Estudo 45 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 45 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade
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12-47
Maio 23, 1918

Os vôos da alma no Querer Divino.

(1) Esta manhã meu doce Jesus não veio, e eu a passei entre suspiros, ânsias e amarguras,
mas toda imersa em sua Vontade. Chegada a noite não podia mais, e o chamava e o voltava a
chamar, meus olhos não se podiam fechar, me sentia inquieta, a qualquer custo queria a Jesus;
enquanto me encontrava nisto veio e me disse:
(2) “Minha pomba, quem pode te dizer os vôos que faz no meu Querer, o espaço que percorre,
as extensões que voa? Ninguém, ninguém, nem mesmo você saberia dizer! Eu, só Eu posso
dizer, que Eu meço as fibras, que Eu numero o vôo de teus pensamentos, de teus batimentos,
e enquanto voa vejo os corações que tocas; mas não te detenhas, voa a outros corações e
chama e volta a chamar e voa de novo, e sobre suas asas leva meu amor a outros corações
para me fazer amar, e depois, em um só vôo vêem a meu coração para tomar descanso, para
depois reiniciar vôos mais rápidos. Eu me divirto com minha pomba e chamo os anjos, a minha
Mamãe a se divertir Comigo. Mas olha, eu não vou te dizer tudo, o resto eu vou dizer no Céu,
oh, quantas coisas surpreendentes eu vou te dizer!”
(3) Depois pôs-me a mão na testa e acrescentou:
(4) “Deixo-te a sombra da minha Vontade, o fôlego do meu Querer, dorme”.
(5) E adormeci.

13-43
Dezembro 22, 1921

A finalidade de amar a Deus, abre a alma para receber a corrente de todas as suas 
graças. A Divina Vontade é a maior de todas as virtudes.

(1) Continuando meu habitual estado, meu sempre amável Jesus se fazia ver dentro de uma luz
deslumbrante, e esta luz desfazendo-se em chuva de luz caía sobre as almas, mas muitas não
recebiam esta corrente de luz porque estavam como fechadas, e a corrente corria até onde
encontrava almas abertas para recebê-la, e meu doce Jesus me disse:

(2) “Minha filha, a corrente de minha graça entra nas almas que operam por puro amor, a única
finalidade de me amar tem abertas às almas para receber a corrente de todas minhas
graças. Amor sou Eu, amor são elas, assim que elas estão em contínuas correntes para Mim e
Eu para elas; ao contrário, aqueles que trabalham por fins humanos estão fechados para Mim,
sua corrente está aberta a tudo o que é humano, e a corrente do que é humano recebem; quem
age com o fim de pecar recebe a corrente da culpa, e quem opera por fins diabólicos recebe a
corrente do inferno. A finalidade do agir dá as diversas tintas ao homem, que o transforma, ou
em belo ou em horrível, ou em luz ou em trevas, ou em santidade ou em pecado; qual é a
finalidade do agir, tal é o homem, por isso em minha corrente nem todos entra, e como é
rejeitada pelas almas que estão fechadas a Mim, então se descarrega com mais ímpeto e
abundância às almas abertas a Mim”.

(3) Dito isto desapareceu, mas depois voltou e acrescentou:
(4) “Você me saberia dizer por que o sol ilumina toda a terra? Porque é muito maior que a terra,
e como é maior tem a capacidade de tomar em sua luz toda a circunferência da terra; se fosse
menor iluminaria uma parte, mas não toda, assim que as coisas menores são envolvidas e
absorvidas pelas coisas maiores. Agora, minha Vontade é a maior de todas as virtudes, por isso
todas as virtudes ficam diminuídas e perdidas em meu Querer, é mais, ante a virtude da
santidade de meu Querer, as outras virtudes tremem por reverência ante meu Querer, Sem Ele,
as virtudes acreditam fazer algo grande, mas ao contato com a santidade e potência da virtude
de minha Vontade, vêem que não fizeram nada, e para dar-lhes o selo de virtude estou
obrigado a submergi-las no mar imenso de minha Vontade. Minha Vontade não só tem o
primado sobre tudo, senão que dá as diferentes tintas de beleza às virtudes, põe nelas as tintas
divinas, o esmalte celestial, sua luz deslumbrante; então, se as virtudes não são revestidas por
meu Querer, serão boas, mas não belas com a beleza que arrebata, que encanta, que apaixona
Céu e Terra”.

