Estudo 37 O Evangelho como me foi revelado- Escola da Vontade Divina

Estudo 37 O Evangelho como me foi revelado- Escola da Vontade Divina
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39. Preparativos para a maioridade
de Jesus e partida de Nazaré.
25 de novembro de 1944.
[…].
39.1Tive Dele uma promessa. Eu lhe dizia:
– Jesus, como eu eu gostaria de ver a cerimônia da tua maioridade!
Ele me disse:
– Será a primeira coisa que Eu te darei, logo que pudermos estar “nós”,
sem que se perturbe o mistério. Colocarás aquela cena depois da cena de
minha mãe, minha mestra e mestra de Judas e Tiago, que te fiz ver
recentemente (29-10). E a colocarás entre esta e a Disputa no Templo.
[…].
19 de dezembro de 1944.
39.2Vejo Maria inclinada sobre um alguidar, ou melhor, sobre uma bacia
de cerâmica, misturando alguma coisa que solta fumaça no ar frio e sereno
que enche o pomar de Nazaré.
Deve ser pleno inverno, porque, a não ser as oliveiras, todas as outras
plantas estão nuas, desprovidas de folhas. No alto, um céu muito limpo, e
também um belo sol. Mas não consegue amenizar o vento do Norte, que puxa
e faz bater uns nos outros os ramos despojados de folhas e ondular os
pequenos ramos verde-cinzentos das oliveiras.
Maria está vestida com uma pesada veste de um marrom quase preto e
amarrou na frente uma tela rústica, em lugar de um avental, para proteger sua
veste. Tira da tina o bastão com que estava mexendo um líquido, e vejo
caírem dele gotas de uma bonita cor avermelhada. Maria observa, molha um
dedo nas gotas que caem, experimenta se a cor está boa, passando-a na tela
que está sobre sua veste. Parece satisfeita.
Entra em casa, e sai com muitas meadas de uma lã muito branca.
Mergulha-as uma por uma na tina, com paciência e com habilidade.
39.3Enquanto ela faz isso, entra, vindo da oficina de José, sua cunhada
Maria, mulher de Alfeu. Elas se saúdam e começam a falar.
– Vai indo bem? –pergunta Maria de Alfeu.
– É o que espero.
– Aquela gentia
[65] me garantiu que se trata da tinta e do modo de
prepará-la como fazem em Roma. Deu a mim só porque és tu que fizeste
esses trabalhos. Ela diz que nem em Roma há quem faça bordados como tu.
Deves ter sacrificado a vista, para fazê-los…
Maria sorri, e faz um movimento com a cabeça, como para dizer:
“Coisas sem importância!”
A cunhada olha, antes de entregar a Maria as últimas meadas de lã.
– Como foi que as fiaste? Parecem cabelos, de tão finos e iguais que
são! Fazes tudo tão bem… e, como és esperta! Estas últimas meadas ficarão
mais claras?
– Sim. São para a veste. O manto é mais escuro.
As duas mulheres trabalham juntas, na tina. Depois, tiram as meadas
com uma bela cor de púrpura, e correm rápidas para irem mergulhá-las na
água gelada que enche o tanque sob uma pequena fonte, que cai dando
notinhas de música, que parecem umas risadinhas baixas. Elas enxaguam, e
tornam a enxaguar, depois estendem sobre bambus as meadas e as prendem
de um ramo a outro das árvores.
– Com este vento, logo estarão secas –diz a cunhada.
– Vamos ver o José. Lá temos fogo. Deves estar gelada –diz a mãe de
Jesus–. Foste muito boa em ajudar-me. Acabei depressa e com menos
cansaço. Eu te agradeço.
– Oh! Maria! Que não faria eu por ti? Estar perto de ti, já é uma festa!
Além disso… é para Jesus todo este trabalho. E é tão querido o teu Filho!…
A mim me parece que fico sendo também a mãe dele, se eu te ajudar a
preparar a festa de sua maioridade.
As duas mulheres entram na oficina, cheia daquele cheiro de madeira
aplainada, cheiro próprio das oficinas de carpinteiro.
39.4Aqui a visão parou um pouco… para continuar no ato da partida de
Jesus para Jerusalém, aos seus doze anos Ele, muito bonito e crescido, parece ser um irmão mais novo de sua
jovem mãe. Já alcança os ombros dela, com sua cabeça loira, de cabelos
encaracolados, e cuja cabeleira, já não mais curta como era em seus
primeiros anos de vida, mas longa até abaixo das orelhas parece um pequeno
casquete de ouro todo recoberto de caracóis que brilham.
Está vestido de vermelho. Um belo vermelho de rubi claro. Uma longa
veste lhe desce até os tornozelos, deixando descobertos somente os pés
calçados de sandálias. A veste é solta, com mangas longas e largas. Perto do
pescoço, na base das mangas, na orla, está tecido um galão, cor sobre cor,
muito bonito.
(ao copiar a visão, aguardar o resto, que está no novo caderno).
20 de dezembro de 1944.
Vejo Jesus entrar com sua mamãe, na espécie de sala de jantar de
Nazaré.
Jesus é um belo jovenzinho de doze anos, alto, bem feito de corpo e
robusto, sem ser gordo. Parece mais adulto do que é, pela sua compleição.
Já está alto, tanto que atinge os ombros da mãe. Tem ainda o rosto redondo e
rosado do Jesus menino, rosto que, depois, com a idade juvenil e viril, se
emagrecerá, e se tornará de uma cor indefinida, a cor de certos delicados
alabastros, que lembram, de longe, o amarelo rosado.
Os olhos, também os olhos, são ainda de menino. Grandes, bem abertos
e com uma centelha de alegria, perdida no meio da seriedade com que
olham. Depois, eles não serão mais tão abertos… As pálpebras descerão até
a metade dos olhos, para encobrir o mal demasiado que está no mundo aos
olhos do Santo e Puro. Só nos momentos de milagres é que eles estarão bem
abertos e cintilantes, mais ainda do que agora… para expulsar os demônios e
a morte, para curar as doenças e os pecados. E não estarão mais, nem mesmo
com aquela centelha de alegria misturada com a seriedade… A morte e o
pecado lhe estarão cada vez mais presentes e próximos, e com eles o
conhecimento, também humano, da inutilidade do seu sacrifício, por causa da
má vontade do homem. Só os raríssimos momentos de alegria, por estar com
os remidos, e especialmente com os puros, meninos em sua maior parte,
farão brilhar de alegria estes olhos santos e bons.
Mas agora Ele está com sua mamãe, em sua casa, e diante Dele está
José, que lhe sorri com amor, e estão também os seus priminhos, que o
admiram, e a tia Maria de Alfeu, que o acaricia… Ele está feliz. O meu
Jesus tem necessidade de amor para ser feliz. Neste momento Ele tem amor.
Jesus está vestido com uma veste solta de lã vermelha, de tonalidade
rubi claro. Ela é macia, de textura perfeita, na sua compacta tenuidade. Junto
ao pescoço, na frente, por baixo das mangas longas e largas, e da veste, que
desce até o chão, deixando descobertos apenas os pés, que estão calçados
com sandálias novas e muito bem feitas — não as costumeiras solas, fixadas
ao pé por meio de tiras de couro — está um galão, não bordado, mas tecido
em cor mais escura sobre o vermelho rubi da veste. Deve ser obra da
mamãe, porque a cunhada a admira e elogia.

