Estudo 45 Mistica Cidade de Deus – Escola da Divina Vontade

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ESTUDO 45 VIDA INTIMA

CAPÍTULO 15
OUTRO MODO DE VISÃO E COMUNICAÇÃO QUE MARIA SANTÍSSIMA
TINHA COM OS SANTOS ANJOS QUE A ASSISTIAM.

0 amor de Deus e as coisas terrenas

646. Tal é a força e eficácia do amor e da divina graça n a criatura, que pode nela apagar a imagem do pecado e do homem terreno (ICo r 15 , 49), criando outro ser novo e celestial. Sua conversação será nos céus (Fl 3, 20), entendendo, amando e agindo não como criatura terrena, mas celestial e divina . A força do amor arrebata o coração e a alma, transportando-a de onde anima, para levá-la e transformá-la no que ama . Esta verdade cristã é crida por todos, compreendida pelos doutores e experimentada pelo s santos . Em nossa Rainha e Senhora deve ser considerada com privilégios tão singulares, que não pode ser comparada ao s exemplos de outros santos, e é impossível de ser explicada e compreendida, mesmo com entendimento de anjos. Mãe do Verbo , era Maria Santíssima Senhora de toda a criação. Sendo, porém, imagem viva de seu Filho Unigênito, à imitação Dele, usou tão pouco das criaturas visíveis das quais era Senhora , que ninguém nelas teve menos parte , salvo o necessário para o serviço do Altíssimo, e conservação da vida natural de seu Filho Santíssimo e sua.

A visão celestial da Mãe de Deus

647. A este olvido e alheiamento de todo o terrestre, deveria corresponder a vivência celestial. Esta seria proporcionada à dignidade d e Mãe de Deu s e Senhora do s céus , cuja s comunicações substituíam devidamente a s relações terrenas. Por isto , era necessário e coe rente que a Rainha e Senhora do s anjos fosse singularmente privilegiada, no obséquio d e seu s vassalo s e cortesãos , e com ele s tratasse por um modo diferente do usado por quaisquer criatura s humanas, ainda a s mai s santas. No capítulo 23 do primeiro Livro, disse algo das múltiplas aparições ordinárias com que s e manifestavam à nossa Rainha e Senhora, os santos anjos e serafins destinados à sua guarda. No capítulo precedente fica m declarados , em geral , os modos e formas de visões sobrenaturais que Sua Alteza tinha. E advirta-se que, em qualquer espécies de visões, as suas eram muito mais excelentes e divinas, quer na substância e modo, quer no s efeitos que produziam em sua alma santíssima.

Maria e a comunicação angélica

648. Deixe i para descrever neste capítulo outro modo e privilégio mais singular concedido pelo Altíssimo à sua Mãe, quando vi a e s e comunicava com seus santos anjos da guarda e com outros, que cm diversa s ocasiões a visitavam . Este modo de visão e comunicação era o mesmo que as ordens e hierarquias angélicas têm entre si.
Cada Cada um dos espírito s celestes conhece ao s demais em si mesmos , sem outra nova espécie para mover o entendimento, d o que a mesma substância e natureza do anjo conhecido. Além disso, os anjos superiores iluminam os inferiores, informando-os dos mistérios ocultos, cuja revelação os superiores recebem imediatamente do Altíssimo. Vão comunicando e passando esta iluminação do primeiro até
o último, sendo esta ordem conveniente a grandeza do supremo Rei e Governador de toda a criação. Daqui se entende que esta tão ordenada iluminação ou revelação, não faz parte da glória essencial dos santos anjos Esta todos recebem imediatamente da divindade, cuja visão e fruição s e comunica a cada um, segundo a medida dos próprios merecimentos. Um anjo não poderia tomar outro essencialmente bem-aventurado , só pelo fato de iluminá-lo ou revelar-lhe qualquer mistério , porque então não veriam Deus face a face, e sem isto não poderiam ser bem-aventurados , nem teriam conseguido seu último fim.

