Estudo 61 Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 61 Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade
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2-74
21 de setembro de 1899

Divergências com a obediência. A causa de seu estado.

(1) No entanto, quem diria? Embora a culpa seja sua, que não me dá a capacidade de o saber
manifestar, a senhora obediência levou a mal e começou a fazê-la de tirano cruel, e chegou a
tal crueldade que me tirou a vista do meu amado Bem, meu único e único consolo. Vê-se que
às vezes até se comporta como criança, que quando quer sair com a sua num capricho, se não
o consegue pela boa enche a casa com gritos, com choros, tanto, que se vê obrigado a
satisfazê-la pela força. Não há razões, não há meios para persuadi-la; assim faz a senhora
obediência, é tenaz, não teria acreditado assim, e como ela quer vencer, quer que ainda
balbuciante escreva sobre a caridade. ¡ Oh Deus santo! Torna-a tu mesmo mais razoável,
porque deste modo não se pode seguir em frente. E tu, oh! Obediência, devolve-me o meu
doce Jesus, não me toques mais ao vivo e peço-te que não me tires a vista de meu sumo Bem,
e eu prometo-te que ainda balbuciante escreverei como queres tu. Só te peço a graça de que
me deixe reanimar durante alguns dias, porque minha mente, muito pequena, não resiste mais
estar submersa naquele vasto oceano da caridade divina, especialmente que aí descubro mais
minhas misérias e minha feiura, e ao ver o amor que Deus me tem, Sinto-me quase louco, por
isso, a minha fraca natureza sente-se desfalecer e não pode mais. Mas ao mesmo tempo eu
vou me ocupar em escrever outras coisas, para depois continuar com a caridade.
(2) Eu continuo com o meu pobre dizer. Encontrando minha mente ocupada nas coisas ditas
antes, pensava entre mim: “Em que aproveitaria escrever isto se eu mesma não praticasse o
que escrevo? Este escrito certamente seria uma condenação para mim”. Enquanto isso
pensava, veio o bendito Jesus e me disse: “Este escrito servirá para fazer conhecer quem é
Aquele que te fala e ocupa tua pessoa; e além disso, se não te servir a ti, minha luz servirá a
outros que lerão o que te faço escrever”.
(3) Quem pode dizer como fiquei mortificada ao pensar que outros aproveitarão as graças que
me faz se lerem estes escritos, e eu que os recebo não? Não me condenarão eles? E ainda, só
de pensar que chegarão às mãos de outros, me oprime o coração pela pena e pela vergonha
de mim mesma. Agora, permanecendo em grandíssima aflição, ia repetindo: “Em que aproveita
o meu estado se servirá de condenação?”
(4) E o amorosíssimo Jesus regressado disse-me: “Minha Vida foi necessária para a salvação
dos povos, e como não pude continuar sobre a terra, por isso escolho a quem me apraz para
prossegui-la neles, para poder continuar a salvação dos povos, eis o proveito de seu estado”.

* * * * * *

2-75
22 de setembro de 1899

Jesus lhe fala de seus escritos. Contendas com a obediência.

(1) Sentindo-me um prego cravado no coração pelas palavras que ontem disse meu doce
Jesus, e sendo Ele sempre benigno com esta miserável pecadora, para aliviar minhas penas
veio, e compadecendo-me toda me disse:
(2) “Minha filha, não queira te afligir mais. Deves saber que tudo o que te faço escrever, ou
sobre as virtudes ou sob alguma semelhança, não é outra coisa que fazer que te pintes tu
mesma, e a essa perfeição à qual fiz chegar a tua alma”.
(3) ¡ Oh Deus! Que grande repugnância sinto ao escrever estas palavras, porque não me
parece que seja verdade o que diz. Sinto que ainda não entendo o que é virtude e perfeição,
mas a obediência assim o quer, e é melhor morrer do que ter que ver com ela. Muito mais que
tem duas faces: Se se faz como ela diz, toma o aspecto de senhora e te acaricia como amiga
fiel, e até te promete todos os bens que há no Céu e na terra; mas se depois descobre uma
sombra de dificuldade contra, súbito, sem que se o avise, se um olhar se encontra como um
guerreiro que está preparando suas armas para te ferir e destruir. ¡ Oh meu Jesus! Que tipo de
virtude é esta obediência que faz tremer só de pensar nela?
(4) Então, enquanto Jesus me dizia aquelas palavras, eu lhe disse: “Meu bom Jesus, em que
aproveita a minha alma ter tantas graças, se depois me amargam toda a minha vida,
especialmente nas horas da tua privação? Porque o compreender quem Tu és e de quem estou
privada, é um contínuo martírio para mim; portanto não me servem mais do que para fazer-me
viver continuamente amarga”.
(5) E Ele acrescentou: “Quando uma pessoa gostou do doce de um alimento e depois é
obrigada a tomar o amargo, para tirar essa amargura duplica-se o desejo de saborear o doce, e
isto serve muito aquela pessoa, porque se ela sempre gostou do doce sem nunca provar o
amargo, não teria grande apreço pelo doce, e se sempre gostasse do amargo sem conhecer o
doce, não conhecendo-o nem sequer o desejaria, por isso um e o outro servem, e assim te
servem também”.
(6) E eu: “Meu Jesus pacientíssimo, perdoa-me por ter que suportar uma alma tão mísera e
ingrata, parece-me que desta vez quero investigar demasiado”.
(7) E Jesus: “Não te perturbes, sou Eu mesmo quem ponho as dificuldades em teu interior para
ter ocasião de conversar contigo, e ao mesmo tempo para te instruir em tudo”.

