Estudo 4 – Mística Cidade de Deus – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina VontadeMistica Cidade de Deus
Estudo 4 – Mística Cidade de Deus – Escola da Divina Vontade
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MEDITAÇÃO DO ESTUDO 4

PLAYLIST DOS AUDIOS DO LIVRO MISTICA CIDADE DE DEUS

A ação da graça
18. Não digo que a luz seja total.Mas sendo apenas uma parte, já é um conhecimento além das forças e capacidade da criatura.
Para esta visão o Altíssimo fortalece o entendimento, dando-lhe certa qualidade de luz que proporcione esta faculdade ao conhecimento superior às suas forças. Isto também é compreendido pela certeza com que se crêem ou se conhecem as demais coisas divinas.
Entretanto, a fé também acompanha a certeza, e neste estado mostra o Todo-poderoso à alma, o valor desta ciência e luz que lhe infunde. Sua claridade (Sb 7,10-13) não pode ser extinta, e todos os bens me vieram juntamente com ela, e por suas mãos uma honestidade de grande preço.

Esta lâmpada vai em minha frente, dirigindo meus caminhos; aprendi-a sem intenções reservadas (Idem 8, 16, 18),
desejo comunicá-la sem inveja e não escondo suas riquezas; é participação de Deus, e seu uso é bom deleite e alegria.
Num momento ensina muito, conquista o coração, e com força poderosa o afasta da falsidade que, vista nesta luz,
está repleta de imensa amargura. A alma se afasta do que é transitório, e correndo se refugia na sagrada e eterna verdade, entra na adega (Ct 2,4) do capitoso vinho, onde o Altíssimo ordena em mim a caridade.

Obriga-me a ser paciente (ICor 13,4) e sem inveja; benigna sem ofender a ninguém; a não ser soberba nem ambiciosa; que não me ire nem pense mal de ninguém; que tudo sofra e tolere; sempre clama (Pr 8,1) e admoesta-me interiormente com poderosa força, para que faça o mais santo e puro, instruindo-me em tudo. E, se falto, ainda em pequenas coisas, repreende-me sem nada deixar passar.

Conhecimento místico
19. Esta luz a um tempo esclarece, afervora, instrui, repreende, transforma e vivifica, chama e detém, admoesta, impele, ensina com distinção o bem e o mal, o sublime e o profundo, a longitude e a latitude (Ef 3,18). Faz conhecer o mundo com seu caráter e enganos, as mentiras e fraudes de seus moradores e amadores, e mais que tudo, ensina-me a desprezá-lo e pisá-lo, para elevar-me ao Senhor, supremo dono e governador de tudo.

Em Deus vejo e conheço a disposição das coisas (Sb 7, 17-20), as forças dos elementos, o princípio, o meio e o fim
dos tempos, suas mudanças e variações, o curso dos anos, a harmonia de todas as criaturas e suas propriedades.
Tudo o que é oculto aos homens, suas operações e pensamentos e quanto distam do Senhor; os perigos em que vivem, os sinistros caminhos que palmilham;
Os estados, os governos, sua momentânea firmeza e pouca estabilidade; em que consiste seu princípio e fim, o que têm de verdadeiro ou falso. Com esta luz tudo é visto distintamente em Deus, com conhecimento das pessoas e circunstâncias.
Há, porém, outro estado mais inferior no qual a alma se encontra ordinariamente, usando da substância e hábito da luz, mas não em toda a claridade.
Neste estado há alguma limitação daquele conhecimento tão vasto de pessoas e estados, segredos e pensamentos. Nele não possuo mais conhecimento além do que basta para afastar-me do perigo e fugir do
pecado.
Compadeço-me das pessoas, com verdadeiro amor, mas não tenho liberdade para lhes falar com clareza e descobrir-lhes o que sei. Nem poderia fazê-lo, porque pareço emudecer, a menos que o autor destas obras me permita e ordene que admoeste algum próximo. Quando o faço, não é revelando-lhes o modo como cheguei ao conhecimento de suas necessidades, mas sim falando-lhes ao coração com reflexões simples, despretensiosas e caritativas em Deus, além de rezar por estas intenções, pois para tanto me são manifestadas.

20. Ainda que eu tenha conhecido tudo isto com clareza, jamais o Senhor mostrou-me o triste fim de alguma alma que se haja condenado. A providência divina guarda esta ordem, por ser justo não manifestar, sem gravíssimas razões, a condenação de alguém.

Julgo que se o visse, morreria com a dor produzida pelo conhecimento dessa luz, pois imensa é a pena de saber que uma alma perdeu a Deus para sempre, tenho-lhe suplicado não me mostrar ninguém que se condene. Se com minha vida posso livrar disso a alguém que esteja em pecado, não recusarei o trabalho nem a previsão dele;
todavia, quem não pode se salvar, não o veja eu.

Uso da luz divina
21. Esta luz me é dada não para revelar meu privilégio pessoal, mas para dele usar com prudência e sabedoria. Fica me esta luz como uma substância que emana de Deus e vivifica, ainda que seja acidental, e o hábito para dela usar, ordenando bem os sentidos e a parte inferior. A parte superior do espírito, porém, sempre goza da visão e estado de paz, e conheço intelectualmente todos os mistérios da Rainha do céu e outros muitos da fé, que me são
mostrados e quase incessantemente os tenho presentes; pelo menos, a luz nunca a perco de vista.

