Estudo 7 – Livro do Céu Vols. 12 ao 20 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 7 – Livro do Céu Vols. 12 ao 20 – Escola da Divina Vontade
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MEDITAÇÃO DO ESTUDO

Padre Guido Mottinelli, RCJ, no programa “Você pode ser feliz!”, exibido no dia 1º de junho na Rede Século 21, nos apresenta a relação que há entre Santo Aníbal Maria Di Francia e a Serva de Deus Luísa Piccarreta. Pe. Guido comenta sobre o processo de beatificação de Luísa Piccarreta (aberto em 1994) e os perigos da tradução indiscriminada de seus escritos.
Assista na íntegra:

Parte 2: https://youtu.be/fW51jjI4ebI
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12-9
Maio 12, 1917

Quem duvida do amor de Jesus o entristece.

(1) Não havendo vindo meu sempre amável Jesus e estando muito afligida, enquanto rezava um pensamento voou em minha mente: “A ti não veio jamais o pensamento de que te poderias perder?” Verdadeiramente jamais penso nisto, e fiquei um pouco surpreendida, mas o bom Jesus que me vigia em tudo, logo se moveu em meu interior e me disse:

(2) “Minha filha, estas são verdadeiras estranhezas e que afligem muito ao meu amor. Se uma filha diz a seu pai, não sou sua filha, não me dará parte de sua herança, não quer me dar o alimento, não quer me ter em casa, e se aflige e por isso se lamenta, o que diria o pobre pai? Estranha, esta filha é louca e com todo o amor lhe diria: “Então me diga, se não é minha filha, de quem é filha? Você vive sob meu teto, come na mesma mesa, te visto com as moedas ganhas com meus suores, se está doente te assisto e procuro os meios para te curar, por que duvida então que é minha filha?” Com mais razão Eu diria a quem duvida de meu amor e temia perder-se: “Como! Dou-te a minha carne por alimento, vives em tudo o que é meu, se estás doente curo-te com os sacramentos, se estás manchada te lavo com o meu sangue, posso dizer que estou quase à tua disposição, e tu duvidas? Quer me entristecer? Ou me diga então, você ama a algum outro? Reconhece a outro ser por pai? Quem diz que não é minha filha?”

Mas se nada disto existe, por que queres afligir-te e entristecer-me, não bastam as amarguras que me dão os demais, queres também tu pôr penas no meu coração?”

13-7
Junho 28, 1921

As almas que vivem no Divino Querer, o que faz Deus fazem elas. O verdadeiro reinar é não estar excluído de nenhuma coisa criada por Deus.

(1) Estava me colocando toda no Divino Querer e meu doce Jesus me disse:

(2) “Minha filha, as almas que vivem em meu Querer são o reflexo de todos e de tudo, e como refletem em tudo, por conseqüência recebem o reflexo de todos, e como minha Vontade é vida de tudo, elas em meu Querer correm a dar vida a tudo, Assim que também as coisas inanimadas e os vegetais recebem seus reflexos, e elas recebem o reflexo de tudo o criado, harmonizam no meu Querer com todas as coisas criadas por Mim, no meu Querer dão a todos, são amigas e irmãs com todos, e recebem amor e glória de todos. Meu Querer as torna inseparáveis, e por isso o que faço Eu o fazem elas, meu Querer não sabe fazer coisas diferentes de Mim. O reino de minha Vontade é reinar, por isso todas elas são rainhas, mas o verdadeiro reinar é não estar excluído de nenhuma coisa criada por Mim”.

14-7
Fevereiro 26, 1922

Jesus nos cobriu de beleza na Redenção.

