ESTUDO 14 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE

Escolinha da Divina Vontade
ESTUDO 14 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE
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10-14
Janeiro 19, 1911

A palavra de Jesus é eterna. Jesus quer o sacerdote livre das ataduras da família. O espírito
dos sacerdotes destes tempos é: Espírito de vingança, de ódio, de interesse, de sangue.
(1) Escutando as dificuldades dos sacerdotes, especialmente sobre o romper de todo o vínculo da
família, e que era impossível realizá-lo no modo como dizia o bendito Jesus, e que se fosse
verdade que Ele assim o quer, que falasse ao Papa, para que ele, que tem autoridade, pudesse
ordenar a todos e pôr-se à frente da obra, eu estava dizendo novamente ao bendito Jesus tudo
isto, e lamentava-me com Ele dizendo: “Sumo meu amor, não tinha eu razão ao dizer-te que fosses
às cabeças para lhes dizer estas coisas, em vez de as dizer a mim, ignorante? O que posso eu
fazer?” E meu sempre amável Jesus disse:
(2) “Minha filha, escreve, não temas, Eu estou contigo, minha palavra é eterna, e o que não pode
fazer de bem aqui, pode fazer bem em outro lugar, o que não pode ser feito nestes tempos, será
feito em outros tempos, mas assim quero o sacerdote, livre da escravidão da família. Ah! tu não
sabes qual é o espírito dos sacerdotes destes tempos, não é nada diferente do dos leigos, espírito
de vingança, de ódio, de interesse, de sangue. Agora, devemos viver juntos, se um ganhar mais
que o outro, e não deixa seu lucro para o bem de todos, quem se sentirá anteposto, quem
defraudado, quem humilhado, acreditando que também ele é bom para fazer aquela ganância, e
portanto aparecem as brigas, os rancores, os desgostos e chegarão ainda às mãos. O teu Jesus te
disse e basta, este ponto é necessário, é a coluna, é o fundamento, é a vida, é o alimento desta
obra; se pudesse ir aos chefes Eu não teria insistido tanto. Além disso, olha um pouco minha filha
como eles são grosseiros e ignorantes nas coisas divinas, Eu não tenho seu modo de pensar, que
eles vão à procura, humilhando-se e colocando-se às ordens de dignidades, Eu ao comunicar-me
com as almas não olho para as dignidades, nem se eles são bispos ou papas, mas vejo se estão
despojados de tudo e de todos, olho se neles, tudo, tudo é amor para Mim, olho se se fazem
escrúpulos de se tornarem chefes ainda de um só fôlego, de um só batimento, e encontrando-os
todo amor, não vejo se são ignorantes, baixos, pobres, desprezados e pó; o mesmo pó o converto
em ouro, o transformo em Mim, comunico-lhe tudo Eu mesmo, confio-lhe os mais íntimos segredos
meus, dou-lhe parte em minhas alegrias e em minhas dores, é mais, vivendo em Mim em virtude do
amor, não é de admirar que estejam em dia de minha Vontade sobre as almas e sobre minha
Igreja. Uma é a vida deles Comigo, um o Querer e uma é a luz com a qual veem a verdade
segundo o ponto de vista divino e não segundo o humano, e por isso Eu não tenho que trabalhar
em comunicar-me a estas almas, e as elevo acima de todas as dignidades”.
(3) Depois, me apertando e me beijando me disse:
(4) “Bela minha filha, mas bela de minha beleza, te aflige pelas coisas que dizem? Não te aflijas,
pergunta ao padre B. pobre filho meu, quanto sofreu por minha causa pelos superiores, por seus
companheiros e por outros, até declará-lo tolo, feiticeiro, até chegar a crer um dever castigá-lo, e
qual era seu delito? O amor! Sentindo os outros vergonha de sua vida frente à sua, lhe fizeram
guerra e lhe fazem guerra. Ah, como é caro o crime do amor! Muito me custa o amor e muito custa
a meus amados filhos. Mas Eu o amo muito, e pelo que sofreu, em prêmio dei a Mim mesmo e
moro nele. Meu pobre filho, não o deixam livre, o espiam por toda parte, o que não fazem com os
demais, quem sabe e talvez possam encontrar matéria para corrigi-lo e mortificar-lo, mas Eu
estando com ele volto vãs suas artes, dê-lhe ânimos, mas, oh, como será terrível o juízo que farei
destes tais que ousam maltratar a meus amados filhos!

11-14
Abril 4,1912

A Divina Vontade deve ser o centro de tudo.
(1) Esta manhã o meu sempre amável Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, a minha Vontade é o centro, as outras virtudes são a circunferência. Imagine
uma roda na qual no centro estão concentrados todos os raios, se um destes raios quisesse
separar-se do centro, o que seria dele? Primeiro que faria ridículo, e segundo ficaria inoperante,
porque não estando mais unido ao centro não receberia mais vida e ficaria morto, e a roda ao
rolar se desfaria dele, assim é para a alma minha Vontade, minha Vontade é o centro, qualquer
coisa, ainda santa, virtudes, obras boas que não são feitas em minha Vontade e só para cumprir
meu Querer, são como raios separados do centro da roda, e são obras e virtudes sem vida,
portanto jamais podem me agradar, mas bem faço de tudo para me desfazer delas e castigá-las”.
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12-14
Julho 7, 1917