3-73
Maio 21, 1900

O estado mais sublime é desfazer o nosso querer no Querer de Deus, e viver da sua Vontade.

(1) Esta manhã meu adorável Jesus não vinha; depois de muito esperar veio e me acariciou me disse:

(2) “Minha filha, sabes qual é a minha mira sobre ti, e o estado que quero de ti?”
(3) E parando um pouco acrescentou: “O olhar que tenho sobre ti não é de coisas prodigiosas, e de tantas outras coisas
que poderia obrar em ti para mostrar minha obra, senão que minha mira é te absorver em minha Vontade e te fazer uma
só coisa com Ela, e fazer de ti um exemplar perfeito de uniformidade de teu querer com o meu. Este é o estado mais
sublime, é o prodígio maior, é o milagre dos milagres o que de você quero fazer.
(4) Minha filha, para chegar perfeitamente a fazer um nosso querer, a alma deve tornar-se invisível, deve imitar-me a
Mim, que enquanto encho o mundo com tê-lo absorvido em Mim e com não ficar absorvido nele, torno-me invisível e de
nenhum modo me deixo ver. Isto significa que não há nenhuma matéria em Mim, senão que tudo é puríssimo Espírito, e
se em minha Humanidade assumida tomei a matéria, foi para assemelhar-me em tudo ao homem e dar-lhe um exemplar
perfeitíssimo de como espiritualizar esta mesma matéria. Então a alma deve espiritualizar tudo e chegar a tornar-se
invisível para poder fazer facilmente uma sua vontade com minha Vontade, porque o que é invisível pode ser absorvido
em outro objeto. De dois objetos com os quais se quer formar um só, é necessário que um perca a própria forma, de
outra maneira jamais se chegaria a formar um só ser.
(5) Que sorte seria a sua se destruindo a si mesma, até se tornar invisível, pudesse receber uma forma toda divina! E
mais, tu com ficar absorvida em Mim e Eu em ti, formando um só ser, virias a reter em ti a fonte divina, e como minha
Vontade contém todo o bem que pode existir, virias a reter todos os bens, todos os dons, todas as graças, E não teria
que procurar em outro lugar senão em você mesma. E se as virtudes não têm confins, estando em minha Vontade
segundo a criatura possa chegar, encontrará seu termo, porque minha Vontade faz chegar a adquirir as virtudes mais
heróicas e mais sublimes que a criatura por si só não pode superar .
(6) É tanta a altura da perfeição da alma desfeita em meu Querer, que chega a agir como Deus, e isto não é de admirar,
porque como não vive mais sua vontade nela, senão a Vontade do próprio Deus, cessa todo assombro se vivendo com
esta Vontade possui a potência, a sabedoria, a santidade e todas as outras virtudes que o próprio Deus contém. Basta te
dizer, para fazer que você se apaixone e coopere o quanto puder por sua parte para chegar a tanto, que a alma que
chega a viver só de meu Querer é rainha de todas as rainhas e seu trono é tão alto, que chega até o trono do Eterno, e
entra nos segredos da Augustíssima Trindade e participa no amor recíproco do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Oh,
como todos os anjos e santos a honram, os homens a admiram e os demônios a temem, descobrindo nela o Ser Divino!”.
(7) Ah Senhor! Quando é que me vais fazer chegar a isto, porque não posso fazer nada por mim? Agora, quem pode
dizer o que o Senhor infundia em mim com luz intelectual sobre esta uniformidade de querer-vos? É tanta a altura dos
conceitos, que minha língua não bem treinada não tem palavras para expressá-los, apenas pude dizer isto pouco, se bem
disparatando, do que o Senhor com luz vivíssima me fez compreender.
+ + + +

3-74
Maio 26, 1900

O querer de Luísa é um com o de Jesus.