(1) Estava pensando no grande bem que o bendito Jesus nos fez com nos redimir, e Ele todo bondade me disse:

(2) “Minha filha, Eu criei a criatura bela, nobre, de origem eterna e divina, plena de felicidade e digna de Mim; o pecado a derrubou desta altura e a fez cair até o fundo, tirou-lhe a nobreza a deformou e a tornou a criatura mais infeliz, sem poder crescer, porque o pecado o impedia de crescer e a cobria de chagas, que só de vê-la era horror. Agora, minha Redenção resgatou a criatura da culpa, e minha humanidade não fez outra coisa que, como uma terna mãe com seu recém-nascido, que não podendo tomar outro alimento, para dar a vida a seu bebê, se abre o seio, põe a seu peito a sua criança, e do seu sangue transformado em leite fornece-lhe o alimento para lhe dar a vida. Mais do que mãe minha humanidade se fez abrir em Si mesma, a golpes de chicote, tantos orifícios, quase como tantos seios que faziam sair rios de sangue para fazer que meus filhos, colando-se a eles pudessem chupar o alimento para receber a vida e desenvolver seu crescimento, e com as minhas chagas cobria a sua deformidade, tornando-os mais belos do que no princípio; e, se os criei, fiz-lhes céus altíssimos e nobres, na Redenção os adornei riscando-os com as estrelas brilhantíssimas de minhas chagas para cobrir sua feiúra e torná-los mais belos; em suas chagas e deformidade Eu punha os diamantes, as pérolas, os brilhantes de minhas penas, para esconder todos os seus males e vesti-los com tal magnificência de superar o estado de sua origem, por isso com razão a Igreja diz: ́ Feliz culpa’, porque pela culpa veio a Redenção, e minha humanidade não só os alimentou com seu sangue, não só os vestiu com sua mesma Pessoa e os adornou com sua mesma beleza, senão que meus seios estão sempre cheios para alimentar a meus filhos. Qual não será a condenação daqueles que não querem se apegar a elas para receber a vida e crescer, e para serem cobertos em sua deformidade?”

15-6
Fevereiro 13, 1923

O bem que leva o ser fiel e atento.

(1) Sentia-me muito aflita, e meu doce Jesus fazendo-se ver me disse:
(2) “Minha filha, coragem, sê-me fiel e atenta, porque a fidelidade e a atenção produzem a igualdade dos humores na alma, e nela formam um só humor e estabelecem a perfeita paz, e esta a torna dominadora, de modo que faz o que quer e chega onde quer. Especialmente para quem vive em meu Querer acontece como ao sol, não se muda jamais, um é seu ato, fazer sair de sua esfera luz e calor; não faz hoje uma coisa e amanhã outra, é sempre fiel e constante em fazer a mesma coisa, mas enquanto seu ato é um, À medida que este ato desce e toca a superfície da terra, quantos atos diversos não acontecem?

Quase inumeráveis: Se encontra a flor fechada, com o beijo de sua luz e com o calor a abre, dá-lhe a cor e o perfume; se encontra o fruto imaturo, o amadurece e lhe dá a doçura; se encontra os campos verdes, os torna dourados; se encontra o ar sujo, com o beijo da sua luz o purifica; em suma, a todas as coisas dá o que é necessário para a sua existência nesta terra, e para poder produzir a utilidade que as coisas contêm, como está estabelecido por Deus. Assim, o sol com sua fidelidade e com fazer sempre a mesma coisa, é o cumprimento da Vontade Divina sobre todas as coisas criadas. ¡Oh! , se o sol não fosse sempre igual em dar sua luz, quantas oscilações, quantas desordens haveria sobre a terra? E o homem não poderia fazer nenhum cálculo nem sobre seus campos, nem sobre suas plantas e diria: Se o sol não me manda sua luz e seu calor, não sei quando devo colher, nem quando amadurecerão os frutos’. Assim acontece para a alma fiel e atenta, em minha Vontade um é seu ato, mas os efeitos são inumeráveis. Em troca se é inconstante e desatenta, nem ela nem Eu podemos fazer nenhum cálculo, nem fixar o bem que pode produzir”.

15-6
Fevereiro 13, 1923

O bem que leva o ser fiel e atento.

(1) Sentia-me muito aflita, e meu doce Jesus fazendo-se ver me disse:
(2) “Minha filha, coragem, sê-me fiel e atenta, porque a fidelidade e a atenção produzem a igualdade dos humores na alma, e nela formam um só humor e estabelecem a perfeita paz, e esta a torna dominadora, de modo que faz o que quer e chega onde quer. Especialmente para quem vive em meu Querer acontece como ao sol, não se muda jamais, um é seu ato, fazer sair de sua esfera luz e calor; não faz hoje uma coisa e amanhã outra, é sempre fiel e constante em fazer a mesma coisa, mas enquanto seu ato é um, À medida que este ato desce e toca a superfície da terra, quantos atos diversos não acontecem?