Para quem faz a Vontade de Deus, tudo está em ato presente.
(1) Estava fundindo-me em meu doce Jesus, mas me via tão miserável que não sabia o que lhe
dar, e o meu sempre amável Jesus para me consolar disse-me:
(2) “Minha filha, para quem faz minha Vontade não existe passado nem futuro, senão que tudo
está em ato presente, e assim como tudo o que fiz e sofri está tudo em ato presente, assim se
quero dar satisfação ao Pai, ou fazer o bem às criaturas, posso fazê-lo como se em ato
estivesse sofrendo e obrando; assim o que pode sofrer ou fazer a criatura em minha Vontade,
se unifica já em minhas penas e em minhas obras e se fazem uma só, e a alma quando quer
testemunhar-me seu amor com suas penas, pode tomar as penas sofridas outras vezes, que
estão em ação, e dá-mas para duplicar seu amor, suas satisfações a Mim; e Eu ao ver o
engenho da criatura que põe como em um banco para multiplicar seus atos e ganhar interesses
para me dar amor e satisfações, para a enriquecer principalmente e não me deixar vencer em
amor, darei-lhe minhas penas, minhas obras multiplicadas, para lhe dar amor e fazer-me amar”.
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13-14
Agosto 25, 1921

Quanto mais conhecimento se tem do Divino Querer, tanto mais valor adquirem os atos.
(1) Estava toda fundindo-me no Santo Querer Divino, e meu Jesus me disse:
(2) “Filha de meu Querer, quantas vezes mais te submerges em meu Querer, tanto mais se
amplia o círculo de tua vontade na minha. É verdade que os atos feitos em meu Querer enchem
tudo, como a luz do sol enche a terra, mas com o repetir os atos em meu Querer alarga-se a
circunferência do mesmo sol, e a alma adquire maior intensidade de luz e de calor; e conforme
repete seus atos em meu Querer, tantas vezes fica atada sua vontade à minha, e estes nós
fazem correr tantos rios divinos sobre toda a terra, que impedem o livre curso à justiça”.
(3) E eu: “Mas, ó meu Jesus, muitos flagelos enchem a terra, tanto de fazer estremecer”.
(4) E Ele: “Ah, minha filha, no entanto pode-se dizer que ainda não é nada! E se não fosse por
estes rios, por estes nós da vontade humana feitos na Vontade Divina, Eu olharia a terra como
se não me pertencesse mais, e então faria abrir redemoinhos por toda parte para engoli-la. Oh,
como me pesa a terra!”
(5) Mas o dizia com tal amargura de fazer chorar as pedras. Depois acrescentou:
(6) “Cada vez que te falo de meu Querer e você adquire novos conhecimentos, tanto mais valor
tem seu ato em meu Querer e mais riquezas imensas adquire. Acontece como com alguém que
tem uma jóia e sabe que esta tem um valor de um centavo; ele é rico em um centavo. Agora,
acontece que ele mostra sua jóia por um especialista, e ele lhe diz que sua jóia vale cinco mil
liras; então ele já não possui um centavo, mas é rico em cinco mil liras. Depois de algum tempo
tem ocasião de fazer ver sua jóia por outro perito mais experiente, e ele lhe assegura que sua
jóia tem um valor de cem mil liras e que está disposto a comprá-la se é que a quer
vender; agora é rico em cem mil liras.Depois de algum tempo tem ocasião de fazer ver sua jóia
por outro perito mais experiente, e ele lhe assegura que sua jóia tem um valor de cem mil liras e
que está disposto a comprá-la se é que a quer vender; agora é rico em cem mil liras. Conforme
conhece o valor de sua jóia, assim se faz mais rico e sente maior amor e estima por sua jóia; a
tem guardada com maior cuidado sabendo que é toda sua fortuna, enquanto antes a tinha como
uma coisa de nada. Não obstante a jóia não mudou, ficou tal como era, a mudança foi feita nele
com saber o valor que a jóia contém. Assim acontece da minha Vontade, como também das
virtudes, segundo a alma compreende seu valor, adquire maior conhecimento sobre ela, assim
vem a adquirir novos valores e novas riquezas em seus atos. Por isso, quanto mais souberes
da minha Vontade, tanto mais o teu ato adquirirá o seu valor. ¡ Oh, se soubesse que mares de
graças eu abro entre você e eu cada vez que te falo dos efeitos do meu Querer, morreria de
felicidade e faria festa como se tivesse adquirido novos reinos para dominar!”
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14-14
Março 18, 1922

A culpa acorrenta a alma e a impede de fazer o bem.
(1) Estava acompanhando meu doce Jesus em suas penas da Paixão, e Ele fazendo-se ver me
disse:
(2) “Minha filha, a culpa acorrenta a alma e a impede de fazer o bem: A mente sente a cadeia
da culpa e fica impedida de compreender o bem, a vontade sente a cadeia que a ata e se sente
entorpecida, e em lugar de querer o bem quer o mal, o desejo acorrentado sente que lhe cortam
as asas para voar a Deus. ¡ Oh, como me dá compaixão ver o homem acorrentado por suas
mesmas culpas! Eis porque a primeira pena que quis sofrer na Paixão foram as correntes, quis
estar atado para libertar o homem de suas correntes. Aquelas correntes que Eu sofri tornaram-se,
assim que me tocaram, em cadeias de amor, as quais tocando o homem queimavam e
rompiam as suas e o amarravam com minhas amorosas cadeias. Meu amor é obrante, não
sabe estar se não obra, por isso para todos e para cada um preparei o que se necessita para
reabilitá-lo, para curá-lo, para embelezar-lo de novo, tudo fiz a fim de que se se decidir encontre
tudo preparado e a sua disposição, por isso tenho prontas as minhas cadeias para queimar as
suas; os pedaços da minha carne para cobrir as suas chagas e adorná-lo de beleza; meu
sangue para lhe dar novamente a vida; tudo o tenho pronto. Tenho em reserva para cada um o
que se necessita, meu amor quer dar-se, quer obrar, sinto uma intranquilidade, uma força
irresistível que não me dá paz se não dou, e sabe o que faço? Quando vejo que ninguém toma,
concentro minhas correntes, os pedaços de minha carne, meu sangue, em quem os ama e me
ama, e o cubro de beleza, envolvendo tudo com minhas correntes de amor, o centuplico a vida
de graça, e assim meu amor se desafoga e se tranqüiliza”.
(3) Mas enquanto isso dizia, eu via que suas correntes, os pedaços de sua carne, seu sangue,
corriam sobre mim, e Ele se divertia aplicando-os sobre mim e envolvendo-me toda. Como é
bom Jesus, seja sempre bendito! Depois voltou e acrescentou:
(4) “Minha filha, sinto a necessidade de que a criatura repouse em Mim e Eu nela, mas sabes
quando a criatura repousa em Mim e Eu nela? Quando sua inteligência pensa em Mim e me
compreende, ela repousa na inteligência de seu Criador, e a do Criador encontra seu repouso
na mente criada; quando a vontade humana se une com a Vontade Divina, as duas vontades se
abraçam e repousam juntas; Se o amor humano se eleva sobre todas as coisas criadas e ama
só o seu Deus, que belo repouso encontram mutuamente Deus e a alma! Quem dá repouso,
encontra-o, Eu faço de leito e a tenho no mais doce sono, estreitada entre meus braços, por
isso vem e repousa em meu seio”.
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15-14
Abril 9, 1923

