo o resto Àquele do qual os recebia, e o que fazia subir de novo?
Seu amor perfeito que havia recebido de Deus, sua santidade, sua glória que possuía em comum
conosco, como para nos dar a paridade da felicidade, do amor, da glória; felicidade dávamos,
felicidade nos dava; amor, santidade e glória lhe dávamos, amor, santidade e glória nos dava.
Minha filha, possuir uma Vontade Divina é coisa de fazer ficar maravilhado, e a natureza humana
não pode compreender tudo, sente, possui, e não sabe explicar-se”.

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