Os belos cabelos loiros já estão carregados de uma tonalidade bem
diferente de quando Ele era pequenino, agora com cintilações de cobre nas
volutas dos caracóis, que terminam abaixo das orelhas. Não são mais os
caracoizinhos curtos e leves da infância. Não são ainda os cabelos
ondulados e compridos até aos ombros, onde terminam em macias madeixas
aneladas na idade adulta. Mas já tendem mais para esta última na cor e na
forma.
39.5 – Eis aqui o nosso Filho –diz Maria, levantando a sua mão direita, na
qual está a mão esquerda de Jesus.
Parece que o está apresentando a todos e reconfirmando a paternidade
do Justo, que está sorrindo. E ela acrescenta:
– Abençoa-o, José, antes de Ele partir para Jerusalém. Não foi
necessária a bênção ritual, em sua idade de ir para a escola, primeiro passo
na vida. Mas agora que Ele vai ao Templo, para ser declarado maior de
idade, dá-lhe a bênção. E abençoa a mim também, junto com Ele. A tua
bênção… (Maria dá um soluço) O fortificará e me dará força, para me
desapegar um pouco mais Dele…
– Maria, Jesus será sempre teu. A fórmula não incidirá em nossos
mútuos relacionamentos. Nem eu vou disputá-lo contra ti, este Filho que nos
é tão caro. Ninguém como tu merece guiá-lo na vida, ó minha Santa.
Maria se inclina, pega a mão de José, e a beija. Ela é a esposa, oh! e
quão amorosa e respeitosa para com o seu consorte!
José acolhe aquele sinal de respeito e de amor com dignidade, mas
depois levanta aquela mão que foi beijada, e a coloca sobre a cabeça da
esposa, dizendo:
– Sim, eu te abençôo, ó Bendita, e a Jesus junto contigo. Vinde, minhas
únicas alegrias, minha honra e meu ideal.
José está solene. Com os braços estendidos, e as palmas das mãos
voltadas para o chão sobre as duas cabeças inclinadas, igualmente loiras e
santas, ele pronuncia a bênção:
– O Senhor vos guarde e vos abençoe. Tenha misericórdia de vós, e vos
dê a paz. O Senhor vos dê a sua bênção.