Comunicação angélica

649. Sendo Deus, porém, objeto infinito e espelho voluntário, independente de quanto pertence à ciência beatífica dos santos , ainda restam infinitos segredos e mistérios que lhes podem ser revelados, especialmente par a o governo da Igreja e do mundo. Nestas iluminações é observada a ordem que fica explicada. Como estas revelações estão fora da glória essencial, o carecer de sua notícia não é para os anjos ignorância ou privação de ciência , mas chama-se nesciência ou negação, e a revelação chama se iluminação o u purificação desta nesciência . Acontece, a nosso modo de entender, como se os raio s do sol penetrassem muitos cristais, colocados em ordem paralela, participando todos da mesma luz, comunicada dos primeiros aos últimos. Só uma diferença há neste exemplo: a respeito dos raios do sol, as vidraças ou cristais agem passivamente, sem outra atividade que a do sol, que a todos ilumina com sua ação. Os santos anjos, porém, são pacientes em receber a iluminação dos
superiores, e agentes cm comunicá-la aos inferiores, comunicação feita com louvor, admiração c amor , tudo procedendo do supremo Sol da justiça, Deus eterno e imutável.

Maria gozou dessa ordem de visões

650. Nesta maravilhosa ordem de revelações sobrenaturais , introduziu o Altíssimo sua Mãe Santíssima, par a que gozasse dos privilégios próprios dos cortesãos do céu . Para isto, destinou o s serafins, dos quais falei no cap. 14 deste Livro, os mais supremos e imediato s à divindade. O mesmo ofício era desempenhado também p r outro s anjos de sua guarda, conforme a divina vontade dispunha, quando e como era conveniente. A todos estes anjos e a outros, conhecia a Rain a em si mesmos , sem dependência dos sentidos e imaginação, e sem impedimento do corpo mortal e terreno. Mediante esta vista e conhecimento, os serafins e anjos do Senhor a iluminavam e purificavam , revelando à sua Rainha muitos mistérios, cujo conhecimento recebiam do Altíssimo. Ainda que este modo de visão intelectual e iluminação não era contínuo em Maria Santíssima, foi, entretanto, muito freqüente, particularmente quando , para lhe dar ocasião de maiores merecimentos e diferentes afetos de amor, se lhe encobria e ausentava o Senhor, como direi adiante. Nestas ocasiões , os anjos desempenha vam mais este ofício, sempre numa ordem da sucessiva iluminação, até chegar à Rainha.

Considerações
651. Esta forma de iluminação não derrogava a dignidade d e Mãe de Deus c Senhora dos anjos. Neste favor, e no modo de sua participação , não eram levadas em consideração a dignidade e santidade d e nossa soberana Princesa , pelas quais era superior a todas as ordens angélicas, mas sim ao estado e condição de sua natureza humana corpórea e mortal. Vivendo em carne passível, com a natural necessidade de usar dos sentidos, elevá-la a o estado e operações angélicas foi grande privilégio, ainda que merecido por sua santidade e dignidade. Creio que a mão poderosa do Altíssimo tenha concedido este favo r a outras almas nesta vida mortal, ainda que não tão freqüentemente como à sua Mãe Santíssima, nem com tanta plenitude de luz e demais condições , tão excelentes a Ela concedidas. Se muitos doutores, não sem grande fundamento , admite m a visão beatífica a São Paulo, Moisés e os outros santos, muito mais crível será terem recebido alguns viadores este conhecimento próprio da natureza angélica , pois tal conhecimento não é outra coisa senão ver intuitivamente a substância do anjo. Deste modo, esta visão concorda , no que concerne à luz, com a primeira de que falei no capítulo passado, e por ser intelectual concorda com a terceira acima descrita, ainda que não se produzam por espécies impressas.

Disposições espirituais para ver intuitivamente os anjos

652. Não há dúvida que este favor não é comum , mas muito raro e extraordinário, exigindo na alma grande disposição de pureza de consciência. Não se coaduna com afetos terrenos, imperfeições voluntárias e afeição ao pecado, pois para ser introduzida na ordem dos anjos, a alma deve ter vida mais angélica que humana. Se faltasse esta semelhança, pareceria deformidade a união de extremos tão opostos. Com a divina graça, entretanto, pode a criatura, mesmo de corpo terreno e corruptível, renunciar a todas as paixões e inclinações depravadas, morrer ao visível, apagar suas espécies da memória, e viver mais no espírito do que na carne. Chegando a gozar de verdadeira paz, tranqüilidade e sossego de espírito, que lhe comuniquem serenidade doce , amorosa e suave pelo Sumo Bem, então estará menos incapaz* para se r elevada à visão do s espírito s angélicos, com claridade intuitiva. Então deles receberá as divinas revelações, que eles comunicam entre si, e os efeitos admiráveis resultantes desta visão.

