Estudo 18 – Livro do Céu Vol. 12 ao 20 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 18 – Livro do Céu Vol. 12 ao 20 – Escola da Vontade Divina
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PARTE 1
Parte 2
Parte 3

12-20
Setembro 28, 1917
Os atos feitos na Divina Vontade são sóis que iluminam a todos, e servirão para fazer que se salve quem tenha um pouco de boa vontade.

(1) Continuando o meu estado habitual, o meu doce Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, as trevas são densas, e as criaturas precipitam-se cada vez mais; aliás, nestas trevas vão cavando o precipício onde perecerão. A mente do homem ficou cega, não tem mais luz para olhar o bem, senão só o mal, e o mal o inundará e o fará perecer, assim onde acreditava encontrar salvação, encontrará a morte. ¡ Ah, minha filha! Ah, minha filha!”
(3) Depois ele adicionou: “Os atos feitos em minha Vontade são como sóis que iluminam a todos, e enquanto dura o ato da criatura em minha Vontade, um sol de mais resplandece nas mentes cegas, e quem tem um pouco de boa vontade encontrará luz para salvar-se do precipício, os demais, todos perecerão, por isso nestes tempos de densas trevas, quanto bem fazem os atos da criatura feitos em minha Vontade, quem se salve será unicamente em virtude destes atos”.
(4) Dito isto, foi retirado. Depois voltou de novo e acrescentou:
(5) “A alma que faz minha Vontade e vive nela, posso dizer que é minha carruagem e Eu tenho as rédeas de tudo; tenho as rédeas da mente, dos afetos, dos desejos, e nem sequer uma deixo em seu poder, e me sentando sobre seu coração para estar mais cômodo, meu domínio é completo e faço o que quero, agora faço correr a carruagem, agora a faço voar, agora me leva ao Céu, agora giro toda a terra, agora me detenho, oh, como sou glorioso, vitorioso e domino e impero! Se depois a alma não faz minha Vontade e vive do querer humano, a carruagem se desfaz, me tira as rédeas e Eu fico sem domínio, como um pobre rei expulso de seu reino, e o inimigo toma meu lugar, e as rédeas ficam em poder das próprias paixões”.

13-18
Setembro 16, 1921

Jesus ao obrar formava nossas obras no Divino Querer.

(1) Estava fazendo a hora da Paixão quando meu doce Jesus se encontrava no palácio de Herodes vestido de louco, recebendo zombarias, e meu sempre amável Jesus, fazendo-se ver me disse:
(2) “Minha filha, não somente naquele momento fui vestido de louco, escarnecido e recebi zombaria, senão que as criaturas continuam me dando estas penas, mas bem estou sob contínuas zombarias e por toda classe de pessoas. Se uma pessoa se confessa e não mantém seus propósitos de não me ofender, é uma zombaria que me faz; se um sacerdote confessa, prega, administra Sacramentos, e sua vida não corresponde às palavras que diz e à dignidade dos Sacramentos que administra, tantas zombarias me faz por quantas palavras diz, por quantos Sacramentos administra; e enquanto Eu nos Sacramentos lhes dou a vida nova, eles me dão zombaria, zombaria, e ao profana-los me preparam a vestidura para me vestir de louco; se os superiores ordenam a seus inferiores sacrifícios, oração, virtude, desinteresse, e eles levam uma vida cômoda, viciosa, interessada, são tantas burlas que me fazem; Se as cabeças civis e eclesiásticas querem a observância das leis, e eles são os primeiros transgressores, são zombarias que me fazem. Oh, quantas provocações me fazem! São tantas que estou cansado delas, especialmente quando sob a aparência de bem põem o veneno do mal, oh! como fazem de Mim um jogo, como se Eu fosse seu brinquedo e seu passatempo, mas minha justiça cedo ou tarde zombará deles castigando-os severamente. Você reza e repreende-me por estas zombarias que tanto me doem, e que são a causa pela qual não posso fazer conhecer quem eu sou”.
(3) Depois, tendo vindo novamente, e como eu estava Fundindo-me toda no Divino Querer, disse-me:
(4) “Filha queridíssima de meu Querer, Eu estou esperando com ânsia tuas fusões em minha Vontade; tu deves saber que conforme Eu pensava em minha Vontade, assim ia modelando teus pensamentos nela, preparando-lhes seu lugar; ao operar, modelava tuas obras em meu Querer, e assim de todo o resto. Agora, o que eu fazia não o fazia para Mim, porque não tinha necessidade, mas para ti, e por isso te espero em minha Vontade para que venhas a tomar os lugares que te preparou minha Humanidade, e sobre as obras que preparei vem fazer as tuas, e
então por isso estarei contente e receberei completa glória quando te ver fazer o que Eu fiz”.

14-18
Abril 1, 1922

O momento mais humilhante da Paixão de Jesus foi o ser vestido e tratado como louco. Toda pena que Jesus sofreu, não era outra coisa que o eco das penas que mereciam as criaturas.