(1) Encontrando-me muito afligida pela privação de meu adorável Jesus, que ao mais vem como sombra e relâmpago,
sinto que não posso seguir adiante se Ele quiser continuar assim. Então, encontrando-me no máximo da aflição, por
pouco se fez ver, todo cansado, como se tivesse necessidade de um alívio, e pondo os seus braços ao meu pescoço me
disse:
(2) “Amada minha, traze-me flores e circunda-me tudo, porque me sinto definhar de amor. Minha filha, o odor do perfume
de tuas flores me será de alívio e porá um remédio a meus males, porque definho e desfaleço”.
(3) Eu logo acrescentei: “E Tu, meu amado Jesus, dá-me frutos, porque o lazer e o escasso sofrer aumentam de tal
maneira o meu definhar, que desfaço até me sentir morto; e então não só flores, senão que poderei dar-te frutos para
poder consolar maioritariamente o teu definhar”. E Jesus voltou a falar e me disse:

(4) “Oh, como nos ajustamos bem, não é verdade? Parece que seu querer é um com o meu.
(5) Por um momento parecia que ficava aliviada, como se quisesse cessar o estado em que me encontrava, mas depois
de um pouco me encontrei imersa na mesma letargia de antes, privada de meu Sumo Bem, abandonada e sozinha.

4-80
Agosto 6, 1901

O amor dos bem-aventurados é propriedade divina, mas o amor dos viadores é propriedade
que está em ato de fazer aquisição dele.

(1) Esta manhã, tendo recebido a comunhão, meu adorável Jesus fez-se parecer tão sofredor e
ofendido que movia a compaixão; eu o estreitei a mim e lhe disse: “Doce Bem meu, quão amável e
desejável és, como é possível que os homens não te amem, mas sim te ofendem? Amando-te tudo
se encontra, e o amar-te contém todos os bens, e não te amando tudo bem nos desaparece,
porém, quem é aquele que te ama? Mas ah, meu tesouro amadíssimo, faz a um lado as ofensas
dos homens e por um pouco desafoguemo-nos no amor”. Então Jesus chamou toda a corte
celestial para ser espectadora do nosso amor, e disse:
(2) “O amor de todo o Céu não seria suficiente pagamento, nem me faria feliz, se não estivesse o
teu unido, muito mais que esse amor é propriedade minha que ninguém me pode tirar, mas o amor
dos viadores é como propriedade que estou em ato de adquirir, e como minha Graça é parte de
Mim mesmo, ao entrar nos corações, sendo meu Ser ativíssimo, os viadores podem negociar com
o amor, e este comércio engrandece as propriedades do meu amor, e Eu sinto tal gosto e prazer,
que faltando me este ficaria amargo. Por isso é que sem o seu amor, o amor de todo o Céu não me

deixaria plenamente contente, e você deve saber negociar bem com o meu amor, porque amando-
me em tudo me fará feliz e contente”.

(3) Quem pode dizer como fiquei espantada ao ouvir isto, e quantas coisas compreendia sobre este
amor, mas minha língua se volta balbuciante, por isso ponho ponto.

+ + + + +

4-81
Agosto 21, 1901

A Celestial Mãe ensina-lhe o segredo da felicidade.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, encontrei-me fora de mim mesma, e depois de ter
girado e voltado em busca de Jesus, encontrei em troca à Rainha Mamãe, e oprimida e cansada
como estava lhe disse: “Doce Mamãe minha, perdi o caminho para encontrar Jesus, não sei mais
aonde ir nem o que fazer para encontrá-lo de novo”. E enquanto dizia isto chorava, e Ela me disse:
(2) “Minha filha, vem junto a Mim e encontrarás o caminho a Jesus, é mais, quero te ensinar o
segredo para poder estar sempre com Jesus e para viver sempre contente e feliz mesmo sobre
esta terra, e este é, ter fixo em teu interior que só Jesus e tu estão no mundo, e ninguém mais, e só
a Ele deves agradar, agradar e amar, e só d’Ele deves esperar ser amada e satisfeita em tudo.
Estando deste modo tu e Jesus, não te fará mais impressão se estarás circundada de desprezos
ou louvores, de parentes ou estranhos, de amigos ou inimigos, só Jesus será todo teu contente e
só Jesus te bastará por todos. Minha filha, até que tudo o que existe aqui embaixo não desapareça
de todo da alma, não se pode encontrar verdadeiro e perpétuo contente”.
(3) Agora, enquanto dizia isto, como de dentro de um raio saiu Jesus no meio de nós, e eu o tomei,
o levei comigo e me encontrei em mim mesma.