Quase inumeráveis: Se encontra a flor fechada, com o beijo de sua luz e com o calor a abre, dá-lhe a cor e o perfume; se encontra o fruto imaturo, o amadurece e lhe dá a doçura; se encontra os campos verdes, os torna dourados; se encontra o ar sujo, com o beijo da sua luz o purifica; em suma, a todas as coisas dá o que é necessário para a sua existência nesta terra, e para poder produzir a utilidade que as coisas contêm, como está estabelecido por Deus. Assim, o sol com sua fidelidade e com fazer sempre a mesma coisa, é o
cumprimento da Vontade Divina sobre todas as coisas criadas. ¡Oh! , se o sol não fosse sempre igual em dar sua luz, quantas oscilações, quantas desordens haveria sobre a terra? E o homem não poderia fazer nenhum cálculo nem sobre seus campos, nem sobre suas plantas e diria: Se o sol não me manda sua luz e seu calor, não sei quando devo colher, nem quando amadurecerão os frutos’. Assim acontece para a alma fiel e atenta, em minha Vontade um é seu ato, mas os efeitos são inumeráveis. Em troca se é inconstante e desatenta, nem ela nem Eu podemos fazer nenhum cálculo, nem fixar o bem que pode produzir”.

17-7
Julho 29, 1924

Os atos feitos na Divina Vontade formam um apoio de repouso a Jesus e à alma.

(1) Esta manhã, depois de muito esperar, meu sempre amável Jesus se fazia ver em meu interior, cansado e como se quisesse descansar, e estando em mim um certo apoio, estendia seus braços para abraçar-se a esse apoio, e recarregando sua cabeça repousava, mas não só repousava Ele, mas convidava-me a descansar junto com Ele. ¡ Como se estava bem, apoiada nesse apoio junto com Jesus, para tomar depois de tantas amarguras um pouco de repouso!. Então me disse:

(2) “Minha filha, quer saber que coisa é este apoio que tanto nos alivia e nos dá repouso? São todas as tuas ações feitas em Minha Vontade que formaram este apoio para Mim e para Ti, que é tão forte que pode sustentar o peso do Céu e da terra que em Mim contenho e me dou repouso. Só minha Vontade contém esta força e esta virtude tão grande. Os atos feitos em minha Vontade vinculam Céu e terra e encerram neles a potência divina para poder sustentar a um Deus”.
(3) Então ao ouvir isto lhe disse: “Meu amor, porém, com todo este apoio que Tu dizes eu temo que Tu me deixes, que farei eu sem Ti? Tu sabes como sou miserável e boa para nada, por isso temo que deixando-me Tu, também a tua Vontade se aparte de mim”..

(4) E ele: “Minha filha, por que temes? Este temor é a tua vontade humana que gostaria de sair em campo para fazer um pouco de caminho; a minha Vontade exclui todo temor, porque não tem de que temer; aliás, é segura de Si e é irremovível. Deves saber que quando a alma decide fazer-se possuir por minha Vontade e vive nela, como minha Vontade está vinculada com todas as coisas criadas, não há coisa sobre a qual Ela não tenha seu domínio, assim a alma fica vinculada com todas as coisas criadas, e enquanto vai fazendo seus atos assim vão ficando escrita com caracteres indeléveis em todas as coisas criadas sua filiação com minha Vontade, sua morada, sua posse. Olha um pouco em todo o universo, no céu, nas estrelas, no sol, em tudo, e verás teu nome escrito com caracteres indeléveis, tua filiação com minha Vontade; portanto, como pode ser possível que esta Mãe Eterna e Divina deixe a sua querida filha, nascida dela e feita crescer com tanto amor? Por isso tira todo temor se não queres me amargurar”.

(5) Enquanto dizia isto, olhei para o céu, para o sol e para todo o resto, e via escrito o meu nome com o título de filha da sua vontade. Seja tudo para glória de Deus e para confusão de minha pobre alma.