(1) Passo dias amargos pela privação do meu doce Jesus, e se ele se faz ver é quase como um raio que foge. Que pena! Que rasgo! Minha mente foi incomodada pelo pensamento de que não teria retornado mais minha Vida, meu Tudo. Ah, tudo para mim acabou! O que eu vou fazer para encontrá-lo de novo? A quem eu vou me dirigir? Ah! Ninguém se move a piedade de mim.
Enquanto isso e mais pensava, meu amável Jesus veio e me disse:
(2) “Pobre filha minha, pobre filha minha, quanto sofre, seu estado doloroso supera o mesmo estado das almas purgantes, porque se estas estão privadas de Mim, são as culpas com que se vêem sujas as que lhes impedem me ver e elas mesmas não ousam vir ante Mim, Porque diante da minha Santidade infinita não há pequeno defeito que possa resistir à minha presença; e se isto o permitisse, que estivessem imundas diante de mim, para elas seria o maior tormento, que superaria as mesmas penas do inferno. A maior tortura que poderia dar a uma alma, seria tê-la manchada ante Mim, e Eu para não torturá-la principalmente a deixo purgar primeiro e depois a admito em minha presença. Mas entre Eu e a pequena filha de meu Querer não são as culpas que me impedem de me fazer ver, é minha justiça que se interpõe entre Eu e ela, por isso sua pena de não me ver supera qualquer pena. Pobre filha, ânimo, tocou-te minha mesma sorte, como são terríveis as penas da justiça, e posso compartilhá-las só a quem vive em minha Vontade, porque se necessita uma força divina para sustentá-la, mas não temas, voltarei logo aos modos habituais. Deixa que os raios da justiça toquem as criaturas, também minha justiça deve fazer seu curso, tu não poderia sustentá-la toda e depois estarei contigo como antes. Mas apesar disso eu não te deixo, Eu também sei que você não pode ficar sem Mim, por isso eu estarei no fundo do seu coração e conversaremos juntos”.
(3) Depois segui as horas da Paixão, e seguia meu doce Jesus no momento em que foi vestido e tratado como louco; minha mente se perdia neste mistério, e Jesus me disse:
(4) “Minha filha, o passo mais humilhante de minha Paixão foi propriamente este, o ser vestido e tratado como louco, cheguei a ser o brinquedo dos judeus, seu trapo; humilhação maior não poderia ter minha infinita sabedoria; porém era necessário que eu, Filho de Deus, sofresse esta pena. O homem pecando fica louco; loucura maior não pode dar-se, e de rei qual é, converte-se em escravo e brinquedo de vilíssimas paixões que o tiranizam, e mais que a um louco o acorrentam a seu capricho, lançando-o na lama e cobrindo-o com as coisas mais sujas. Oh! que grande loucura é o pecado, neste estado o homem jamais podia ser admitido diante da Majestade Suprema, por isso quis sofrer esta pena tão humilhante, para conseguir ao homem que saísse deste estado de loucura, oferecendo-me ao meu Pai Celestial para sofrer as penas que mereciam a sua loucura. Cada pena que sofri em minha Paixão não era outra coisa que o eco das penas que mereciam as criaturas; este eco ecoava em Mim e me submetia a penas, a desprezos, a zombarias e a todos os tormentos”.

15-19
Abril 28, 1923
Luisa deve pisar a cabeça infernal. Viver no Divino Querer é o triunfo completo do Criador sobre a criatura. A finalidade principal da vinda de Jesus à terra foi que a Vontade Divina triunfe sobre a vontade humana.