E depois diz:
– Agora vamos. A hora é propícia para a viagem.
39.6Maria apanha um manto grande, cor de romã, coloca sobre o corpo do
Filho, e, ao fazer isso, o acaricia!
Saem e fecham a porta. Põem-se a caminho. Outros peregrinos vão indo
na mesma direção. Ao saírem da cidade, as mulheres se separam dos
homens. Os meninos vão com quem preferirem. Jesus fica com a mãe.
Os peregrinos vão salmodiando pelos belos campos, nestes alegres dias
de primavera. Prados e searas frescas e frescas as ramagens das árvores,
que floriram, há pouco. Ouvem-se os cantos dos homens pelos campos e
pelas ruas e os dos pássaros nas árvores. Córregos límpidos servem de
espelho para as flores que estão às margens e cordeirinhos saltam ao lado de
suas mães. Há paz e alegria, sob o mais belo céu de abril.
A visão cessa assim.

 

 

 

[65] Aquela gentia, é certamente uma mulher romana, portanto pagã. O substantivo gentio, que encontraremos com
frequência, se contrapõe a judeu e designa, segundo a terminologia hebraica, a pertença à “gente” que não é o povo eleito de
Israel. À compreensão dos gentios, enquanto pagãos, Jesus deverá adaptar o ensinamento da verdade, como se diz na nota em
154.7, no texto de 272.5 e na nota em 406.10. E nos os pagãos Ele pode confiar mais do que nos judeus, como muitas vezes
realça, fornecendo uma base bíblica em 635.17. -Muitos episódios na obra de Valtorta mostram (especialmente no capítulo 155)
como os judeus se consideravam contaminados pelo contacto com os pagãos. Tal impureza legal tinha um fundamento em:
Jeremias 10,25; Izequiel 4,13; Oseia 9,3; e é confirmada em alguns passos neo-testamentários: João 18,28; Actos 10,28; 11,1-3;
21,27-28. Do paganismo real fala Jesus em 116.2 e em 121.7.
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