Estudo 47 Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 47 Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade
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Parte do FilmeParte 1
Parte 2

Confissão com Jesus. Luísa se confessa com Jesus . Volume 1

(12) Lembro-me confusamente que, como lhe pedia frequentemente, quando me encontrava junto
com Nosso Senhor, a dor dos meus pecados e a graça de que me perdoasse tudo o que de mal
tinha feito, e às vezes chegava a dizer-lhe que estaria contente quando de sua própria boca me
dissesse: “Eu perdoo todos os seus pecados”. E Jesus bendito, que nada sabe negar quando é
para nosso bem, uma manhã fez-se ver e me disse:

(13) “Desta vez quero fazer eu mesmo o ofício de confessor, e tu me confessarás a Mim todas as
tuas culpas, e no momento em que fizeres isto te farei compreender uma por uma as dores que
deste ao meu coração ao me ofender, a fim de que compreendendo tu, por quanto pode uma
criatura, o que é o pecado, tome a resolução de preferir morrer que me ofender. Enquanto tu entra
no teu nada e recita o eu pecador”.

(14) Eu, entrando em mim mesma, advertia toda a minha miséria e maldades, e diante de sua
presença tremia toda, e me faltava a força de pronunciar as palavras do eu pecador, e se o Senhor
não tivesse infundido em mim nova força, dizendo-me: “Não temas, ainda que seja juiz, sou
também teu pai, coragem, sigamos em frente”. Teria ficado lá sem dizer uma palavra. Então disse
o eu pecador toda cheia de confusão e humilhação, e como me via toda coberta por minhas culpas,
dando um olhar descobri que a culpa que mais tinha ofendido a Nosso Senhor era a soberba e por
isso disse: “Senhor, me acuso ante tua presença de que tenho pecado de soberba”. E Ele:

(15) “Aproxima-te do meu coração, ouve-me, e ouve o rasgo cruel que fizeste ao meu coração
com este pecado”.

(16) Toda tremendo pus meu ouvido sobre seu coração adorável, mas quem pode dizer o que ouvi
e compreendi naquele instante? Mas depois de tanto tempo direi só alguma coisa confusamente.
Lembro-me que o seu coração batia tão forte que parecia que queria partir-lhe o peito, logo me
parecia que se despedaçava e pela dor ficava quase destruído. ¡ Ah, se Poderia ter destruído o Ser
Divino com a soberba! Ponho uma semelhança para fazer-me entender, de outra maneira não
tenho palavras para expressar-me: Imaginai um rei e a seus pés um verme, que elevando-se e
inflando se começa a crer alguma coisa e que chega a tal atrevimento, que elevando-se pouco a
pouco, chega à cabeça do rei e quer tirar-lhe a coroa para colocá-la sobre sua cabeça, logo o
despoja de suas vestes reais, o lança do trono e finalmente trata de matá-lo. Mas o pior deste
verme é que ele mesmo não conhece seu próprio ser, engana-se a si mesmo, pois para se
desfazer dele só se necessita que o rei o ponha debaixo dos pés e o esmague, e assim
terminariam seus dias. Isso causa raiva e compaixão, e ao mesmo tempo ridiculariza o orgulho
deste verme se isto pudesse ser dado. Assim me via eu diante de Deus, o que me encheu de tal
confusão e dor que me senti renovar em meu coração o rasgo que sofria o bendito Jesus.

(17) Depois disso me deixou, e eu sentia tanta pena e compreendia como é feio este pecado de
soberba, que é impossível descrevê-lo. Quando pensei muito bem em tudo isso em mim mesma,
meu bom Jesus voltou e me disse para continuar a confissão de minhas culpas, e eu, tremendo,
continuei me acusando dos pensamentos, palavras, obras, causas e omissões, e quando via que
eu não podia seguir fazendo a confissão pela pena que sentia de havê-lo tanto ofendido, porque
tinha uma claridade tão viva diante daquele Sol divino, especialmente porque n’Ele descobria a
pequenez, a nulidade do meu ser e ficava assombrada de como eu tinha tido tanta ousadia, de
onde tinha tomado eu essa coragem de ofender a um Deus tão bom que no ato mesmo em que o
ofendia, Ele me assistia, me conservava, me alimentava, e se tinha algum rancor comigo, era para
o pecado que eu fazia, e que odiava sumamente, em troca a mim me amava imensamente, me
desculpava ante a Divina Justiça, e se ocupava tudo para remover aquele muro de divisão que
tinha produzido o pecado entre a alma e Deus. Oh, se todos pudessem ver quem é Deus, e quem
é a alma no momento em que peca, todos morreriam de dor e eu acredito que o pecado seria
exilado da terra!