(1) Sentia-me como imersa na luz interminável da eterna Vontade, e meu doce Jesus me disse:
(2) ” Minha filha, minha Divindade não tem necessidade de obrar para fazer sair suas obras, basta só amá-las, assim que quero e faço; as obras maiores, mais belas, saem fora só com que as queira; em troca a criatura embora as quisesse, se não trabalha, não se move, nada faz. Agora, para quem faz seu meu Querer e vive nele como em sua própria morada, vem-lhe comunicado, quanto a criatura é possível, o mesmo poder”.
(3) Enquanto dizia isto, sentia-me puxar para fora de mim mesma, e encontrava debaixo dos meus pés um feio monstro que se mordia todo pela raiva, e Jesus estando perto de mim acrescentou:
(4) “Assim como minha Virgem Mãe esmagou a cabeça da serpente infernal, assim quero que outra virgem, que deve ser a primeira possuidora da Vontade Suprema, esmague de novo aquela cabeça infernal, para esmagá-lo e enfraquecê-lo em modo de jogá-lo no inferno, a fim de que tenha pleno domínio sobre ele e não se aproxime a quem deve viver em meu Querer, por isso ponha seu pé sobre sua cabeça e Fixe-o”.
(5) Eu, ousadamente o fiz, e aquele se mordia de mais e para não sentir meu contato se escondia nos mais obscuros abismos. Então Jesus disse:
(6) ” Minha filha, tu acreditas que não é nada viver em meu Querer, não, não, mas sim o todo, é o cumprimento de todas as santidades, é o domínio absoluto de si mesmo, de suas paixões e de seus capitais inimigos, é o triunfo completo do Criador sobre a criatura, Então, se ela adere e eu a faço viver no meu querer, sem querer conhecer mais o seu querer, não tenho mais nada para querer da criatura, e ela não tem mais nada para me dar, todas as minhas ânsias estão cumpridas, realizados meus desígnios, não resta mais que nos fazer felizes mutuamente. É verdade que vim à terra para redimir o homem, mas minha finalidade principal foi que a Vontade Divina triunfasse sobre a vontade humana pondo de acordo estas duas vontades e fazer delas uma só, levando-a naquela Vontade de onde tinha saído. Era esta a principal ofensa que meu Pai Celestial recebeu do homem, e Eu devia ressarci-lo, de outra maneira não lhe teria dado plena satisfação. Mas para obter a primeira finalidade devo primeiro pôr fora a segunda, isto é, salvá-lo, dar-lhe a mão porque estava caído, lavá-lo da lama em que jazia; como eu poderia dizer vem a viver em meu Querer, se era horrível ao ver-se e estava sob a escravidão do inimigo infernal? Então, depois de ter obtido a segunda finalidade, quero pôr a salvo a primeira, que minha Vontade se faça na terra como no Céu, e o homem saído de minha Vontade reentre de novo nela, e para obter isto, dou a esta primeira criatura todos os meus méritos, todas as minhas obras, os passos, o meu coração palpitante, as minhas chagas, o meu sangue, toda a minha humanidade, para a dispor, para a preparar, para a fazer entrar na minha Vontade, porque primeiro deve tomar o fruto completo da minha Redenção, e como em triunfo entrar em posse do mar imenso da minha Suprema Vontade, não quero que entres como estranha mas como filha, não pobre mas rica, não feia mas bela, como se fosses outro Eu. Por isso quero concentrar toda minha Vida em você”.
(7) E, enquanto isso dizia, saíam dEle como tantos mares que se derramavam sobre mim, e eu ficava dentro, abismada, e ao mesmo tempo um sol que expandia a sua luz, porque recebia o fruto completo da redenção, para poder dar o fruto completo do seu querer à criatura, era o Sol do Eterno Querer que festejava a entrada da vontade humana na sua.
(8) E Jesus: “Esta minha Vontade Divina cresceu como uma flor em minha Humanidade, a qual Eu transplantei do Céu ao verdadeiro Éden de minha Humanidade terrena; germinou em meu sangue, brotou de minhas chagas para fazer dela o dom maior à criatura, não queres recebê-lo?”
(9) E eu: “Sim”.
(10) E Ele: “Quero transplantá-la em ti, ama-a e deves saber guardá-la”.

16-22

30
Setembro 21, 1923
Provas da alma. Justiça que faz nela Nosso Senhor. O cerco da Divina Vontade e como é necessário olhar para dentro deste cerco.

(1) Sentia-me muito amarga pela privação do meu doce Jesus; parecia-me que tudo havia terminado, quase sem mais esperança de que voltasse a sua pequena e pobre exilada. O coração sentia-o ser desfeito pela dor, pensando que não poderia ver mais Aquele que havendo vivido junto comigo, formava minha mesma vida, e agora minha vida esta desaparecida e dividida em mim. Meu Jesus, como é que tão brutalmente me matas, sem Ti sinto as penas do inferno, que enquanto eu morro eu sou forçada a viver. Agora, enquanto eu estava neste estado tão doloroso, meu sempre amável Jesus se moveu em meu interior e tirando um braço me tem abraçado para me dar a vida e me disse:

(2) “Minha filha, o meu Querer quis fazer justiça por ti; isto era necessário para provar a tua fidelidade, porque em todas as minhas obras concorrem todos os meus atributos, e quando as gerações vejam tudo o que fiz em ti, surpreendidas dirão: Como não devia fazer tudo isto se tanto lhe deu?
Minha justiça fará ver as provas que te fez sofrer, e lhes dirá a eles: a fiz passar através do fogo de minha justiça e a encontrei fiel, por isso meu amor tem continuado seu curso”. Além disso, saiba que o primeiro a fazer justiça de você foi o meu amor, quantas provas não te fez sofrer para estar seguro do teu amor? A segunda foi a cruz, que fez severa justiça de você, tanto, que meu Querer atraído por meu amor e por minha cruz quis descer em ti e fazer-te viver nele, mas também o meu Querer não quis ser menos que o meu amor e que minha cruz, e para estar seguro, ciumento se tem subtraído, fazendo-te justiça para ver se continuaste os teus voos no meu Querer sem Mim”.
(3) Quando ouvi isto, disse: “Ah! Como podia eu seguir esses voos sem Ti? Faltava-me a luz, e se começava não terminava, porque não estava comigo aquele que me fazendo tudo presente me fazia agir por todos, fazendo-me ligar todas as relações entre o Criador e toda a Criação, a minha mente nadava no vazio sem encontrar ninguém; como podia fazê-los?”
(4) E Jesus: “Seu começo era fazer, e a dor de não poder terminar era cumprir. Por isso, ânimo e fidelidade são necessários; com um pouco de prova é sempre mais verdadeiro e seguro, e além disso, se não foi isentada nem sequer minha Rainha Mãe destas provas, você gostaria de ser você isentada?”
(5) Depois de algum tempo voltou de novo, e se fazia ver dentro de mim no meio de um círculo, sobre o qual convidava as almas a subir, para fazê-las caminhar sobre esse Círculo. Eu subia para nunca mais descer, e meu amável Jesus me disse:
(6) “Minha filha, este círculo é a minha Vontade Eterna, que abraça a grande roda da eternidade; tudo o que está dentro deste círculo não é outra coisa que tudo o que fez a minha Humanidade na Divina Vontade, para buscar que meu Querer se cumprisse como no Céu assim na terra, tudo está preparado e feito, não resta mais que abrir as portas e fazê-lo conhecer para fazer o homem tomar a possessão. De Mim foi dito quando eu vim à terra para redimir o homem, que teria sido a salvação e a ruína de muitos; assim se dirá também agora, que esta minha Vontade será ou de grande santidade, porque minha Vontade é de absoluta santidade, ou de ruína para muitos. Olhe, naquele círculo, enquanto se gira é necessário ver para dentro, jamais para fora, porque dentro está a luz, o conhecimento, a minha força e os meus actos como ajuda, alento e vida, para poder tomar a Vida de minha Vontade; fora não há nada disto, encontrarão as trevas e se precipitarão no abismo, por isso seja atenta, mantenha sempre fixa o olhar em meu Querer e você se encontrará com a plenitude da graça de viver em minha Vontade”.

17-19
Outubro 17, 1924

Com quanto amor Deus cria as almas, como as faz crescer, como as cuida e se dá tudo a elas.

(1) Estava pensando com quanto amor Jesus nos ama, minha mente se perdia no amor eterno, e meu doce Jesus movendo-se em meu interior fazia-me ver em minha mente uma auréola de luz; dentro daquela auréola havia um Sol, e este Sol continha tantos raios por quantas criaturas existiam, cada uma delas tinha um raio todo para si, que lhe dava vida, luz, calor, força, crescimento, tudo o que era necessário para formar uma vida. Era deleitável ver como cada criatura estava unida a cada raio deste Sol, do qual havia saído, como um ramo à videira. E meu amável Jesus, enquanto minha mente se perdia nisto, me disse:.
(2) “Minha filha, olha com quanto amor amo a criatura, ela, antes de sair à luz do dia deste mundo já estava em meu seio, e ao fazê-la sair não a deixei, um raio de luz que contém minha Vida a segue para fornecer-lhe tudo o que é necessário para desenvolver esta Vida e, com que cuidado a faço crescer! Com quanto amor a rego! Eu mesmo me faço luz, calor, alimento, defesa, e quando termina seus dias no tempo, sobre o caminho do mesmo raio a retiro em meu seio para fazê-la expandir-se na pátria celestial. Meu amor se faz para a criatura mais que o sol que formei no céu azul, mas bem, o sol que criei para benefício da natureza humana não é outra coisa que a sombra de meu verdadeiro Sol, porque o sol da atmosfera não forma as plantas, nem lhes dá a água para que não sequem, nem dá todas as ajudas que são necessárias para que as plantas cresçam belas e fortes, e os homens, mesmo os cegos, possam gozar da sua luz, faz só o seu ofício de iluminar e aquecer e segue adiante, e se as plantas não são regadas não tem nada que fazer para comunicar-lhes seus efeitos, mas as seca a mais. Eu, que sou o verdadeiro Sol das almas, não as deixo nem de noite nem de dia, eu mesmo formo as almas, dou-lhes a água da minha graça para não as deixar secar, nutro-as com a luz das minhas verdades, fortifico-as com os meus exemplos, lhes dou o vento de minhas carícias para purificá-las, o orvalho de meus carismas para embeleza-las, as flechas de meu amor para aquecê-las, em suma, não há coisa que não faça por elas; Eu sou tudo para elas e ponho à disposição de cada uma toda minha Vida para seu bem, mas quanta ingratidão da parte das criaturas, parece que estão unidas como sarmentos à minha videira, não por amor mas por força, porque não podem prescindir de Mim e por isso crescem como sarmentos, que não recebendo todos os humores bons que contém a videira, crescem fracos, sem formar jamais uvas maduras, mas azedas, que amargam o meu gosto divino. Ah! se todos soubessem como amo suas almas, todos ficariam arrebatados pelo atrativo e a força de meu amor e me amariam de mais, por isso me ame você e seu amor se agrade tanto que me ame por todos”..

18-19
Janeiro 10, 1926
O caminho e o trabalho que faz a Divina Vontade em todas as coisas criadas para chegar à criatura, a fim de que ela ponha o último ponto para o seu cumprimento.

