Estudo 35 O Evangelho como me foi revelado – Escola da Divina Vontade

Estudo 35 O Evangelho como me foi revelado – Escola da Divina Vontade
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37. Primeira lição de trabalho dada a Jesus, que não saiu da regra da idade.
21 de março de 1944.

37.1 Vejo aparecer, como um doce raio de sol em um dia de chuva, o meu
Jesus, pequeno menino beirando os seus cinco anos, todo loiro e bonito, na
sua simples vestezinha azul-clara que lhe desce até o meio da barriga da
perna.
Ele está brincando com terra na horta. Está fazendo montinhos e, em
cima deles, vai fincando raminhos, como se estivesse formando bosques em
miniatura. Com pedrinhas faz pequenas estradas, e depois queria fazer um
pequeno lago, aos pés de suas minúsculas colinas, e, para isso, pega o fundo
de uma vasilha velha e o enterra até a beira, depois o enche d’água com um
jarro que ele mergulha em um tanque, certamente usado como lavatório ou
para regar a pequena horta. Mas não consegue nada mais do que molhar toda
a roupa, especialmente as mangas. A água escapa da vasilha, que está toda
esburacada… e o lago continua seco.
José aparece à porta e, em silêncio, fica a olhar, por algum tempo, a
trabalheira do Menino, e sorri. De fato, é um espetáculo que faz sorrir de
alegria. Depois, para que Jesus não continue a se molhar, ele o chama. Jesus
se vira sorrindo e, vendo José, corre para ele com os bracinhos estendidos.
José, com a ponta de sua veste de trabalho enxuga as pequenas mãos
molhadas e cheias de terra, e as beija. E um doce diálogo se inicia entre os
dois.
Jesus explica o seu trabalho e o seu brinquedo, e as dificuldades que
encontrou para executá-los. Ele queria fazer um lago, como aquele de
Genezaré (Deste eu suponho que lhe haviam falado, ou que o tinham já
levado até lá). Ele queria fazer aquele lago em miniatura para seu
divertimento. Aqui, neste ponto era Tiberíades, ali Magdala, lá adiante
Cafarnaum. Esta era a estrada que, passando por Caná, ia para Nazaré. Ele
queria lançar pequenos barcos no lago — estas folhas são os barcos — e
passar para a outra margem. Mas a água está escapando…
José observa, e se interessa, como se fosse uma coisa séria. Depois ele
se propõe a fazer, no dia seguinte, um pequeno lago, não com aquela vasilha
furada, mas com um pequeno tanque de madeira, bem calafetado com breu,
sobre o qual Jesus poderia lançar verdadeiros barquinhos de madeira que
José o ensinaria a fazer. 37.2Agora mesmo ele já estava trazendo pequenas
ferramentas de trabalho, apropriadas para Jesus, a fim de que Ele pudesse
aprender a usá-las, sem se cansar muito.
– Assim eu te ajudarei! –diz Jesus, com um sorriso.
– Sim, vais me ajudar, e depois te tornarás um bom carpinteiro. Vem vêlas!
E entram na oficina. José lhe mostra um pequeno martelo, uma serrinha,
pequenas chaves de fenda, uma plaina de boneca, tudo colocado sobre um
banco de carpinteiro na relva: um banco adaptado à altura do pequeno Jesus.
– Olha: para serrar, coloca-se esta madeira apoiada assim. Pega-se
depois a serra assim, e prestando atenção para não ir com ela sobre os
dedos, se serra. Experimenta…
E a lição começa. Jesus tornando-se vermelho, pelo esforço feito, e
apertando os lábios, vai serrando com atenção e, depois, alisa a pequena
tábua com a plaina e, ainda que tenha ficado um pouco torta, parece-lhe
bonita, e José o elogia, e o ensina a trabalhar com paciência e amor.