6-82
Novembro 18, 1904

O Céu de Jesus sobre a terra são as almas que dão lugar à sua Divindade.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, assim que veio o meu adorável Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, meu céu quando vim à terra foi a minha humanidade; e assim como no céu se vê a
multidão das estrelas, o sol, a lua, os planetas, a amplitude, tudo posto em bela ordem, e este é
imagem do céu que existe por cima, onde tudo está ordenado; assim minha Humanidade, sendo
meu céu, devia transluzir fora a ordem da Divindade que habitava dentro, isto é: as virtudes, a
potência, a graça, a sabedoria e o resto. Agora, quando o céu da minha humanidade, depois da
Ressurreição ascendeu ao Céu empírico, o meu céu sobre a terra devia continuar a existir, e estas
são as almas que dão a habitação à minha Divindade, e Eu habitando nelas formo meu céu e
também faço transparecer fora a ordem das virtudes que estão dentro. Oh, que honra é para a
criatura emprestar o céu ao Criador! Mas quantos me negam isso! E você, não gostaria de ser meu
céu? Diga-me o que quer”.
(3) E eu: “Senhor, não quero outra coisa senão ser reconhecida no teu sangue, nas tuas chagas,
na tua humanidade, nas tuas virtudes, só nisto gostaria de ser reconhecida, para ser o teu céu e
ser desconhecida por todos”. Parecia que aprovava minha proposta e desapareceu.

+ + + + +

6-83
Novembro 24, 1904

Para dar e receber se requer a união de querer.

(1) Estando toda afligida e oprimida, e vendo o bom Jesus jorrar sangue, eu disse: “Bendito seja o
Senhor, e não me queres dar pelo menos uma gota de sangue para curar todos os meus males? E
Ele me disse:
(2) “Minha filha, para dar se requer a vontade de quem deve dar, e a vontade de quem deve
receber, de outra maneira se uma pessoa quer dar e a outra não quer receber, mesmo que a
primeira queira dar, não pode dar, e vice-versa, se a primeira não quer dar, a outra não pode
receber, requer-se a união dos querer. Ai! Quantas vezes minha graça é sufocada, meu sangue
rejeitado e pisoteado”.
(3) E, enquanto dizia isto, via que no sangue do doce Jesus se moviam todas as nações, e muitos
saíam dele, não querendo estar dentro daquele sangue onde estavam contidos todos os nossos
bens, e qualquer remédio para os nossos males.

11-86
Dezembro 21,1914

Ter companhia nas penas é o maior consolo para Jesus.

(1) Estava no meu estado habitual, e o bendito Jesus vindo todo aflito me disse:
(2) “Minha filha, não posso mais com o mundo, beija-me por todos, faz-me palpitar em teu
coração, a fim de que, sentindo por meio de teu coração os batimentos de todos, os pecados não
me cheguem diretos, senão indiretos por meio de teu coração, de outra maneira minha Justiça
fará sair todos os castigos que nunca saíram”.
(3) E, no ato de dizer isto, ensimesmou seu coração ao meu e me fez sentir seu batimento
cardíaco, mas quem pode dizer o que se sentia, os pecados como flechas ferem aquele coração,
e enquanto eu tomava parte, Jesus tinha alívio. Logo, sentindo-me toda derretida nele, parecia
que eu encerrava sua inteligência, suas mãos, seus pés, e assim por diante, e eu tomava parte
em receber todas as ofensas de cada um dos sentidos das criaturas, mas quem pode dizer como
acontecia isto? Então Jesus acrescentou:
(4) “Ter companhia nas penas é o maior alívio para Mim, eis porque meu Pai Divino depois da
Encarnação não foi tão inexorável, senão mais benigno, porque as ofensas não as recebia
diretas, senão indiretas, isto é, através de minha Humanidade, Que fazia reparos
contínuos. Assim eu vou buscando almas que se coloquem entre Mim e as criaturas, de outra
maneira reduziria o mundo a ruínas”.

+ + + +

11-87

Fevereiro 8,1915

A união de Vontade forma toda a perfeição das Três Divinas Pessoas.