(1) Estava Fundindo-me no Santo Querer Divino, e a pequenez de minha mente se perdia nele, por todas partes e em tudo via-o sempre em ato de obrar em toda a Criação. Oh! como teria querido segui-lo para dar-lhe minha pequena correspondência de amor em tudo o que Ele operava, dar-lhe minha gratidão, minha adoração profunda, minha mesquinha companhia. Agora, enquanto eu pensava assim, meu adorável Jesus se moveu dentro de mim dizendo:.
(2) “Minha filha, minha Vontade está sempre em caminho nas coisas criadas para ir até a criatura, mas quem a completa? Quem põe o último ponto ao trabalho de minha Vontade? A criatura. Isto é, a criatura que toma todas as coisas criadas como cumprimento da minha Vontade; a minha Vontade faz o seu caminho na semente, faz com que a terra a receba, dando-lhe virtude de a fazer germinar e multiplicar-se; faz o seu caminho chamando à água para a regar, ao sol para a fecundar, ao vento para a purificar, ao frio para lhe fazer aprofundar as raízes, ao calor para a desenvolver e para a fazer chegar a justa maturação; depois dá virtude às máquinas para a colher, para a trilhar, para a moer, e assim poder dar-lhe substância de pão, E, chamando ao fogo para a cozer, leva-a à boca da criatura, para que dela coma e conserve a sua vida. Vê então quanto caminho e trabalho fez minha Vontade naquela semente, quantas coisas criadas chamou sobre essa semente para fazê-la chegar como pão à boca das criaturas. Agora, quem põe o último passo no caminho da minha Vontade e o cumprimento do último ato do meu Supremo Querer? Quem toma aquele pão e o come como portador do Divino Querer nele, e conforme come o pão, come meu Querer nele para aumentar as forças do corpo e da alma, para cumprir em todo a Divina Vontade. Pode-se dizer que a criatura é o centro do repouso ao qual a minha Vontade aspira em todos os caminhos e trabalhos que faz em todas as coisas criadas para chegar à criatura; e assim em todas as outras coisas criadas que servem ao homem, A minha vontade faz o seu caminho no mar e trabalha na multiplicação dos peixes; faz o seu caminho sobre a terra e multiplica plantas, animais e pássaros; faz o seu caminho nas esferas celestes para ter tudo debaixo dos seus olhos, para fazer com que nada lhe fuja e fazer-se pés, Mãos e coração para cada criatura, para dar a cada uma o fruto de suas inumeráveis colheitas; mas toda sua festa é somente por quem toma do seu como último ponto e cumprimento de seu Supremo Querer. Se não fosse por minha Vontade, que assim que se desprendeu seu Fiat, deixou-se em caminho em todas as coisas criadas para fazê-las chegar ao homem, a fim de que tivesse seu primeiro posto o Fiat Supremo em quem e para quem todas as coisas tinham sido criadas, e assim fosse o regulador e o ator da mesma vida da criatura – todas as coisas ficariam paralisadas, e como tantas pinturas nas quais não está a vida das coisas que representam; assim, pobre criatura, se minha Vontade se retirasse de fazer seu caminho em todas as coisas criadas, todas ficariam como pinturas, sem produzir mais o bem que cada coisa contém para o homem; por isso posso dizer que não são as coisas criadas que o servem, senão minha Vontade velada, escondida, que se faz servidora do homem. Não é então justo e o mais sagrado dever, que o homem olhe em todas as coisas a minha Suprema Vontade e a cumpra em tudo, e trocando serviço sirva Aquela que não desdenha servi-lo ainda nas mais pequenas coisas? E Eu me sinto como retribuído, pago por meu trabalho quando vejo que chegam ao homem e as toma como cumprimento de minha Vontade. E por isso faço festa, porque a finalidade de meu longo caminho nas coisas criadas obteve minha tentativa e o cumprimento de minha Vontade realizado na criatura. Acontece a minha Vontade como um ator, o qual deve expor sua cena ao público. ” Pobrezinho! quantos trabalhos escondidos, quantos desvelos, quantos preparativos, quanto arte em seus próprios movimentos não prepara para colocar-se em atitude, agora de fazer sorrir o público, agora de fazê-lo chorar. Em todo este trabalho o ator não faz festa, ou melhor, transpira, cansa-se e cansa-se, e quando tudo lhe parece que já está preparado, prepara-se para chamar o público para ver a sua cena, e quanto mais pessoas vê, mais sente despontar no coração a alegria, quem sabe e talvez possa fazer uma bela festa, mas o verdadeiro cumprimento de sua festa é quando terminada a cena sente correr às mãos cheias as moedas de ouro e de prata em suas mãos, como aprovação e triunfo de sua cena; mas se em troca depois de tantos preparativos, prepara a mesa, toca e volta a tocar trombetas e nenhum se apresenta, ou pouca gente, que aos primeiros atos de sua cena o deixam só, pobrezinho, como sofre, e a esperança de sua festa se muda em luto. Quem tem sido o que tem amargurado tanto aquele pobre ator tão hábil e tão bom em fazer suas cenas? Ah! Pessoas ingratas que não quiseram nem ver as cenas daquele pobre ator. Tal é minha Vontade, que como hábil ator prepara as cenas mais belas para divertir o homem no teatro de toda a Criação, não para receber mas para dar: prepara as cenas de luz, das mais resplandecentes; as cenas de floração e de belezas, as mais deslumbrantes; as cenas de força no estrondo do trovão, no estouro do raio, no elevar-se das ondas e até nas alturas das montanhas mais altas; as cenas mais comovedoras da criança que chora, que treme entorpecido de frio; cenas dolorosas de sangue e trágicas, e até de morte em minha Paixão; nenhum ator por quanto hábil seja, pode me igualar na variedade de minhas cenas amorosas. Mas, ai de mim! quantos não olham minha Vontade em todas estas cenas e não tomam a substância do fruto que há nelas, e mudam em luto as festas que se preparava minha Vontade na Criação e na Redenção, por isso minha filha, não deixe que te escape nada, Todas as coisas como dom que te faz minha Vontade, sejam pequenas ou grandes, naturais ou sobrenaturais, amargas ou doces, faça que todas entrem em ti como dons e cumprimento de minha Vontade”.

