Estudo 2 – Livro do Céu Volumes 12 ao 20

Escola da Divina Vontade
Estudo 2 – Livro do Céu Volumes 12 ao 20
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12-2
Março 18, 1917

Efeitos da fusão em Jesus.

(1) Estava rezando fundindo-me toda em Jesus, e queria em meu poder cada pensamento de Jesus para poder ter vida em cada pensamento de criatura, para poder reparar com o mesmo pensamento de Jesus, e assim por diante. E o meu doce Jesus disse-me:

(2) “Minha filha, minha humanidade sobre a terra não fazia outra coisa que unir cada pensamento de criatura com os meus, assim que cada pensamento de criatura se repercutia m minha mente, cada palavra em minha voz, cada batida em meu coração, cada ação em minhas mãos, cada passo em meus pés, e assim por diante; com isto dava ao Pai reparações divinas. Agora, tudo o que eu fiz na terra eu continuo no céu, e conforme as criaturas pensam,
os seus pensamentos derramam-se na minha mente; conforme elas olham, eu sinto os seus olhares nos meus, e passa entre Mim e elas como uma eletricidade contínua, como os membros estão em contínua comunicação com a cabeça, e digo ao Pai: “Meu Pai, não sou só Eu que te rogo, que reparo, que satisfaço, que te aplaco, senão que há outras criaturas que fazem em Mim o que faço Eu, mais bem suprem com seu sofrer a minha Humanidade, que
gloriosa é incapaz de sofrer”.

3) A alma com fundir-se em Mim repete tudo o que fiz e continuo a fazer, mas qual será o contentamento destas almas que fizeram a sua vida em Mim, abraçando juntamente Comigo todas as criaturas, todas as reparações, quando estiverem comigo no Céu? Sua vida continuará em Mim, e conforme as criaturas pensarem ou me ofenderem com os pensamentos, estes pensamentos se repercutirão em sua mente e continuarão com as reparações que fizeram na terra; serão junto Comigo diante do trono divino, as sentinelas de honra, e conforme as criaturas e ofenderem na terra, elas farão as ações opostas no céu, vigiarão meu trono, terão seu posto de honra, serão as que mais me compreenderão, as mais gloriosas, sua glória estará toda fundida na minha e a minha na delas. Assim que a tua vida estiver toda fundida na minha, não faças nenhum ato que não o faças passar em Mim, e cada vez que te fundires em Mim, derramarei em ti nova graça e nova luz, e me farei vigilante sentinela do teu coração, para te manter afastada qualquer sombra de pecado, Te guardarei como a minha própria humanidade,
enviarei aos anjos que te façam coroa, a fim de que fique defendida de tudo e de todos”.

13-2
Maio 21, 1921

Jesus encontra repouso nas almas que vivem em seu Querer.

1) Encontrando-me no meu estado habitual, o meu sempre amável Jesus fazia-se ver nos meus braços, em atitude de descansar, eu o estreitava ao coração dizendo-lhe: “Meu amor, dize-me uma palavra, por que te calas?”

(2) E Jesus: “Minha querida filha, é-me necessário o repouso depois de te ter falado tanto, quero em ti os primeiros efeitos das minhas palavras, tu trabalhas fazendo o que te ensinei e Eu repouso, e quando tiveres posto em prática os meus ensinamentos, Eu voltarei de novo para falar-te de coisas mais altas e sublimes, para poder encontrar em ti um repouso mais belo. E além disso, se não descanso nas almas que vivem em meu Querer, em quem poderia esperar
repouso? Só as almas que vivem em meu Querer são capazes de me dar repouso; viver em meu Querer me forma a permanência, os atos feitos em minha Vontade me formam o leito, os atos repetidos e a constância em repeti-los são os arrulhos, a música e o ópio para conciliar o sono. Mas enquanto durmo Eu te vigio, de modo que tua vontade não é outra coisa que o desabafo da minha, teus pensamentos o desabafo da minha Inteligência, tua palavra o desabafo da minha, teu coração o desabafo de meu coração; assim, se bem não me ouves falar, estás tão perdida em Mim que não queres, nem pensas, nem fazes senão o que quero e faço Eu. Por isso, mesmo que vivas no meu Querer, podes ter a certeza que tudo o que se desenvolve em ti, sou eu”.

14-2
Fevereiro 9, 1922

O corpo dilacerado de Jesus é o verdadeiro retrato do homem que comete pecado. Jesus na flagelação fez-se arrancar a carne em pedaços, reduziu-se tudo a uma chaga para dar novamente a vida ao homem.