(18) Então, quando Jesus bendito via que pela pena não podia mais, retirava-se e me deixava para
que compreendesse muito bem o mal que tinha feito, e depois voltava de novo e eu continuava
acusando minhas culpas.

(19) Mas quem pode dizer tudo o que compreendi, e explicar, uma por uma, as diversas afrontas e
as dores especiais que com as minhas culpas tinha causado a Nosso Senhor? Sinto-me quase
impossibilitada de me explicar e também porque não me lembro muito bem. Quando terminei minha
acusação, que durou cerca de sete horas, o amável Jesus tomou o aspecto de pai amorosíssimo, e
como eu me encontrava esgotada de forças pela dor, e muito mais porque via que não era uma dor
suficiente para me doer como convinha a minhas culpas Ele para me animar disse-me:

(20) “Eu quero suprir-te, e aplico à tua alma o mérito da dor que tive no jardim do Getsêmani. Só
isto pode satisfazer à Divina Justiça”.

2-49
Julho 28, 1899

A vida humana é um jogo. Jesus também joga.

(1) Esta manhã meu adorável Jesus veio com um aspecto admirável e misterioso, trazia no
pescoço uma corrente que pendia sobre todo o peito, por um lado se via como um arco, por
outro lado da cadeia como uma aljava cheia de pedras preciosas e de gemas, que era um dos
mais belos adornos ao peito de meu doce Jesus e com uma lança na mão. Enquanto eu estava
neste aspecto disse-me:
(2) “A vida humana é um jogo: quem joga o prazer, quem o dinheiro e quem a própria vida, e
tantos outros jogos que fazem. Também Eu me deleito de jogar com as almas, mas quais são
estes jogos que faço? São as cruzes que envio, se as recebem com resignação e me
agradecem, Eu me recreio e jogo com elas, agradando-me imensamente, recebendo por isso
grande honra e glória e a elas faço grandes aquisições”.
(3) No ato de dizer isto começou a me tocar com a lança, com o arco, e com a aljava, e todas
aquelas pedras preciosas que continha a aljava saíam e se trocavam em tantas cruzes e
flechas que feriam as criaturas. Algumas, mas em número muito escasso, alegravam-se,
beijavam-nas e agradeciam-lhe, e vinham fazer um jogo com Jesus; outras tomavam-nas e
atiravam-nas na cara de Jesus, ó como ficava aflito e que grande perda tinham essas
almas! Depois Jesus adicionou:
(4) “Esta é a sede que gritei na cruz, porque não podendo satisfazê-la completamente então,
me alegro em apagá-la nas almas de meus amados que sofrem. Portanto, sofrendo, vens dar
um alívio à minha sede”.
(5) Voltando outras vezes a rogar-lhe que liberasse o confessor porque sofria, disse-me:
(6) “Minha filha, não sabes tu que a marca mais nobre que posso imprimir nos meus amados
filhos é a cruz?”

* * * * * *

2-50
Julho 30, 1899

Sobre a caridade e sobre a estima da palavra de Jesus.

