ESTUDO 08 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE

Escolinha da Divina Vontade
ESTUDO 08 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE
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10-8
Dezembro 24, 1910

Almas indecisas não são boas para nada.

(1) Tendo recebido a comunhão rogava ao bom Jesus por um sacerdote que queria saber se o
Senhor o chamava ao estado religioso, e o bom Jesus me disse:
(2) “Minha filha, Eu o chamo e ele está sempre indeciso. As almas que não são decididas não são
boas para nada; ao contrário quando são decididas e resolvidas, então todas as dificuldades as
supera, as soluciona, aqueles mesmos que suscitam as dificuldades, vendo-o tão resolvido, se
enfraquecem e não têm o valor de opor-se. É um pouco de apego o que o ata, e Eu não quero
contaminar minha graça nos corações que não estão livres de tudo; se se separa de tudo e de
todos, então minha graça o inundará de mais e sentirá a força necessária para seguir meu
chamado”.

11-8
Fevereiro 28,1912

Sinais para saber se só se ama o Senhor.

(1) Esta manhã, ao ver o meu adorável Jesus, disse-lhe: “Oh! meu coração, vida minha e meu
tudo, como se pode conhecer se se ama só a Ti, ou se ama outras coisas ou pessoas?”
(2) E Ele: “Minha filha, se a alma está toda cheia de Mim até a borda, até derramar-se fora, isto
é, não pensa, não procura, não fala, não ama senão a Mim só, e todo o resto parece que não
exista para ela, ou melhor, todo o resto a aborrece, a escória e o último lugar ao que não é Deus,
como por exemplo, um pensamento, uma palavra, um ato para uma coisa necessária da vida
natural, isto não é outra coisa que dar a escória à natureza, isto fizeram os santos, Fiz isso
também Eu Comigo, com os apóstolos dando algumas disposições, onde se devia pernoitar, o
que comer, etc. então dar isto à natureza não prejudica nem o amor nem a santidade verdadeira,
e isto é sinal de que me ama só a Mim. Ao contrário, se a alma está misturada de várias coisas,
agora pensa em Mim, agora em outra coisa; agora fala de Mim e depois fala longamente de
outras coisas, e assim do resto, é sinal de que não me ama só a Mim e Eu não estou contente,
enfim, se o último pensamento, a última palavra, um último ato não é só para Mim, é sinal de que
não me ama, e se me dá alguma coisa não é mais que a escória que me dá, e entretanto isto é o
que faz a maioria das criaturas. ¡ Ah minha filha! Os que me amam estão unidos Comigo como
os ramos estão ligados ao tronco da árvore, pode haver separação, esquecimento, alimento
diferente entre os ramos e o tronco? Uma é a vida, uma sua finalidade, de ambos os frutos; aliás,
o tronco é a vida dos ramos, e os ramos são a glória do tronco, outros são a mesma coisa. Assim
são Comigo as almas que me amam”.
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12-8
Maio 10, 1917

Com o seu respiro Jesus dá movimento e vida a todas as criaturas.

(1) Continuando meu pobre estado, segundo meu costume buscava fundir-me em meu doce
Jesus, mas por quanto me esforçava tudo me era inútil, o mesmo Jesus me distraía, e
suspirando forte me disse:
(2) “Minha filha, a criatura não é outra coisa que meu respiro. Como respiro assim dou vida a
tudo; toda a vida está no respiro, se falta o fôlego o coração não bate mais, o sangue não
circula, as mãos ficam inertes, a mente se sente morrer a inteligência, e assim de todo o
resto; assim que toda a vida humana está no receber e dar este respiro, mas enquanto com
meu respiro dou vida e movimento a todas as criaturas, e com meu santo respiro as quero
santificar, amar, embelezar, enriquecer, etc., elas ao me dar o respiro que de Mim recebem me
mandam ofensas, rebeliões, ingratidão, blasfêmias, desconhecimentos, e todo o resto. Assim
que mando o respiro puro e me devolve impuro, mando-o abençoando e me retorna
maldizendo, mando todo amor e me retorna ofendendo-me até no íntimo de meu coração, mas
o amor me faz continuar enviando meu respiro para manter estas máquinas de vidas humanas,
de outra forma não funcionariam mais e acabariam por se desfazer. Ah! minha filha, viu como é
mantida a vida humana? Por minha respiração, e quando encontro uma alma que me ama,
como é doce sua respiração, como me recria, me consola; entre ela e Eu se forma um eco de
harmonias, assim que ficam distintas das outras criaturas, e serão diferentes também no Céu.
Minha filha, não podia conter meu amor e quis desabafar contigo”.
(3) Assim hoje não pude fundir-me em Jesus, porque Ele mesmo me manteve ocupada em seu
respiro. Quantas coisas compreendi, mas não sei dizê-las bem e por isso calo-me.
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13-8
Julho 14, 1921

Assim como o sol forma a vida de toda a natureza, o Divino Querer forma a vida das
almas.