(1) Encontrando-me no meu habitual estado, estava seguindo as horas da Paixão e meu doce Jesus, enquanto o acompanhava no mistério de sua dolorosa flagelação, fazia-se ver todo descarnado, seu corpo nu não só de suas vestes, mas também de sua carne; Seus ossos podiam ser numerados um por um; seu aspecto era não só dilacerante mas horrível ao ser visto, tanto que infundia temor, espanto, reverência e amor ao mesmo tempo. Eu me sentia muda diante desta cena tão dilacerante, teria querido fazer não sei o que para aliviar a meu Jesus, mas não sabia fazer nada, a vista de suas penas me dava a morte, e Jesus todo
bondade me disse:
(2) “Querida filha minha, olhe-me bem para que conheça a fundo minhas penas. O meu corpo é o verdadeiro retrato do homem que comete pecado; o pecado o despoja da veste da minha graça, e eu, para lha dar de novo, me despojei das minhas vestes; o pecado deforma-o, e enquanto é a mais bela criatura que saiu de minhas mãos, torna-se a mais feia e dá asco e horror. Eu era o mais belo dos homens, e para dar de novo a beleza ao homem, posso dizer que minha Humanidade tomou a forma mais feia; olhe como estou horrível, fiz-me tirar a pele pelos açoites e fiquei irreconhecível. O pecado não só tira a beleza, senão que forma chagas profundas, putrefatas e gangrenosas que corroem as partes mais íntimas, consomem os humores vitais, assim que tudo o que o homem faz em estado de pecado são obras mortas, esqueléticas, o pecado lhe arranca a nobreza de sua origem, a luz de sua razão e se torna cego, e Eu para encher a profundidade de suas chagas me fiz arrancar a carne, me reduzi tudo a uma só chaga, e com derramar a rios meu sangue fiz correr os humores vitais em sua alma, para dar-lhe novamente a vida. ¡ Ah! Se não tivesse em Mim a fonte da vida de minha Divindade, Eu teria morrido desde o princípio de minha Paixão, porque a cada pena que me davam minha humanidade morria, mas ela me restituía a vida.

(3) Agora, minhas penas, meu sangue, minhas carnes arrancadas a pedaços estão sempre em ato de dar vida ao homem, mas o homem rechaça meu sangue para não receber a vida, pisoteia minhas carnes para ficar chagado, oh! Como eu sinto o peso da ingratidão”.

(4) E lançando-se em meus braços quebrou em pranto. Eu o apertei a meu coração, mas Ele chorava fortemente, que dilaceramento ver chorar a Jesus! Teria querido sofrer qualquer pena para não fazê-lo chorar. Então eu o compadeci, beijei suas chagas, sequei suas lágrimas, e Ele como reconfortado acrescentou:

(5) “Você sabe como eu faço? como um pai que ama muito a seu filho, e este filho é cego, deformado, aleijado; e o pai que o ama até a loucura, o que faz? Tira os olhos, arranca as pernas, tira a pele e dá tudo ao filho e diz: estou mais contente em ficar cego, coxo, deformado, desde que te veja a ti, meu filho, que podes ver, que podes caminhar, que és belo”. Oh, como está contente aquele pai porque vê seu filho olhar com seus olhos, caminhar com suas pernas e coberto com sua beleza! Mas qual seria a dor do pai se visse que seu filho, ingrato, lança de si os olhos, as pernas, a pele, e se contenta em permanecer feio como está? Assim sou Eu, em tudo pensei, mas eles, ingratos, formam minha mais acerbada dor”.

15-3
Janeiro 16, 1923

Segunda desordem geral.

(1) Sentia-me muito afligida pela privação do meu doce Jesus e pensava entre mim: “Por que não vem? Quem sabe no que o ofendi que se esconde de mim?” E enquanto isso pensava, e quem sabe quantas outras coisas que não é necessário dizer, meu adorável Jesus se moveu em meu interior e me estreitando forte a seu coração santíssimo, com voz terna e cheia de compaixão me disse:

(2) ” Minha filha, depois de tanto tempo que venho a ti deverias compreender por ti mesma a causa de meu ocultamento, mas não escondido fora de ti, senão em ti mesma”.
(3) Depois, suspirando forte acrescentou: “Ai! é a segunda desordem geral que as nações estão preparando, e Eu estarei escondido em você, e como vigilante para ver o que fazem. Fiz de tudo para dissuadi-los, dei-lhes luz, graça, chamei-te de modo especial nos últimos meses para te fazer sofrer mais, para fazer que minha justiça, encontrando um dique em ti, e uma satisfação de mais em tuas penas, pudesse fazer descer mais livremente a luz, a graça, em suas mentes para
dissuadi-los desta segunda desordem, mas tudo foi em vão; e quanto mais uniam faziam, tanto mais fomentavam as discórdias, os ódios, as injustiças, tanto que obrigam os oprimidos a tomar as armas para defender-se; E eu, quando se trata de defender os oprimidos e a justiça, mesmo natural, devo comparecer. Muito mais, pois as nações aparentemente vencedoras venceram sobre as bases da mais pérfida injustiça; deveriam tê-lo compreendido elas mesmas e ser mais benignas com os oprimidos, em vez disso, eles são mais inexoráveis, querendo deles não só a humilhação, mas também a destruição. Que perfídia! ¡ Que perfídia mais que diabólica! Não estão ainda saciados de sangue, quantos pobres povos perecerão; me dói, mas a terra quer ser purgada; outras cidades serão destruídas; também Eu ceifarei muitas vidas com os flagelos que mandarei do Céu, e enquanto isto acontecerá Eu estarei em ti como oculto e como vigia”.

(4) E me parecia que mais se escondia em mim. Eu me sentia imersa num mar de amargura por este falar de Jesus, depois me senti rodeada de pessoas que rezavam, e minha Mãe Celestial estendendo sua mão em meu interior, tomava um braço de Jesus e o puxava para fora, e lhe dizia:

(5) “Meu filho, vem no meio dos povos, não vês em que mar de tempestades estão prestes a ser lançados e que lhes custará um mar de sangue?”
(6) Mas por quanto o puxava, Jesus não quis sair, então virando-se para mim disse: (7) “Pede-lhe muito que as coisas sejam mais benignas”.
(8) Eu me pus a pedir-lhe, e Ele agora punha seu ouvido no meu, e me fazia ouvir os movimentos dos povos, os rumores das armas; Agora me fazia ver várias raças de povos unidos juntos, quem preparado para desencadear guerras, e quem se estava preparando, por isso, estreitando-me forte ao meu Jesus lhe disse: “Aplaca-te meu amor, não vês quanta confusão de povos, quantas desordens? Se isto é nos preparativos, o que será na guerra?”

9) E Jesus: “Ah! minha filha, são eles mesmos que o querem, a perfídia do homem quer chegar aos excessos, e um quer lançar ao outro ao abismo, mas a união de diversas raças servirá depois para minha glória”.

16-2
Julho 16, 1923

Jesus tudo fez e sofreu em Sua Vontade.

(1) Estava a pensar na Paixão do meu doce Jesus e sentia as suas dores ao meu lado, como se agora as estivesse Ele sofrendo, e olhando me disse:
(2) “Minha filha, Eu sofri tudo em minha Vontade, e à medida que sofria minhas penas abriam tantos caminhos em minha Vontade para chegar a cada criatura. Se não tivesse sofrido em minha Vontade, que envolve tudo, minhas penas não teriam chegado até você, nem até todos e cada um, teriam ficado com minha Humanidade; e mais, com havê-las sofrido em minha Vontade não somente abriam tantos caminhos para ir a todas as criaturas, mas abriam também tantos outros
para as fazer entrar nelas até Mim, e unir-se com essas penas e dar-me cada uma das penas que com suas ofensas deviam me dar em todo o curso dos séculos, e enquanto Eu estava sob a tempestade dos golpes. Por isso, não foram só aqueles que me flagelaram, senão as criaturas de todos os tempos, que teriam com suas ofensas convergido à bárbara flagelação, e assim em todas as demais penas minha Vontade me trazia a todos, nenhum faltava à chamada, todos me estavam presentes, nenhum faltou, por isso minhas penas foram oh, quanto mais duras, mais múltiplas que as que se viram! Então Se queres que o oferecimento de minhas dores, a tua compaixão e reparação, as tuas pequenas penas, não só cheguem até Mim, senão que façam os mesmos caminhos das minhas, faz que tudo entre em meu Querer, e todas as gerações receberão os efeitos. E não só minhas penas, mas também as minhas palavras, porque ditas na minha Vontade
chegavam a todos, como por exemplo quando Pilatos me perguntou se Eu era rei e Eu lhe respondi: Meu reino não é deste mundo, se deste mundo fora, milhões de legiões de anjos me defenderiam’.

