Estudo 48 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 48 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade
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1

12-49
Junho 4, 1918

Repetição das reparações de Jesus.

(1) Continuando meu estado habitual, estava dizendo ao meu amado Jesus: “Não despreze
minhas orações, são suas mesmas palavras que repito, as mesmas intenções, quero as almas
como você as quer, e com seu próprio Querer”. E o bendito Jesus me disse:
(2) “Minha filha, quando te ouço repetir minhas palavras, minhas orações, querer como quero
Eu, como por tantos imãs me sinto atraído para ti, e conforme te ouço repetir minhas palavras,
tantas alegrias distintas sente meu coração, e posso dizer que é uma festa para Mim, e
enquanto gozo, sinto-me debilitado pelo amor da tua alma e não tenho a força de castigar as
criaturas; sinto em ti as mesmas cadeias que Eu punha ao Pai para reconciliar o género
humano. ¡ Ah! sim, repita o que eu fiz Eu, repita sempre se quiser que seu Jesus em tantas
amarguras encontre uma alegria por parte das criaturas”.

(3) Depois ele adicionou: “Se queres estar seguro repara sempre e repara junto comigo, funde-
te tanto Comigo de formar um só eco entre tu e Eu de reparações; onde há reparações a alma

está como sob teto, onde está defendida do frio, do granizo e de tudo; em troca onde não há
reparação. É como se estivesse no meio da rua, exposta aos raios, ao granizo e a todos os
males. Os tempos são tristíssimos, e se o cerco das reparações não se expande, há perigo de
que os que estão a descoberto fiquem fulminados pelos raios da Divina Justiça”

13-46
Dezembro 27, 1921

A alma que vive na Divina Vontade põe em vigor a finalidade da Criação, e em cada coisa 
que faz é um desabafo de Jesus que lhe vem.

(1) Continuando meu habitual estado, meu doce Jesus ao vir me disse:
(2) “Minha filha, cada vez que a alma entra em meu Querer vem a refletir-se no espelho de
minha Divindade, e refletindo recebe os traços divinos, e estes traços a vinculam à Divindade,
encontrando nela sua mesma fisionomia a reconhecem como uma de sua família, lhe dão lugar
no meio das Divinas Pessoas, a admitem em seus segredos, e reconhecendo nela como centro
de vida a seu Querer, a admitem naquele ponto eterno e a enriquecem de tudo o que a
eternidade contém.

Oh! como é belo ver esta pequena imagem nossa inundada de tudo o que
a eternidade contém, ela, como é pequena se sente perdida, afogada, não podendo contê-la
dentro de si, mas o amor, o desenvolvimento da Vida de nosso Querer nela, leva-a a voltar a
refletir em Nós, e nossas ondas eternas continuam, como máquina que não cessa jamais seu
movimento. Oh! como nos divertimos, era esta a única finalidade da criação do homem, com o
intercâmbio de nossos quereres, ele Conosco e Nós com ele, formando nosso entretenimento,
e ao mesmo tempo fazer em tudo feliz o homem. Rompida a união com nosso Querer pelo
homem, começaram nossas amarguras e sua infelicidade, assim que a finalidade da Criação
nos falhou. Agora, quem refaz esta falha, quem põe em vigor os direitos da Criação?

A almaque vive em nosso Querer, ela deixa para trás todas as gerações, e como se fosse a primeira
criada por Nós se põe em ordem na finalidade com a qual criamos o homem; nosso Querer e o
seu fazem um só, e operando com o Querer Divino, nossa Vontade opera no querer humano, e
eis que começam nossos rendimentos divinos na vontade humana, a finalidade da Criação já
está em vigor, e como nossa Vontade tem modos infinitos, com tal que encontre uma alma que
se preste para fazer nosso Querer agir, logo vem se refazer da falha de todas as outras
vontades humanas; eis por que a amamos tanto, até superar todo o amor de todas as demais
criaturas juntas. A nossa Vontade impedida de obrar e desprezada nas outras criaturas, ela lhe
devolve o decoro, a honra, a glória, o regime, a vida, como não devemos dar tudo a ela”?
(3) Depois, como se não pudesse conter o amor, apertou-me ao seu coração e acrescentou:
(4) “Tudo, tudo à pequena filha de meu Querer; estarei em contínuo desabafo sobre ti, teus
pensamentos serão o desabafo de minha sabedoria, teus olhares serão o desabafo de minha
luz, teu respiro, teu palpitar, tua ação, serão precedidos por meus desabafos, e logo terão
vida. Seja atenta e em cada coisa que faça, pense que é um desabafo de Jesus que te vem”.