(1) Minha vontade nadava no Querer Eterno, e uma luz incompreensível me fazia compreender
e me dizia:
(2) “Minha filha, para quem vive em minha Vontade acontece como à terra que está exposta ao
sol; o sol, rei de tudo o criado está acima de tudo, e toda a natureza parece mendigar do sol o
que forma sua vida, sua beleza, sua fecundidade: a flor mendiga do sol sua beleza, O seu
colorido, o seu perfume, e conforme vai brotando e abrindo-se, assim abre a boca para receber
do sol o calor e a luz para colorir, perfumar e formar a sua vida; as plantas mendigam do sol a
maturidade, a doçura, o sabor; todas as coisas mendigam do sol a sua vida.
(3) Meu Querer é mais que sol, e conforme a alma entra em seus ardentes raios, assim recebe
a vida, e ao ir repetindo seus atos em meu Querer, assim recebe, agora minha beleza, agora
minha doçura e fecundidade, agora minha bondade e santidade, assim que cada vez que entra
nos raios de meu Querer, tantas qualidades divinas de sobra recebe. ¡ Oh! quantas belezas
variadas adquire, quanta vivacidade de cores, quantos perfumes, se isto pudesse ser visto
pelas demais criaturas, formaria seu paraíso na terra, tal é a beleza destas almas, elas são
meus refletores, minhas verdadeiras imagens”.
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14-8
Março 1, 1922

Como Jesus fica acorrentado pela alma que faz sua Vontade, e a alma por Jesus.

(1) Estava muito aflita pela privação de meu doce Jesus, e depois de muito esperar veio, e de
suas chagas fazia correr seu sangue ao redor de meu pescoço e sobre meu peito, e à medida
que caíam sobre mim essas gotas de sangue formavam-se como tantos rubis brilhantíssimos,
que formavam o mais belo dos adornos. E Jesus olhou para mim e disse:
(2) “Minha filha, como te fica bem o colar do meu sangue, como te embeleza, olha, olha tu
mesma como te faz parecer bela”.
(3) E eu, um pouco aborrecida porque me tinha feito esperar tanto tenho dito:
(4) “Meu amor e minha vida, oh! Por muito que gostasse de colar o teu braço apertado ao meu
pescoço, isso até me agradaria, porque sentiria a vida e me apegaria tanto a Ti, que não te
deixaria fugir mais. Suas coisas, é verdade, são belas, mas quando as separa de Ti eu não te
encontro a Ti, não encontro a vida, e apesar de ter suas coisas meu coração delira, desvairia e
sangra pela dor, porque Você não está comigo. ¡ Ah! se soubesse em que tortura me põe
quando não vem, teria mais cuidado de não me fazer esperar tanto”.
(5) E Jesus todo enternecido circundou o meu pescoço com o seu braço, tomando uma mão na
sua, e acrescentou:
(6) “Eu sei, sei quanto sofres, e para te contentar eis o meu braço como um colar ao redor do
teu pescoço, não estás agora contente? Deve saber que a quem faz minha Vontade não posso
fazer menos que satisfazê-la, porque conforme respira assim forma o ar de meu Querer em
torno de mim, de modo que não só me cinja o pescoço, mas toda a vida, e Eu fico como
acorrentado e impedido pela alma com a mesma força da minha Vontade, mas isto não me
desagrada, mas sim pelo grande contentamento que sinto, acorrentando-a a ela, e se tu não
sabes estar sem Mim, são minhas correntes, minhas algemas que te têm tão estreitada, que
basta um momento sem Mim para te dar um martírio tão doloroso, que não há outro
igual. Pobre filha, pobre filha, tens razão, Eu terei conta de tudo, mas não te deixo, mais bem
me encerro em ti para desfrutar o ar de meu Querer que me forma você mesma, porque ar de
minha Vontade é teu bater de coração, teu pensamento, teu desejo, o teu movimento, e eu
neste ar encontrarei o meu apoio, a minha defesa e o mais belo repouso sobre o teu peito”.
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15-8
Fevereiro 22, 1923

Medo ao fingimento. Quem deve subir mais alto que todos, deve descer no mais baixo.