E Pilatos ao me ver tão pobre, humilhado, desprezado, se surpreendeu e disse mais marcado: Como! Tu és rei? E eu Respondi com firmeza a ele e a todos os que se encontram em algum lugar: eu sou Rei, e vim ao mundo para ensinar a verdade, e a verdade é que não são os postos, os reinos, as dignidades, o direito de comando o que faz reinar o homem, o que o enobrece, o que o eleva sobre todos. E mais, estas coisas são escravidão, misérias, que o fazem servir a vis paixões, a homens injustos, cometendo também ele tantos atos de injustiça que o desnobrecem-no, atiram-no para a lama e atraem o ódio dos seus dependentes, assim que as riquezas são escravidão, os postos são espadas com as quais muitos ficam mortos ou feridos; o verdadeiro reinar é a virtude, o despojamento de tudo, o sacrificar-se por todos, o submeter-se a todos, e isto é o verdadeiro reinar que vincula a todos e se faz amar por todos, por isso o meu reino nunca terá fim, e o teu está próximo de perecer’. E estas palavras em minha Vontade as fazia chegar aos ouvidos de todos aqueles que se encontram em postos de autoridade, para fazê-los conhecer o grande perigo em que se encontram, e para colocar em guarda a quem aspira aos postos, às dignidades, ao comando”.

17-2
Junho 14, 1924
Importância da ordem nestes escritos. Deus é ordem. A beleza da alma que opera no Querer Supremo.

(1) Esta manhã, quando me encontrava no meu estado habitual, não sei se foi sonho, via o meu confessor falecido e parecia-me que tomava alguma coisa torcida de dentro da minha mente, e a consertava e a endireitava. Perguntei-lhe porque fazia isso, e ele disse-me:

(2) “Vim para te dizer que sejas atenta à ordem, porque Deus é ordem, e basta uma frase, uma palavra do que te diz o Senhor que não esteja na ordem, e poderá suscitar dúvidas e dificuldades em quem possa ler o que escreves sobre sua adorável Vontade”.

(3) Eu, ao ouvir isto, disse: “Acaso sabe você que escrevi coisas desordenadas até agora?”.
(4) E o confessor: “Não, não, mas fica atenta para o futuro, faze com que as coisas que escreves sejam claras e simples como te dizem Jesus, e nada omitas, porque basta uma pequena frase, uma palavra que falte das que te diz Jesus, ou que a escrevas diversamente, para que falte a ordem; Porque essas palavras servirão para dar luz, para fazer compreender com mais clareza, e para ligar a ordem das verdades que o bom Jesus te manifesta. É fácil para voce omitir algumas
pequenas coisas, enquanto as coisas pequenas unem as grandes, e as grandes às pequenas, por isso seja atenta no futuro para que tudo esteja ordenado”.

(5) Isto desapareceu e eu fiquei um pouco pensativa. Depois estava me abandonando toda no santo Querer Divino, e meu doce Jesus movendo-se em meu interior me disse:.
(6) “Minha filha, como é bonito ver uma alma operar em minha Vontade, ela submerge sua ação, seu pensamento, sua palavra em minha Vontade, é como uma esponja que impregna-se de todos os bens que o Querer Supremo contém, se vêem na alma tantos atos divinos que irradiam luz, e quase não se sabe distinguir se são atos do Criador ou da criatura, e como se impregnaram desta Vontade eterna, absorveram neles a potência, a luz e o modo do obrar da Majestade Eterna. Olha para ti como o meu Querer te fez bela; e não só isto, senão que em cada ato teu me encerra a Mim mesmo, porque encerrando o meu Querer, tudo encerras”..
(7) Eu olhei para mim, e! quanta luz saía, mas o que mais me impressionou e deu prazer foi ver meu Jesus encerrado em cada ato meu, sua Vontade o aprisionava em mim.

18-6
Outubro 10, 1925

Troca de Vontade entre Deus e a Santíssima Virgem e Luisa. A Santíssima Virgem repete à alma o que fez a seu Filho.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, minha pobre mente se encontrava em uma atmosfera altíssima, me parecia ver a Divindade e sobre um joelho do Pai Celestial a minha Rainha Mamãe morta, como se não tivesse vida; eu maravilhada pensava entre mim: “Minha mãe está morta, mas que morte feliz morrer sobre os joelhos do nosso Criador”. Mas olhando melhor, via como se sua vontade estivesse separada do corpo, estava nas mãos do. Pai Divino. Eu admirada olhava mas não sabia explicar o que via, mas uma voz que saía do trono dizia:.