14-50
Agosto 12, 1922

Valor e efeitos do sacrifício

(1) Sentia-me oprimida e aflita, que só meu doce Jesus pode sabê-las, Ele examina cada fibra
de meu pobre coração e vê toda a intensidade de minha dor, e tendo compaixão de mim, vindo
me sustentou entre seus braços dizendo-me:

(2) “Minha filha, coragem, estou Eu para ti, de que temes? Alguma vez te faltei? E se você não
quiser a qualquer custo te separar minimamente do meu Querer, muito menos quero Eu não
estar contigo e não ser vida de cada ato e pena tua. Agora tu deves saber que a minha Vontade
é ouro puríssimo, e para fazer que o fio de ferro da tua vontade humana possa converter-se em
ouro puríssimo, de modo que entrelaçando-se o fio da tua vontade com a minha não se distinga
qual seja a tua e qual a minha, é só o sacrifício, as penas, que consumindo o fio de tua vontade
humana o substitui com o fio de ouro divino, que fundindo-se com o meu forma um só, e
entrelaçando toda a grande roda da eternidade se estende por todas partes e se encontra por
todas partes; mas se o meu Querer é ouro e o teu é ferro, permanecerás atrás e o meu não
descerá a entrelaçar-se com o teu. Se você pegar dois objetos de ouro, apesar de que cada um
tenha uma forma diferente, liquidificando-os poderá formar um só, sem poder discernir mais
qual era o ouro de um e qual o do outro; mas se um objeto é de ouro e o outro de ferro, um não
aderirá ao outro e não se poderá formar um só objeto de ouro. Então é apenas o sacrifício que
muda a natureza para a vontade humana.
(3) O sacrifício é fogo ardente e dilui e consome, o sacrifício é sagrado e tem virtude de
consagrar a Vontade Divina na humana, o sacrifício é graça e imprime nela com seu hábil pincel
a forma e os lineamentos divinos, eis por que do aumento de suas penas, são as últimas
pinceladas que são necessárias para dar a última extensão e entrelaçamento de seu querer
com o meu”.

(4) E eu: “Ah! meu Jesus, todas as minhas penas, por quanto dolorosas, que parecem que me
aniquilam, não me oprimem, e se a Ti te agrada multiplica as ainda, mas Tu sabes qual é a
pena que me destroça, só dessa imploro compaixão de Ti, porque me parece que não posso
continuar a suportá-la. Ah! por piedade, ajuda-me e liberta-me se a Ti te agrada”.

(5) E Jesus: “Minha filha, também nesta dor estarei contigo, serei tua ajuda, te darei minha força
para sustentá-la; poderia te contentar, mas não é decoroso que o faça. A uma obra tão alta, a
uma missão tão sublime e única, de te chamar a fazer vida em meu Querer, me soaria mal se
não a fizesse passar por meio do órgão de minha Igreja. Além disso, com a minha Vontade e
com a intervenção da obediência de um ministro meu, puseste-te neste estado, mas, se ele não
quiser continuar, pode dar-te a obediência, a fim de que tu o faças por obedecer, entre ti e eu
fiquemos em pleno acordo, porque se o fizeres sozinha, por sua vontade, não só não ficaremos
de acordo, senão ficaria desonrada; porém devem saber que o mundo se encontra atualmente
sobre uma fogueira, se não querem que alçando mais suas chamas incinerar tudo, façam o que
quero”.
(6) Eu fiquei aterrorizada e mais aflita que antes, mas disposta a fazer sua Santíssima Vontade,
não a minha.

16-47
Fevereiro 16, 1924

Cada batida do coração de Jesus o levava
uma nova dor, novas alegrias e contentamentos.

(1) Estava a pensar nas dores do Santíssimo Coração de Jesus, oh, como as minhas dores desa-
pareciam comparadas com as suas! E meu sempre amável Jesus me disse:

(2) “Minha filha, as dores do meu coração são indescritíveis e inconcebíveis para a criatura huma-
na. Você deve saber que cada batida de meu coração era uma dor distinta, cada batida me levava
uma nova dor, diferente uma da outra. A vida humana é um contínuo palpitar, se cessa o coração
pára de bater; imagine então que torrentes de dor me levava cada batida de meu coração, até o
último momento de minha morte, desde que fui concebido até meu último batimento, nenhum
deixou de levar-me novas penas e acerbas dores; mas deves saber também que minha Divindade
que era inseparável de Mim, vigiando meu coração, enquanto em cada batida fazia entrar uma no-
va dor, assim também em cada batida fazia entrar novas alegrias, novos contentamentos, novas
harmonias e arcanos celestiais. Se eu fui rico na dor e mares imensos de penas encerrava meu
coração, fui também rico de felicidade, de alegrias infinitas e de doçuras Inenarráveis.

Ao primeiro batimento de dor Eu teria morrido se a Divindade, amando a este coração com amor infinito, não
tivesse feito refletir em meu coração uma batida em duas: dor e alegria, amargura e doçura, penas
e contentamentos, morte e vida, humilhação e glória, abandonos humanos e consolos divinos. Oh!
Se você pudesse ver em meu coração, veria tudo concentrado em Mim, todas as dores possíveis e
imagináveis, das quais surgem a nova vida as criaturas, e todos os felizes e riquezas divinas, que
como tantos mares correm em meu coração e Eu os espalho para o bem de toda a família humana.
Mas quem toma mais destes tesouros imensos do meu coração?