Deus é o primeiro movimento de toda a Criação, e quem opera no Divino Querer,
opera no primeiro movimento.
(1) Sentia-me toda imersa no Divino Querer e dizia ao meu doce Jesus: “Ah, peço-te que não me
deixes sair jamais de tua Santíssima Vontade, faz que pense, que fale, que opere, que ame
sempre neste teu amável Querer!” Agora, enquanto dizia isto, senti-me circundada por uma luz
puríssima e depois vi o meu sumo e único Bem e disse-me:
(2) “Filha querida minha, amo tanto estes atos feitos em meu Querer, que assim que a alma entra
nele para obrar, a sombra de minha luz a circunda e Eu corro para fazer que meu ato e o seu
sejam um só. Eu sou o ato primeiro de toda a Criação, e sem meu primeiro movimento todas as
coisas criadas ficariam paralisadas, sem força e incapazes de um mínimo movimento; a vida está
no movimento, sem ele tudo está morto, portanto Eu sou o primeiro movimento, que dou vida e
atitude a todos os demais movimentos, assim que a meu primeiro movimento a Criação se põe em
movimento; acontece como numa máquina, ao toque do primeiro movimento da primeira
engrenagem, todos os outros se põem em movimento. Olha então como é quase natural que quem
obra em minha Vontade se move em meu primeiro movimento, e obrando no meu vem a encontrar-se
e obra no movimento de todas as criaturas; E eu vejo a criatura, sinto-a, porque correndo em
meu próprio movimento e em todos os movimentos das criaturas, dá-me tantos atos divinos por
quantos atos humanos ofensivos fazem todas as demais, e isto só porque atuou em meu primeiro
movimento, por isso digo que quem vive em meu Querer me substitui por todos, me defende de
todos e põe a salvo meu movimento, ou seja, minha própria Vida. Eis por que o agir em meu
Querer é o prodígio dos prodígios, mas sem estrondos, sem aclamações humanas, mas é meu
verdadeiro triunfo sobre toda a Criação, e sendo o triunfo todo divino, o humano se cala e não tem
palavras adequadas para aclamar o triunfo de minha Suprema Vontade”.