(1) Eu estava muito angustiada pelo pensamento de que o meu estado era um fingimento contínuo.
Que golpe cruel é isso para mim! Chama-me todas as desgraças, põe-me por debaixo de todos os
desgraçados e até dos mesmos condenados; alma mais perversa que eu nunca existiu na terra,
mas o que mais me dói é não poder sair deste estado de fingimento, pois confessaria a minha
culpa e às custas da minha vida não o faria mais, e Jesus que é tão bom, em sua infinita
misericórdia perdoaria a esta alma, a mais perversa de todas. Então, depois de ter passado uma
destas tormentas, o meu sempre amável Jesus fez-se ver, e eu lhe disse:
(2) “Amado Jesus meu, que pensamento feio é este, ah! Não permita que exista em mim o
fingimento, mande-me a morte antes que te ofenda com o vício mais feio, como é o fingimento, isto
me aterroriza, me esmaga, me aniquila, me arranca de seus doces baços e me põe sob os pés de
todos, mesmo dos mesmos condenados. Meu Jesus, Tu dizes que me amas muito, e depois
permites esta separação de minha alma de Ti? Como teu coração pode resistir ante tanta dor
minha?”
(3) E Jesus: “Minha filha, coragem, não te abatas, quem deve subir mais alto que todos, deve
descer no mais baixo, abaixo de todos. De minha Mãe, Rainha de todos, se diz que foi a mais
humilde de todos, porque devia ser superior a todos, mas para ser mais humilde que todos devia
descer no mais baixo, por baixo de todos, e minha Celestial Mãe com o conhecimento que tinha de
seu Deus Criador, e quem era Ela, criatura, descia tanto no baixo, que à medida que Ela descia
assim Nós a elevávamos, mas tanto, que não há nenhum que a iguale. Assim é de ti, a pequena
filha de meu Querer, para lhe dar o primado em minha Vontade, devendo elevá-la sobre todos, a
faço descer ao mais baixo, por debaixo de todos, e por quanto mais desce tanto mais a elevo e a
faço tomar lugar no Querer Divino. ¡¡ Oh, como me rapta quando quem está acima de todos a vejo
por debaixo de todos! Eu corro, vôo, para te tomar em meus braços, e faço ampliar teus confins em
minha Vontade, por isso permito tudo para teu bem e também para cumprir meus mais altos
desígnios sobre ti. Mas não quero que perca tempo pensando e pensando nisso, quando te tomo
em meus braços faça tudo a um lado e siga meu Querer”.
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16-8
Julho 24, 1923

A vontade é o depósito de toda a obra da criatura.

(1) Sentia-me muito oprimida pela privação do meu sempre amável Jesus e dizia entre mim: “Tudo
acabou para mim, porque quanto o busco não vem, que tortura, que martírio”. Mas enquanto isso
eu pensava, meu adorável Jesus fez-se ver crucificado, que se estendia sobre minha pobre
pessoa, e uma luz que saía de dentro da sua adorável testa dizia-me:
(2) “Minha filha, a minha Vontade contém todo o meu Ser, e quem em si a possui, possui a Mim
mais que se tivesse minha contínua presença, porque minha Vontade penetra em qualquer lugar,
nas mais íntimas fibras; conta os batimentos, os pensamentos, torna-se vida da parte mais bela da
criatura, isto é, de seu interior, do qual brotam como de uma fonte as obras externas, tornando-a
inseparável de Mim; enquanto a minha presença, se não encontrar a minha vontade na alma, não
pode ser vida de todo seu interior, e ela fica como dividida de Mim, quantas almas depois de ter
gozado de meus favores e de minha presença, não estando nelas a plenitude de minha Vontade,
sua luz, sua santidade, foram engolfados de novo na culpa, tomaram parte nos prazeres, se
separaram de Mim porque não estava nelas essa Vontade Divina que volta à alma intangível de
qualquer culpa, ainda mínima, por isso as obras mais puras, mais santas, maiores, são formadas em
quem possui toda a plenitude da minha Vontade. Veja, também na criatura sua vontade tem a primazia,
assim se ésta esta tem vida, e se esta não está, parece uma árvore que enquanto tem tronco, galhos,
folhas, está sem fruto; a vontade na criatura não é pensamento, mas dá a vida à atitude
da mente; não é olho, mas dá a vida ao olhar, porque se tem vontade o olho quer ver, quer conhecer as
coisas, de outro modo é como se o olho não tivesse vida; não é palavra, mas dá vida a cada
uma das palavras; não é mão, mas dá vida à ação; não é passo, mas dá vida ao passo; não é
amor, desejo, afeto, mas dá vida ao amor, ao desejo, ao afeto. Mas isto não é tudo, enquanto
é vida de todos os atos humanos, ao cumpri-los a criatura fica despojada de seus mesmos atos, como
a árvore carregada de frutos é despojada pelas mãos de quem os toma; em vez disso, na vontade
ficam como seladas as olhadas que deu, os pensamentos que formou, as palavras que disse, as
ações que fez; assim que a mão operou, mas sua ação não fica em suas mãos, passa além e
quem sabe para onde vai, mas na vontade fica, por isso tudo fica escrito, formado, selado na
vontade humana, e se isto passa na vontade humana só porque pus o germe, a semelhança da minha,
pensa tu mesma como será a minha em Mim mesmo, e como será se a criatura se faz possuir de
mim Vontade”.
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17-8
Agosto 9, 1924

Imagens do viver na Divina Vontade: O mar e os peixes, a terra e as plantas.