18-7
Outubro 17, 1925

A Sabedoria Eterna estabeleceu que o alimento da alma do homem seja a Vontade de Deus.

(1) Depois de dois dias de amargas privações de meu sumo bem Jesus, senti-o mover-se em meu interior, parecia-me ver que em meu interior estava sentado com sua cabeça apoiada em um de meus ombros e com sua boca dirigida para a minha em ato de fornecer-me as palavras. Eu o apertei e me pus a escutá-lo, abandonando-me toda nele. Então parecia que me dizia:.
(2) “Minha filha, minha Vontade é mais que alimento; o alimento dá força ao corpo, aquece-o, aumenta o sangue, reaviva a inteligência se está debilitada, dá força a todos os membros e empurra a criatura a novas obras e sacrifícios; em troca, uma que está em jejum, Não dando o alimento necessário a seu corpo é débil, fria, pobre de sangue, a inteligência debilitada, esgotada em todos os seus membros, o que a leva à tristeza e a empurra a não fazer nada, sem vontade de sacrificar-se em nada. Pobrezinha, sente-se faltar a vida em toda sua pessoa, tão é verdade, que quando uma enfermidade é mortal para uma criatura, abandona o alimento, e abandonando o alimento se dispõe à morte. Então, havendo estabelecido a Eterna Sabedoria que também a alma tivesse seu alimento, foi-lhe designado como alimento refinado a Vontade Suprema, assim que quem toma esse alimento é forte no obrar o bem, está como impregnado no amor a Deus, este alimento aumenta o sangue divino para formar o crescimento da Vida de Deus nela, como sol se reflete em sua inteligência para fazê-la conhecer seu Criador e formar-se a sua semelhança, Põe- lhe a força em toda a alma para pôr em vigor todas as virtudes e empurra-a a novos trabalhos e a sacrifícios inauditos. O alimento da Minha Vontade se dá a cada instante, a cada respiro, de noite, de dia, em cada coisa e quantas vezes se queira, não há que temer como com o alimento corporal, que se se toma em excesso faz mal e produz enfermidades, não, não, quanto mais se toma mais fortifica e tanto mais eleva a alma à semelhança do seu Criador, pode-se estar sempre com a boca aberta em ato de tomar este alimento celestial; tudo ao contrário para quem não toma este alimento da minha Vontade: Para quem não o toma de nenhuma maneira, pode-se dizer que se dispõe a morrer eternamente; para quem se alimenta dele raramente, é débil e inconstante no bem, é frio no amor, é pobre de sangue divino, de maneira que cresce como anêmica nele a Vida Divina; a luz em sua inteligência é tão escassa, que pouco ou nada conhece de seu Criador, e não conhecendo-o sua semelhança está tão distante dele, porque está distante o alimento de sua Vontade; está sem brio no agir o bem, porque não tem alimento suficiente, e agora ele perde a paciência, agora a caridade, agora o desapego de tudo, assim que as pobres virtudes vivem como estranguladas sem o alimento suficiente de minha Vontade. Ah! se se pudesse ver uma alma privada deste alimento celestial, seria de chorar, tantas são as misérias e as sujidades com que está coberta, porém é muito mais de compadecer se se vê uma criatura em jejum do alimento corporal, porque muitas vezes lhe faltam os meios para comprá-lo, ao contrário o alimento da minha Vontade se dá gratuitamente, portanto quem não o toma merece a condenação, e a condena se a forma ela mesma porque rejeita o alimento que lhe dava a vida”.

(3) Depois disso ouvi que várias pessoas haviam sofrido conflitos, humilhações e outras coisas, e meu doce Jesus continuou falando:.