16-14
Agosto 13, 1923

A Virgem foi o início, a origem, o germe do Fiat Voluntas Tua
como no Céu assim na terra. Jesus sobre este germe de seu mesmo
Querer que encontrou em sua Divina Mãe formou o grande plano da
vontade humana na Vontade Divina. Agora, por meio de outra
criatura, abrirá o campo deste plano às gerações.
(1) Sentia-me oprimida pela privação do meu doce Jesus, e pondo-me a rezar lhe pedia que não
tardasse em vir a minha pobre alma, que não podia mais. Então com surpresa minha eu vi que estava
apertado ao meu pescoço, me envolvendo com seus braços, e com seu rosto que tocava o
meu, e com uma luz que queria infundir em minha mente; eu, como atraída o beijei, mas como se
quisesse rejeitar a luz e dizia entre mim: “Eu não me importo de saber as coisas, O que quero é
salvar minha alma, e Jesus só me basta para me salvar, todo o resto é nada”.
Então Jesus me tocou a testa, não pude resistir mais, e a luz entrava em mim e dizia:
(2) “Minha filha, quem é chamado a um ofício deve conhecer os segredos, a importância, os deveres,
os bens, o fundador e tudo o que a esse ofício pertence. Saiba que uma simples criatura
rompeu as relações que existiam entre a Vontade Divina e a criatura, esta ruptura destruiu os
planos que a Divindade tinha na criação do homem; agora, outra simples criatura, embora dotada de
tantas graças e privilégios, qual foi a Virgem, Rainha de todos, mas sempre pura criatura, foi-lhe
dado o ofício de ter que retomar, cimentar e estabelecer relações com a Vontade do seu Criador
para reparar a primeira ruptura de aquela primeira criatura; mulher a primeira, mulher a segunda.
Foi propriamente Ela, que com vincular seu querer ao nosso nos restituiu a honra, o decoro,
a sujeição, os direitos da Criação; não foi uma só criatura que teve o início do mal e a que formou o
germe da ruína de todas as gerações? Assim, esta só Criatura Celestial teve o início do bem, com
relacionar-se com a Vontade de seu Criador formou o germe daquele Fiat Eterno que devia ser a
salvação, a santidade, o bem-estar de todos. Agora, esta Celestial Criatura, conforme crescia,
assim crescia nela o germe daquele Fiat Eterno, que fazendo-se árvore, o Verbo Eterno sentiu-se
arrebatado a repousar sob a sombra de seu Eterno Querer, e ficou concebido, formando a sua
humanidade naquele seio virginal, no qual reinava como Rei dominante seu Supremo Querer. Veja
então como todos os bens descendem de meu Supremo Querer, e todos os males saem em campo
quando a criatura se subtrai da Vontade Divina. Então, se não tivesse encontrado uma criatura
que tivesse por vida meu Querer, e que não se tivesse posto em relação comigo Com aqueles
vínculos da Criação queridos por Mim, não teria querido nem poderia descer do Céu e tomar carne
humana para salvar o homem, assim que minha Mamãe foi o início, a origem, o germe do
“Fiat Voluntas Tua come in Cielo Così in terra”; porque uma criatura o tinha destruído, era justo que outra
criatura tinha de o reedificar. E minha Humanidade, que jamais se separou de minha Divindade,
sobre este germe de meu mesmo Querer que encontrei em minha Divina Mãe formei o grande
plano da vontade humana na Divina Vontade; com minha vontade humana unida à Divina
não houve ato humano que não pusesse em relação com o Querer Supremo; com o Querer Divino estava
em dia de todos os actos de todas as gerações, com o querer humano ia reparando-os e os ligava
com o Eterno Querer; não houve ato que me escapasse e que não fosse ordenado por Mim na luz
puríssima da Suprema Vontade. A Redenção, poderia dizer que me custou pouco, teriam bastado
minha vida externa, as penas de minha Paixão, meus exemplos, minha palavra, e a teria feito em
muito pouco tempo; mas para formar o grande plano da vontade humana na Divina, para unir todas
as relações e vínculos por ela quebrados, devia colocar todo meu interior, toda Minha vida escondida,
todas as minhas dores íntimas, que são de mais duração e mais intensas que minhas penas
externas, e que ainda não são conhecidas; basta dizer que não era só o perdão o que impele, a
remissão das culpas, o refúgio, a salvação, a defesa nos graves perigos da vida do homem, como
o impeli na minha Paixão, senão era o ressurgimento de todo o interior, devia fazer surgir esse Sol
do Querer Eterno, que amarrando com força raptora todo o interior do homem, até as mais íntimas
fibras, devia conduzi-lo ao seio de meu Pai Celestial como renascido em seu Eterno Querer. Oh!
como foi mais fácil conseguir-lhe a salvação do que reordenar lhe seu interior em meu Supremo
Querer, e se isto não o tivesse feito, a Redenção não teria sido completa, nem teria sido obra digna
de um Deus, nem teria ajustado nem ordenado todas as partidas do homem, nem restituído aquela
santidade perdida por ter sido subtraída e rompeu as relações com a Divina Vontade. O plano já
está feito, mas para fazê-lo conhecer era necessário que primeiro o homem soubesse que com
minha Vida e Paixão podia obter o perdão e a salvação, para dispô-lo a fazer-lhe conhecer como
lhe havia conseguido a coisa maior e mais importante, que é o ressurgimento de seu querer no
meu, para restaurar lhe sua nobreza, as relações quebradas com minha Vontade, e com isto seu
estado de origem.
(3) Agora minha filha, se a minha eterna sabedoria determinou que uma Celestial e a mais Santa
de todas as criaturas preparará o germe do meu Santo Querer, no qual Eu formei o plano do ressurgimento
do homem em minha Suprema Vontade, agora por meio de outra criatura, fazendo-a
entrar nas eternas moradas de meu Querer e vinculando sua vontade com a minha, unindo-a a todos os
meus atos faço ressurgir todo seu interior no Eterno Sol de meu Querer, e abro o campo
deste plano às gerações, de maneira que quem quiser possa entrar nele para colocar-se em relação
com a Vontade do seu Criador, e se até agora gozaram os bens da Redenção, agora
passarão a gozar os frutos do Fiat Voluntas Tua come in Cielo Como na terra, aquela felicidade perdida,
aquela dignidade e nobreza, aquela paz toda celestial que com fazer sua vontade o homem tinha
feito desaparecer da face da terra. Graça maior não poderia fazer, porque com colocá-lo de volta
em relação a minha Vontade, eu lhe restituo todos os bens com os quais o Deus o criou. Por isso
seja atenta, porque se trata de abrir um grande campo de bens a todos os teus irmãos”.
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17-14
18 de setembro de 1924