Efeitos desta visão em Maria Santíssima

653. Os efeitos recebido s por nossa soberana Rainha , correspondente s à sua pureza e amor, não podem caber em humana ponderação. Era incomparável a luz divina que recebia na visão dos serafins. De certo modo , neles se refletia a imagem d a divindade , como em espirituais e puríssimos espelhos , onde Maria Santíssima a contemplava em seus infinitos atributos e perfeições. Em alguns efeitos era-lhe manifestada também , por admirável modo , a glória que os mesmo s serafins gozavam, pois isto resulta em grande parte de se ver claramente a substância do anjo . Com a vista de tais objetos, ficava toda inflamada na chama do divino amor, e muitas vezes arrebatada em milagrosos êxtases. Nestas ocasiões, prorrompia , com eles e outros anjos, em cânticos de incomparável glória e louvor da divindade. Admiravam-se disso os espíritos celestiais, porque embora fosse por eles iluminada no entendimento na vontade lhe ficavam muito inferiores Pela força do amor , velozmente subia para se unir com o último e sumo bem onde imediatamente recebia novas influiências da torrente (SI 35,9) da divindade com que era alimentada. Se os serafins não tivessem presente o objeto infinito, princípio e termo de seu amor beatífico, poderiam ser discípulos de Maria Santíssima nesse amor, assim como nas ilustrações do entendimento, Ela era discípula deles.

Outro modo de ver os anjos e os efeitos da visão

654. Além desta forma de visão imediata da natureza espiritual angélica, existe outra inferior e mais comum para outras almas: a visão intelectual por espécies infusas , ao modo da visão abstrativa da divindade, conforme deixe i explicada. Este modo de visão angélica teve a Rainha do céu algumas vezes , mas não freqüentemente como o primeiro. Se bem para outras almas justas, este benefício de conhecer os anjos e santos, por espécies intelectuais infusas , é muito raro e estimável, para a Rainha dos anjos não era necessário, pois comunicava-se com eles d e modo mais elevado, salvo quando o Senhor dispunha que se ocultassem. Neste caso, faltava-lhe aquela vista imediata para que maior mérito e exercício, e os via apenas por espécies intelectuais ou imaginárias , com o disse no capítulo passado . Em outras almas, estas visões angélicas por espécies produzem divinos efeitos, porque vêem aquela s supremas substâncias como reflexos e embaixadores do supremo Rei. Com elas entretém a alma doces colóquios sobre o Senhor e sobre tudo o que é celeste e terreno. Em tudo é iluminada, instruída , corrigida , guiada, dirigida e excitada a elevar-se à união perfeita do amor divino e a praticar o mais puro, perfeito, santo e sublime da vida espiritual.

DOUTRINA DA RAINHA DO CÉU, MARIA SANTÍSSIMA .
Cuidado dos anjos pelos homens

655. Mina filha, admirável é o amor, fidelidade e cuidado dos espíritos angélicos em assistir às necessidades dos mortais, e muito censurável o esquecimento, ingratidão e grosseria da parte dos homens em reconhece r esta dívida . No segredo do peito do Altíssimo, cuja face contemplam (Mt 18,10) na luz beatífica, conhecem estes celestiais espíritos o infinito e paternal amor do Pai dos céus pelos homens terrenos. Ali sentem digno apreço e estima pelo Sangue do Cordeiro, com que foram comprados (ICor 6 , 20) e resgatados, e compreendem quanto valem as almas adquiridas com o tesouro da Divindade. Disto nasce nos santo s anjos o desvelo e atenção no guardar e beneficiar as alma s que , por estimá-la s tanto , o Altíssimo confiou à sua custódia . Quero que entendas como, por este sublime serviço do s anjos , o s mortais receberiam grandes influências de luz e incomparáveis favores do Senhor, s e não os impedissem com o óbice de seus pecados e abominações, e com o esquecimento d e tão estimável favor. Visto que fecham o caminho que Deus , com inefável providência , havia escolhido para dirigi-los à felicidade eterna, condenam-se muitos que poderiam se salvar com a proteção dos anjos, se não inutilizassem este benefício e socorro.