(1) Passo-me afligida pelos modos que meu sempre amável Jesus tem comigo, mas resignada a
seu Santíssimo Querer. Se eu lamento com Jesus por suas privações e por seu silêncio, Ele me
diz:
(2) “Não é tempo de prestar atenção a isto, são ninharias e de almas muito débeis que prestam
atenção a si mesmas e não a Mim, que pensam no que sentem e não no que lhes convém fazer,
estas almas cheiram a humano e não posso confiar nelas. De ti não espero isto, quero o
heroísmo das almas que esquecendo-se de si mesmas põem atenção só a Mim, e unidas
Comigo se ocupam da salvação de meus filhos, porque o demônio usa de todas suas astúcias
para arrancá-los de meus braços. Quero que se adapte aos tempos, ora dolorosos, ora
deploráveis e ora trágicos, e junto Comigo reze e chore pela cegueira das criaturas; sua vida
deve desaparecer fazendo entrar em você toda minha Vida. Fazendo assim, sentirei em ti o
perfume da minha Divindade, confiarei em ti nestes tempos tão tristes, que no entanto não são
mais que os prelúdios dos castigos, o que será quando as coisas avançarem mais? ¡ Pobres
filhos, pobres filhos!”
(3) E parece que Jesus sofre tanto que fica sem palavras e se esconde mais dentro do meu
coração, de modo que desaparece de todo. E quando cansada de meu estado doloroso renovo
os lamentos, o chamo e lhe digo: “Jesus, não sabe as tragédias que estão acontecendo? Como
é possível que seu piedoso coração possa suportar tais estragos em seus filhos?” E parece que
Ele apenas se move em meu interior, como se não se quisesse fazer sentir, e sinto dentro de
meu fôlego outro respiro afanoso, como se estivesse em agonia, é o respiro de Jesus, porque
advirto que é doce, mas enquanto me consola tudo me faz sentir penas mortais, Porque naquele
respiro sinto o respiro de todos, especialmente os de tantas vidas morrendo e que Jesus sofre
com eles o estertor da agonia. Outras vezes parece que se dói tanto, que manda tristes
lamentos, de mover a piedade os corações mais duros. Agora, continuando com meus lamentos,
esta manhã ao vir me disse:
(4) “Minha filha, a união de nossos querer-lhes é tanta, que não se distingue qual seja o querer
do Um e qual o do Outro; e esta união de Vontade, que forma toda a perfeição das Três Divinas
Pessoas, porque como somos uniformes na Vontade, esta uniformidade leva uniformidade de
santidade, de sabedoria, de beleza, de potência, de amor e de todo o resto do nosso Ser, assim
que nos vemos como num espelho reciprocamente Um no Outro, e é tanta nossa complacência
ao nos olhar, que nos torna plenamente felizes. Então Um reflete no Outro, e cada qualidade de
nosso Ser, como tantos mares imensos diferentes em suas alegrias, um descarrega no outro, por
isso, se alguma coisa fosse divisível entre nós, nosso Ser não poderia ser nem perfeito nem
plenamente feliz. Agora, ao criar o homem infundimos nele nossa imagem e semelhança para
poder arrolar ao homem em nossa felicidade, e nos refletir e nos fazer felizes nele, mas o
homem rompeu o primeiro anel de conjunção, de vontade entre ele e o Criador, e por isso
perdeu a verdadeira felicidade, aliás, caíram sobre ele todos os males, por isso nem podemos
nos refletir nele nem nos fazer felizes, só na alma que faz em todo nosso Querer o fazemos e
gozamos o fruto completo da Criação; porque mesmo naqueles que têm alguma virtude, que
rezam, que frequentam os Sacramentos, mas se não são uniformes ao nosso Querer não
podemos nos refletir neles, porque como está separada a vontade deles da nossa, todas as
coisas estão desordenadas e revoltadas. ¡ Ah, minha filha, só nossa Vontade é aceita, porque
reordena, faz feliz e leva consigo todos os bens! Por isso sempre e em tudo faça minha Vontade,
não preste atenção em outra coisa”.
(5) E eu: “Meu amor e minha vida, como posso me uniformizar à Tua Vontade, aos tantos
flagelos que estás mandando? É preciso muito para dizer “Fiat”, e além disso, quantas vezes me
disseste que se eu fizesse o teu Querer, tu terias feito o meu? E agora, como você mudou”.
(6) E Jesus: “Não fui Eu que mudei, é que a criatura se tornou insuportável. Aproxime-se e chupa
de minha boca as ofensas que as criaturas me enviam, e se você pode engoli-las, Eu
suspenderei os castigos”.
(7) Então me aproximei de sua boca e com avidez chupava, mas com grande dor minha me
esforçava por engoli-lo e não podia, me sufocava, voltava a fazer novos esforços e não o
conseguia, então Jesus com voz terna e soluçando me disse:
(8) “Viu? Você não pode passá-lo, arrastá-lo para a terra e cair sobre as criaturas”.
(9) Então eu o lancei, e também Jesus o lançava de sua boca sobre a terra, dizendo: “É nada
ainda, é nada ainda”.
(10) E desapareceu.

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