19-20
Maio 13, 1926
Imagens de quem trabalha para fins humanos e que trabalha para cumprir a Vontade Divina. Nosso Senhor é o batimento da Criação. A santidade está no cumprimento do próprio dever.

(1) Estava a fazer a minha adoração habitual ao meu crucificado Jesus, e enquanto rezava senti perto do meu doce Jesus, que pondo o braço no meu pescoço me estreitava forte a Si, e ao mesmo tempo fazia-me ver o meu último confessor defunto, parecia-me vê-lo pensativo, todo recolhido, mas sem dizer-me nada, meu Jesus olhou-o e disse-me:.
(2) “Minha filha, o teu confessor encontrou coisas grandes diante de Mim, porque quando empreendia um ofício, um empenho, não omitia nada para cumprir exatamente aquele ofício, era atentíssimo, fazia grandes sacrifícios, E, se fosse necessário, preparava-se ainda para pôr a sua própria vida, para fazer cumprir exatamente o seu ofício; temia que, se não agisse como convinha ao seu ofício nas obras que lhe tinham sido confiado, ele pudesse ser um obstáculo à mesma obra, isto significa que apreciava e dava o justo valor a minhas obras, e sua atenção atraía a graça que se necessitava para o desempenho de seu ofício; isto aparentemente não parece uma grande coisa, mas entretanto é tudo, porque quando alguém é chamado para um ofício, e cumpre os deveres que há naquele ofício, significa que o faz por Deus, e no cumprimento do próprio dever está a santidade. Então, se ele se apresentou diante de Mim com o cumprimento dos próprios deveres que lhe foram confiados, como não deveria retribuí-lo como ele merecia?”.

(3) Agora, enquanto Jesus dizia isto, o confessor, como se concentrasse de mais num recolhimento mais profundo, em seu rosto se refletia a luz de Jesus, mas não me disse nem sequer uma palavra.
Então Jesus me disse:.
(4) “Minha filha, quando um sujeito ocupa um ofício e comete um engano, não está atento aos deveres que impõe seu ofício, pode fazer vir grandes males; supõe a um que tenha o ofício de juiz, de rei, de ministro, de prefeito, e comete um erro, ou não está atento aos próprios deveres de casa, pode fazer vir a ruína de famílias, de países e até de reinos inteiros; se aquele erro, aquela falta de atenção a fizesse uma pessoa particular que não ocupa aquele ofício, não levaria tanto mal, por isso as faltas nos ofícios pesam de mais e levam mais graves consequências, e quando eu chamo um confessor para lhe dar um ofício e neste ofício lhe confio uma obra minha, e não vejo nele a atenção nem o cumprimento dos próprios deveres que há naquele ofício, não lhe dou nem a graça necessária nem a luz suficiente para lhe fazer compreender toda a importância de minha obra, nem posso confiar nele, porque vejo que não aprecia a obra que lhe confiei. Minha filha, quem cumpre exatamente seu ofício, significa que o faz para cumprir minha Vontade; em troca quem o faz diversamente, significa que o faz por fins humanos, e se você soubesse a diferença que há entre um e o outro”.
(5) Enquanto estava ali, via duas pessoas diante de mim, uma que ia recolhendo pedras, trapos velhos, ferros enferrujados, pedaços de gesso, coisas todas de grande peso e de pouquíssimo valor; pobrezinho, padecia, cansava-se, suava sob o peso daquelas porcarias, muito mais que não lhe davam o necessário para tirar a fome. O outro ia recolhendo granitos de brilhantes, pequenas gemas e pedras preciosas; todas elas coisas leves mas de valor incalculável, e meu doce Jesus acrescentou:.
(6) “Aquele que vai recolhendo porcarias é a imagem de quem trabalha por fins humanos; o homem carrega sempre o peso da matéria. O outro é a imagem de quem obra para cumprir a Vontade Divina; que diferença entre um e o outro, os granitos de diamante são minhas verdades, os conhecimentos de minha Vontade, que recolhidos pela alma formam tantos brilhantes para si.
Agora, se se perde ou não se recolhe alguma dessas coisas sem valor, não fará quase nenhum dano, mas se se perde ou não se recolhe um daqueles granitos de brilhantes, fará muito dano, porque são de valor incalculável e pesam quanto pode pesar um Deus; e se se perde por causa de quem tem o ofício de recolhê-los, que contas dará ele, tendo feito perder um grão de valor infinito que podia fazer quem sabe quanto bem às outras criaturas?”.
(7) Depois disto, o meu doce Jesus colocava o seu coração em mim e fazia-me sentir o seu bater, dizendo-me:.
(8) “Minha filha, Eu sou o batimento de toda a Criação, se faltasse meu coração faltaria a vida a todas as coisas criadas. Agora, Eu amo tanto a quem vive em minha Vontade, que não sei estar sem ela, e a quero junto comigo para fazer o que faço Eu, por isso você palpitarás junto Comigo, e entre tantas prerrogativas que te darei, te darei a prerrogativa do batimento de toda a Criação; no respirar está a vida, o movimento, o calor, assim que estará junto Comigo para dar a vida, o movimento e o calor a tudo”.
(9) Mas enquanto dizia isso, eu sentia que me movia e palpitava em todas as coisas criadas, e Jesus adicionou:.
(10) “Quem vive em minha Vontade é inseparável de Mim, e Eu não sei estar sem sua companhia, não quero estar isolado, porque a companhia torna mais agradáveis, mais deleitáveis, mais belas as obras que se sustentam, por isso sua companhia é-me necessária para romper meu isolamento em que as outras criaturas me deixam”..