(2) “Esta é a escolhida entre todas as escolhidas, é a toda bela, é a única criatura que nos fez dom de sua vontade, e morta nos deixou sobre os joelhos, em nossas mãos, e Nós em correspondência lhe fizemos dom de nossa Vontade. Dom maior não podíamos fazer-lhe, porque com a aquisição desta Suprema Vontade teve poder de fazer descer o Verbo sobre a terra e de fazer formar a Redenção do gênero humano. Uma vontade humana não teria poder sobre Nós nem nenhum atrativo, em troca uma Vontade Divina dada por Nós mesmos a esta incomparável criatura nos venceu, nos conquistou, nos sequestrou, e não podendo resistir cedemos às suas instâncias de fazer descer o Verbo sobre a terra. Agora esperamos que venha você a morrer sobre o outro joelho, doando-nos sua vontade, e Nós, vendo-a morta em nossas mãos, como se não existisse mais para você, te faremos dom da nossa e por meio de ti, isto é, por meio desta nossa Vontade doada a ti, retornará a viver nosso Fiat sobre a terra. Estas duas vontades mortas sobre nossos joelhos serão o resgate de tantas vontades rebeldes, e as teremos como vestimentas preciosas que nos refarão dos tantos males de todas as demais criaturas, porque com nossa Vontade poderão nos satisfazer”.

(3) A voz não se ouvia mais, e eu me encontrei sobre o outro joelho Paterno em ato de dar o último respiro ficando morta, mas nesse mesmo instante me encontrei em mim mesma, mas não sei dizer o que sentia em mim, só rogava de coração que não mais minha vontade entrasse em mim, mas que só a Divina tivesse vida em mim. ¡ Ah, só Ela é a portadora de todos os bens e a repetidora de Jesus nas almas, que fazendo eco ao Fiat da Criação abraça tudo e a todos como de um só golpe e corresponde a Deus pela obra da Criação, Redenção e Santificação! A Vontade Divina obrante em nós tudo pode fazer, é a verdadeira Rainha que reina e impera sobre tudo..
(4) Depois via a minha Mãe Celestial com o menino Jesus entre seus braços, que o beijava e o punha a seu peito para dar-lhe seu puríssimo leite, e eu lhe disse: “Minha mãe, e a mim nada me dás? ” Ah! me permita ao menos que ponha meu te amo entre sua boca e a de Jesus enquanto se beijam, a fim de que em tudo o que façam corra junto meu pequeno te amo. E Ela me disse:.
(5) “Minha filha, põe também o teu pequeno te amo não só na boca, mas em todos os atos que correm entre Eu e meu Filho. Você deve saber que em tudo o que fazia para meu Filho, tinha a intenção de fazê-lo para as almas que deviam viver na Vontade Divina, porque estando nela estavam dispostas a receber todos aqueles atos que Eu fazia para com Jesus, e encontrava espaço suficiente para os depositar. Assim, se eu beijava meu Filho, beijava-as, porque as encontrava junto com Ele em sua Suprema Vontade. Eram elas as primeiras como alinhadas Nele, e meu amor materno me empurrava a fazê-las participar do que fazia a meu Filho. Graças grandes eram necessários para quem devia viver nesta Santa Vontade, e Eu punha à sua disposição todos os meus bens, meus agradecimentos, minhas dores, para sua ajuda, defesa, força, apoio, luz; e Eu me sentia feliz e honrada, com as honras maiores, de ter por filhos meus os filhos da Vontade do Pai Celestial, a qual também Eu possuía, e por isso os via também como partos meus. Aliás, deles se pode dizer o que se diz do meu Filho, que as primeiras gerações encontravam a salvação nos méritos do futuro Redentor. Assim estas almas em virtude da Vontade Divina obrante nelas, estas futuras filhas são aquelas que imploram incessantemente a salvação, as graças às futuras gerações; estão com Jesus e Jesus nelas, e repetem junto com Jesus o que contém Jesus. Por isso, se queres que te repita o que fiz a meu Filho, faz que te encontre sempre em sua Vontade, e Eu te darei magnanimamente meus favores”.. .

19-2
Fevereiro 28, 1926

Cada vez que a alma se ocupa de si mesma, perde um ato na Vontade Divina. O que significa perder este ato.