Quem mais sofre. Por cada pena, por cada dor, há uma alegria especial em meu coração que segue a essa dor ou dor sofrida pela
criatura; a dor a faz mais digna, mais amável, mais querida, mais simpática. E assim como meu
coração se atraiu todas as simpatias divinas em virtude das dores sofridas, Eu, vendo na criatura a
dor, especial característica de meu coração, vigiando esta dor, com todo amor derramo sobre ela
as alegria e alegria que contém o meu coração; mas com grande dor minha, enquanto meu co-
ração gostaria de seguir minhas alegrias à dor que envio às criaturas, não encontrando nelas o
amor às penas e a verdadeira resignação como os teve meu coração, minhas alegrias seguem a
dor, mas vendo que a dor não foi recebida com amor, honra e total submissão, minhas alegrias não
encontram o caminho para entrar naquele coração dolorido e retornam sofredores ao meu coração.

Por isso, quando encontro uma alma resignada, amante do sofrimento, sinto-a como regenerada
no meu coração e oh! como se alternam as dores e as alegrias, a amargura e a doçura, não poupa-
rei nada de todos os bens que posso derramar nela”.

19-49
Agosto 22, 1926

Os atos feitos no Querer Supremo tomam a imagem das
qualidades divinas. O que significa ser cabeça de uma missão.

(1) Sinto-me imersa no Querer Eterno de meu adorável Jesus, e quanto mais me é possível faço
minha volta por toda a Criação, para fazer companhia a todos os atos que a Divina Vontade opera
nela, mas enquanto isso fazia, meu sumo e único bem se fazia ver em meu interior, que olhando-
me toda numerava um por um todos meus atos, e os punha em torno de Si para gozá-los, e depois
me disse:.
(2) “Minha filha, estou fazendo a numeração de todos seus atos para ver se chegam ao número
estabelecido por Mim, e como minha Vontade encerra todas as qualidades divinas, cada ato teu
feito nela toma a imagem de uma qualidade suprema; olhe-os como são belos: Quem possui a
imagem da minha sabedoria, quem a imagem da bondade, quem o amor, quem a força, quem a
beleza, quem a misericórdia, quem a imutabilidade, quem a ordem, em suma, todas as minhas
qualidades supremas. Cada um de seus atos toma uma imagem distinta, mas se assemelham
entre eles, se harmonizam, se dão a mão e formam um ato só. Como é belo o obrado pela criatura
em minha Vontade, não faz outra coisa que produzir imagens divinas, e Eu me deleito de circundar-
me destas minhas imagens para gozar na criatura os frutos de minhas qualidades, e dou-lhe
virtude de reproduzir outras imagens minhas divinas, pois quero ver copiado, selado o Ser
Supremo, e por isso tenho tanto interesse de que a criatura faça minha Vontade e viva nela, para
repetir minhas obras”..

(3) Depois disto estava pensando entre mim: “Como é dura a privação do meu doce Jesus, sente-
se a verdadeira morte da alma, e acontece como ao corpo quando parte a alma, que enquanto
possui os mesmos membros, estes estão vazios da vida, estão inertes, sem movimento e não têm
mais valor; Assim me parece minha pequena alma sem Jesus, possui as mesmas faculdades, mas
vazias de vida, sem Jesus termina a vida, o movimento, o calor, por isso a pena é dilacerante,
indescritível, e não se pode comparar a nenhuma outra pena. ¡ Ah! a Mãe Celestial não sofreu esta
pena porque sua santidade a tornava inseparável de Jesus, e por isso não ficou jamais privada
dele”. Mas enquanto eu pensava assim, meu amado Jesus se moveu dentro de mim dizendo:.
(4) “Minha filha, você está errada, a privação de Mim não é separação, mas dor, e você tem razão
ao dizer que é uma dor mais que mortal, e esta dor tem a virtude, não de separar, mas de unir com
ataduras mais fortes e mais estáveis a união inseparável Comigo, e não só isto, mas cada vez que
a alma fica privada de Mim, sem culpa sua, Eu ressuscito de novo para ela a nova vida de
conhecimento, fazendo-me compreender mais de novo amor, amando-a de mais, e dou nova graça
para a enriquecer e embelezar, e ela ressurge a nova Vida Divina, a novo amor e a nova beleza,
porque é justo; sofrendo a alma penas mortais, vem substituída com nova Vida Divina, se isto não
fosse assim, me deixaria vencer pelo amor da criatura, o que não pode ser. E além disso, não é
verdade que a Soberana Rainha jamais tenha ficado privada de Mim, inseparável jamais, mas
privada sim, isto não prejudicava a altura de sua santidade, antes a aumentava.
Quantas vezes a deixei no estado de pura fé, porque, sendo a Rainha das dores e a Mãe de todos os viventes, não
podia faltar-lhe o adorno mais belo, a pedra preciosa mais resplandecente que lhe dava a
característica de Rainha dos mártires e Mãe Soberana de todas as dores, esta pena de ser deixada
no estado de pura fé a preparou para receber o depósito de minha doutrina, o tesouro dos
sacramentos e todos os bens de minha Redenção, porque sendo minha privação a pena maior,
põe a alma em condição de merecer ser a depositária dos maiores dons do seu Criador, dos seus
conhecimentos mais altos e dos seus segredos. Quantas vezes não fiz isso com você? Depois de
uma privação minha te manifestei os conhecimentos mais altos sobre minha Vontade, e com isto
vinha a te fazer depositária não só de seus conhecimentos, mas de minha própria Vontade. E além
disso, a Soberana Rainha como Mãe devia possuir todos os estados de ânimo, portanto também o
estado de pura fé, para poder dar a seus filhos aquela fé irremovível que faz arriscar o sangue e a
própria vida para defender e testemunhar a fé. Se este dom da fé não o tivesse possuído, como o
poderia dar aos seus filhos?”.