(1) Continua quase sempre o mesmo. Esta manhã, transportando-me Jesus segundo seu
costume fora de mim mesma, passamos no meio de muitas pessoas, e a maior parte delas
estavam atentas a julgar as ações dos demais, sem olhar as próprias, e meu amado Jesus me
disse:
(2) “O meio mais seguro para ser reto com o próximo é não olhar em absoluto o que fazem,
porque olhar, pensar e julgar é o mesmo, além disso, olhando ao próximo vem defraudar a
própria alma, pelo que acontece que não se é reto nem consigo mesmo, nem com o próximo,
nem com Deus”.
(3) Depois disto lhe disse: “Meu único Bem, já faz tempo que não me dá nem sequer um
beijo”. E assim nos beijamos. E querendo me corrigir quase adicionou:
(4) “Minha filha, o que te recomendo é conservar e estimar minhas palavras, porque minha
palavra é eterna e santa como Eu mesmo, e conservá-la em teu coração e aproveitá-la, terás
tua santificação e por isso receberás em recompensa um esplendor eterno, produzido por
minha palavra; fazendo de outra maneira a tua alma receberá um vazio e ficarás devedora de
Mim”.

3-51
Março 14, 1900

Modo para atrair as almas ao catolicismo.

(1) Havendo-me dado o confessor a obediência de pedir ao Senhor que me manifestasse o modo
como fazer para atrair as almas ao catolicismo, e para tirar tanta incredulidade, eu sei pedi-o vários
dias e o Senhor não se dignava pronunciar-se sobre este ponto. Finalmente, esta manhã me
encontrei fora de mim mesma, transportada dentro de um jardim que me parecia ser o jardim da
Igreja, e ali estavam muitos sacerdotes e outras dignidades que discutiam sobre este tema, e
enquanto discutiam saía um cão de desmesurado tamanho e força, e a maioria dessas pessoas
ficavam tão assustados e debilitados, que chegavam a fazer-se morder por aquela besta, e depois
retiravam-se como covardes da empresa. Aquele cão enfurecido não tinha força para morder
aqueles que tinham como centro Jesus, no próprio coração, que portanto vinha a formar o centro
de todas suas ações, pensamentos e desejos. Ah sim! Jesus formava o selo destas pessoas, e
aquela besta ficava tão fraca que não tinha força nem sequer de respirar.

(2) Agora, enquanto discutiam, eu ouvia a Jesus que desde detrás de minhas costas dizia:

(3) “Todas as demais sociedades conhecem quem pertence a seu partido, só minha Igreja não
conhece quem são seus filhos. O primeiro passo é conhecer quem são aqueles que lhe pertencem,
e a estes podeis conhecê-los, estabelecendo um dia uma reunião na qual convidareis aqueles que
são católicos a irem ao lugar destinado para tal reunião, e aí com a ajuda dos católicos leigos,
estabelecer o que convém fazer. O segundo passo é obrigar à confissão aqueles católicos que
intervêm nisto, pois esta é a coisa principal que renova o homem e forma os verdadeiros católicos,
e isto não só àqueles que se encontram presentes, mas obrigar aqueles que são patrões a obrigar
os seus súditos à confissão, e se não o conseguem pelas boas, mesmo despedindo-os do seu
serviço.
Quando cada sacerdote tiver formado o corpo de seus católicos, então poderão
encaminhar-se a outros passos superiores, porque reconhecer a oportunidade do tempo, como
entrar nos partidos e a prudência em expor-se, é como a poda às árvores, que faz produzir frutos
grandes e maduros, mas se a árvore não é podada, produz, sim, um belo conjunto de folhagem e
de flores, mas apenas cai uma geada, sopra um vento, não tendo a árvore humor suficiente e força
para sustentar tantas flores para trocá-las em frutos, as flores caem e a árvore fica nua. Assim
acontece nas coisas de religião: Primeiro devem formar um conveniente corpo de católicos para
poder fazer frente aos outros partidos, e depois podem chegar a introduzir-se nos outros partidos
para formar um só”.
(4) Dito isto, não o ouvi mais, e sem sequer vê-lo me encontrei em mim mesma. Quem pode dizer
minha pena por não ter visto o bendito Jesus durante todo o dia, e as lágrimas que tive que
derramar?

4-53
Janeiro 31, 1901

Jesus Cristo explica-lhe a grandeza da virtude da paciência.