(5) Depois o meu doce Jesus me transportou para fora de mim mesma, e me fez ver que
debaixo do mar se abriam canais de água, que fazendo-se caminho debaixo de terra
inundavam os fundamentos das cidades, e em algumas partes se derrubavam edifícios, em
outras os faziam desaparecer, abrindo-se estes turbilhões de água engoliam tudo debaixo da
terra, e Jesus todo aflito me disse:
(6) “O homem não quer corrigir-se e minha justiça é forçada a golpeá-lo, muitas serão as
cidades que serão castigadas pela água, pelo fogo, por terremotos”.
(7) E eu: “Meu amor, o que dizes? Não o farás”. E enquanto queria rogar-lhe desapareceu”.

14-47
Julho 30, 1922

Luísa sente repugnância de publicar os escritos. Lamentos de Jesus.

(1) Fazendo copiar, segundo a obediência do confessor, dos meus escritos o que Jesus me
tinha dito sobre as virtudes, eu queria fazê-lo copiar sem dizer que Jesus me tinha dito, e Ele ao
vir, desagradando-se me disse:
(2) “Minha filha, por que queres esconder-me? Eu sou um desonrado e é por isso que não
queres que se faça menção de Mim? Quando se diz um bem, um dito, uma obra, uma verdade
de uma pessoa desonrada, não se quer dizer quem seja para não fazer perder a estima, a
glória, o prestígio e o efeito que há naquele bem, naquele dito, etc., porque se se diz quem é,
não será apreciado e perderá todo o belo, sabendo que a fonte de onde vem não merece
nenhum apreço, ao contrário, se é pessoa de bem e honorável, primeiro se diz o nome da
pessoa para fazer ressaltar e apreciar principalmente o que disse ou fez, e depois diz-se o que
fez ou disse. Então eu não mereço que o meu nome seja posto à frente das minhas palavras?
Ah, como você me trata mal! Não esperava esta pena de ti, e no entanto fui tão magnânimo
contigo, manifestei-te tantas coisas de Mim, fiz-te conhecer tantas coisas, e as mais íntimas de
Mim, o que não fiz com os demais. Deveria ter sido mais generosa em me fazer conhecer, em
vez disso foi a mais mesquinha. Os outros, aquele pouco que lhes disse, teriam querido tocar
trombetas para me fazer conhecer e amar, em troca você quer me esconder, isto em verdade
não me agrada”.
(3) E eu, quase confusa e humilhada no máximo eu disse-lhe:
(4) “Meu Jesus, perdoe-me, Você está certo, é a grande repugnância que eu sinto, esse dever
colocar a minha vontade no modo como devo sair me tortura. Tu tens piedade de mim, dá-me
mais força e graça e alarga mais o meu coração, a fim de que jamais te possa dar esta pena”.
(5) E Jesus: “Eu te abençoo a fim de que seu coração receba mais Graça e seja mais dado em
me fazer conhecer e amar”.

16-52
Fevereiro 28, 1924

O Senhor suspendeu os bens que tinha estabelecido na
Criação, para dá-los às almas que devem viver em seu Querer.

(1) Enquanto rezava, sentia o meu amável Jesus dentro de mim, que agora rezava, agora sofria,
agora como se estivesse trabalhando, e freqüentemente me chamava por meu nome, e eu dizia:
“Jesus, o que queres, o que estás a fazer? Parece-me que estás muito ocupado e sofres muito, e
enquanto me chamas, atraído por tuas ocupações esqueces-te que me tens chamado e não me diz
nada”.
(2) E Jesus: “Minha filha, estou tão ocupado em ti porque estou desenvolvendo todo o trabalho do
viver em meu Querer. É necessário que primeiro o faça em você, e enquanto o faço amarro todo
seu interior na interminável luz de minha Vontade, a fim de que sua pequena vontade humana fique
concatenada e nela tome seu lugar, e alargando-se nela receba todo o bem que a Vontade Divina
quer dar à vontade humana. Você deve saber que, enquanto a Divindade decretou a Criação, pôs
fora de Si tudo o que devia dar à criatura, os dons, as graças, as carícias, os beijos, o amor que lhe
devia manifestar; e assim como pôs fora o sol, as estrelas, o céu azul e tudo o mais, assim pôs fora
todos os dons com os quais devia enriquecer as almas.