(4) “Minha filha, assim como quando o corpo contém sangue mau que infecta a boa é necessário aplicar lavagens, sangrias, punções para tirar o sangue mau, de outra maneira corre perigo de ficar paralisado por toda a vida, assim a alma à qual falta o contínuo alimento de minha Vontade, contém tantos humores maus, e é necessário aplicar-lhe lavados de humilhações para fazer sair o humor mau da própria estima, sangrias para fazer sair o humor infectado da vanglória do próprio eu, súbitas punções para fazer sair o sangue mau dos pequenos apegos que se vai formando no próprio coração para as pessoas às quais se aproxima ao fazer o bem, Caso contrário, esses humores cresceriam tanto que infectariam tudo o que fazem, de modo que ficariam paralisados no bem por toda a vida. As punções aproveitam sempre, são as sentinelas do coração, que mantêm puro o sangue, isto é, reta a intenção da alma no obrar o bem. Por isso, se todos obrassem o bem para cumprir somente minha Vontade, as punções não seriam necessárias, porque Ela é salvaguarda de todos os humores maus, assim que as punções são também penas de quem não
toma o alimento suficiente de minha Vontade”..

19-7
Março 19, 1926

A Santíssima Vontade eclipsa tudo, mesmo à própria Criação e Redenção, e sendo vida de tudo dará frutos maiores.

(1) Escrevo só para obedecer e cumprir a Vontade de Deus. Estava pensando entre mim: “Meu sempre amável Jesus me diz tantas vezes que eu devo ser cópia de minha Mãe Celestial, portanto abraçar tudo, suprir por todos para poder conseguir o suspirado Fiat, assim como a Soberana Rainha conseguiu o suspirado Redentor, mas como o posso fazer? Ela era santa, concebida sem a mancha de origem; mas eu sou uma das mais pequenas e pobres criaturas, concebida como todos os filhos de Adão, com o pecado original, cheia de misérias e fraquezas, como poderei então seguir os voos da Soberana Senhora no Querer Divino para conseguir o tão suspirado Fiat sobre a terra, que meu doce Jesus quer que reine?” Agora, enquanto eu pensava isso, meu doce Jesus saiu de dentro de mim e me apertando forte em seus braços me disse:.

(2) “Minha filha, minha Mãe foi concebida sem mancha original para poder conseguir o suspirado Redentor, porque era justo e decoroso que quem devia ser minha Mãe, nem sequer o germe da
culpa teria tido jamais existência nela, e devia ser a mais nobre, a mais santa de todas as criaturas, mas de uma nobreza divina e de uma santidade totalmente similar à do seu Criador, para poder encontrar nela tanta graça e capacidade, de poder conceber o Santo dos Santos, o Verbo Eterno.
Muitas vezes as criaturas fazem algo semelhante a isto, pois se devem conservar coisas preciosas e de grande valor, preparam ricos vasos de um valor equivalente às coisas preciosas que se
devem conservar neles, ao contrário se são coisas ordinárias e de pouco valor, se preparam vasos de gesso e de pouquíssimo valor, não se tem o cuidado de os ter à chave como ao recipiente de material riquíssimo, mas têm-nos expostos, assim que da preciosidade do vaso e do modo como se tem guardado, pode-se saber se as coisas que contém são preciosas e de grande valor; agora, devendo Eu receber seu sangue por ser concebido em seu seio, era justo que tanto a alma como seu corpo fossem puríssimos e enriquecidos de todas as graças, privilégios e prerrogativas possíveis e imagináveis que Deus pode dar e a criatura receber. Agora minha filha, se tudo isto foi na minha amada Mãe porque devia fazer descer o suspirado Redentor à terra, também a ti, havendo-te escolhido para o suspirado Fiat, suspirado pelo Céu e pela terra, suspirado com tanto amor e ânsias pela mesma Divindade, é mais, suspirado mais por Deus que pelos homens, devia dar-te tanta Graça para não pôr em uma alma e corpo corrupto os conhecimentos pertencentes a minha Vontade, e não só os conhecimentos senão sua própria Vida que devia formar e desenvolver em ti, portanto, fazendo uso de seu poder, se não te isentou da mancha de origem, com o seu poder abateu e se mantém firme sobre o germe, a fim de que não produzisse seus corruptos efeitos, assim que em ti a mancha de origem minha Vontade a tem esmagada e sem vida, isto era justo e necessário à nobreza, ao decoro e à Santidade da Suprema Vontade; se em ti houvesse efeitos não bons, minha Vontade encontraria as sombras, a névoa e não poderia expandir seus raios de verdade como o sol em seu pleno meio-dia, muito menos formar em ti o centro do desenvolvimento de sua Vida Divina, Porque ela é tão suave e santa que não sabe estar nem adaptar-se a viver junto com a mínima sombra do mal”.