37.3Maria retorna, pois certamente estava fora, e ao chegar à porta
olha. Os dois não a vêem, porque estão de costas. A mamãe sorri, ao ver
o cuidado com que Jesus trabalha com a plaina, e o afeto com que José o
ensina.
Mas Jesus deve estar sentindo aquele sorriso. Ele se vira, vê a mamãe, e
corre para ela com a sua tabuinha semi-aplainada, e lhe mostra. Maria fica
admirada, e se inclina para beijar Jesus. Ela compõe os cachinhos do cabelo
desalinhado, enxuga-lhe o suor do rosto afogueado, escuta com afeto que Ele
lhe promete fazer-lhe um banquinho, para ficar mais cômodo para ela
trabalhar.
José, em pé junto ao pequeno banco, com as mãos nas ilhargas, olha e
sorri.
Eu assisti à primeira lição de trabalho do meu Jesus. E toda a paz desta
Família santa está em mim.
37.4 Jesus diz:
– Eu te consolei, alma querida, com uma visão da minha infância, feliz
em sua pobreza, porque ela estava cercada do afeto dos dois maiores santos
do mundo.
37.5 Dizem que José foi o meu sustento. Oh! Se ele não pôde, por ser
homem, dar-me o leite, que Maria me nutriu, se desdobrou em pedaços no
trabalho, para me dar pão e conforto, tendo para comigo a gentileza de afetos
de uma verdadeira mãe. Eu aprendi dele — e nenhum aluno jamais teve um
mestre melhor — tudo o que faz de um menino, um homem. E um homem que
tem que ganhar o seu pão.
Mesmo se a minha inteligência de Filho de Deus fosse perfeita, é
preciso refletir que eu não quis sair insolitamente dos limites da minha
idade. Por isso, rebaixando a minha perfeição intelectual de Deus ao nível
de uma perfeição intelectual humana, sujeitei-me a ter um homem por mestre,
com a necessidade de alguém para me ensinar. Mesmo se tenha aprendido
com rapidez e boa vontade, isso não me tira o merecimento de ter-me
sujeitado a um homem, ao homem justo, que ensinou à minha pequena mente,
as noções necessárias para a vida.
As horas saudosas, passadas ao lado de José, para o qual foi um
brinquedo ensinar-me a ser capaz de trabalhar, Eu não me esqueço, nem
agora que estou no Céu. E, quando olho para o meu pai putativo, revejo o
pequeno pomar e a oficina fumacenta, e me parece estar vendo a mamãe
chegar com aquele seu sorriso, que transformava em ouro aquele lugar, e nos
tornava felizes.
37.6Quanto teriam que aprender as famílias com a perfeição destes
esposos que se amaram como nenhum outro casal!
José era o chefe. A sua autoridade familiar era evidente e não discutida,
diante da qual se inclinava respeitosamente a da esposa e mãe de Deus e se
sujeitava o Filho de Deus. Tudo estaria bem, se José resolvia fazê-lo, sem
discussões, sem teimosia, sem resistências. A sua palavra era a nossa
pequena lei. E, não obstante isso, quanta humildade nele! Nunca um abuso de
poder, nunca uma vontade contra a razão, só por ser ele o chefe. A esposa
era a sua suave conselheira. E se, em sua humildade também profunda, ela se
julgava a serva de seu consorte, o consorte ia buscar na sabedoria dela, que
era a cheia de Graça, a luz que o guiava em todos os acontecimentos.
Eu crescia como uma flor protegida por duas árvores vigorosas, entre
estes dois amores, que se entrelaçavam sobre Mim para me proteger e me
amar.
Enquanto a idade me fez ignorar o mundo, Eu não tive saudades do
Paraíso. Deus Pai e o Divino Espírito não estavam ausentes, porque Maria
estava repleta Deles. E os anjos ali moravam, porque nada os afastava
daquela casa. Um deles, pode-se dizer assim, havia assumido a carne. Era
José, alma angélica, libertada do peso da carne, somente ocupada em servir
a Deus e à sua causa, amando-O, como amam os serafins. O olhar de José!
Plácido e puro como uma estrela que não conhece as concupiscências
terrenas. Ele era o nosso repouso e a nossa força.
37.7Muitos acham que Eu não tenha humanamente sofrido, quando a morte
veio apagar aquele olhar santo, que vigiava a nossa casa. Se Eu era Deus e,
como tal, conhecedor da feliz sorte que esperava José, não entristecido,
portanto, pela sua partida que, depois de uma breve parada no Limbo, lhe
teria aberto o Céu, contudo, como Homem chorei naquela casa, que ficou
para nós vazia da sua amorosa presença. Chorei sobre o amigo falecido. Não
teria devido chorar por este meu santo, sobre cujo peito Eu tinha dormido,
quando era pequenino, e durante tantos anos, tinha recebido amor?
37.8Enfim, faço observar aos pais como, sem o auxílio de uma erudição
pedagógica, José soube fazer de Mim um hábil operário. Logo que cheguei à
idade em que já podia manejar as ferramentas, sem deixar que Eu me
entregasse à ociosidade, ele me encaminhou para o trabalho, valendo-se do
meu amor por Maria para me estimular a trabalhar. Fazer objetos úteis à
mamãe. Era assim que ele me inculcava o devido respeito para com a
mamãe, que todo filho deveria ter, e sobre esta respeitosa e poderosa
alavanca, ele se apoiava ao ensinar o futuro carpinteiro.
Onde estão hoje as famílias nas quais se ensina os pequenos a amar o
trabalho, como meio de fazer algo agradável aos pais? Os filhos, agora, são
os tiranos da casa. Crescem duros, indiferentes, grosseiros para com os seus
pais. Acham que seus pais são seus servos, seus escravos. Não os amam e
são pouco amados. Porque, ao mesmo tempo que fazeis de vossos filhos uns
prepotentes caprichosos, também ficais longe deles, com um desinteresse
vergonhoso.
Os filhos são de todos, menos de vós, ó pais do século vinte. Eles são
da babá, da governanta, do colégio, se sois ricos. E são dos colegas de rua,
das escolas, se sois pobres. Mas, já não são vossos. Vós, ó mamães, os
gerais, e isso basta. Vós, ó pais, fazeis o mesmo. Mas o filhonão é só carne.
Ele é mente, coração, espírito. Crede, pois, que ninguém, mais do que um pai
ou uma mãe, tem o dever e o direito de formar esta mente, este coração, este
espírito.
37.9 A família existe, e deve existir. Não existe nenhuma teoria ou
progresso que seja capaz de destruir esta verdade, sem provocar ruína. De
um instituto familiar desfeito, só podem vir futuros homens e futuras
mulheres cada vez mais depravados, e que serão causa de ruínas cada vez
maiores. Eu vos digo, em verdade, que seria melhor que não houvessem mais
casamentos e mais filhos sobre a terra, do que famílias menos unidas do que
as tribos dos macacos, famílias que não são escolas de virtude, de trabalho,
de amor e de religião, mas são caos, cada um vivendo como engrenagens
desmanteladas, que acabam se despedaçando.
Quebrai. Despedaçai. Os frutos desse vosso ato de despedaçar a forma
mais santa de vida social, vós os estais vendo e suportando. Continuai,
então, se quiserdes. Mas não vos lamenteis, se esta terra vai-se tornando
cada vez mais um inferno, morada de monstros, que devoram famílias e
nações. Vós o estais querendo. Que, então, isto vos aconteça!”

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