(5) Dito isto desapareceu, mas minha mente queria pensar tantas coisas estranhas e
possivelmente ainda disparatadas e me esforçava por fazer minhas ações na adorável Vontade de
Deus, mas enquanto fazia pensava entre mim: “Se viver no Reino supremo da Vontade Divina
requer tanta atenção, tantos sacrifícios, serão pouquíssimos os que quererão viver em um Reino
tão santo”. E meu doce Jesus retornando me disse:.

(6) “Minha filha, quem é chamado como chefe de uma missão deve abraçar não só todos os
membros, mas deve governá-los, dominá-los e constituir-se vida de cada um deles; enquanto que
os membros não são os que dão vida à cabeça nem fazem tudo o que ela faz, senão que cada um
faz seu ofício. Assim quem é chamado como cabeça de uma missão, abraçando tudo o que
convém para poder desenvolver o trabalho que lhe foi confiado, sofrendo mais do que todos e
amando a todos, prepara o alimento, a vida, as lições, os ofícios, de acordo com a capacidade de
quem quer continuar a sua missão. O que é necessário a ti que deves formar a árvore com toda a
plenitude dos ramos e multiplicidade dos frutos, não será necessário a quem deve ser só rama ou
fruto, seu trabalho será de estar incorporado à árvore para receber os humores vitais que ele
contém, ou seja, fazer-se dominar por minha Vontade, não dando jamais vida ao próprio querer em
todas as coisas, sejam internas ou externas; conhecer minha Vontade e recebê-la como vida
própria para fazê-la desenvolver sua Vida Divina, em suma, fazê-la reinar e dominar como Rainha.
Assim minha filha, quem deve ser cabeça convém que sofra, que trabalhe e que faça sozinho tudo
o que os demais farão todos juntos. Isto é o que fiz Eu, porque como cabeça da Redenção posso
dizer que fiz tudo por amor de todos, para dar-lhes a vida e pô-los a todos a salvo, como também a
Virgem Imaculada, porque como Mãe e Rainha de todos, quanto não sofreu?

Quanto não amou efez por todas as criaturas? Ninguém pode dizer que nos tenha igualado, seja no sofrer como no
amar, ao mais nos semeiam em parte, mas igualar-nos, nenhum. Mas com o ter estado à cabeça
de todos, tanto Eu como a Soberana Rainha, encerrávamos todas as graças e todos os bens, a
força estava em nosso poder, o domínio era nosso, Céu e terra obedeciam a nossos sinais e
tremiam diante de nosso poder e santidade. Os redimidos tomaram nossas migalhas e comeram
nossos frutos, se curaram com nossos remédios, se revigoraram com nossos exemplos,
aprenderam nossas lições, ressuscitaram à custa de nossa vida, e se foram glorificados foi em
virtude de nossa glória, mas o poder é sempre nosso, a fonte viva de todos os bens brota sempre
de nós, tão é verdade, que se os redimidos se afastam de Nós perdem todos os bens e voltam a
estar doentes e pobres mais do que antes. Eis o que significa ser cabeça, é verdade que se sofre
muito, se trabalha muito, se deve preparar o bem a todos, mas tudo o que se possui supera tudo e
a todos, há tal distância entre quem é cabeça de uma missão e entre quem deve ser membro,
como se se comparasse ao sol como cabeça e a uma pequena luz como membro. “Por isso te
disse tantas vezes que tua missão é grande, porque não se trata da só santidade pessoal, senão
se trata de abraçar tudo e a todos, e preparar o Reino da minha Vontade às gerações humanas”.
(7) Depois disto estava seguindo os atos do Querer Supremo, os quais, todos se convertiam em luz
e formavam um horizonte de luz resplandecente, que formava nuvens de prata, e onde penetrava
esta luz tudo se convertia em luz, tinha o poder, a força de esvaziar tudo para preencher tudo da
sua luz fulgidíssima, e Jesus acrescentou:.

(8) “Minha filha, não há coisa mais penetrante que a luz, ela se expande onde quer que ela se
expanda com uma rapidez encantadora, levando seus efeitos benéficos a todos aqueles que se
fazem investir por ela; a luz não se nega a fazer bem a nenhum, sejam pessoas, seja terra, seja
água, seja planta ou outro, sua natureza é iluminar e fazer o bem, e por isso não deixa ninguém
para trás, leva a todos seu beijo de luz e lhes doa o bem que contém..