Se às vezes desço, como criatura, pondo a atenção no convívio humano, logo me chama o Senhor com insistência e suave força, e me faz voltar a atenção para suas palavras, locuções, e para o conhecimento dos mistérios, graças, virtudes e obras exteriores e interiores da Virgem Mãe, conforme irei descrevendo.

Visão de Nossa Senhora e dos Anjos

22. Deste modo, nos estados de luz que digo, vejo também a Senhora e Rainha nossa quando me fala, e aos santos anjos em sua natureza e excelência. Algumas vezes vejo-os no Senhor, e outras em si mesmos, com a diferença que para conhecê-los em si mesmos, desço a grau inferior. Sinto essa diferença porque ela resulta dos objetos e da maneira como o entendimento opera.

Neste grau mais inferior vejo, falo e entendo os santos espíritos, que conversam comigo e me explicam muitos dos
mistérios que o Senhor me tem mostrado.

A Rainha do céu me explica e mostra os de sua vida santíssima com seus admiráveis sucessos. Distintamente conheço cada uma destas pessoas, sentindo os efeitos divinos que, respectivamente, cada qual produz na alma.
Visão só de Deus e das criaturas em Deus.

23. No Senhor vejo-os como num espelho voluntário, mostrando-me Sua Majestade os santos que quer, conforme
lhe apraz, com grande claridade e efeitos maiores e superiores.

Com admirável luz, conhece-se o Senhor e os santos, com suas excelentes e extraordinárias virtudes, e como as praticaram, auxiliados pela graça, por cuja virtude tudo puderam (FI 4,13).

Neste conhecimento a criatura fica mais repleta de gozo, cheia de mais vida e satisfação, e permanece como no repouso de seu centro. Quanto mais intelectual.
Menos corpóreo e imaginário o conhecimento, mais intensa a luz, os efeitos mais elevados, maior a substância e a certeza que se sente.
Todavia, aqui também se percebe a diferença e se conhece que a visão do Senhor, seus atributos e perfeições, e conseqüentes efeitos dulcíssimos e inefáveis, é superior à visão e conhecimento das criaturas, ainda que esta visão seja no mesmo Senhor.

Esta inferioridade parece-me proceder da alma. Sendo tão limitada sua visão, vendo a Deus junto com as criaturas, não o conhece tanto como quando O vê sem elas. Ver só a Deus oferece maior plenitude de gozo do que ver as criaturas em Deus.

Tão delicado é este conhecimento da Divindade que, durante ele, prestar atenção a outra coisa o diminui um tanto, pelo menos enquanto somos mortais.

Modo de receber as comunicações divinas

24. No estado mais inferior, do qual tenho falado, vejo a Virgem Santíssima em si mesma e aos anjos. Entendo que o modo de me ensinarem, falarem, e ilustrarem é semelhante ao modo como os anjos se comunicam entre si, e como os superiores iluminam os inferiores.
Deus, causa primeira, dá esta luz, mas ela é participação daquela imensa luz, que Maria Santíssima goza com tanta plenitude. É comunicada à parte superior da alma, e nela vejo a Ssma. Virgem, suas prerrogativas e mistérios, do modo como o anjo inferior conhece o que lhe comunica o superior.

Da eficácia da doutrina que ensina, e por outras condições que se sentem e gozam, infere-se a pureza, elevação e
verdade da visão. Nada obscuro, impuro, falso, ou suspeito aí se nota, e tudo o que é santo, puro e verdadeiro não deixa de estar presente. O mesmo acontece, a seu modo, com os santos anjos e assim o Senhor me tem mostrado, muitas vezes, que a comunicação e ilustração em meu interior é como a que eles têm entre si.

Muitas vezes me acontece receber a iluminação através de todos estes canais e aquedutos: o Senhor dá a inteligência e luz, ou o objeto dela; a Virgem Santíssima a explica e os anjos me dão os termos. Outras vezes, mais ordinariamente, o Senhor faz tudo e me ensina a doutrina.

Outras é a Rainha ou os anjos que me dão tudo.
Costumam também dar-me apenas a inteligência, e os termos para me declarar tomo-os do que tenho entendido.
Nisto poderia errar se o permitisse o Senhor, porque sou mulher ignorante e me valho do que tenho entendido. Quando tenho dificuldade em expor as inteligências, nas matérias mais árduas e difíceis, recorro a meu mestre e pai espiritual.

Visões inferiores

25. Nestes tempos e estados, tenho muito poucas vezes visões corpóreas, apenas algumas imaginárias.
O grau destas é muito inferior a todos os outros graus que tenho descrito. Estes são muito superiores, por serem espirituais ou intelectuais.

O que posso assegurar é que em todas as inteligências, grandes e pequenas, inferiores e superiores, recebidas
do Senhor, da Santíssima Virgem e dos santos anjos, me é dada abundantíssima luz e doutrina muito proveitosa, na qual conheço a verdade, a maior perfeição e santidade. Sinto força e luz divina que me obriga a fazer em tudo o melhor, a desejar mais pureza de alma e graça do Senhor, até morrer por ela.

Com estes graus e modos de inteligência que tenho dito, conheço todos os mistérios da vida da Rainha do
céu, com grande proveito e júbilo de meu espírito.

Por tudo isto, de toda a minha mente e coração, exalto ao Todo-poderoso, glorifico-o, adoro-o e o confesso por
santo e Onipotente Deus, forte e admirável, digno de louvor, magnificência, glória
e reverência por todos os séculos, Amém.

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