Diferença entre viver na Vontade de Deus e fazer a
Vontade de Deus. Para entender o que quer dizer viver na Divina
Vontade deve-se dispor ao maior dos sacrifícios, que é
o de não dar vida, mesmo nas coisas santas, à própria vontade.
(1) Estava pensativa acerca do que está escrito sobre o viver no Divino Querer, e pedia a Jesus
que me desse mais luz para explicar-me melhor, e assim poder esclarecer mais a quem estou
obrigada a fazê-lo este bendito viver na Divina Vontade, e meu doce Jesus me disse:.
(2) “Minha filha, não se quer entender. O viver em minha Vontade é reinar, o fazer minha Vontade é
estar às minhas ordens; o primeiro é possuir, o segundo é receber minhas ordens e cumpri-las.
Viver em meu Querer é fazer sua minha Vontade como coisa própria, é dispor dela; fazer minha
Vontade é tê-la em conta como Vontade de Deus, não como coisa própria, nem poder dispor dela
como se quer. O viver em minha vontade é viver com uma só Vontade, a qual é a de Deus, a qual,
sendo uma Vontade toda Santa, toda pura, toda paz, e sendo uma só Vontade a que reina, não há
contrastes, tudo é paz; As paixões humanas tremem ante esta Suprema Vontade e querem evitá-la,
não se atrevem a mover-se nem a opor-se, vendo que diante desta Santa Vontade tremem
Céus e terra. Então o primeiro passo de viver no Querer Divino, o que faz? Colocar a ordem divina
no fundo da alma, esvaziá-la do que é humano, de tendências, de paixões, de inclinações e de
outras coisas. Ao contrário, fazer minha Vontade é viver com duas vontades, e quando dou as
ordens de seguir a minha, a criatura sente o peso de sua vontade que lhe põe contrastes, e embora
siga as ordens de minha Vontade com fidelidade, sente o peso da natureza rebelde, suas paixões e
inclinações. E quantos santos, embora tenham chegado à perfeição mais alta, sentem esta sua
vontade que lhes faz guerra, que os tem oprimidos, e muitos são obrigados a gritar: Quem me
livrará deste corpo de morte? Isto é, desta minha vontade que quer dar morte ao bem que quero
fazer? Viver na minha vontade é viver como filho, fazer a minha vontade é viver como servo. No
primeiro, o que é do pai é do filho e muitas vezes fazem mais sacrifícios os servos que os filhos, a
eles cabe expor-se aos serviços mais cansativos, mais humildes, ao frio, ao calor, a viajar a pé;
com efeito, quanto não fizeram os meus santos para seguir as ordens da minha Vontade? Mas o
filho está com seu pai, tem cuidado dele, alegra-o com seus beijos e com suas carícias, manda aos
servos como se o fizesse seu pai; se sair, não vai a pé, mas viaja em carruagem; e se o filho possui
tudo o que é do pai, aos servos não se dá outra coisa senão o pagamento pelo trabalho que
fizeram, e ficam livres de servir ou não servir a seu patrão, e se não o servem não têm mais direito
de receber nenhuma outra compensação. Pelo contrário, entre pai e filho, ninguém pode retirar
estes direitos: que o filho possua os bens do pai. ‘Nenhuma lei, nem celeste nem terrestre pode
remover estes direitos, nem desvincular a filiação entre pai e filho. Minha filha, viver em minha
Vontade é o viver que mais se aproxima ao dos bem-aventurados no Céu, e é tão distante de quem
faz minha Vontade e está fielmente a minhas ordens, quanto é distante o Céu da terra, quanta
distância há entre filho e servo, entre rei e súdito. Além disso, isto é um dom que quero fazer
nestes tempos tão tristes, que não só façam minha Vontade mas que a possuam. Não sou Senhor
e dono de dar o que quero, quando quero e a quem quero? Não é porventura livre um senhor dizer
a um servo: Vive em minha casa, come, toma, ordena como outro eu? E para fazer com que
ninguém lhe possa impedir a posse de seus bens, este servo é legitimado como filho e lhe dá o
direito de possuir. Se isso pode fazer um rico, muito mais eu posso fazer. Este viver em meu
Querer é o maior dom que quero dar às criaturas, minha bondade quer sempre mais desafogar em
amor para com elas e tendo dado tudo a elas, e não tendo mais que lhes dar para fazer-me amar,
quero fazer dom de minha Vontade, a fim de que possuindo-a, amem o grande bem que possuem.
(3) Não se surpreenda se vê que não compreendem, para entender deveriam dispor-se ao maior
dos sacrifícios, qual é o de não dar vida, mesmo nas coisas santas à própria vontade, só então
sentiriam a posse da minha e tocariam com a mão o que significa viver em meu Querer. “Você seja
atenta e não se aborreça das dificuldades que te colocam, e Eu pouco a pouco farei caminho para
fazer compreender o viver em minha Vontade”.
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18-14
Novembro 19, 1925

O Divino Querer quer a companhia da criatura para poder enriquecê-la, instruí-la e dar-lhe a
posse do bem que a faz conhecer.
(1) Sentia-me como imersa no imenso mar da Suprema Vontade, e teria querido, como me diz meu
amável Jesus, que nada me escapasse de todos os atos que fez, faz e fará, que para Jesus são
um ato só, e que eu sempre estivesse junto com esta Divina Vontade para dar-lhe minha pequena
correspondência de amor e de agradecimento; teria querido ao menos fazer uma longa lista de
todos os atos desta Vontade Suprema para admirar, louvar o que Ela sabe fazer, e estar sempre
junto com Ela, jamais deixá-la sozinha. Mas, ai de mim! Minha pequenez é tanta, que me perco e
não sei onde tomá-la para segui-la, porque onde quer que a encontro e sempre em ato de fazer
coisas surpreendentes, seja nas coisas grandes como nas mais pequenas. Mas enquanto isso eu
pensava, meu doce Jesus saindo de dentro de mim me disse:.
(2) “Filha do meu Santo Querer, que é filha deve saber o que o pai faz, deve saber o que ele tem e
deve poder dizer ao pai: O que é teu é meu’. E se isso não for, significa que não há acordo entre
pai e filha, ou que talvez não seja filha legítima deste pai. Assim é, quem é verdadeira filha de
minha Vontade deve conhecer o que faz e os imensos bens que possui; é propriamente isto viver
em meu Querer, fazer companhia a todos os atos que faz minha Vontade. Ela não quer viver
isolada no meio da Criação, mas quer a companhia da criatura, por causa da qual, porque a ama
tanto, mantém a ordem de toda a Criação e faz-se vida de cada coisa; e quando encontra a alma
que lhe faz companhia nesta vida que mantém em todo o universo, minha Vontade jubilosa faz
festa e se sente feliz, encontra a que ama e pela qual é correspondida em amor, encontra a quem
pode fazer-se conhecer, o que possui, e em sua felicidade narra à alma os arcanos de seu Querer,
seu valor e seus efeitos surpreendentes; mas isto é nada, conforme narra seus conhecimentos, o
que faz e o que é, assim lhe faz doação do que lhe manifesta, e mais que válida escritura é o
mesmo conhecimento, que com caracteres de luz imprimiu na alma a posse dos bens que seu
conhecimento contém. Oh! como é bonito ver a santidade, a potência, a imensidão do meu querer
entreter-se com a pequenez da vontade humana no ato em que lhe faz companhia; Ele quer dar
sempre, não se detém jamais, quer ver a pequenez bela, rica, potente, quer tê-la sempre por perto
para poder dar-lhe sempre. Não há coisa mais bela, mais graciosa, mais surpreendente ao ver-se,
que uma alma que procura seguir os atos da Vontade do seu Criador; há uma competência
contínua entre eles, um amor recíproco, um dar e um receber contínuo. ¡ Oh! se tu soubesses
como és rica; por quantas coisas conheces da minha Vontade, tantos bens possuis; se tu os
enumerasses, te perderias e ficarias afogada neles. Por isso seja atenta em seguir os atos de meu
Querer se quiser fazer-lhe contínua companhia”.
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19-14
Abril 25, 1926