(9) Minha Vontade é mais que luz, Ela se expande em qualquer lugar e leva o bem que contém, e
os atos feitos nela formam a atmosfera de ouro e de prata que tem virtude de esvaziar todas as
trevas da noite da vontade humana, e com sua luz benéfica leva o beijo do Eterno Querer, para
dispor as criaturas a querer vir ao Reino do Fiat Supremo. Cada ato teu feito n’Ele é um horizonte
novo que fazes surgir ao olho da inteligência humana, para lhe fazer suspirar a luz do bem que
possui minha Vontade. Minha filha, para preparar este Reino se necessita o trabalho, se requerem
leis celestiais, que são leis todas de amor; nele não entrarão as leis de temor, de penas, de
condenação, porque as leis de amor de minha Vontade serão amigáveis, filiais, de recíproco amor
entre Criador e criatura, assim que os temores, as condenações, não terão nem vigor nem vida, e
se houver algum sofrimento, será pena de triunfo e de glória. “Por isso, esteja atenta, porque se
trata de fazer conhecer um Reino celestial, de manifestar seus segredos, suas prerrogativas, seus
bens, para atrair as almas a amá-lo, a suspirá-lo e a fazê-las tomar a posse dele”..

20-53
Janeiro 28, 1927

Como Nosso Senhor terá três reinos. O Reino do Fiat Supremo será o eco da Criação. Como
será banida a pobreza e a infelicidade. Como em Nosso Senhor e na Virgem houve pobreza
voluntária, não forçada. O Divino Querer é zeloso de manter sua filha.

(1) Estava toda abandonada no Supremo Fiat, seguindo seus atos na Criação e meu doce Jesus
saiu de dentro de mim e me disse:
(2) “Minha filha, olha como é bela a ordem do céu, assim quando o Reino da Divina Vontade tiver
seu domínio sobre a terra no meio das criaturas, também na terra haverá ordem perfeita e bela.
Então terei três Reinos, um na Pátria Celestial, outro na Criação, e o terceiro entre as criaturas, e
um será o eco do outro, um o reflexo do outro. Todas as coisas criadas têm seu posto de honra e
enquanto estão todas ordenadas e em harmonia entre elas, uma não tem necessidade da outra,
porque cada uma não só abunda, mas superabunda dos bens com os quais Deus as dotou ao criá-
las, porque tendo sido criadas por um Ser feliz e riquíssimo, que ao dar jamais vêm diminuídas
suas riquezas, por isso todas as coisas criadas levam a marca da felicidade e a abundância dos
bens de seu Criador.

E, assim como todas as coisas criadas, assim os filhos do Reino do Fiat
Supremo, todos terão o seu lugar de honra, de decoro e de domínio, e, enquanto possuírem a
ordem do céu e estiverem em perfeita harmonia entre eles, mais do que esferas celestes, será tal e
tanta a abundância dos bens que cada um possuirá, que um jamais terá necessidade do outro,
cada um terá em si a fonte dos bens de seu Criador e de sua felicidade perene. Assim, banida será
a pobreza, a infelicidade, as necessidades, os males dos filhos de minha Vontade; não seria
decoroso para Ela, que é tão riquíssima e feliz, ter filhos que carecessem de alguma coisa e não
gozassem toda a opulência de seus bens que surgem continuamente. O que você diria se visse o
sol pobre de luz, que apenas enviasse algum brilho tênue à terra? Se você visse um pedaço do céu
em algum ponto, com alguma estrela apenas, e todo o resto sem o encanto do céu azul?

Não diria: „Aquele que criou o sol não possui a imensidão da luz que surge, e por isso só de algum pequeno
resplendor faz alumiar a terra, não possui a potência para estender um céu em qualquer lugar e por
isso um pedaço apenas estendeu sobre nossa cabeça.‟ Então você teria se tornado o conceito de
que Deus é pobre de luz, que não tem poder para estender por toda parte as obras de suas mãos
criadoras. Ao invés, ao ver que o sol abunda tanto de luz, que o céu se estende por toda parte, tu
te convences que Deus é rico e possui a fonte da luz, e por isso nada perdeu de sua luz ao
abundar com tanta luz ao sol, nem sua potência diminuiu ao estender por toda parte o céu. Assim
se os filhos de meu Querer não abundaram de tudo, poder-se-á dizer que minha Vontade é pobre e
não tem poder para tornar felizes os filhos de seu Reino, o que não será jamais. Aliás, como este
será a imagem do Reino que a minha Vontade tem na Criação, assim como o céu se estende por
onde quer que seja e abunda de estrelas, como o sol abunda de luz, o ar de pássaros, o mar de
peixes, a terra de plantas e de flores, assim, fazendo eco à Criação o Reino do Fiat Supremo, os
filhos do meu Reino serão felizes e abundarão em tudo, assim que cada um possuirá a plenitude
dos bens e plena felicidade no posto em que o Querer Supremo os colocou, qualquer que seja a
condição e o ofício que ocuparão, todos estarão felizes de sua sorte.

