Estudo 14 – Mística Cidade de Deus – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina VontadeMistica Cidade de Deus
Estudo 14 – Mística Cidade de Deus – Escola da Vontade Divina
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MEDITAÇÃO

O Gênesis
147. Para não me deter muito no que o Senhor me deu a conhecer sobre este assunto e para chegar ao que vou procurando – as preparações que fez este Senhor para enviar ao mundo o Verbo humanado e sua Mãe Santíssima – farei uma descrição sucinta, seguindo a ordem das divinas Escrituras.
O Gênesis contém o que respeita ao exórdio e criação do mundo para a linhagem humana; a divisão das terras e povos; o castigo c a restauração; a confusão das línguas e origem do povo escolhido; sua descida ao Egito e outros muitos e grandes mistérios declarados por Deus a Moisés. Por intermédio dele chegamos a conhecer o amor e justiça que, desde o princípio, Deus usou para trazer os homens ao seu conhecimento e serviço, e indicar o que havia determinado fazer no futuro.

Êxodo 

148.0 Êxodo contém o que sucedeu no Egito com o povo escolhido, as pragas e castigos que enviou para misteriosamente resgatá-lo. A saída e travessia do mar, a lei escrita dada com tantas preparações e prodígios e outros muitos mistérios que Deus operou para seu povo. Umas vezes afligindo seus inimigos, outras a eles, castigando a uns como juiz severo, corrigindo a outros como pai amantíssimo e ensinando-lhes a conhecer a utilidade das provações. Fez grandes maravilhas pela vara de Moisés, figura da cruz onde o Verbo humanado seria sacrificado como cordeiro, salvação para uns e ruína para outros (Lc 2,34), assim como o era a vara.
No Mar Vermelho defendeu o povo com muralhas de água e nelas afogou aos seus perseguidores. Por todos estes mistérios ia tecendo a vida dos santos com alegria e pranto, trabalhos e consolações e com infinita sabedoria e providência neles reproduzia a futura vida e morte de Cristo Senhor nosso.

Levítico
149. No Levítico descreve e ordena muitos sacrifícios e cerimônias legais para aplacar a Deus. Significavam o sacrifício do Cordeiro oferecido por todos nós, e que depois nós mesmos ofereceríamos a Deus, cumprindo-se então a realidade simbolizada naqueles sacrifícios figurativos.
Descreve também as vestes de Aarão, sumo sacerdote e figura de Cristo, ainda que este iria ser da ordem de Melquisedec, superior a Aarão (SI 109,4).

Números
150. Os Números contêm as estadas no deserto, simbolizando o que aconteceria com a santa Igreja, com o Verbo humanado, com sua Mãe Santíssima, e também com os demais justos. Sob diversos sentidos, tudo está compreendido naqueles sucessos da coluna de fogo, do maná, da pedra que verteu água, além de outros grandes mistérios contidos noutros acontecimentos. Inclui também os que pertencem às estatísticas e em tudo há profundos sacramentos.

Deuteronômio
151.0 Deuteronômio é como uma segunda lei, não diferente mas redigida em outro estilo e mais apropriadamente figurativa da lei evangélica. Demorando, pelos ocultos juízos de Deus e a conveniência conhecida por sua sabedoria, a assumir a natureza humana, renovava e criava leis que se assemelhassem àquela que depois estabeleceria por seu unigênito Filho.

Josué
152. Jesus Navé ou Josué, atravessando o Jordão introduz o povo de Deus na terra da promissão e a reparte. Pelo seu nome e por suas grandes façanhas é expressiva figura de nosso Redentor.
Representou-o na destruição dos reinos que o demônio possuía, e na separação entre os bons e maus no último dia.
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Os Juizes

153. Depois de Josué, estando já o povo na posse da terra prometida e desejada – que propriamente representa a Igreja adquirida por Jesus Cristo com o preço de seu sangue – vem o Livro dos Juizes. Deus os estabelecia para governar seu povo, e atuavam particularmente nas guerras. Devido aos contínuos pecados e idolatria, os israelitas eram atacados pelos filisteus e outros inimigos vizinhos, dos quais Deus os defendia e libertava, quando a Ele se convertiam pela penitência e emenda da vida.
Refere-se neste livro à ação de mulheres fortes e valorosas, como Débora julgando e libertando o povo de uma grande opressão; Jael, que também concorreu para a vitória. Todas estas história são expressas figuras e testemunhos do que se passa na Igreja.