20-19
Novembro 2, 1926

Ocultamento dos próprios atos nos atos da Celestial Mamãe, e como a suprem. A Redenção servirá não mais como alimento aos doentes, mas como alimento aos sãos.

(1) Continuava meu viver no Fiat Divino, e enquanto fazia meus atos nele absorvia luz, a qual formando reflexos saíam outros tantos fios de luz, que formavam uma rede de luz que se estendia
sobre a terra para tomar as criaturas, e Jesus movendo-se em meu interior me disse:
(2) “Minha filha, cada vez que gira em meu Querer, tanto mais luz toma para formar a rede para capturar as criaturas, e você sabe qual é esta rede? São os meus conhecimentos. Por mais verdades que eu te manifeste sobre o Fiat Eterno, tanto mais disponho e expandi a rede para capturar as almas que devem viver em meu reino, e isto dispõe o Senhor a dá-las. Quando gira em
nossa Vontade, seus atos em virtude d‟Ela se tornam luz e se ampliam tanto, que tocam a Divindade e atraem outras luzes de verdades em meio às criaturas”.
(3) Depois, enquanto continuava meu giro em tudo o que foi feito no Querer Supremo, cheguei a tudo o que tinha feito minha Mãe Celestial n‟Ele e lhe dizia: “Soberana Senhora, venho esconder
meu pequeno amor no grande mar de seu amor, minha adoração a Deus no imenso oceano da sua adoração, meus agradecimentos os escondo no mar dos seus, minhas súplicas, meus suspiros, minhas lágrimas e penas as escondo no mar das suas, a fim de que o meu e o teu mar de amor sejam um só, a minha adoração e a tua sejam uma só, os meus agradecimentos adquiram a grandeza dos teus limites, as minhas súplicas, lágrimas e penas se tornem um só mar com o teu, a fim de que também eu tenha os meus mares de amor, de adoração, etc., a fim de que assim como tua Alteza Soberana conseguiu com estes ao suspirado Redentor, assim também eu me apresento com todos estes mares diante da Majestade Divina para pedir-lhe, para rogar-lhe insistentemente o reino do Fiat Supremo. Mãe, Rainha minha, devo servir-me de tua mesma via, de teus mesmos mares de amor e de agradecimento para vencê-lo e fazê-lo ceder seu reino sobre a terra, como o venceu Tu para fazer descer ao Verbo Eterno. Tu não queres ajudar a tua pequena filha, dando-me os teus mares para que possa obter que em breve venha o reino do Fiat Supremo sobre a terra?”
Agora, enquanto isso fazia e dizia, pensava em mim: “Minha Mãe Celestial não se ocupou, nem teve tanto interesse no Reino do Fiat Supremo, que logo viesse a reinar na terra, teve interesse do suspirado Redentor e o obteve, e do Fiat Divino que era mais necessário e que devia pôr a perfeita ordem entre Criador e criatura não se ocupou, enquanto cabia a Ela, como Rainha e Mãe, pôr em paz a vontade humana e a Divina, a fim de que reinasse com seu pleno triunfo”. Enquanto estava nisto, o meu sempre amável Jesus saiu de dentro de mim e disse-me todo bondade:
(4) “Minha filha, a missão de minha inseparável Mãe era para o suspirado Redentor e a cumpriu perfeitamente; mas você deve saber que tudo o que fizemos, tanto Eu como Ela, a substância, a
fonte, a causa primária era o Reino de minha Vontade. Mas como para que viesse este Reino era necessário primeiro a Redenção, enquanto em nossos atos, para dentro estava o Reino do Fiat,
para fora deles estávamos todos atentos e ocupados no Reino da Redenção. Em troca sua missão é exclusivamente para o Reino do Supremo Querer, e tudo o que fizemos a Soberana Rainha e Eu está a sua disposição para te ajudar, para te substituir, para te dar acesso junto à Divina Majestade para implorar e pedir incessantemente que venha o Reino do Eterno Fiat. Tu para receber o bem do suspirado Redentor deverias ter feito tua parte, mas não estando tu naquele tempo minha Mãe te supriu, agora tu deves supri-la em sua parte para o Reino de meu Querer; assim a Mãe supriu à filha e a filha supre à Mãe. Muito mais do que a Rainha do Céu foi a primeira filha da minha Vontade, e como sempre viveu nos nossos confins, formou-se seus mares de  amor, de graças, de adoração, de luz. Agora, sendo você a segunda filha de meu Querer, o que é seu é teu, porque sua Mãe te tem como seu parto e goza de que sua filha esteja em seus mesmos mares para fazê-los implorar o tão suspirado Reino do Fiat Divino sobre a terra. Assim, veja como sua Mãe tão amplamente te supre, dando-te tudo o que é seu, mas bem se sente honrada de que seus imensos mares te sirvam para te fazer conseguir um Reino tão santo”.