(1) Continuava em meus acostumados temores, e meu sempre amável Jesus fazendo-se ver, todo bondade me disse:.
(2) “Minha filha, não perca tempo, porque cada vez que se ocupa de você é um ato que perde em minha Vontade, e se soubesse o que significa perder um só ato em minha Vontade: Você perde um ato divino, aquele ato que abraça tudo e todos e que contém todos os bens que há no Céu e na terra, muito mais que minha Vontade é um ato continuado que não se detém jamais em seu curso, nem pode te esperar quando por seus temores te detém, É a ti que convém segui-la em seu curso continuado, não a Ela esperar a ti a quando tu te puseres a caminho para segui-la. E não só você perde o tempo, senão que Eu, devendo apaziguar-te e tirar-te de teus temores para pôr-te em caminho em minha Vontade, obriga-me a ocupar-me de coisas que não pertencem ao Supremo Querer, teu mesmo anjo guardião que te está próximo fica em jejum, porque cada ato que fazes nela e conforme segues seu curso, é uma bem-aventurança acidental a mais que ele goza estando perto de ti, é um paraíso duplicado de alegria que tu lhe ofereces, de modo que se sente feliz de sua sorte por te ter sob sua custódia, e como as alegrias do Céu são comuns, teu anjo oferece a bem-aventurança acidental que recebeu de ti, seu paraíso duplicado, a toda a corte celestial, como fruto do Querer Divino de sua protegida, todos fazem festa e magnificam e louvam o poder, a santidade, a imensidão da minha Vontade. Por isso seja atenta, em meu Querer não se pode perder o tempo, há muito que fazer, convém que você siga o ato de um Deus não interrompido jamais”.

(3) Dito isto desapareceu e eu fiquei pensativa ao ver o mal que eu fazia, e dizia para mim: “Como pode ser possível que com me colocar no Querer Divino, esquecendo todo o resto como se nada mais existisse para mim senão a eterna Vontade, eu tomei parte em tudo o que contém este amável Querer?” E Jesus retornando adicionou:.
(4) “Minha filha, quem nasceu em meu Querer, é justo que saiba os segredos que Ele contém, ademais a coisa em si mesma é facilíssima e como conatural: Suponha que passe a habitar em uma casa, ou por pouco tempo ou para sempre, na qual há uma bela música, um ar perfumado pelo qual se sente infundir uma nova vida; tu, certamente, não puseste aquela música nem aquele ar balsâmico, mas como tu te encontras naquela habitação, não tua, você vem a desfrutar tanto da música como do ar perfumado que regenera as forças a vida nova; acrescente que aquela habitação contém pinturas encantadoras, coisas belas que embelezam, jardins jamais vistos por você, com tanta variedade de plantas e flores que é impossível numerá-los todos; também há comidas deliciosas que jamais gostou, oh, como te recria, te deleitas e desfruta ao olhar tantas belezas, ao provar alimentos tão deliciosos! Mas de tudo isto nada é feito ou posto por ti, Mas tu
fazes parte de tudo só porque estás naquele quarto. Agora, se isto acontece na ordem natural, muito mais fácil pode acontecer na ordem sobrenatural de minha Vontade, a alma com o entrar nela forma um só ato com a Divina Vontade, e como conatural toma parte no que Ela faz e contém; muito mais que a alma para viver em minha Vontade, primeiro é despojada das vestes do velho Adão culpado, e é revestida pelas vestes do novo e santo Adão, sua vestidura é a luz da mesma
Vontade Suprema, na qual lhe vêm comunicados todos seus modos divinos, nobres e comunicativos a todos. Esta luz fá-lo perder as facções humanas e restitui-lhe a fisionomia do seu Criador. Que maravilha então em que tome parte em tudo o que possui o Divino Querer, sendo uma a Vida e uma a Vontade? Por isso seja atenta, te recomendo que me seja fiel e seu Jesus manterá a batuta de te fazer viver sempre em meu Querer, estarei em guarda a fim de que jamais possa sair Dele”.

20-1
Setembro 17, 1926

Como cada coisa criada por Deus tem seu lugar, e quem sai da Vontade de Deus perde seu lugar. Importância do Reino do Fiat Divino.