Os Reis
154. Depois dos Juizes vêm os Reis, pedidos pelos israelitas, para no governo serem como os demais povos.
Contêm estes livros grandes mistérios da vinda do Messias.
Heli sacerdote e Saul rei, ambos tragicamente mortos, representam a reprovação da antiga lei.
Sadoc e David figuram o novo reino e sacerdócio de Jesus Cristo, com a Igreja e seu pequeno número de fiéis, em relação ao resto do mundo. Os outros reis de Israel e Judá, e seus cativeiros, figuram outros grandes mistérios da santa Igreja.

155. Por essas épocas existiu o pacientíssimo Jó, cujas palavras são muito misteriosas. Nenhuma há sem profundos mistérios da vida de Cristo nosso Senhor, da ressurreição dos mortos, do último juízo em nossa própria carne, da força e astúcia do demônio e seus ataques.
Acima de tudo, apresentou-o Deus como espelho de paciência aos mortais.
Com ele aprendemos como padecer as tribulações depois da morte de Cristo que já presenciamos, pois antes dela existiu um santo, que só de o ver à grande distância no tempo, imitou-o com tanta paciência.

Os patriarcas e profetas

156. Nos muitos e grandes profetas que Deus enviou a seu povo no tempo dos reis – porque então havia mais necessidade deles – há numerosos mistérios. Por eles, o Altíssimo não omitiu revelar nenhum dos que pertenciam à vinda do Messias e sua Lei. Outro tanto fez, ainda que mais de longe, com os antigos pais e patriarcas. Tudo era multiplicar retratos e imagens do Verbo humanado e preparar lhe o povo e a lei que devia ensinar.

Abraão

157. Nos três grandes patriarcas, Abraão, Isaac e Jacó, depositou grandes e valiosas graças para poder chamar-se Deus de Abraão, Isaac e Jacó. Com este nome quis honrar a si e homenagear a eles, manifestando sua dignidade, excelentes virtudes e os sacramentos que lhes havia confiado.
Para fazer uma clara representação do que o eterno Pai executaria com seu Unigênito, provou Abraão mandando-o sacrificar Isaac (Gn 22,1). Quando, porém, o obediente pai estava para fazer o sacrifício, impediu-o o mesmo Senhor que lho havia ordenado. Somente ao Pai eterno ficaria reservada a execução de tão heróico ato, imolando efetivamente seu Unigênito, o que somente em tentativa fez Abraão.
Parece que nisto os ciúmes do amor divino foram tão fortes quanto a morte (Ct 8,6).
Não convinha, entretanto, que tão expressa figura ficasse incompleta, e assim cumpriu-se o sacrifício quando Abraão imolou o carneiro, que também representava o Cordeiro que havia de tirar os pecados do mundo (Jo 1, 29).

Jacó
158. A Jacó mostrou aquela misteriosa escada cheia de significados (Gn 28,12). O principal foi representar o Verbo divino humanado que, tendo do Pai descido a nós, é caminho e escada por onde subimos a Ele.
Pelo Verbo humanado sobem e descem os anjos que nos iluminam, guardam, e nos levam em suas mãos, a fim de que não nos firam as pedras (SI 90,12) dos erros, heresias e vícios de que está semeado o caminho da vida mortal.
Por entre tais pedras, podemos subir seguros esta escada, por meio da fé e esperança, partindo da santa Igreja, casa de Deus, onde se encontra a porta do céu e da santidade.

Moisés
159. Para constituir Moisés chefe de seu povo e seu delegado junto ao Faraó, mostrou-lhe aquela mística sarça (Ex 3,2) que ardia sem se consumir. Indicava profeticamente a Divindade encoberta pela nossa humanidade, sem que o humano derrogasse o divino, nem o divino destruísse o humano.
Juntamente com este mistério assinalava também a perpétua virgindade da Mãe do Verbo, não somente no corpo, mas também na alma. Não seria manchada nem ofendida, apesar de ser filha de Adão, vestida e formada daquela natureza queimada pela primeira culpa.