(1) Depois de muito esperar a presença de meu adorável Jesus, senti-o em meu interior, que
estendia os braços e me dizia:.
(2) “Minha filha, estende teus braços junto Comigo em minha Vontade para reparar por tantos que
estendem suas obras na vontade humana, a qual lhes forma a rede de todos os males para
precipitá-los no abismo eterno, e para impedir que a minha justiça se derrame sobre eles, a fim de
dissipar a sua justa ira, porque, quando a criatura se estende na minha vontade para trabalhar e
para sofrer, a minha justiça é tocada pela criatura com o poder da minha vontade, e deixa os seus
justos rigores, é uma veia divina que a criatura faz correr entre Deus e a família humana, pela qual
minha justiça não pode fazer menos que ter consideração pela pobre humanidade”.
(3) E enquanto dizia isto, fazia ver como as criaturas estão preparando uma grande revolução entre
os partidos contra o governo e contra a Igreja. Que horrível destruição parecia! Quantas tragédias!
Então meu doce Jesus continuou falando comigo e me disse:.
(4) “Minha filha, você viu? As criaturas não querem deter-se, a avidez de derramar sangue não se
apagou nelas, e isto faz com que minha justiça, com terremotos, com água e com fogo destrua
cidades inteiras e faça desaparecer os habitantes da face da terra, por isso minha filha, reza, sofre,
obra em minha Vontade, pois só isto pode formar um freio para que minha justiça não exploda com
seus raios devastadores para destruir a terra. ¡ Oh, se você soubesse como é belo e deleitável ver
uma alma trabalhando em minha Vontade! Uma imagem pode lhe ser dada pelo pai mar e a mãe
terra, que estão tão unidos e ligados entre eles, que a água não pode estar sem a terra, e a terra
seria infecunda sem a água, é como um matrimônio o que há entre eles, pelo que se pode dizer pai
para o mar e mãe para a terra. Tal união deveria ter a alma com minha Vontade. Agora, que coisa
há no mar? Uma imensidão de águas; quem habita nestas águas? Quem alimenta, quem dá vida?
Aos muitos peixes variados que se alimentam, nadam e serpenteiam no imenso mar. Olhe então, o
mar é um, mas muitos peixes vivem nele; o amor e o zelo do mar para com eles é tanto, que os
tem ocultos em si; suas águas se estendem acima, abaixo, direita e esquerda, se o peixe quiser
nadar e caminhar abre as águas e serpenteando se diverte, a água se deixa abrir, mas se estreita
sempre em torno, por baixo, por cima, à direita e à esquerda, não o deixa jamais; e por onde passa
se fecha de imediato atrás, não deixando nenhum vestígio de por onde passa nem aonde chega, a
fim de que ninguém possa segui-lo; se quer nutrir-se, a água se presta a alimentá-lo, se quer
dormir, faz-lhe de cama; mas nunca o deixa, fecha-se sempre ao seu redor. Mas com tudo isso se
vê que no mar há seres que não são as mesmas águas, se vêem movimentos, serpenteios
formados por estes mudos habitantes, aos quais o mar é vida, e eles são a glória, a honra e a
riqueza do mar. Mais que peixe é a alma que opera e vive em minha Vontade; minha Vontade é
imensa, a criatura é finita, mas apesar de ser finita tem seu movimento, sua voz, seu pequeno
caminho, e minha Vontade vendo nela, é tanto seu amor e seu zelo, que mais do que o mar se
estende sobre, abaixo, à direita e à esquerda e se faz vida, alimento, palavra, obra, passo,
sofrimento, leito, repouso, habitação desta afortunada criatura, a segue por toda parte e chega a
entreter-se junto com ela. Poderia dizer que essas almas são minha glória, minha honra e a riqueza
que produz minha Vontade. Este obrar da alma em minha Vontade é como o nadar e o serpentear
do peixe no mar terrestre, mas a alma o faz no mar celeste do Querer Supremo; são os ocultos
habitantes das ondas celestes, que vivem na herança imensa do mar infinito de minha Vontade; e
assim como os peixes estão ocultos, desaparecidos no mar, mudos, porém formam a glória do mar
e servem como alimento para os homens, assim estas almas parecem desaparecidas no mar
Divino, mudas, no entanto, formam a minha maior glória da Criação e são causa primária para
fazer descer sobre a terra o alimento requintado da minha Vontade e da minha Graça..
(5) Outra imagem do obrar da alma em minha Vontade é a terra. As almas que vivem em minha
Vontade são as plantas, as flores, as árvores, as sementes. Com quanto amor a terra não se abre
para receber a semente? E não só se abre, senão que se volta a fechar para pôr-se em cima e
ajudar a semente a fazer-se pó junto com ela, para poder com maior facilidade parir de seu seio a
planta que contém essa semente, e assim que começa a brotar de seu seio se estreita a seu redor,
lhe empresta o humor que contém, quase como alimento para fazê-la crescer. Uma mãe não pode
ser tão afetuosa como a mãe terra, porque a seu recém-nascido nem sempre o tem em seu regaço,
nem sempre lhe dá o leite, em troca a terra, mais que mãe, não separa jamais de seu seio à planta,
mas sim, quanto mais cresce para cima tanto mais se afunda abaixo, rasga-se por fazer lugar às
raízes, para fazer crescer mais bonita e mais forte à planta. É tanto seu amor e seu zelo, que a tem
colada a seu peito para dar-lhe vida e alimento contínuo. Mas as plantas, as flores, etc., são o mais
belo ornamento da terra, são sua felicidade, sua glória e sua riqueza, e provê de alimentos às
humanas gerações. Mais do que mãe terra é a minha vontade para a alma que vive e opera nela;
mais do que terna mãe, escondo-a na minha vontade, ajudo-a a fazer morrer a semente da sua
vontade, a fim de que renasça com a minha e forme a minha planta predileta; a alimento com o
leite celestial de minha Divindade; é tanto meu zelo que a tenho presa a meu seio, e encerrada em
Mim a fim de que cresça bela e forte e toda a minha semelhança. Por isso minha filha seja atenta,
obra sempre em minha Vontade se queres voltar contente a teu amado Jesus; gostaria que fizesse
tudo a um lado para tomar só este ponto do viver e obrar sempre em minha Vontade”.
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18-8
Outubro 21, 1925