(1) Encontrando-me em meu estado habitual, meu doce Jesus não vinha, e depois de muito
esperar, assim que o vi me disse:
(2) “Minha filha, a paciência é superior à pureza, porque sem paciência a alma facilmente fica
desenfreada e é difícil manter-se pura, e quando uma virtude tem necessidade de outra para ter
vida, diz-se que esta é superior àquela, é mais, pode-se dizer que a paciência é custódia da
pureza, e não só, mas é escada para subir ao monte da fortaleza, de modo que se um subisse sem
a escada da paciência, logo se precipitaria do mais alto ao mais baixo. Além disso, a paciência é o
germe da perseverança, e este germe produz alguns ramos chamados firmeza.

Oh! como é firme e estável no bem empreendido a alma paciente, não leva em conta nem a chuva, nem a geada, nem
o gelo, nem o fogo, senão que toda sua atenção está em levar a termo o bem começado, porque
não há insensatez maior daquele que hoje, Porque gosta faz um bem, e amanhã porque não
encontra mais gosto deixa-o. O que se diria de um olho que a certa hora possui a vista, e a outra
hora fica cego? De uma língua que agora fala, e agora fica muda? Ah sim, minha filha, só a
paciência é a chave secreta para abrir o tesouro das virtudes, sem o segredo desta chave, as
outras virtudes não saem para dar vida à alma e enobrecê-la!”.

6-48
Junho 29, 1904

Sinal para saber que Deus se retira do homem.

(1) Esta manhã encontrando-me no meu estado habitual, apenas se fez ver o meu adorável Jesus
me disse:
(2) “Minha filha, o sinal de que minha justiça não pode mais suportar ao homem e está em ato de
mandar graves castigos, é quando o homem não pode suportar-se mais a si mesmo, porque Deus
rechaçado pelo homem, dele se retira e faz sentir ao homem todo o peso da natureza, do pecado e
das misérias, e o homem não podendo suportar o peso da natureza sem a ajuda divina, procura ele
mesmo o modo de destruir-se. Em tal estado encontra-se agora a presente geração”.

7-46
Setembro 23, 1906
Como o agir por Cristo destrói a obra humana, e Jesus a faz ressurgir em obra divina.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, por pouco tempo veio o bendito Jesus, e me
abraçando me disse:
(2) “Minha amada filha, o agir por Cristo e em Cristo faz desaparecer a obra humana, porque,
operando em Cristo, e sendo Cristo fogo, consome a obra humana, e havendo-a consumido, o
seu fogo fá-la ressurgir em obra divina, por isso obra juntamente comigo, como se estivéssemos
juntos fazendo a mesma coisa; se sofreres, como se estivesses sofrendo junto Comigo; se
orares, se trabalhares, tudo em Mim e junto Comigo, e assim perderás em tudo as obras
humanas e as reencontrarás divinas. Oh, quantas riquezas imensas poderiam adquirir as
criaturas, e não as fazem suas!”

(3) Disse isto desapareceu e eu fiquei com um grande desejo de vê-lo de novo. Depois
encontrava-me fora de mim mesma e ia procurando-o por toda parte, e não o encontrando dizia:
“Ah Senhor, como és cruel com uma alma que é toda para Ti, e que não faz outra coisa que
sofrer contínuas mortes por amor teu! Olha, minha vontade te busca a Ti, e não te encontrando
morre de contínuo, porque não te encontra a Ti que és vida de meu querer; meus desejos
morrem de contínuo, porque desejando-te e não te encontrando não encontram sua vida, assim
que o respiro, os batimentos do coração, a memória, a inteligência, tudo, tudo, estão sofrendo
mortes cruéis, e Você não tem compaixão de mim”. Enquanto me encontrava nisto voltei para
mim e encontrei-o em mim mesma, e como se quisesse pagar com a mesma moeda me dizia:

(4) “Olha, estou todo em ti e todo para ti”.
(5) Parecia que tinha a coroa de espinhos, e apertando-a na cabeça saía sangue e dizia: “Este
sangue derramou-a por amor de ti”.
(6) Fazia-me ver suas chagas e acrescentava: “Estas, todas para ti”.
(7) Oh, como me sentia confusa vendo que meu amor confrontado com o seu não era outra coisa
que apenas uma sombra!

9-43
Setembro 2, 1910

Deve-se prestar atenção ao que se deve fazer, e não às fofocas.