(1) Meu Jesus, invoco o teu Santo Querer, a fim de que Ele mesmo venha a escrever sobre o papel as palavras mais penetrantes e eloquentes, com os vocábulos mais aptos a fazer-se compreender, de maneira a pintar com as cores mais belas, com a luz mais resplandecente, com as características mais atraentes o Reino do Fiat Supremo, de modo a infundir nas palavras que me fará escrever no papel, uma força magnética e um ímã potente que ninguém poderá resistir, para
fazer-se dominar por sua Santíssima Vontade. E Vós, Mãe minha, verdadeira Soberana Rainha do Fiat Supremo, não me deixeis sozinha, vinde guiar a minha mão, dai-me a chama do vosso coração materno, e enquanto escrevo, tende-me sob o vosso manto azul, a fim de que possa cumprir tudo o que o meu amado Jesus quiser de mim.
(2) Sentia-me toda investida pelo Querer Supremo, o qual me atraindo em sua luz imensa me fazia ver a ordem da Criação, como cada coisa estava em seu posto designado por seu Criador. Minha mente se perdia e ficava arrebatada ao ver a ordem, a harmonia, a magnificência, a beleza de toda a Criação, e meu doce Jesus que estava comigo me disse:

(3) “Minha filha, tudo o que saiu de nossas mãos criadoras, a cada coisa criada foi designado seu posto e seu ofício distinto, e todas estão em seu posto, louvando com louvores incessantes aquele Fiat Eterno que as domina, as conserva e lhes dá vida nova. Por isso, mantem-se sempre belas, íntegras, novas, é pelo movimento do Fiat Supremo dominante nelas. Também ao homem foi atribuído seu posto, seu ofício de soberano sobre todas as coisas criadas, com a diferença que enquanto todas as outras coisas criadas por Nós ficavam tal e como Deus as havia criado, sem jamais mudar-se, nem crescer, nem decrescer, ao contrário, a minha Vontade dando ao homem a supremacia sobre todas as obras das nossas mãos, e querendo desabafar com ele mais em amor, dava-lhe o ofício de crescer continuamente em beleza, em santidade, em sabedoria, em riqueza,  até elevá-lo à semelhança do seu Criador, mas sempre devia fazer-se dominar, guiar, para dar campo livre ao Fiat Supremo de formar sua Vida Divina nele, para poder formar este contínuo crescimento de bens e de beleza com a felicidade sem fim, porque sem minha Vontade dominante não pode haver nem crescimento, nem beleza, nem felicidade, nem ordem, nem harmonia. Minha Vontade, sendo Ela origem, dona, princípio de toda a obra da Criação, onde Ela existe tem virtude de conservar bela sua obra, tal e como a tirou, mas onde não existe falta a comunicação de seus humores vitais para conservar a obra fora de nossas mãos. Vê então que grande mal foi para o homem se subtrair de nossa Vontade? De modo que todas as coisas, mesmo as mais pequenas, têm seu lugar, pode-se dizer que estão em sua casa, ao seguro, ninguém as pode tocar, possuem
a abundância dos bens, porque esse Querer que corre nelas possui a fonte de todos os bens, estão todas na ordem, a harmonia e a paz de todas. Em troca o homem, ao subtrair-se de nosso Querer perdeu seu posto, ficou sem nossa casa, exposto aos perigos, todos o podem tocar para lhe fazer mal, os mesmos elementos são superiores a ele porque possuem uma Vontade Suprema, enquanto ele possui uma vontade humana degradada que não sabe dar-lhe outra coisa que misérias, debilidades e paixões, e, como perdeu o seu princípio, o seu posto, ficou sem ordem, desarmonizado com todos e não goza de paz nem sequer em si mesmo. Assim que se pode dizer que é o único ser errante em toda a Criação, que por direito nada lhe toca, porque Nós tudo damos a quem vive em nossa Vontade porque está em nossa casa, é uma de nossa família; as relações, os vínculos de filiação que possui com o viver n‟Ela dão-lhe o direito a todos os nossos bens; ao contrário, quem não vive da Vida d‟Ela, rompeu como de um só golpe todos os vínculos, todas as relações, por isso é tida por Nós como coisa que não nos pertence. Oh! se todos soubessem o que significa romper com nossa Vontade e em que abismo se precipitam, todos tremeriam de espanto e fariam concorrência para retornar ao Reino do Fiat Eterno para voltar a tomar seu lugar designado por Deus.