Efeitos de um ato feito na Divina Vontade. A dor de Jesus está suspensa na Divina Vontade
esperando o pecador.

(1) Esta manhã meu doce Jesus me disse: “Minha filha, trago-te o beijo de todo o Céu”. E enquanto
isso dizia me beijou e acrescentou:.
(2) “Todo o Céu está em minha Vontade, e tudo o que Eu faço, estando eles neste Supremo
Querer, sentem o eco de meus atos e repetem como respondendo ao meu eco o que faço Eu”.
(3) Dito isto desapareceu, mas depois de algumas horas voltou dizendo-me:.
(4) “Minha filha, devolve-me o beijo que te dei, porque todo o Céu, minha Mãe, nosso Pai Celestial
e o Divino Espírito estão esperando a correspondência de teu beijo, porque tendo saído um ato
deles em minha Vontade para a criatura que vive no exílio, desejam que lhes seja restituída a
correspondência em minha mesma Vontade”.
(5) Então, aproximando sua boca à minha, quase tremendo lhe dei meu beijo, o qual produziu um
som harmonioso nunca ouvido, que se elevava ao alto e se difundia em tudo e a todos. E Jesus,
com um amor indescritível acrescentou:.
(6) “Como são belos os atos na minha Vontade! Ah! você não sabe a potência, a grandeza, a
maravilha de um ato em minha Vontade, este ato move tudo, Céu e terra como se fosse um ato só,
e tudo o criado, anjos, santos, dão e recebem a correspondência desse ato. Por isso um ato feito
em minha Vontade não pode estar sem correspondência, de outra maneira todos sentiriam dor de
um ato divino que moveu a todos, no qual todos puseram do seu, e no entanto não correspondido.
O obrar da alma em minha Vontade é como o som argentino de um vibrante e sonora sino que soa
tão forte, que chama a atenção de todos, e soa e ressoa tão doce, que todos conhecem nesse
som, o obrar da alma em minha Vontade, recebendo todos a glória, a honra de um ato divino”..
(7) E, dito isto, desapareceu. Mais tarde, continuando a fundir-me na Vontade Divina, magoandome
por cada ofensa que foi feita a meu Jesus, desde o primeiro até o último homem que virá sobre
a terra, e enquanto me doía pedia perdão, mas enquanto isso fazia dizia entre mim:.
(8) “Meu Jesus, meu amor, não me basta magoar-me e pedir-te perdão, senão que quisesse
aniquilar qualquer pecado, para fazer que jamais, jamais, sejas ofendido”. E Jesus, movendo-se
dentro de mim, disse-me:.
(9) “Minha filha, Eu tive uma dor especial por cada pecado, e sobre minha dor estava suspenso o
perdão ao pecador. Agora, esta minha dor está suspensa em minha Vontade esperando o pecador
quando me ofende, a fim de que, magoando-se de me ter ofendido, desça a minha dor para que se
magoe juntamente com a sua, e em breve lhe dê o perdão; mas quantos me ofendem e não se
magoam? E minha dor e perdão estão suspensos em minha Vontade e como isolados. Obrigado
minha filha, obrigado por vir em minha Vontade a fazer companhia a minha dor e a meu perdão.
Continua girando em minha Vontade e fazendo tua minha mesma dor, grita por cada ofensa: talha
dor, perdão’, a fim de que não seja só Eu a me doer e a impetrar o perdão, senão que tenha a
companhia da pequena filha de meu Querer que se dói junto Comigo”..
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19-8
Março 28, 1926