(3) Eu, ao ouvir isto, tremia, e disse: “Jesus, que dizes? Será possível tudo isto? Não obstante eu me sinto tão miserável e pequena que sinto a necessidade de Ti, de sua assistência, e de sua
presença para poder continuar vivendo, e tu sabes a que estado tão lamentável me reduzo quando me privas de Ti”. E Jesus interrompeu-me acrescentou:.
(4) “Minha filha, não te admires, isto requer a Santidade do meu Querer, e como se trata da coisa maior que existe no Céu e na terra, trata-se de que se na Redenção vim salvar o homem, agora se trata de pôr a salvo minha Vontade nas criaturas, e, portanto, de fazer conhecer a finalidade da Criação, da Redenção, os bens que quer dar o meu Querer, a Vida que quer formar em cada
criatura, os direitos que a Ele convêm. Portanto, pôr a salvo uma Vontade Divina no meio das criaturas é a coisa maior, e minha Vontade conhecida e reinante superará os frutos da Criação e Redenção, será a coroa de minhas obras e o triunfo de nossas obras, e se minha Vontade não chegar a ser conhecida, amada e cumprida, nem a Criação nem a Redenção terão sua plena finalidade nem o fruto completo. A Criação, a Redenção, saíram de dentro de meu Fiat Onipotente, e para fazer que nossa glória seja completa e a criatura receba todos os efeitos e os bens que
contêm, tudo deve retornar em nossa Vontade”.

(5) Agora, quem pode dizer como minha pobre mente nadava na imensidão do Querer eterno? O que compreendia? Mas o que mais me impressionava era que o Fiat devia superar o mesmo bem da Redenção, com o acréscimo de uma relutância terrível de manifestar o que está dito acima, pelo temor que a obediência me impusesse escrevê-lo. Oh! como teria querido calar-me, mas com o Fiat não se discute, porque de qualquer modo a vitória deve ser sempre sua. Depois meu doce Jesus, sempre benigno, voltando me disse:.

(6) “Minha filha, é necessário que o manifestes, não por ti, mas pelo decoro e santidade que convém ao meu Querer; acreditas tu que todo o trabalho que fiz dentro da tua alma por mais de quarenta anos foi só por ti, pelo bem que te amei e te amo? Ah, não, foi mais que tudo pelo decoro que lhe convinha a minha Vontade, para fazer que vindo Ela a reinar em ti encontrasse meu trabalho, minhas orações incessantes que a convidavam a vir, o trono de minhas obras, de minhas penas, onde pudesse dominar e formar sua morada, a luz de seu próprio conhecimento e assim pudesse encontrar em ti as honras e sua mesma glória divina! Por isso eram necessárias as tantas manifestações minhas acerca da Suprema Vontade, pela decência que lhe convém. Agora você deve saber que minha Vontade é maior e mais interminável que a mesma Redenção, e o que é maior leva sempre frutos e bens maiores. Minha Vontade é eterna, no tempo e na eternidade não teve princípio nem terá jamais fim, em troca a Redenção, ainda que seja eterna na mente divina, mas no tempo teve seu princípio e foi um produto da Eterna Vontade, Assim, não foi a Redenção que deu vida ao Divino Querer, mas foi o meu Querer que deu vida à Redenção, e o que tem o poder de dar vida, por natureza e por necessidade deve tornar-se mais frutuoso do que quem recebeu a vida. Mas isto não é tudo, na Criação, a Divindade tirou de Si as sombras de sua luz, as sombras de sua sabedoria, de sua potência, derramou todo seu Ser em tudo o que foi criado, assim que a Beleza, a harmonia, a ordem, o amor, a bondade de Deus que se vê em toda a Criação, são semelhanças divinas, sombras da Majestade Suprema; em troca minha Vontade, não nossa semelhança, nossa sombra, mas que Ela saiu fora no campo da Criação como vida de todas as coisas criadas, assim que Ela é vida, base, sustento, vivificação e conservação de tudo o que saiu de nossas mãos criadoras, por isso à Suprema Vontade tudo se deve, Minha própria Redenção, diante dela dobrou os joelhos para implorar que se constituísse vida de cada ato meu, de meu coração, de meu sofrer e até de meu fôlego, a fim de que pudesse fazer correr nas criaturas as ajudas vitais para salvá-las.