(4) Agora, minha filha, querendo dar de novo minha eterna bondade este meu Reino do Fiat Supremo, depois de havê-lo rejeitado tão ingratamente, não te parece que seja o dom maior que Eu possa fazer às gerações humanas? Mas para dá-lo devo formá-lo, constituí-lo, fazer conhecer de minha Vontade o que até agora não se conhece, e tais conhecimentos sobre Ela, que vençam aqueles que os conhecerão, para que amem, apreciem e desejem vir viver n‟Ele. Os conhecimentos serão as cadeias, mas eles mesmos, voluntariamente, não forçados, se farão atar; os conhecimentos serão as armas, as flechas conquistadoras que conquistarão os novos filhos do Fiat Supremo. Mas sabes o que é que estes conhecimentos possuem? Possuem a qualidade de mudar a natureza em virtude, em bem, na Vontade minha, de modo que os possuirão como propriedade sua”.

(5) Então eu ao ouvir isto disse: “Meu amor, Jesus, se tanta virtude tem estes conhecimentos sobre tua adorável Vontade, por que não os manifestaste a Adão, a fim de que fazendo-os conhecer a seus descendentes, tivessem amado, apreciado muitíssimo um bem tão grande, e tivesse disposto os ânimos para quando Tu, Divino Reparador, decretasse dar-nos este grande dom do Reino do Fiat Supremo?” E Jesus retomando a palavra acrescentou:

(6) “Minha filha, Adão enquanto esteve no Éden Terreno e viveu no Reino do Supremo Querer, conheceu todos os conhecimentos, quanto a criatura é possível, do que pertencia ao Reino que possuía, mas assim que saiu dele sua inteligência se escureceu, perdeu a luz de seu Reino, e não encontrava as palavras adequadas para manifestar os conhecimentos que tinha adquirido sobre a Suprema Vontade, porque faltava nele o mesmo Querer Divino que lhe proporcionasse as palavras
necessárias para manifestar aos demais o que ele tinha conhecido. Isto por sua parte, e muito mais que cada vez que recordava sua subtração de minha Vontade, o sumo bem que tinha perdido, sentia tal intensidade de dor de o tornar calado, porque estava imerso na dor da perda de um Reino tão grande e pelos males irreparáveis causados por isso, e porque quanto Adão pudesse fazer, não lhe era dado reparar, mas necessitava-se daquele mesmo Deus que tinha ofendido para
pôr remédio. Por parte de seu Criador não tinha nenhuma ordem, e por isso não lhe dava capacidade suficiente para manifestá-lo, porque, em que aproveitaria manifestar um conhecimento quando não devia dar-lhes o bem que continha? Eu só faço conhecer um bem quando o quero dar.

Mas embora Adão não tenha falado muito sobre o Reino da Minha Vontade, ele ensinou muitas coisas importantes sobre o que lhe pertencia, tão verdade, que nos primeiros tempos da história do mundo, até Noé, as gerações não tiveram necessidade de leis, nem houve idolatrias (não diversidade de línguas), mas sim todos reconheciam um só Deus (uma só linguagem), porque tinham um alto conceito de minha Vontade. Ao contrário, quanto mais se afastaram d‟Ela, surgiram as idolatrias e pioraram em males, e por isso Deus viu a necessidade de dar suas leis como preservativo às gerações humanas. E por isso, quem faz minha Vontade não tem necessidade de leis, porque Ela é vida, é lei, e é tudo para o homem.

A importância do Reino do Fiat Supremo é grandíssima, e Eu o amo tanto, que estou fazendo mais que nova Criação e Redenção, porque na Criação apenas seis vezes foi pronunciado meu Fiat Onipotente para dispô-la e tirá-la toda ordenada; na Redenção falei, mas como não falei do Reino de meu Querer que contém infinitos conhecimentos e bens imensos, portanto não tinha uma grande quantidade de palavras que dizer, porque tudo o que ensinei era de natureza limitada, e com poucas palavras se fazia conhecer. Em troca para fazer conhecer minha Vontade, se necessita muito filha minha, sua história é longuíssima, encerra uma eternidade sem princípio e sem fim, por isso por quanto digo tenho sempre que dizer, e por isso estou dizendo, oh! quanto mais, pois sendo mais importante que tudo contém mais conhecimentos, mais luz, mais grandeza, mais prodígios, por isso são necessárias mais palavras. Muito mais, que por quanto mais faço conhecer, tanto mais alarga os confins do meu Reino para o dar aos filhos que o possuirão. Por isso cada coisa que manifesto de minha Vontade é uma nova criação que faço em meu Reino, para fazê-la gozar e possuir por aqueles que terão o bem de conhecê-lo. Por isso se requer de sua parte grande atenção em manifestá-las”.

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