(5) Depois disto estava seguindo no Querer Divino o que Jesus fez na Redenção, e meu doce Jesus retornando acrescentou:
(6) “Minha filha, minha Redenção veio como remédio do homem e por isso serve como remédio, como medicamento, como alimento aos enfermos, aos cegos, aos mudos, a todas as espécies de enfermidades, e como estão doentes não tomam gosto nem recebem toda a força que contêm todos os remédios que vim trazer para o seu bem; o Sacramento Eucarístico que o deixei como alimento para lhes dar perfeita saúde, muitos o comem e comem e se veem sempre doentes.
Pobre alimento de minha própria Vida escondida sob os véus dos acidentes do pão, quantos paladares corruptos, quantos estômagos indigestos que lhes impede sentir gosto de meu alimento e não digerem toda a força de minha Vida Sacramental, e por isso ficam doentes, e como são membros com febre no mal, tomam-no sem apetite. Por isso suspiro tanto que venha o Reino do Fiat Supremo, porque então tudo o que Eu fiz quando vim à terra servirá como alimento àqueles que gozarão perfeita saúde. Qual não é a diferença entre um doente que toma o mesmo alimento e
outra pessoa que goza de perfeita saúde? O enfermo o toma sem apetite, sem gosto, e lhe serve para se manter e para não morrer; o são o toma com apetite, e como o prova toma demais e se
conserva forte e são. Então, qual não será a minha alegria em ver que no Reino do meu querer tudo o que eu fiz servirá não mais como alimento aos enfermos, mas como alimento aos filhos do
meu Reino, que estarão todos cheios de vigor e de perfeita saúde? Em vez de possuir a minha Vontade, possuirão a minha Vida permanente neles mesmos, como a possuem os bem-aventurados no Céu, de modo que a minha Vontade será o véu que esconderá a minha Vida neles, e assim como os bem-aventurados enquanto me possuem dentro deles como vida própria, porque a verdadeira felicidade tem princípio no interior da alma, por isso a felicidade que recebem continuamente da Divindade, dá a mão, o beijo, à felicidade que possuem dentro e por isso são plenamente felizes; assim a alma que possui minha Vontade terá minha Vida perene nela, que lhe servirá de alimento contínuo, não uma vez por dia como o alimento da minha Vida Sacramental, porque a minha Vontade fará mais alívio, não se contentará em dar-se uma vez por dia, mas se dará continuamente, porque sabe que têm paladares puros e estômagos fortes para saborear e digerir em cada momento a força, a luz, a Vida Divina; e os Sacramentos, minha Vida Sacramental, servirão como alimento, como deleite, como nova felicidade à Vida do Fiat Supremo que possuirão.

O Reino de meu Querer será o verdadeiro eco da Pátria Celestial, que enquanto os bem-aventurados possuem como vida própria a seu Deus, recebem-no também de fora deles mesmos, assim que dentro e fora deles, Vida Divina possuem e Vida Divina recebem. Qual não será a minha felicidade ao dar-me Sacramentado aos filhos do Fiat Eterno e encontrar neles a minha própria Vida? Então se terá o fruto completo da minha Vida Sacramental, e ao consumir-se as espécies não terei mais a dor de deixar meus filhos sem o alimento da minha Vida contínua, porque minha
Vontade, mais que acidentes Sacramentais manterá sua Vida Divina sempre com sua plena posse.
No reino de meu Querer não haverá nem alimento, nem comunhão interrompida, mas sim perenes, e tudo o que Eu fiz na Redenção lhes servirá não mais de remédio, mas sim de deleite, de alegria, de felicidade e de beleza sempre crescente. Assim que o triunfo do Fiat Supremo dará o fruto completo ao reino da Redenção”.

 

 

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