Com viver no Querer Divino todos os bens ficam concentrados
na alma. A finalidade primária da Redenção foi o Fiat Divino.

(1) Tendo recebido a Santa Comunhão, estava chamando a todos, a minha Rainha Mãe, aos
santos, ao primeiro homem Adão, com o séquito de todas as gerações até o último homem que virá
sobre a terra e além de todas as coisas criadas, a fim de que todos junto comigo, prostrados à volta
de Jesus, adoremo-lo, abençoá-lo e amá-lo, a fim de que a Jesus nada lhe faltasse em torno de
todas as obras que saíssem das suas mãos, nem um só coração que pulsasse, nem um sol que
resplandecesse, nem a vastidão do céu azul adornado de estrelas, nem o mar que murmura, nem
sequer a pequena flor que eleva seu perfume, tudo e a todos gostaria de concentrar em torno de
Jesus Hóstia, a fim de que lhe rendessem as honras devidas; seu Querer me fazia tudo presente
como se tudo fosse meu, e eu queria dar tudo a Jesus. Agora, enquanto fazia isto, parecia-me que
Jesus era feliz ao olhar para todas as gerações e as suas coisas em torno dele, e, estreitando-me a
Si, disse-me:.
(2) “Minha filha, como estou contente ao ver em torno de Mim todas as minhas obras, sinto-me
restituir a alegria, a felicidade que lhes dei ao criá-las, e Eu lhes retribuo com nova felicidade; este
é o grande bem que contém e leva a minha Vontade, e em quem vive nela concentra os bens de
todos nela, porque a minha Vontade não há bem que não leve e vincula a alma a todos e a tudo o
que a Ela pertence, assim que se a criatura não se houvesse subtraído do meu Querer, Eu devia
encontrar a todos em uma, e a cada uma em todos; os bens, a luz, a força, a ciência, o amor, a
beleza, deviam ser comuns a todos, não devia haver nem teu nem meu, nem na ordem natural nem
na ordem espiritual, cada uma das criaturas poderia tomar quanto quisesse. Símbolo do sol devia
ser a vida humana em minha Vontade, que todos podem tomar a luz por quanto queiram, sem que
a nenhum lhe falte; mas como se subtraiu de minha Vontade, os bens, a luz, a força, o amor, a
beleza, ficaram divididos e como incompletos entre as criaturas, Por isso não houve mais ordem,
nem harmonia, nem verdadeiro amor, nem para Deus nem entre eles. Oh! Se o sol pudesse ser
dividido em tantos raios, separando-se do centro da luz, estes raios solares acabariam se tornando
trevas, e o que seria da terra? Ah, certamente nenhum poderia ter tido mais uma luz toda sua e
toda para si! Assim foi da minha Vontade, o homem ao subtrair-se dela perdeu a plenitude dos
bens, a plenitude da luz, da força, da beleza, etc., e por isso foi obrigado a viver com privações. Por
isso sê atenta, teu viver em meu Querer seja contínuo, a fim de que tu contenhas tudo e Eu
encontre a todos em ti”.
(3) Depois estava pensando entre mim: “Se tanto bem contém o verdadeiro viver na Suprema
Vontade, por que minha Mãe Celestial, que era toda Vontade de Deus, não conseguiu junto ao
suspirado Redentor o Fiat Voluntas Tua como no Céu assim na terra, e assim fazer regressar o
homem naquele Fiat Supremo de onde saiu, para dar-lhe novamente todos os bens e o fim pelo
qual tinha sido criado? Muito mais que Ela, sendo toda Vontade de Deus, não tinha nenhum
alimento estranho a Deus, portanto possuía a mesma potência divina e com esta tudo podia
conseguir”. E meu doce Jesus movendo-se de novo dentro de mim, suspirando acrescentou:.
(4) “Minha filha, tudo o que minha Mãe fez e tudo o que eu fiz na Redenção, sua finalidade primária
era que meu Fiat reinasse sobre a terra; não seria nem decoroso, nem verdadeiro amor, nem
grande magnanimidade, nem muito menos agir como aquele Deus que era, se, vindo ao mundo, eu
devesse e quisesse dar às criaturas a coisa mais pequena, como eram os meios para salvar-se, e
não a maior coisa, como era a minha Vontade, que contém não só os remédios mas todos os bens
possíveis que há no Céu e na terra, e não só a salvação e a santidade, mas aquela santidade que
a eleva à própria Santidade do seu Criador. ¡ Oh, se você pudesse penetrar em cada oração, ato,
