Livro do Céu 1-51
Lembro que cada vez que vinha era um alternar-se, ora pedia-lhe a dor dos meus pecados, e ora a crucificação, e também outras coisas. Como uma manhã enquanto me encontrava em meus costumeiros sofrimentos, meu amado Jesus me transportou para fora de mim mesma e me fez ver um homem que era assassinado a tiros, e que assim que expirasse, iria para o inferno. Oh, quanta pena dava a Jesus a perda daquela alma! Se todo o mundo soubesse o quanto Jesus sofre pela perda das almas, não digo por elas, mas, pelo menos, para poupar essa pena a nosso Senhor, usariam todos os meios possíveis para não se perder eternamente.
Agora, enquanto junto com Jesus me encontrava no meio das balas, Jesus aproximou seus lábios do meu ouvido e me disse: “Minha filha, queres tu oferecer-te vítima pela salvação desta alma e tomar sobre ti as penas que merece por seus grandíssimos pecados?” Eu respondi: “Senhor, estou disposta, mas com o pacto de que o salves e lhe restituas a vida”.
Quem pode dizer os sofrimentos que me chegaram? Foram tais e tantos que eu mesma não sei como fiquei com vida. Agora, enquanto me encontrava neste estado de sofrimentos há mais de uma hora, veio meu confessor para me chamar à obediência, e encontrando-me em muito sofrimento, com dificuldade pude obedecer, por isso me perguntou a razão de tal estado, eu disse-lhe o fato assim como o descrevi acima, dizendo-lhe o ponto da cidade onde me pareceu que tinha acontecido. O confessor me disse que era certo o fato e que o davam por morto, mas depois se soube que estava gravíssimo e que pouco a pouco se restabeleceu e vive ainda. Seja sempre bendito o Senhor!
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