Davi
160. Suscitou também Davi, homem segundo seu coração (lRs 13, 14), que pôde dignamente cantar as misericórdias do Altíssimo (SI 88,1). Encerrou em seus salmos todos os mistérios, não apenas da Lei da graça (SI 118,18) mas ainda da lei escrita e da lei natural.
Não cessava de falar dos testemunhos, juízos e obras do Senhor, porque os tinha no coração para os meditar dia e noite. No perdoar injúrias foi expressa imagem ou figura daquele que havia de perdoar as nossas, pelo que lhe foram feitas as mais claras e seguras promessas da vinda do Redentor do mundo.

Salomão
161. Salomão, rei pacífico, figura do verdadeiro Rei dos reis, manifestou sua grande sabedoria. Expôs em diversas composições escritas os mistérios de Cristo, especialmente nas metáforas dos Cânticos, onde encerrou os mistérios entre o Verbo humanado e sua Mãe Santíssima, entre a Igreja e os fiéis. Ensinou também regras de costumes, por diversos modos, e daquela fonte têm bebido as águas da verdade e vida outros muitos escritores.

Isaías e Jeremias
162. Quem, porém, poderá dignamente agradecer ao Senhor o benefício de nos haver dado, dentre seu povo, tão grande número de santos profetas, nos quais a eterna Sabedoria copiosamente derramou a graça da profecia? Iluminam a Igreja com tanta claridade, porque de mui distante começaram a anunciar o Sol de justiça e os raios que projetaria na Lei da graça, por
meio de suas obras.
Os dois grandes profetas, Isaías e Jeremias, foram escolhidos para anunciar-nos, de modo sublime e suave, os mistérios da encarnação do Verbo, seu nascimento, vida e morte.
Isaías predisse (Is 7, 14; 9,6) que uma virgem conceberia e daria à luz um filho que se chamaria Emanuel, e que um pequenino nasceria para nós e Ievaria seu império sobre os ombros. Falou sobre todo o resto da vida de Cristo com tanta clareza que sua profecia mais parece um Evangelho.
Jeremias falou (Jr 31, 22) sobre a novidade que Deus suscitaria no fato de uma mulher trazer um homem em seu seio; este homem só poderia ser Cristo, Deus e homem perfeito (Tren 3). Anunciou ainda sua vinda, paixão, opróbrios e morte.
Fico admirada e atônita na consideração destes profetas. Isaías (Is 16, 1) pede ao Senhor enviar o Cordeiro que há de conquistar o mundo, da pedra do deserto ao monte da Filha de Sião.
Este Cordeiro, o Verbo humanado, quanto à divindade, encontrava-se no deserto do céu. Chama-o deserto por lhe faltar os homens, e pedra pela segurança, firmeza e repouso eterno que goza. O monte para onde pede que venha, no sentido místico é a santa Igreja, e em primeiro lugar Maria Santíssima, filha da visão de paz, significado do monte Sião.
O profeta a interpõe por medianeira, para obrigar o Pai eterno a enviar o Cordeiro, seu unigênito. Em todo o resto do gênero humano, não havia quem o pudesse obrigar tanto como a previsão de tal Mãe. Ela daria a este Cordeiro a pele ou velo de sua humanidade Santíssima. Este é o conteúdo daquela comovente oração e profecia de Isaías.

Ezequiel, Habacuc, Joel
163. Ezequiel, também viu esta Virgem Mãe na figura ou metáfora daquela porta fechada (Ez 44, 2), somente para o Deus de Israel aberta, sem que nenhum outro homem passasse por ela.
Habacuc (Cap. 13) contemplou o Cristo Senhor nosso na cruz, e com profundas palavras profetizou os mistérios da redenção e os admiráveis efeitos da paixão e morte de nosso redentor.
Joel (Jl 2,28) descreve a terra das doze tribos, figura dos doze apóstolos que seriam cabeça de todos os filhos da Igreja.
Anunciou também a vinda do Espírito Santo sobre os servos e servas do Altíssimo, marcando o tempo da vinda de Cristo.
Os demais profetas contribuíram também nesses vaticínios, porque o Altíssimo quis que tudo ficasse dito, profetizando e figurando muito remota e copiosamente.
Estes fatos admiráveis deviam provar o amor e cuidado que Deus teve para com os homens, e como enriqueceu sua Igreja. Servem também de censura à nossa tibieza, pois aqueles antigos pais e profetas, somente com sombras e figuras inflamaram-se no divino amor, entoando cânticos de louvor e glória ao Senhor. Nós, entretanto, possuindo a verdade e o claro dia da graça, nos sepultamos no esquecimento de tantos benefícios, deixamos a luz e procuramos as trevas.