palavra e pena de minha indivisível Mamãe, você encontraria dentro de si o Fiat que suspirava e
pedia; se pudesse penetrar dentro de cada gota de meu sangue, em cada coração meu, respiro,
passo, obra, dor e lágrima, encontrarias dentro o Fiat que tinha a supremacia, que suspirava e
pedia para as criaturas, mas enquanto o fim primário era o Fiat, minha bondade devia descer ao fim
secundário e quase fazer como um mestre que enquanto possui as ciências mais altas, e poderia
dar lições nobres e sublimes, dignas de si, como os escolares são todos analfabetos deve-se
abaixar a dar lições de: a, b, c, para poder pouco a pouco chegar à sua finalidade primária de dar
as lições da ciência que possui para fazer outros tantos mestres dignos de tal mestre; se este
mestre não se quiser rebaixar a dar lições de estudos inferiores e quiser dar lições de sua alta
ciência, os escolares, sendo analfabetos, não o teriam entendido e confundidos por tanta ciência
ignorada por eles o teriam deixado, e o pobre mestre por não ter querido baixar-se, não deu nem o
pequeno bem de sua ciência nem o grande. Agora minha filha, quando Eu vim à terra as criaturas
eram todas analfabetas nas coisas do Céu, e se Eu tivesse querido falar do Fiat e do verdadeiro
viver nele, teriam sido incapazes de compreendê-lo se não conheciam o caminho para vir a Mim,
em sua maior parte eram coxos, cegos, doentes, devia ter-me abaixado nos vestidos da minha
Humanidade que cobriam aquele Fiat que queria dar, irmanar-me com eles, misturar-me com todos
para poder ensinar as primeiras noções, o a, b, c, do Fiat Supremo, e tudo o que Eu ensinei, fiz e
sofri, não foi outra coisa que preparar o caminho, o Reino e o domínio a minha Vontade. Este é o
costume em nossas obras, fazer as coisas menores como ato preparatório às coisas maiores, não
fiz contigo outro tanto? Ao princípio não te falei do Fiat Supremo, nem da altura, nem da santidade
a que Eu queria que você chegasse em meu Querer, nem te fiz nenhuma menção da grande
missão a que te chamava, senão que te tive como a uma pequena menina, com a qual eu me
deleitava em te ensinar a obediência, o amor ao sofrer, o desapego de tudo e de todos, a morte a
teu próprio eu; e conforme tu te prestavas eu me alegrava, porque via em ti preparado o posto onde
colocar o meu Fiat e as lições sublimes que pertenciam à minha Vontade. Assim foi na Redenção,
tudo foi feito com a finalidade de que o Fiat pudesse de novo reinar na criatura, como quando a
tiramos de nossas mãos criadoras; nós não temos pressa em nossas obras, porque temos não
somente os séculos mas toda a eternidade a nossa disposição, por isso vamos a passo lento, mas
com o nosso triunfo; primeiro preparamos e depois fazemos. Não por haver-me regressado ao Céu
minha potência diminuiu de como era quando estava na terra, minha potência é sempre igual, tanto
estando no Céu como na terra; não chamei e escolhi a minha Mãe estando em minha pátria
celestial? Assim te chamei e escolhi a ti com aquela mesma potência que nenhum pode resistir-me
para o suspirado Fiat, mas bem te digo que para obter isto, tu tens à tua disposição coisas maiores
e mais importantes que não as teve minha amada Mamãe, por isso tu és mais feliz, Porque ela não
teve uma Mãe, nem as suas obras por ajuda para conseguir o suspirado Redentor, mas só teve o
cortejo dos atos dos profetas, dos patriarcas e dos bons do antigo testamento e dos grandes bens
previstos do futuro Redentor. Mas tu tens uma Mãe e todas as suas obras por ajuda, tens as
ajudas, as penas, as orações e a mesma Vida, não prevista mas realizada, do teu Redentor; não
há bem nem orações que tenham sido feitas ou feitas na Igreja que não estejam contigo para te
ajudar a obter o suspirado Fiat; e como tudo o que foi feito por Mim, pela Rainha do Céu e por
todos os bons, o fim primário era o cumprimento da minha Vontade, por isso tudo está contigo para
implorar a realização da sua finalidade. “Por isso seja atenta, Eu estarei junto contigo, também
minha Mãe, não estarás sozinha a suspirar o triunfo de nossa Vontade”.
+ + + +