Agora, enquanto o homem se subtraiu da Vontade Suprema, rejeitou todos estes dons,
mas a Divindade não os retirou em Si mesma, mas
deixou-os suspensos em Sua Vontade esperando que a vontade humana se vinculasse à sua e
entrasse na primeira ordem por Ela criado, para pôr em corrente com a natureza humana os dons
por Ela estabelecidos, assim que estão suspensas em minha Vontade todas as finezas de amor, os
beijos, as carícias, os dons, as comunicações e as minhas inocentes diversões que devia ter tido
com Adão se não tivesse pecado. Minha Vontade quer entregar estes enxames de bens que tinha
estabelecido dar às criaturas, e por isso quero estabelecer a lei do viver em meu Querer, para pôr
em vigor entre Criador e criatura todos estes bens suspensos, por isso estou trabalhando em você,
para reordenar sua vontade com a Divina, assim poderei dar início e pôr em comum os tantos bens
que até agora estão suspensos entre Criador e criatura. Me interessa tanto este reordenamento da
vontade humana com a Divina e que de todo viva nela, que até enquanto isto não me obtenha Sinto como se a Criação não tivesse meu objetivo primário.

Além disso, Eu criei a Criação não Porque
dela tinha necessidade, era mais que suficientemente feliz por Mim mesmo, e se a criei foi só por-
que aos tantos bens que continhamos em Nós mesmos queríamos acrescentar uma diversão fora
de Nós, por isso tudo foi criado, e dentro de um intenso desabafar do mais puro amor nosso, colocamos fora com nosso sopro onipotente esta criatura, para poder entreter-nos com ela, e ela fazer-
se feliz conosco e com todas as coisas criadas por nós por seu amor. Agora, não foi destruir a nossa finalidade, que quem devia servir só para nos fazer gozar e entreter-nos juntos, com subtrair-se
da nossa Vontade nos serviu de amargura, e afastando-se de nós, em vez de conosco entreteve se
com as coisas criadas por Nós, com suas mesmas paixões, e a Nós nos afastou? Não foi isso um
colocar de cabeça a finalidade de toda a Criação? Veja então como é necessário que nos refaçamos de nossos direitos, que a criatura retorna ao nosso seio para recomeçar nossos entretenimentos, mas deve retornar onde o homem fez começar nossa dor e vincular-se com nó indissolúvel com nossa Vontade Eterna, deve deixar a sua para viver da Nossa. Por isso estou trabalhando
em tua alma, tu segue o trabalho de teu Jesus que quer pôr em corrente os dons, as graças suspensas que há em minha Vontade”.

20-45
Janeiro 4, 1927

Como cada novo ato de Vontade Divina leva uma nova Vida Divina. Como quem ouve a
verdade e não a quer levar a cabo fica queimado. Trabalho da Divina Vontade nas almas.

(1) Meu pobre coração hora gemia e hora agonizava pela dor da privação do meu amado Jesus. As
horas me parecem séculos e as noites intermináveis sem Ele, o sono foge de meus olhos, se ao
menos pudesse dormir, pois assim se adormeceria minha intensa dor, possivelmente me traria um
pequeno alívio, mas que, em vez de dormir me faço toda olhos, e olhos abertos, não fechados,
olhos meus pensamentos que querem correr para ver onde se encontra Aquele que busco e não
encontro; olho meu ouvido para ouvir ao menos o ligeiro golpe de seus passos, o eco doce e suave
de sua voz; meus olhos olham, talvez possam ver ao menos o relâmpago de sua vinda fugaz. Oh
como me custa sua privação, como suspiro seu retorno!