(1) Estava pensando em Jesus quando levava a cruz ao calvário, especialmente quando encontrou
as mulheres, que esqueceu suas dores e se ocupou em consolar, ouvir, instruir aquelas pobres
mulheres. Como tudo era amor em Jesus; Ele tinha necessidade de ser consolado, ao contrário
consola, e em que estado consola, estava todo coberto de chagas, trespassada a cabeça por
espinhos perfurantes, ofegante e quase morrendo sob a cruz, e consola os outros, ¡que exemplo!
Que vergonha para nós, que basta uma pequena cruz para nos fazer esquecer o dever de consolar
os outros! Então recordava quantas vezes, encontrando-me eu oprimida pelos sofrimentos ou pelas
privações de Jesus que me transpassavam, me dilaceravam de lado a lado meu interior, e
encontrando-me rodeada de pessoas, Jesus me incitava a imitá-lo neste passo de sua Paixão, e
eu, ainda que amarga até aos ossos, esforçava-me por me esquecer de mim mesma para consolar
e instruir os outros. E agora, encontrando-me livre e isenta de tratar com pessoas, graças à
obediência, agradecia a Jesus que não me encontrava mais nestas circunstâncias; agora sinto que
respiro um ar mais livre para poder me ocupar só de mim mesma. E Jesus, movendo-se dentro de
mim, disse-me:

(2) “Minha filha, porém, para mim era um alívio e sentia-me como restaurado, especialmente
naqueles que vinham para fazer o bem. Nestes tempos falta verdadeiramente quem infunda o
verdadeiro espírito interno nas almas, porque não tendo-o, não sabem infundi-lo nos demais, e as
almas aprendem a ser susceptíveis, escrupulosas, ligeiras, sem verdadeiro fundo de desapego de
tudo e de todos, e isto produz virtudes estéreis, que fazem por florescer e morrer. Alguns creem
fazer progresso nas almas porque chegam à minuciosidade e à escrupulosidade; mas em lugar de
progresso são verdadeiros obstáculos que arruínam as almas, e meu amor fica em jejum nelas.
Então, havendo-te eu dado muita luz sobre os caminhos internos, e tendo-te feito compreender a
verdade das verdadeiras virtudes e do verdadeiro amor, encontrando-te tu na verdade, Eu poderia
por sua boca fazer compreender aos demais a verdade do verdadeiro caminho das virtudes, e Eu
por isso me sentiria feliz”.

(3) E eu: “Mas Jesus bendito, depois do sacrifício que eu fazia, essas pessoas iam dizendo fofocas
e fofocas, e a obediência justamente proibiu que viessem as pessoas”.
(4) E Jesus: “Este é o erro, que se preste atenção às fofocas e não ao bem que se deve fazer.
Também de Mim se disseram muitas fofocas, e se tivesse prestado atenção a isto não teria
cumprido a Redenção do homem, por isso se deve pensar no que se deve fazer, e não no que se
diz; as fofocas ficam a conta de quem as diz”.

10-46

Janeiro 5, 1912

Jesus se torna devedor da alma. Efeitos da oração contínua.

(1) Tendo lido em meus escritos que quando o bendito Jesus nos priva d‟Ele se faz nosso devedor,
eu pensava entre mim: “Se Jesus leva em conta todas as privações, os desgostos, as birras, que
faço especialmente nestes tempos, quem sabe quantas dívidas tem contraído comigo? Mas temo
que não sendo sua Vontade meu estado, em vez de fazê-lo devedor me torne eu devedora”. E
Jesus, movendo-se dentro de mim, disse-me:

(2) “Estou propriamente para ver o que você faz, se você se afastar, se mudar sistema; enquanto
não se separar, está segura de que sempre faço assinatura de novos débitos, sua espera, sua
tolerância e perseverança me fornecem o promissório onde colocar minha assinatura, mas se isto
não fazer, primeiro não teria onde pôr minha assinatura; segundo não teria nenhum documento na
mão para resgatar estas dívidas, e querendo você exigir, responderia franco: “Não te conheço,
onde estão os documentos que demonstrem que Eu sou seu devedor?”