O Fiat no Céu é triunfador, na terra é conquistador.
(1) Passo dias amargos pelas privações de meu doce Jesus, sinto que respiro um ar venenoso,
bastante para me dar não uma morte mas milhares de mortes, mas enquanto estou por sucumbir
sob o golpe mortal, sinto o ar vital e balsâmico do Querer Supremo que me serve de antídoto para
não me deixar morrer, e me tem em vida para sofrer mortes contínuas sob o peso incalculável da
privação do meu sumo e único Bem. ¡ Oh, privação de meu Jesus, como é dolorosa, você é o
verdadeiro martírio para minha pobre alma! ¡ Ó Vontade Suprema, como é forte e potente, que com
me dar vida me impede o vôo para a pátria celestial para encontrar Aquele que tanto suspiro e
anseio! ¡ Ah, piedade de meu duro exílio, piedade de mim que vivo sem Aquele que é o único que
pode me dar vida! Mas enquanto me sentia esmagada sob o peso de sua privação, meu amável
Jesus se moveu em meu interior e me olhava fixamente, a seu olhar piedoso me sentia retornar da
morte à vida, e como eu estava fazendo meus acostumados atos em seu Querer Supremo, me
disse:.
(2) “Minha filha, enquanto você imprimia o seu eu te amo’ em minha Vontade sobre todas as coisas
criadas, toda a Criação se sentia duplicar o amor do seu Criador, e como as coisas criadas não têm
razão, aquele amor corria com ímpeto para Aquele que as tinha criado; e o Pai Celestial ao ver-se
duplicado o amor que tirou na Criação pela pequena recém-nascida de seu Querer, para não se
deixar vencer em amor, duplica seu amor e o faz correr sobre todas as coisas criadas, para fazer o
mesmo caminho que fez sua pequena filha, e depois todo este amor o concentra naquela que lhe
enviou seu amor duplicado, e com ternura paterna espera a nova surpresa, que a sua recém-nascida
lhe duplique de novo o seu amor. ¡ Oh, se você soubesse as correntes e as ondas de amor
que vão e vêm da terra ao Céu, e do Céu à terra, como toda a Criação sente, embora em sua
linguagem muda e sem razão, este amor duplicado d’Aquele que as criou, e daquela, por causa da
qual foram criadas, como todas se põem em atitude de sorriso, de festa e de fazer correr benévolos
seus afetos às criaturas! Viver no meu Querer move tudo, investe tudo e cumpre a obra do seu
Criador na Criação. O Fiat como no Céu sobre a terra tem um prodígio, uma nota mais harmoniosa,
uma característica mais bela que não goza nem possui no mesmo Céu, porque no Céu possui o
prodígio de um Fiat de absoluto triunfo, que nenhum lhe pode resistir, e todo o gozar nas regiões
celestiais vem do Fiat Supremo. Aqui no exílio, no fundo da alma, contém o prodígio de um Fiat
conquistador, e de novas conquistas, enquanto no Céu não há novas conquistas porque tudo é
seu. Na alma peregrina meu Fiat não é absoluto, mas quer a alma junto, em sua mesma obra, e
por isso se deleita de manifestar-se, de ordenar e até de rogar-lhe que trabalhe com Ele, e quando
a alma cede e se deixa investir pelo Fiat Supremo, se formam tais notas harmoniosas produzidas
por ambas as partes, que o próprio Criador se sente recriar por suas mesmas notas divinas
formadas pela criatura. Estas notas no Céu não existem, porque não é morada de obras, mas de
alegrias, e por isso o meu Fiat na terra tem a bela característica de imprimir na alma o seu próprio
agir divino, para fazê-la repetidora das suas obras. Assim, se no Céu o meu Fiat é triunfador e
ninguém pode dizer na região celestial que fez uma obra para testemunhar o seu amor, seu
sacrifício ao Fiat Supremo; aqui na terra é conquistador, e se gosta do trono, muito mais gostam as
novas conquistas, e quanto não faria meu Fiat para conquistar uma alma, para fazê-la operar em
seu Querer? Quanto não fez e não faz por você?”.
(3) Depois, o meu doce Jesus fazia-se ver crucificado, e sofria muito, eu não sabia o que fazer para
o aliviar, sentia-me aniquilada pelas súbitas privações, e Jesus, descravando-se da cruz se lançou
nos meus braços dizendo-me:
(4) “Ajuda-me a aplacar a Divina Justiça que quer golpear as criaturas”.
(5) Então se sentia um forte terremoto que trazia destruição de cidades. Eu fiquei espantada, Jesus
desapareceu, e eu me encontrei em mim mesma…