A minha Redenção pode ser chamada a árvore, cuja raiz é a Divina Vontade, e assim como esta raiz produziu o tronco, os ramos, as folhas, as flores de todos os bens que há na Igreja, assim também deve produzir o fruto de vida que contém a raiz desta árvore. E além disso, a Criação saiu de Nós com o único fim de que nossa Vontade fosse conhecida, amada mais que a mesma vida, e por isso se constituiu vida de tudo, a fim de que fosse cumprida; todas as outras coisas criadas por Nós, e até a mesma Redenção, foram dadas como ajudas para facilitar a nossa finalidade, portanto, se não obtivermos a nossa primeira finalidade, como podemos obter nossa glória completa e como a criatura poderia receber o bem estabelecido por nós? Além disso, a Criação, a Redenção e o Fiat Voluntas Tua como no Céu assim na terra, simbolizam a Trindade Sacrossanta, na qual as Divinas Pessoas são inseparáveis entre Elas, assim também estas são inseparáveis entre elas, uma da a mão à outra, uma ajuda à outra, mas o triunfo, a glória, é das três, e como nossa Vontade teve seu posto primário em todas nossas obras, por isso a Criação e a Redenção ficam eclipsadas e como perdidas na imensidão e interminabilidade da Suprema Vontade. Ela tudo envolve e tem as mesmas coisas feitas por Nós como seu trono onde reina e domina, portanto, se Ela é tudo, por que te maravilhas de que dará frutos maiores que as outras obras nossas? E o homem receberá aquela Vida que tem e não conhece, a qual a tem como comprimida, afogada, debilitada, e Ela geme, suspira, porque quer desenvolver sua Vida e não lhe é concedido; por isso, sê atenta, porque o conhecimento de minha Vontade sacudirá ao homem, e será como cimento à traça que produziu o pecado original à árvore das gerações humanas, e assim, reforçada a raiz, a criatura poderá fazer viver em si aquela Vida que com tanta ingratidão rejeitou”.

20-7
Outubro 6, 1926

Martírio novo. Quem não faz a Vontade Divina trunca a Vida Divina nela. Privação dos escritos. Jesus consola-a fazendo-a ver tudo escrito no fundo da sua alma.