27 21-13 Abril 8, 1927 Como todas as figuras e símbolos do antigo testamento simbolizavam os filhos da Divina Vontade.

(1) Estava seguindo os atos que o Querer Divino havia feito em toda a Criação, também buscava os atos que havia feito tanto em nosso primeiro pai Adão como em todos os santos do antigo testamento, especialmente onde o Supremo Querer havia feito ressaltar sua potência, sua força, sua virtude vivificadora, e meu doce Jesus movendo-se em meu interior me disse:
(2) “Minha filha, as maiores figuras do antigo testamento, enquanto eram figuras e figuravam o futuro Messias, encerravam ao mesmo tempo os dons, a figura, e simbolizavam todos os dons que teriam possuído os filhos do Fiat Supremo. Adão foi a verdadeira e perfeita imagem, quando foi criado, dos filhos do meu Reino. Abraão foi símbolo dos privilégios e do heroísmo dos filhos de meu Querer e assim como chamei Abraão a uma terra prometida que manava leite e mel, fazendo-o dono daquela terra, terra tão fecunda que era invejável e ambicionada por todas as outras nações, era todo símbolo do que teria feito com os filhos de minha Vontade. Jacó foi outro símbolo deles, porque descendendo dele as doze tribos de Israel, devia nascer no meio deles o futuro Redentor que devia retomar de novo o Reino do Fiat Divino a meus filhos. José foi o símbolo do domínio que os filhos da minha vontade teriam tido, e como ele não deixou morrer de fome a tantos povos e até aos seus irmãos ingratos, assim os filhos do Fiat Divino terão o domínio e serão causa de não deixar perecer os povos que pedirão deles o pão da minha Vontade. Moisés foi figura do poder, Sansão símbolo da força dos filhos de meu Querer. Davi simbolizava o reinar deles. Todos os profetas simbolizavam a graça, as comunicações, as intimidades com Deus, que mais do que eles teriam possuído os filhos do Fiat Divino. Olha, todos estes eram nada mais que símbolos, figuras deles, o que será quando forem postos fora a vida destes símbolos? Depois de todos aqueles veio a Celestial Senhora, a Soberana Imperatriz, a Imaculada, a sem mancha, minha Mãe, Ela não era símbolo nem figura, mas a realidade, a verdadeira Vida, a primeira filha privilegiada da minha Vontade, e eu olhava na Rainha do Céu a geração dos filhos do meu Reino, era a primeira incomparável criatura que possuía íntegra a Vida do Querer Supremo, e por isso mereceu conceber o Verbo Eterno e amadurecer em seu coração materno a geração dos filhos do eterno Fiat. Depois veio a minha própria Vida, na qual vinha estabelecido o Reino que deviam possuir estes filhos afortunados. Por tudo isto podes compreender que tudo o que Deus fez desde o princípio desde a Criação do mundo, que faz e que fará, sua finalidade principal é de formar o Reino de sua Vontade no meio das criaturas. Esta é toda nossa mira, esta é nossa Vontade e a estes filhos serão dados todos nossos bens, nossas prerrogativas, nossa semelhança; e se eu te chamo a seguir todos os atos que minha Vontade fez tanto na criação do universo quanto nas gerações das criaturas, não excluindo aqueles que fez em minha Mãe Celestial, nem os que fez em minha própria Vida, é para concentrar em ti todos os seus atos, fazer-te dom deles para poder fazer sair de ti todos juntos os bens que possui uma Vontade Divina para poder formar com decoro, honra e glória, o Reino do eterno Fiat. Por isso, seja atenta em seguir minha Vontade”.

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