20-14
Outubro 22, 1926

O grande bem que levará o reino do Fiat Divino. Como será preservativo de todos os males.
Assim como a Virgem, enquanto não fez nenhum milagre, fez o grande milagre de dar um
Deus às criaturas, assim será quem deve fazer conhecer o Reino, fará o grande milagre de
dar uma Vontade Divina.
(1) Estava a pensar no Santo Querer Divino e dizia em mim: “Mas qual será o grande bem deste
reino do Fiat Supremo?” E Jesus, como interrompendo o meu pensamento e como depressa se
moveu dentro de mim, dizendo-me:
(2) “Minha filha, qual será o grande bem? Qual será o grande bem? O Reino de meu Fiat encerrará
todos os bens, todos os milagres, os presságios mais estrepitosos, antes os ultrapassará a todos
juntos, e se milagre significa dar a vista a um cego, endireitar a um coxo, curar um enfermo,
ressuscitar um morto, etc., o Reino da Minha Vontade terá o alimento preservativo, e qualquer que
entrar n‟Ele, não haverá nenhum perigo de que possa permanecer cego, coxo e enfermo, a morte
na alma não terá mais poder, e se o tiver sobre o corpo não será morte, mas passo, e faltando o
alimento da culpa e a vontade humana degradada que produz a corrupção nos corpos, e estando o
alimento preservativo da minha Vontade, tampouco os corpos estarão sujeitos a decompor-se e a
corromper-se tão horrivelmente de infundir temor até aos mais fortes, como é agora, mas sim
ficarão compostos em suas sepulturas esperando o dia da ressurreição de todos. Então, o que
você acha que seja mais milagre, dar a vista a um pobre cego, endireitar um coxo, curar um
enfermo, ou ter um meio preservativo para que o olho não perca jamais sua vista, que se caminhe
sempre direito, que se esteja sempre são? Acho que é mais o milagre preservativo que o milagre
depois da desventura aconteceu. Esta é a grande diferença do Reino da Redenção e do Reino do
Fiat Supremo, no primeiro foi milagre para os pobres desventurados, como o é ainda agora que
jazem, quem em uma desventura e quem em outra, e por isso Eu dei o exemplo também no
exterior, fazendo tantas curas diferentes que eram símbolo das curas que Eu fazia nas almas, e
que facilmente retornam a sua enfermidade. O segundo será milagre preservativo, porque minha
Vontade possui a milagrosa Potência que quem se faz dominar por Ela não estará sujeito a
nenhum mal, portanto não terá nenhuma necessidade de fazer milagres, porque os conservará
sempre sãos, santos e belos, dignos daquela beleza que saiu de nossas mãos criadoras ao criar a
criatura. O Reino do Fiat Divino fará o grande milagre de desterrar todos os males, todas as
misérias, todos os temores, porque Ele não fará o milagre a tempo e a circunstância, mas que se
manterá sobre seus filhos de seu Reino com um ato de milagre contínuo para preservá-los de
qualquer mal e fazê-los distinguir como filhos de seu Reino, isto na alma, mas também no corpo
haverá muitas modificações, porque é sempre a culpa o alimento de todos os males, e removida a
culpa faltará o alimento ao mal, muito mais que minha Vontade e pecado não podem existir juntos,
portanto, também a natureza humana terá seus benéficos efeitos.
(3) Agora, minha filha, que devo preparar o grande milagre do Reino do Fiat Supremo, estou
fazendo com você, como filha primogênita da minha Vontade, como fiz com a Soberana Rainha,
minha Mãe, quando preparei o Reino da Redenção, a atraí tanto a Mim, a mantive tão ocupada em
seu interior para poder formar junto com Ela o milagre da Redenção, e havia tanta necessidade,
tantas coisas que juntos tínhamos que fazer, que refazer, que completar, que tive que esconder em
seu exterior qualquer coisa que pudesse chamar-se milagre, exceto sua perfeita virtude, com isto a
deixei mais livre para fazê-la navegar o mar interminável do Fiat Eterno, e assim pudesse ter
acesso à Divina Majestade para obter o Reino da Redenção. O que teria sido mais, se a Celestial
Rainha tivesse dado a vista aos cegos, a palavra aos mudos e demais, ou bem o milagre de fazer
descer o Verbo Eterno sobre a terra? Os primeiros teriam sido milagres acidentais, passageiros e
individuais, em troca o segundo é milagre permanente e para todos, sempre e quando o queiram;
por isso os primeiros teriam sido como um nada comparados ao segundo. Ela foi o verdadeiro sol
que eclipsando tudo, eclipsou em Si o mesmo Verbo do Pai, germinando de sua luz todos os bens,
todos os efeitos e milagres que produziu a Redenção; mas como o sol, produzia os bens e os
milagres sem fazer-se ver ou fazer-se notar de que era Ela a causa primária de tudo. De fato, tudo
o que eu fiz de bem sobre a terra, eu fiz porque a Imperatriz do Céu chegou a ter seu império na
Divindade, e com seu império me trouxe do Céu para me dar às criaturas.
(4) Agora, assim estou fazendo contigo para preparar o Reino do Fiat Supremo. Tenho-te Comigo,
faço-te navegar o mar interminável d‟Ele para te dar o acesso junto ao Pai Celestial a fim de que
lhe supliques, venças, imperes, para obter o Fiat do meu Reino. E para cumprir e consumar em ti
toda a força milagrosa que se necessita para um Reino tão santo, tenho-te continuamente ocupada