20-8
Outubro 9, 1926

O reino da Vontade de Deus será uma nova criação. Gosto de Jesus ao
ouvir falar de sua Vontade.

(1) Estava segundo meu costume fazendo meu giro no Querer Supremo e meu doce Jesus me
fazia ver um globo de luz em meu interior, e conforme repetia meus atos no Fiat Divino se fazia
maior e os raios que dele saíam se tornavam mais longos, e meu sempre amado Jesus me disse:
(2) “Minha filha, quanto mais frequentemente girar em minha Vontade para repetir seus atos, tanto
maior se faz a circunferência do globo de luz, e quanto mais força de luz possui, tanto mais se
podem estender seus raios que devem iluminar o Reino do Fiat Eterno. Teus atos fundidos,
perdidos em meu Querer, formarão o sol especial que deve iluminar um Reino tão santo, este sol
possuirá a força criadora e conforme estende seus raios, assim ficará a marca de sua santidade,
da bondade, da luz, da beleza e da semelhança Divina. Quem se fizer iluminar pela sua luz sentirá
a força de uma nova criação contínua de alegria, de contentos e de bens sem fim. Por isso o Reino
de minha Vontade, dominando Ela todos os atos daqueles que viverão n‟Ela, será contínua criação,
assim que a criatura estará sob um ato novo contínuo deste Supremo Querer, que a terá tão
absorvida, que fará faltar o campo de ação ao próprio eu. Por isso amo tanto que o Reino de minha
Vontade seja conhecido, pelo grande bem que receberão as criaturas e pelo livre campo de ação
que Ela terá, porque agora o Supremo Querer está obstruído pelo próprio eu, em troca quando for
conhecido, seus raios vivificantes, penetrantes e plenos de luz viva, eclipsarão a vontade humana,
esta ficará deslumbrada por sua luz resplandecente e vendo o grande bem que lhe virá, dará
liberdade de ação a minha Vontade dando-lhe o total domínio. Então para a minha Vontade, neste
seu Reino, começará uma nova era, uma criação contínua, porá fora tudo o que havia estabelecido
dar às criaturas se tivessem feito sempre sua Vontade, e que por tantos séculos teve em Si como
em depósito, para depois os tirar para o bem dos filhos do seu Reino”.
(3) Depois disto continuei a rezar, mas enquanto rezava via que o meu sumo Bem Jesus, de
pressa saía do fundo de meu interior, empurrando um volume de luz que estava em cima d‟Ele,
que o tinha como eclipsado debaixo dela dentro de mim e me impedia de vê-lo, por isso Ele,
apressando-o, saiu e eu disse-lhe: “Meu Jesus, que pressa é esta que tens? É talvez alguma coisa
que te interessa muito?”
(4) E Jesus: “Certo, certo filha que é a coisa que mais me interessa, olha, ouvi até dentro de ti o
padre que levou nossos escritos que falava de minha Vontade aos que o rodeavam, com tanto
amor que me senti ferido até no coração, e por isso quis sair fora de ti para escutá-lo, são minhas
mesmas palavras que disse sobre minha Vontade que me ressoam ao ouvido, escuto meu eco e
por isso quero tomar todo o gosto de escutá-lo, e quero que também o tomes como compensação
pelos sacrifícios que fizeste”.
(5) Enquanto estava nisto, eu via que um raio de luz saía de Jesus, que se alongava tanto, que
chegava até onde se encontrava o reverendo padre, que, investindo-o, o fazia falar e Jesus se
consolava ao ouvir falar de sua adorável Vontade.
+ + + +

 

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¨Mãe celeste, Rainha Soberana do Fiat Divino, toma-me pela mão e mergulha-me na Luz do querer Divino. Tu serás a minha guia, minha terna Mãe, e me ensinarás a viver e a manter-me na ordem e no recinto da Divina Vontade. Amém, Fiat.¨

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