E como o Reino do Fiat Supremo será o eco perfeito do Reino que minha Vontade possui na Criação, por isso se verá um
sol no alto, outro sol no baixo, no meio das criaturas que possuirão este Reino, ver-se-á o eco do
céu nestes filhos afortunados, com as suas obras o povoarão de estrelas, aliás, cada um será um
céu e um sol diferentes, porque onde está a minha Vontade não sabe estar sem céu e sem sol,
aliás, conforme tomará posse de cada um dos seus filhos formará o seu céu e o seu sol, porque é
sua natureza que onde tem sua posse estável, sua santidade, sua luz interminável, é como céu e
sol que forma e multiplica por toda parte. Mas não é tudo ainda, a Criação, eco da Pátria Celestial,
contém a música, a marcha real, as esferas, o céu, o sol, o mar, e todos possuem a ordem e a
harmonia perfeita entre eles e giram continuamente, esta ordem, esta harmonia e este girar sem
jamais deter-se forma tal sinfonia e música admirável, que se diria que é como o sopro do Fiat
Supremo que toca como tantos instrumentos musicais a todas as coisas criadas e forma a mais
bela das músicas, que se se pudesse ouvir pelas criaturas, elas ficariam em êxtase. Então o Reino
do Fiat Supremo terá o eco da música da Pátria Celestial e o eco da música da Criação, será tal e
tanta a ordem, a harmonia e seu contínuo girar em torno de seu Criador, que cada ato deles,
palavra, passo, será uma música distinta, como tantos instrumentos musicais diferentes que
receberão o alento do Querer Divino, de modo que tudo o que façam serão tantos concertos
musicais distintos que formarão a alegria e a festa contínua do Reino do Fiat Divino.

Seu Jesus não encontrará mais diferença em permanecer na Pátria Celestial, ou em descer para entreter-se no
meio das criaturas no Reino do Fiat Supremo sobre a terra. E então nossa obra da Criação cantará
vitória e pleno triunfo, e teremos três Reinos em um, símbolo da Trindade Sacrossanta, porque
todas as nossas obras levam o selo d’Aquele que as criou”.
(3) Depois disto pensava em mim: “Os verdadeiros filhos do Fiat Supremo serão felizes, abundarão
de tudo, não obstante minha Mãe Rainha, Jesus mesmo que era a mesma Vontade Divina foram
pobres nesta baixa terra, sofreram as penas, os incômodos da pobreza”. E meu doce Jesus
acrescentou:

(4) “Minha filha, pobreza verdadeira é quando uma criatura tem necessidade, quer tomar e não tem
o que tomar e está obrigada a pedir aos outros um estreito meio para viver, esta pobreza é de
necessidade e quase forçada; em troca, tanto em Mim como na Mãe Celestial que era toda a
plenitude do Fiat Eterno, era não pobreza de necessidade, muito menos forçada, mas pobreza
voluntária, pobreza espontânea, expressada pela imprensa do amor Divino. Tudo era nosso, a um
sinal nosso se teriam edificado suntuosos palácios, servido mesas com alimentos nunca vistos e
saboreados, como de fato quando era necessário, a um pequeno sinal nosso os mesmos pássaros
nos serviam, trazendo-nos em seus bicos frutos e peixes e mais, e festejavam porque serviam a
seu Criador e a sua Rainha; com seus pios, cânticos e gorjeios, nos faziam as músicas mais belas,
tanto que para não chamar a atenção das demais criaturas devíamos dar-lhes a ordem de que se
afastassem, seguindo seu voo sob a abóbada do céu onde nosso Querer os esperava, e eles
obedientes se retiravam. Por isso nossa pobreza foi de amor, pobreza de exemplo para ensinar às
criaturas o desapego das coisas baixas da terra, não foi pobreza de necessidade, nem podia sê-lo
absolutamente, porque onde reina a plenitude, a Vida de minha Vontade, todos os males terminam
como de um só golpe e perdem a vida”.

(5) Depois, tendo sabido, o muito reverendo padre Di Francia que eu tinha febre, mandou-me dizer
que se tinha necessidade tomasse o que necessitasse de seu dinheiro que havia depositado
comigo para uma obra sua. E meu amável Jesus ao vir, quase sorrindo me disse:

(6) “Minha filha, manda dizer ao padre em meu nome, que Eu lhe agradeço e recompensarei a
bondade de seu coração pelo cuidado que toma de ti, mas faz-lhe saber que a filha de meu Querer
não tem necessidade de nada, que minha Vontade a abunda de tudo, Ela é ciumenta que outros
pudessem oferecer-lhe alguma coisa, porque a sua filha quer dar-lhe tudo, porque onde reina o
meu Querer Divino não há medo de que os meios naturais, a abundância dos bens possam
prejudicar, antes, por quanto mais bens tem e abundância goza, mais vê neles a potência, a
bondade, a riqueza do Fiat Supremo e tudo o converte em ouro puríssimo de Vontade Divina,
assim que minha Vontade, por quanto mais lhe dá, tanto mais se sente glorificada em desenvolver
sua Vida na criatura, em oferecer suas coisas a quem a faz dominar e reinar. Seria absurdo se um
pai riquíssimo tivesse seus filhos pobres, seria para condenar tal pai, e além disso, em que
aproveitariam suas riquezas se o parto de suas entranhas, seus verdadeiros filhos levassem uma
vida difícil e miserável? Não seria uma desonra para este pai e uma amargura insuportável para
estes filhos, sabendo que enquanto o pai é riquíssimo eles carecem de tudo e trabalhosamente
podem tirar a fome?