E você ficaria confusa. É verdade que Eu me faço devedor quando privo de minha presença, da graça sensível, mas quando
isto o dispõe minha sabedoria e eles não me dão ocasião de privá-las de Mim; mas quando eles
me dão a ocasião, ou que privando-os de Mim não me são fiéis, não esperam por Mim, então em
vez de me tornar devedor Eu, eles se tornam devedores. Eu, se contraio dívidas tenho com o que
pagar e permaneço sempre o que sou, mas se você as contrai, como me pagará? Por isso
permanece atenta em seu posto, a seu estado de vítima, como queira que te tenha, se é que quer
me fazer seu devedor”.

(3) Eu disse: “Quem sabe, oh! Jesus, como estará o pai, porque hoje não se sentia bem, e não me
lembrei dele para pedir-te de contínuo como fiz anteontem”.

(4) E Jesus: “Continua a estar mais aliviado, porque quando você me pede continuamente, Eu sinto
a força da oração e quase me impede de fazê-lo sentir mais sofredor, com o tempo, cessando esta
oração contínua, esta força vai se perdendo e Eu fico livre de fazê-lo sofrer mais”.

11-48
Março 16,1913
O fervor em rezar. O gelo na Vontade de Deus é fogo. Alimento das almas.

(1) Escrevo pequenas coisas que o bendito Jesus me disse em todos estes dias passados.
Lembro-me que me sentia indiferente, fria, mas apesar disso fazia o que é meu costume fazer, e
pensava para mim: “Quem sabe quanta glória mais dava a Nosso Senhor quando me sentia ao
contrário de como me sinto hoje?” E Jesus bendito me disse:

(2) “Minha filha, quando a alma reza com fervor é o incenso com fumaça, ao contrário quando
reza fria, mas sem que tenha feito entrar nela alguma coisa estranha a Mim, é o incenso sem
fumaça; assim que um ou o outro me são agradáveis, mas mais o incenso sem fumaça, porque a
fumaça sempre dá algum desconforto aos olhos”.

(3) Sentindo-me igual, o amável Jesus me disse:
(4) “Minha filha, o gelo em minha Vontade é mais ardente que o fogo. O que te impressionaria
mais, ver que o gelo tem a virtude de queimar e destruir qualquer coisa que o possa tocar, ou o
fogo que converte as coisas em fogo? Certamente que o gelo. ” Ah! minha filha, em minha
Vontade as coisas mudam natureza, assim que o gelo em minha Vontade tem virtude de destruir
qualquer coisa que não seja digna de minha santidade, e torna a alma pura, nítida e santa, tal
como agrada a Mim, não como agrada a ela. Esta é a cegueira das criaturas, e mesmo daquelas
que se dizem boas, ao sentirem-se frias, miseráveis, débeis, oprimidas e demais, e quanto mais
se sentem mal, tanto mais se agacham em sua vontade e se tecem um labirinto para envolver-se
de mais em seus males, em vez de dar um salto à minha Vontade onde encontrariam o gelo
fogo, a miséria riqueza, a debilidade força, a opressão alegria. Eu com toda intenção as faço
sentir assim mal, para dar em minha Vontade o contrário dos males que têm, mas as criaturas
não querendo entendê-lo de uma vez por todas, lançam no vazio meus desígnios sobre elas. ¡¡
Que cegueira! Que cegueira!”
(5) Outro dia Jesus me disse:
(6) “Minha filha, vê de que se nutre quem faz a minha vontade”.
(7) Então eu via um sol que expandia inúmeros raios, tão esplêndido, que o nosso parecia
apenas uma sombra, e poucas almas mergulhadas nesta luz, e estavam com a boca nestes
raios como se fossem seios para mamar, alheios a todas as demais coisas, como se nada
fizessem, E enquanto parecia que não faziam nada, delas saía todo o obrar divino. O meu
sempre amável Jesus acrescentou:
(8) “Viste a felicidade de quem faz a minha Vontade, e como só destas almas sai a repetição das
minhas obras? Assim que quem faz minha Vontade se nutre de luz, ou seja de Mim, e enquanto
faz nada faz tudo, por isso pode estar segura que o que pensa, obra e diz é efeito do alimento
que toma, ou seja, que tudo é fruto de meu Querer”.

 

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