(1) Encontrava-me toda imersa na dor viva da privação do meu doce Jesus e dizia em mim: “Meu Jesus, como não tens compaixão desta tua pequena filha, que enquanto se sente privada de Ti se sente arrancar a vida; não é somente uma pena que sinto, que seria mais tolerável, mas sim é vida o que me sinto falta; sou pequena, sou débil, e se não por outra coisa, pelo menos pela minha pequenez extrema, devias ter compaixão por esta pobre menina que está quase sempre a sentir-se perdida e a retomar a vida para se sentir como se estivesse a morrer novamente. Meu Jesus, meu amor, que novo martírio é este? Martírio jamais sentido, morrer tantas e tantas vezes e jamais morrer, sentir falta da vida sem a doce esperança de tomar o voo para minha pátria celestial”.
Enquanto isso eu pensava, meu sempre amável Jesus se moveu em meu interior e com sotaque terno me disse:
(2) “Pequena filha de meu Querer, ânimo, você tem razão que é vida o que sente falta, porque privando-se de Mim se sente falta, terminar a Vida de seu Jesus em você, e com razão você, pequenina como é, sente o duro martírio de que a vida termina em você. Mas você deve saber que minha Vontade é Vida, e cada vez que as criaturas não a fazem, a rechaçam, é uma Vida Divina que rechaçam e que destroem nelas, e te parece pouco a dor, o martírio contínuo do meu Querer ao sentir-se arrancado como por um golpe de um ferro assassino tantos atos de Vida que com tanta bondade quer fazer surgir nas criaturas? E em troca desta Vida Divina truncada nelas, fazem surgir a vida das paixões, do pecado, das trevas, das fraquezas. O não fazer minha Vontade é Vida Divina que perdem as criaturas, e por isso Ela reinante em ti, te faz sentir, ao privar-te de Mim, a dor de tantas Vidas Divinas que lhe cortam as criaturas, para reparar-se e refazer-se em ti todos estes atos de Vida que lhe fazem perder. Não sabes tu que para formar o Reino do Fiat Divino deve encontrar em ti tantos atos seus por quantos perdeu? E por isso a alternativa da minha presença e da minha ausência, para te dar ocasião de te fazer formar tantos atos de submissão à minha Vontade, para fazer reentrar em ti estes atos de Vida Divina que os demais rejeitaram. E além disso, não te lembras que te pedi quando te manifestei a tua missão sobre o Fiat Eterno, o sacrifício de sofrer tantas mortes por quantas criaturas saíam à luz do dia, por quantos haviam rejeitado a Vida de minha Vontade? Ah! minha filha, não fazer minha Vontade é Vida Divina que rejeitam as criaturas, não é como não praticar as virtudes, onde rejeitam as gemas, as pedras preciosas, os ornamentos, os vestidos, que não querendo-os se podem colocar de lado; em vez disso, rejeitar o meu Querer é rejeitar os meios para viver, destruir a fonte da vida, é o maior mal que pode existir, e por isso quem faz tanto mal não merece viver, mas bem merece morrer a todos os bens. Não queres então refazer a Minha Vontade de todas estas Vidas que lhe têm truncado as criaturas? E para fazer isto não é suficiente sofrer uma pena, e sim uma falta de Vida Divina, qual é a minha privação. Minha Vontade para formar seu Reino em ti, quer encontrar em ti todas as satisfações que as criaturas não lhe deram, todas as suas Vidas que devia fazer surgir nelas, de outra maneira seria um reino sem fundamento, sem lhe dar os direitos de justiça e sem as devidas reparações. Mas você deve saber que seu Jesus não vai deixá-lo por muito tempo, porque o sei também Eu, que você não pode viver sob a pressão de um martírio tão duro”.

(3) Além disso, eu estava aflita porque, tendo vindo o Reverendo Padre, que deve ocupar-se da publicação dos escritos sobre a Santíssima Vontade de Deus, quis que lhe entregasse todos os
escritos sem me deixar nem sequer aqueles dos quais ele já tinha as cópias. Então o pensamento de que as coisas mais íntimas entre Jesus e eu estavam fora, e não podia nem voltar a ver o que Jesus tinha me dito sobre seu Santo Querer, me atormentava. E Jesus, voltando, disse-me:
(4) “Minha filha, por que tanta aflição? Tu deves saber que o que te fiz escrever no papel, o escrevi antes Eu mesmo no fundo de tua alma e depois te fiz passar ao papel, é mais, há mais coisas
escritas em ti que no papel, por isso quando você sentir a necessidade de voltar a ver o que se refere às verdades do Fiat Supremo, basta que dê uma olhada em seu interior e em seguida verá
novamente o que quer, e para que esteja segura do que te digo, olhe agora em sua alma e verá tudo em ordem o que te manifestei”.
(5) Enquanto dizia eu olhei para dentro de mim e com um só olhar via tudo, via também o que Jesus me tinha dito e eu tinha omitido escrever, portanto dei graças ao meu amado Bem e resignei-
me, oferecendo todo o meu duro sacrifício a Ele, e pedindo-lhe que em compensação me desse a graça de que sua Vontade seja conhecida, amada e glorificada”.

 

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e Livros da Vida intima

 

           ORAÇÃO DO DIA

¨Mãe celeste, Rainha Soberana do Fiat Divino, toma-me pela mão e mergulha-me na Luz do querer Divino. Tu serás a minha guia, minha terna Mãe, e me ensinarás a viver e a manter-me na ordem e no recinto da Divina Vontade. Amém, Fiat.¨

O que é o Reino da Divina Vontade?

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