Se isto seria absurdo e desonra para um pai na ordem natural, muito mais na
ordem sobrenatural do Fiat Supremo, Ele é mais do que pai que contém a fonte de todos os bens,
e por isso onde está Ele, reina a felicidade e a abundância de tudo. Muito mais, pois a alma que
tem a posse do Divino Querer, Ele fornece à alma e ao corpo uma vista aguda e penetrante, de
modo que penetra dentro das coisas naturais que como véu escondem minha Vontade, e a alma
rompendo estes véus encontra nas coisas naturais a nobre rainha da Vontade Divina reinante e
dominante nela, assim que as coisas naturais desaparecem para ela e em todas as coisas
encontra aquela Vontade adorável que possui, a beija, a adora, e tudo se torna para a alma
Vontade Divina, por isso cada coisa natural a mais é para ela um ato novo de Vontade Divina que
possui, portanto as coisas naturais são meios, para quem é filha de meu Querer, de fazer conhecer
mais o que faz, sabe fazer e possui minha Vontade, e até que ponto excessivo ama a criatura.
Quer saber então por que as criaturas carecem dos meios naturais e muitas vezes lhes são tirados
e se reduzem à mais esquálida miséria? Primeiro porque não possuem a plenitude do Fiat
Supremo, segundo porque mudam as coisas naturais e põem no lugar de Deus a natureza, não
veem nas coisas naturais o Supremo Querer, mas sim cobiçosos se apegam para formar-se uma
glória vã, uma estima que cega-os, um ídolo para o próprio coração. Sendo assim, é necessário
para pôr a salvo suas almas, que os meios venham a faltar. Mas para quem é filha de minha
Vontade, todos estes perigos não existem e por isso quero que abundem em tudo e que nada lhes
falte”.

21-16

Abril 16, 1927

Como Nosso Senhor fez o depósito de sua Vida Sacramental no coração da Santíssima
Virgem. O grande bem que pode fazer uma vida animada pela Divina Vontade. Como a
Virgem Santíssima, em suas dores, encontrava o segredo da força na Vontade Divina.

(1) Estava fazendo a hora quando Jesus instituiu a Santíssima Eucaristia, e movendo-se em meu
interior me disse:
(2) “Minha filha, quando faço um ato, primeiro vejo se há ao menos uma criatura onde pôr o
depósito de meu ato, a fim de que tome o bem que faço, o tenha guardado e bem defendido.
Agora, quando instituí o Santíssimo Sacramento busquei esta criatura e minha Rainha Mamãe se
ofereceu a receber este ato meu e o depósito deste grande dom dizendo-me: ‘Meu Filho, se te
ofereci meu seio e todo meu Ser em tua Conceição para ter-te custodiado e defendido, agora te
ofereço meu coração materno para receber este grande depósito, e disponho em ordem de batalha
em torno de tua Vida Sacramental, meus afetos, meus batimentos, meu amor, meus pensamentos,
toda Eu mesma para ter-te defendido, cortejado, amado, reparado; tomo Eu o empenho de
corresponder-te pelo grande dom que fazes, confia em tua Mãe e Eu pensarei na defesa de tua
Vida Sacramental; e como Tu mesmo me constituíste Rainha de toda a Criação, tenho o direito de
alinhar em torno de Ti toda a luz do sol como homenagem e adoração, às estrelas, ao céu, ao mar,
a todos os habitantes do ar, ponho tudo em torno de Ti para te dar amor e glória”.