Agora, enquanto me encontrava entre as ânsias de querê-lo, meu doce Jesus se moveu em meu interior e se fazia ver dentro de mim,
sentado junto a uma mesinha de luz, todo ocupado e atento a ver toda a ordem do que Ele havia
manifestado sobre sua Santíssima Vontade, se tudo estava escrito, se faltava alguma coisa, e até
onde devia chegar para completar tudo o que concerne a sua Santíssima Vontade, tudo o que se
referia a seu Querer, as palavras, os conhecimentos, nas mãos de Jesus tomavam a imagem de
raio de luz, os quais Ele ordenava sobre essa mesinha de luz, e estava tão concentrado e ocupado
que, por quanto eu dizia, chamava-o, não me dava atenção. Então eu fiz silêncio, contentando-me
em estar perto e olhá-lo. Depois de um longo silêncio me disse:

(2) “Minha filha, quando se trata de coisas que se referem ao meu Querer, céus e terra estão
silenciosos e reverentes para serem espectadores de um ato novo desta Vontade Suprema, cada
ato novo d‟Ela leva a todos uma Vida Divina a mais, uma força, uma felicidade, uma beleza
arrebatadora. Por isso a Vontade Divina trabalhadora que põe fora de Si um ato seu, é a coisa
maior que pode existir no Céu e na terra; céus novos, sóis mais belos podem sair de um ato a mais
de minha Vontade. É por isso que quando se trata d‟Ela, tu e eu temos de pôr tudo de lado e tratar
apenas do Eterno Fiat. Não se trata de reordenar em ti uma vontade humana, uma virtude
qualquer, mas sim se trata de reordenar uma Vontade Divina e trabalhadora, por isso se necessita
demasiado, e Eu, estando ocupado em coisas que mais me correspondem e que levarão o grande
bem de um ato novo desta Suprema Vontade, não faço caso de tuas chamadas, porque quando se
trata de fazer o mais, as coisas menores se fazem a um lado”.

(3) Depois disto estava seguindo o meu apaixonado Jesus na Paixão, e tendo chegado ao ponto
quando Herodes o assediava a perguntas e Ele calava-se, pensava em mim: “Se Jesus tivesse
falado talvez aquele se tivesse convertido”. E Jesus, movendo-se dentro de mim, disse-me:
(4) “Minha filha, Herodes não me pediu para conhecer a verdade, mas para bisbilhotar e zombar de
Mim, e se Eu tivesse respondido teria zombado dele, porque quando falta a vontade de conhecer a
verdade e de realizá-la, falta o humor na alma para receber o calor que leva consigo a luz de
minhas verdades; este calor não encontrando a umidade para fazer germinar e fecundar a verdade,
queima demais e faz secar o bem que pode produzir. Acontece como ao sol, que quando não
encontra a umidade nas plantas, seu calor serve para secar e queimar a vida das plantas, mas se
encontra umidade faz prodígios, por isso a verdade é bela, é amável, é a restauradora e
fecundadora das almas, com o seu calor e luz forma prodígios de desenvolvimento, de graças e de
santidade, mas isto para quem ama conhecê-la para fazê-la; mas para quem não ama fazê-la, a
verdade zomba deles em vez de ficar zombada”.

(5) Depois disto, enquanto escrevia sentia tal desfalecimento de forças que o fazia
trabalhosamente, não me sentia colocar as palavras por Jesus para me facilitá-lo, nem a plenitude
da luz mental que qual mar se faz em minha mente, que devo me contentar em tomar poucas gotas
de luz para escrever sobre o papel, de outra maneira se quisesse colocar tudo, faria como uma
pessoa que vai no mar e gostaria de tomar toda a água do mar em sua mão, por quanto tome, tudo
lhe escapa, em troca se toma poucas gotas pode ter êxito em levá-las consigo. Então tudo era
fadiga em mim, na alma, no corpo, em tudo. Então me sentindo tão mal pensava em mim: “Talvez
não seja mais Vontade de Deus que eu escreva, de outra maneira teria me ajudado como das
outras vezes, ao contrário é tanta a fadiga, o esforço que devo fazer, que não posso seguir adiante,
por isso se Jesus não o quer, tampouco eu o quero”. Mas enquanto isso eu pensava, meu doce
Jesus saiu de dentro de mim e me disse:

(6) “Minha filha, quem deve possuir o Reino de minha Vontade não só a deve fazer e deve viver
nela, mas também deve sentir e sofrer o que sente e sofre minha Vontade nas almas; o que você
sente não é outra coisa que a condição na que se encontra nas criaturas, como corre
cansativamente, quantos esforços não deve fazer para subjugar as criaturas para fazê-las fazer
sua Vontade, como a têm reprimida na sua lhe tiram o mais belo de sua Vida neles, qual é sua
energia, sua alegria, sua força, e é obrigada a agir sob a pressão de uma vontade humana,
melancólica, débil e inconstante. Oh! sob que pesada opressão, amarga, esmagadora, têm a minha
Vontade as criaturas, não queres tu tomar parte em suas penas? Minha filha, tu deves ser como
uma tecla, para que minha Vontade, qualquer som que queira fazer, tu deves te prestar a formar
esse som que quer fazer, e quando tenha formado em ti todos os sons que Ela possui, sons de
alegria, de fortaleza, de bondade, de dor, etc., a sua vitória de ter formado em ti o seu Reino será
completo. Por isso pensa mais bem que é uma melodia diversa e distinta que quer fazer em ti, é
uma tecla a mais que quer adicionar em tua alma, porque no Reino do Fiat Supremo quer
encontrar todas as notas do concerto musical da Pátria Celestial, para que nem mesmo a música
falte em seu Reino”.

20-45
Janeiro 4, 1927

Como cada novo ato de Vontade Divina leva uma nova Vida Divina. Como quem ouve a
verdade e não a quer levar a cabo fica queimado. Trabalho da Divina Vontade nas almas.

(1) Meu pobre coração hora gemia e hora agonizava pela dor da privação do meu amado Jesus. As
horas me parecem séculos e as noites intermináveis sem Ele, o sono foge de meus olhos, se ao
menos pudesse dormir, pois assim se adormeceria minha intensa dor, possivelmente me traria um
pequeno alívio, mas que, em vez de dormir me faço toda olhos, e olhos abertos, não fechados,
olhos meus pensamentos que querem correr para ver onde se encontra Aquele que busco e não
encontro; olho meu ouvido para ouvir ao menos o ligeiro golpe de seus passos, o eco doce e suave
de sua voz; meus olhos olham, talvez possam ver ao menos o relâmpago de sua vinda fugaz. Oh
como me custa sua privação, como suspiro seu retorno! Agora, enquanto me encontrava entre as
ânsias de querê-lo, meu doce Jesus se moveu em meu interior e se fazia ver dentro de mim,
sentado junto a uma mesinha de luz, todo ocupado e atento a ver toda a ordem do que Ele havia
manifestado sobre sua Santíssima Vontade, se tudo estava escrito, se faltava alguma coisa, e até
onde devia chegar para completar tudo o que concerne a sua Santíssima Vontade, tudo o que se
referia a seu Querer, as palavras, os conhecimentos, nas mãos de Jesus tomavam a imagem de
raio de luz, os quais Ele ordenava sobre essa mesinha de luz, e estava tão concentrado e ocupado
que, por quanto eu dizia, chamava-o, não me dava atenção. Então eu fiz silêncio, contentando-me
em estar perto e olhá-lo. Depois de um longo silêncio me disse:

(2) “Minha filha, quando se trata de coisas que se referem ao meu Querer, céus e terra estão
silenciosos e reverentes para serem espectadores de um ato novo desta Vontade Suprema, cada
ato novo d‟Ela leva a todos uma Vida Divina a mais, uma força, uma felicidade, uma beleza
arrebatadora. Por isso a Vontade Divina trabalhadora que põe fora de Si um ato seu, é a coisa
maior que pode existir no Céu e na terra; céus novos, sóis mais belos podem sair de um ato a mais
de minha Vontade. É por isso que quando se trata d‟Ela, tu e eu temos de pôr tudo de lado e tratar
apenas do Eterno Fiat. Não se trata de reordenar em ti uma vontade humana, uma virtude
qualquer, mas sim se trata de reordenar uma Vontade Divina e trabalhadora, por isso se necessita
demasiado, e Eu, estando ocupado em coisas que mais me correspondem e que levarão o grande
bem de um ato novo desta Suprema Vontade, não faço caso de tuas chamadas, porque quando se
trata de fazer o mais, as coisas menores se fazem a um lado”.