em teu interior no trabalho de meu Reino, faço-te girar continuamente para fazer, para refazer, para
completar tudo o que se necessita e que todos deveriam fazer, para formar o grande milagre de
meu Reino, e externamente nada deixo aparecer de milagroso em ti, exceto a luz de minha
Vontade. Alguns poderão dizer: Como! Tantos presságios que manifesta o bendito Jesus a esta
criatura deste reino do Fiat Divino, os bens que trará ultrapassarão Criação e Redenção, aliás, será
coroa tanto de uma como da outra, e apesar de tanto bem nenhuma coisa milagrosa no exterior se
vê nela como confirmação do grande bem deste Reino do Eterno Fiat, enquanto os outros santos,
sem o presságio deste grande bem, fizeram milagres a cada passo. Mas se você olhar para trás e
considerar a minha amada Mãe, a mais santa de todas as criaturas, o grande bem que encerrou
em Si e que trouxe as criaturas, não há quem possa comparar-se a Ela, fez o grande milagre de
conceber em Si o Verbo Divino e o presságio de dar um Deus a cada criatura. E diante deste
prodígio jamais visto nem ouvido, de poder dar o Verbo Eterno às criaturas, todos os outros
milagres unidos juntos são pequenas chaminhas diante do sol. Agora quem deve fazer o mais não
é necessário que faça o menos, assim diante do grande milagre do Reino de minha Vontade
restabelecido em meio às criaturas, todos os outros milagres serão pequenas chaminhas diante do
grande Sol de meu Querer; cada dito, verdade e manifestação sobre Ele, é um milagre que saiu de
minha Vontade como preservativo de todo mal e para vincular as criaturas a um bem infinito, a uma
glória maior, a uma nova beleza toda divina. Cada verdade minha sobre meu Eterno Querer
contém o poder e a virtude prodigiosa, mais que se ressuscitasse a um morto, que se curasse a um
leproso, que um cego visse, que um mudo falasse, porque minhas palavras sobre a santidade e
poder de meu Fiat, ressuscitarão as almas à sua origem, as curarão da lepra que produziu a
vontade humana, lhes dará a vista para ver os bens do Reino de minha Vontade, porque até agora
eram como cegos, lhes dará a palavra a tantos mudos que enquanto sabiam dizer tantas outras
coisas, somente para minha Vontade eram como tantos mudos que não tinham palavra; e além
disso o grande milagre de poder dar uma Vontade Divina a cada criatura, que contém todos os
bens. O que não lhes dará quando estiver na posse dos filhos do seu Reino? Eis por que te tenho
toda ocupada no trabalho deste meu Reino, e há muito que fazer para preparar o grande milagre
de que o Reino do Fiat seja conhecido e possuído. Por isso seja atenta em atravessar o mar
interminável de minha Vontade, a fim de que venha estabelecida a ordem entre Criador e criatura,
e assim poderei fazer o grande milagre por meio de ti, de que o homem regresse à sua origem de
onde saiu”.
(5) Depois eu estava pensando no que está escrito acima, especialmente no que cada palavra e
manifestação sobre a Suprema Vontade é um milagre saído d‟Ela, e Jesus para confirmar-me o
que me havia dito acrescentou:
(6) “Minha filha, que crês tu que tenha sido mais milagre quando vim à terra: Minha palavra, o
evangelho que anunciei, ou bem que dei a vida aos mortos, a vista aos cegos, o ouvido aos surdos,
etc.? Ah! minha filha, foi maior milagre minha palavra, meu evangelho, muito mais que os mesmos
milagres saíram de minha palavra; a base, a substância de todos os milagres saiu de minha
palavra criadora, os Sacramentos, a própria Criação, milagre permanente, tiveram vida da minha
palavra e a minha própria Igreja tem por regime, por fundamento a minha palavra, o meu
Evangelho. Portanto, a minha palavra, o meu evangelho, foi mais um milagre do que os mesmos
milagres, que se tinham vida, foi por minha palavra milagrosa. Portanto deves estar segura que a
palavra de teu Jesus é o maior milagre; minha palavra é como vento impetuoso que corre, golpeia
o ouvido, entra nos corações, esquenta, purifica, ilumina, gira, volta a girar de nação em nação,
percorre todo o mundo, gira por todos os séculos; quem pode matar e sepultar uma palavra minha?
Ninguém. E se alguma vez parecer que a minha palavra está calada e como que escondida, ela
não perde jamais a vida, quando menos se cria, sai e gira por todas as partes; passarão os séculos
em que todos: Homens e coisas serão esmagados e desaparecerão, mas minha palavra não
passará jamais, porque contém a vida, a força milagrosa d’Aquele que a fez sair. Por isso, tenha
certeza de que cada palavra e manifestação que te faço sobre o Fiat Eterno é o maior milagre, que
servirão para o reino de minha Vontade. Eis por que tanto te incito e tanto me interessa que nem
sequer uma palavra minha não seja manifestada e escrita por ti, porque me vejo retornar um
milagre meu que tanto bem levará aos filhos do Fiat Supremo”.

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¨Mãe celeste, Rainha Soberana do Fiat Divino, toma-me pela mão e mergulha-me na Luz do querer Divino. Tu serás a minha guia, minha terna Mãe, e me ensinarás a viver e a manter-me na ordem e no recinto da Divina Vontade. Amém, Fiat.¨

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