(3) Agora, assegurando-me onde podia pôr este grande depósito da minha Vida Sacramental e
confiando na minha Mãe que me tinha dado todas as provas da sua fidelidade, instituí o Santíssimo
Sacramento. Era Ela a única criatura digna que podia guardar, defender e reparar o meu ato. Então
olhe, quando as criaturas me recebem, Eu desço nelas junto com os atos da minha inseparável
Mãe, e só por isso posso continuar a minha Vida Sacramental. Por isso é necessário que escolha
primeiro uma criatura quando quero fazer uma obra grande, digna de Mim, primeiro para ter o lugar
onde colocar meu dom, segundo para ter a correspondência. Também na ordem natural se faz
assim, se o agricultor quer semear a semente, não a lança no meio do caminho, mas vai em busca
do pequeno terreno, prepara-o, forma os sulcos e depois lança a semente, e para estar seguro a
cobre com terra, esperando ansiosamente a colheita para receber a correspondência de seu
trabalho e da semente que confiou à terra. Outro quer formar um belo objeto, primeiro prepara as
matérias-primas, o lugar onde colocá-lo e depois o forma. Assim também fiz contigo, te escolhi, te
preparei e depois te confiei o grande dom das manifestações de minha Vontade, e assim como
confiei à minha amada Mãe a sorte da minha Vida Sacramental, assim quis confiar-me de ti,
confiando-te a sorte do Reino da minha Vontade”.
(4) Depois continuava pensando em tudo o que meu amado Bem tinha feito e sofrido no curso de
sua Vida, e Ele acrescentou:
(5) “Minha filha, minha Vida foi brevíssima aqui embaixo e a maior parte me passei escondido, mas
apesar de que foi brevíssima, como minha Humanidade estava animada por uma Vontade Divina,
quantos bens não fiz?

Toda a Igreja toma de minha Vida, a saciedade bebe da fonte de minha
doutrina, cada palavra minha é uma fonte que brota em cada cristão, cada exemplo meu é mais
que sol que ilumina, que esquenta, que fecunda e faz amadurecer as maiores santidades. Se se
quisesse comparar a todos os santos, todos os bons, todas as suas penas e seu heroísmo, tudo
posto em comparação à minha Vida brevíssima, seriam sempre as pequenas chagas diante do
grande sol, e como em Mim reinava a Divina Vontade, todas as penas, as humilhações, confusões,
oposições, acusações que me faziam os inimigos no curso de minha Vida e de minha Paixão,
serviu tudo para sua vergonha e para maior confusão deles mesmos, porque estando em Mim uma
Vontade Divina, sucedia de Mim como sucede ao sol quando as nuvens, estendendo-se no baixo
do ar, parece que querem fazer ultraje ao sol obscurecendo a superfície da terra tirando
momentaneamente a vivacidade da luz solar, mas o sol ri-se das nuvens porque elas não podem
fazer vida perene no ar, sua vida é fugaz, basta um pequeno vento para fazê-las desaparecer e o
sol fica sempre triunfante em sua plenitude de luz que domina e enche toda a terra. Assim
acontece de Mim, tudo o que me fizeram meus inimigos e até minha própria morte, foram como
tantas nuvens que cobriram minha humanidade, mas ao Sol de minha Divindade não puderam
tocá-lo, e não apenas o vento da potência de minha Vontade Divina se moveu, desapareceram as
nuvens e mais que sol ressuscitei glorioso e triunfante, deixando os inimigos mais envergonhados
do que antes. Minha filha, na alma onde reina minha Vontade com toda sua plenitude, os minutos
de vida são séculos e séculos de plenitude de todos os bens, e onde Ela não reina, os séculos de
vida são apenas minutos de bens que contêm; e se a alma onde reina meu Querer sofresse
humilhações, oposições e penas, são como nuvens que o vento do Fiat Divino descarrega sobre
aqueles, para sua vergonha, que ousaram tocar a portadora do meu eterno Querer”.

(6) Depois disto estava pensando na dor quando minha dolorosa Mãe, trespassada no coração se
separou de Jesus deixando-o morto no sepulcro, e pensava entre mim: “Como foi possível que
tivesse tanta força de deixá-lo? É certo que estava morto, mas era sempre o corpo de Jesus, como
seu amor materno não a consumiu para não deixá-lo dar um só passo longe daquele corpo extinto?
E ele parou. Que heroísmo, que fortaleza!” Mas enquanto isso pensava, meu doce Jesus se moveu
dentro de mim e disse:
(7) “Minha filha, queres saber como é que a minha Mãe teve a força de me deixar? Todo o segredo
da sua força estava na minha Vontade reinante nela. Ela vivia de Vontade Divina, não humana, e
por isso continha a força imensurável. É mais, você deve saber que quando minha transpassada
Mamãe me deixou no sepulcro, meu Querer a tinha imerso em dois mares imensos, um de dor e o
outro mais extenso de alegrias, de bem-aventuranças, e enquanto o de dor lhe dava todos os
martírios, o da alegria lhe dava todos os contentamentos e sua bela alma me seguiu ao limbo e
assistiu à festa que me fizeram todos os patriarcas, os profetas, seu pai e sua mãe, nosso amado
São José; o limbo se transformou em paraíso com minha presença e Eu não podia fazer menos
que fazer participar Aquela que tinha sido inseparável em minhas penas, fazê-la assistir a esta
primeira festa das criaturas, e foi tanta sua alegria, que teve a força de separar-se de meu corpo,
retirando-se e esperando o momento da minha Ressurreição como cumprimento da Redenção. A
alegria a sustentava na dor, e a dor a sustentava na alegria. A quem possui meu Querer não pode
faltar nem força nem potência, nem alegria, tudo tem à sua disposição. Você não experimenta em
si mesma quando está privada de Mim e se sente realizada? A luz do Fiat Divino forma o seu mar,
faz-te feliz e dá-te a vida”.

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