Exortação ao culto dos anjos

656. Filha caríssima, já que muitos homens vivem tão adormecidos, sem advertir nas paternais obras de meu Filho e Senhor , quero que sejas singularmente agradecida, pois com tanta liberalidade te favoreceu, dando-te anjos para te guardarem. Atende à sua presença , ouve seus ensinamentos co m reverência , deixa-te guiar por sua luz, respeita-os como embaixadores do Altíssimo. Pede-lhes auxílio par a seres purificada de tuas culpas, libertada de imperfeições, inflamada n o divino amor . Possas chega r a um estado tão espiritualizado, que esteja s idônea par a tratar com eles, ser sua companheira e participar de suas divinas iluminações, pois não as negará o Altíssimo, se te dispuseres como deves e eu quero.

Maria explica a razão de suas comunicações com os anjos

657. Como desejaste saber, com aprovação da obediência, a razão dos anjos s e comunicarem comigo por tantos modos de visões , respondo a teu desejo , explicando-te melhor o que com a divina luz entendeste e escreveste. As razões foram: o liberal amor do Altíssimo em favorecer-me, e a minha condição de viadora no mundo. A este estado não era possível nem conveniente a uniformidade no s ato s da s virtudes , por cujo meio dispunha a divina Sabedoria elevar-me acima de toda a criação. Tendo que proceder como viadora, humana e sensível, n a diversidade d e sucesso s e obras virtuosas, umas vezes agia como espiritualizada e independente do s sentidos , e neste caso os anjos tratavam-me como se tratam entre si . Como agem uns com os outros, assim agiam comigo. Outras vezes era necessário padecer e ser afligida na parte inferior da alma, na sensibilidade ou no corpo; ora padecia necessidades, ora solidão e desamparos interiores. Segundo a vicissitude destes efeitos e estados , recebia o s favores e visitas dos anjos . Deste modo, em certas ocasiões falava com eles por inteligências; noutras, por visão imaginária, ou ainda por visão corpórea e sensível, conforme o meu estado e necessidade exigiam e era disposto pelo Altíssimo.

Meios para receber essas graças e recompensa delas

658. Por todos estes modos, foram minhas potências e sentidos ilustrados e santificados com obras divinas, influências e favores . Devi a conhecê-la s por experiência, e através de todas receber os influxos d a graça sobrenatural . Não obstante a gratuidade destes favores, quero, minha filha, que saibas: se o Altíssimo foi comigo tão magnífico e misericordioso, guardou sua equidade tal ordem, que não me favoreceu tanto apenas por minha dignidade de Mãe, mas também levou em consideração minhas obras e disposições, pelas quais colaborei com a assistência de sua divina graça. Afastando minhas potências e sentidos de todo o comércio com as criaturas, é renunciando a todo o sensível e criado, converti-me ao sumo bem, entregando-me com todas as minhas forças e vontade unicamente ao seu santo amor. Por esta disposição de minha alma, Ele santificou minhas potências. Com tantos benefícios, visões e ilustrações das mesmas potências, retribuiu a privação de todo o deleitável humano e terrestre que, por seu amor se haviam imposto. Foi tal a recompensa que de minhas obras recebi em carne mortal, que não podes entender nem escrever , enquanto nela vives . Tão grande é a liberalidade e bondade do Altíssimo que, antecipadamente, dá este pagamento em penhor daquele que tem reservado para a vida eterna.

Como obter tais graças

659. É certo que, por estes meios, o poder de Deus dispôs , desde minha Conceição, fosse dignamente preparada à encarnação do Verbo em meu seio. Minhas potências e sentidos deveriam ser santificados e proporcionados à convivência que teriam com o Verbo encarnado. Se. porém, a s demais almas se dispuserem à minha imitação , vivendo não segundo a carne, mas com a vida pura e espiritual, afastadas do contágio terreno, o Altíssimo é tão fiel com quem assim o empenha, que não lhe negará seus benefícios e favores, segundo a equidade de sua divina providência.

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