(3) Depois disto estava seguindo o meu apaixonado Jesus na Paixão, e tendo chegado ao ponto
quando Herodes o assediava a perguntas e Ele calava-se, pensava em mim: “Se Jesus tivesse
falado talvez aquele se tivesse convertido”. E Jesus, movendo-se dentro de mim, disse-me:
(4) “Minha filha, Herodes não me pediu para conhecer a verdade, mas para bisbilhotar e zombar de
Mim, e se Eu tivesse respondido teria zombado dele, porque quando falta a vontade de conhecer a
verdade e de realizá-la, falta o humor na alma para receber o calor que leva consigo a luz de
minhas verdades; este calor não encontrando a umidade para fazer germinar e fecundar a verdade,
queima demais e faz secar o bem que pode produzir. Acontece como ao sol, que quando não
encontra a umidade nas plantas, seu calor serve para secar e queimar a vida das plantas, mas se
encontra umidade faz prodígios, por isso a verdade é bela, é amável, é a restauradora e
fecundadora das almas, com o seu calor e luz forma prodígios de desenvolvimento, de graças e de
santidade, mas isto para quem ama conhecê-la para fazê-la; mas para quem não ama fazê-la, a
verdade zomba deles em vez de ficar zombada”.

(5) Depois disto, enquanto escrevia sentia tal desfalecimento de forças que o fazia
trabalhosamente, não me sentia colocar as palavras por Jesus para me facilitá-lo, nem a plenitude
da luz mental que qual mar se faz em minha mente, que devo me contentar em tomar poucas gotas
de luz para escrever sobre o papel, de outra maneira se quisesse colocar tudo, faria como uma
pessoa que vai no mar e gostaria de tomar toda a água do mar em sua mão, por quanto tome, tudo
lhe escapa, em troca se toma poucas gotas pode ter êxito em levá-las consigo. Então tudo era
fadiga em mim, na alma, no corpo, em tudo. Então me sentindo tão mal pensava em mim: “Talvez
não seja mais Vontade de Deus que eu escreva, de outra maneira teria me ajudado como das
outras vezes, ao contrário é tanta a fadiga, o esforço que devo fazer, que não posso seguir adiante,
por isso se Jesus não o quer, tampouco eu o quero”. Mas enquanto isso eu pensava, meu doce
Jesus saiu de dentro de mim e me disse:

(6) “Minha filha, quem deve possuir o Reino de minha Vontade não só a deve fazer e deve viver
nela, mas também deve sentir e sofrer o que sente e sofre minha Vontade nas almas; o que você
sente não é outra coisa que a condição na que se encontra nas criaturas, como corre
cansativamente, quantos esforços não deve fazer para subjugar as criaturas para fazê-las fazer
sua Vontade, como a têm reprimida na sua lhe tiram o mais belo de sua Vida neles, qual é sua
energia, sua alegria, sua força, e é obrigada a agir sob a pressão de uma vontade humana,
melancólica, débil e inconstante. Oh! sob que pesada opressão, amarga, esmagadora, têm a minha
Vontade as criaturas, não queres tu tomar parte em suas penas? Minha filha, tu deves ser como
uma tecla, para que minha Vontade, qualquer som que queira fazer, tu deves te prestar a formar
esse som que quer fazer, e quando tenha formado em ti todos os sons que Ela possui, sons de
alegria, de fortaleza, de bondade, de dor, etc., a sua vitória de ter formado em ti o seu Reino será
completo. Por isso pensa mais bem que é uma melodia diversa e distinta que quer fazer em ti, é
uma tecla a mais que quer adicionar em tua alma, porque no Reino do Fiat Supremo quer
encontrar todas as notas do concerto musical da Pátria Celestial, para que nem mesmo a música
falte em seu Reino”.

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