Estudo 45 Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 45 Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade
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LIVRO DO CÉU VOLUME 1

(6) E sucedeu que, tendo passado cinco ou seis dias daquelas penas tão intensas, com grande
aflição minha, começaram a diminuir, e então pedi ao meu amado Jesus que me renovasse a
crucificação, e Ele, às vezes cedo e às vezes não, Tinha prazer em me transportar aos lugares
santos e me participava as penas de sua dolorosa Paixão. Agora a coroa de espinhos, agora a
flagelação, agora levava a cruz ao calvário e agora a crucificação.

Às vezes um mistério por dia e,às vezes, tudo num dia, segundo Ele gostava, e isto era para a minha alma de grande dor e
contentamento. Mas me resultava amarguíssimo quando mudava a cena, e em vez de sofrer eu,
era espectadora de ver sofrer a meu amadíssimo Jesus as penas da dolorosa Paixão. Ah, quantas
vezes eu estava no meio dos judeus junto com a Mãe Rainha para ver meu amado Jesus sofrer!
Ah, sim, como é verdade que é mais fácil sofrer-se a si mesmo do que ver sofrer a pessoa amada!
Outras vezes, renovando o meu doce Jesus estas crucifixões, recordo que me disse:

(7) “Amada minha, a cruz faz distinguir os réprobos dos predestinados. Bem como no dia do juízo
os bons se alegrarão ao ver a cruz, assim desde agora se pode ver se algum se salvará ou se
perderá, se ao apresentar-se a cruz a alma a abraça, a leva com resignação, com paciência e beija
e agradece à mão que a envia, é sinal de que é salvo; se ao contrário, ao apresentar-se a cruz se
irritam, a desprezam e chegam até me ofender, pode dizer que é um sinal de que essa alma se
encaminha pela via do inferno; assim farão os réprobos no dia do juízo, que ao ver a cruz se
afligirão e blasfemarão.

A cruz diz tudo, a cruz é um livro que sem engano e a claras notas te diz e
te faz distinguir o santo do pecador, o perfeito do imperfeito, o fervoroso do morno. A cruz
comunica tal luz à alma, que desde agora não só faz distinguir o bom do réu, senão faz conhecer
quem deve ser mais ou menos glorioso no Céu, quem deve ocupar um posto superior ou um posto
menor. Todas as outras virtudes estão humildes e reverentes diante da virtude da cruz, e
enxertando-se com ela recebem maior brilho e esplendor”.

(8) Quem pode dizer que chamas de desejos ardentes punha em meu coração este falar de Jesus?
Sentia-me devorar pela fome de sofrer, e Ele para satisfazer minhas ânsias, ou bem, para dizê-lo
melhor, o que Ele mesmo me infundia, renovava-me a crucificação.

2-46
Julho 14, 1899

Jesus não pode deixar quem o ama.

(1) Meu adorável Jesus continua estes dias fazendo-se ver pouquíssimas vezes, sua visita é
como um raio, que enquanto se quer seguir vendo-o foge, e se alguma vez se detém um pouco
é quase sempre em silêncio, outras vezes diz alguma coisa, mas assim que se vai me parece
que se leva essa palavra junto com a luz que me vem de sua palavra, tanto que depois não
recordo nada do que disse, e minha mente fica na mesma confusão de antes. ¡ Que estado
miserável! Meu amado Jesus, tenha piedade desta miserável, continue fazendo uso de sua
misericórdia. Agora, para não me alongar e dizer dia por dia o que passei, direi aqui tudo junto,
algumas palavras que me disse nestes últimos dias.
(2) Lembro-me que depois de ter derramado lágrimas amarguíssimas, Jesus, fazendo-se ver e
eu me lamentando com Ele porque me tinha deixado, chamou muitos anjos e santos e
dirigindo-se a eles disse: “Ouçam o que diz, que eu a deixei, digam-lhe, posso eu deixar
aqueles que me amam? Ela me amou, como posso deixá-la?” E os santos concordaram com o
Senhor e eu fiquei mais humilhada e confusa do que antes.

(3) Noutra ocasião, dizendo-lhe que: “No final acabarás por me deixar de todo”. Jesus disse-
me:

(4) “Filha, não posso deixar-te, e como penhor disto pus em ti os meus sofrimentos”.
(5) Depois, encontrando-me ocupada com o pensamento: “Como permitiste Senhor que viesse
o sacerdote, tudo poderia ter acontecido entre Tu e eu”. Em um instante me encontrei fora de
mim mesma, estendida sobre uma cruz, mas não havia ninguém que pudesse me pregar, eu
comecei a pedir ao Senhor que viesse a crucificar-me e Jesus veio e me disse:

(6) “Veja como é necessário que o sacerdote esteja no meio de minhas obras, e isto é ajuda
também para cumprir a crucificação; é certo que se não há ninguém, por ti só não podes
crucificar-te, sempre se necessita da ajuda dos demais”.

3-50
Março 11, 1900

Encontro com uma alma do purgatório.

(1) Continua quase sempre o mesmo. Esta manhã via o bom Jesus mais aflito do que de costume,
ameaçando com uma mortandade de gente, e via em certos lugares que muitos morriam. Depois
passei pelo purgatório e reconhecendo a uma amiga falecida perguntava-lhe várias coisas sobre
meu estado, especialmente se é Vontade de Deus este estado, se é verdade que é Jesus que vem,
ou bem o demônio, porque lhe dizia: “Como tu te encontras diante da Verdade e conheces com
clareza as coisas, sem que possas enganar-te podes dizer-me a verdade sobre as minhas
circunstâncias”.

(2) E ela disse-me: “Não temas, o teu estado é a vontade de Deus e Jesus ama-te muito, por isso
manifesta-se a ti”.

(3) E eu, dizendo-lhe algumas das minhas dúvidas, pedi-lhe que visse ante a luz da verdade se
eram verdadeiras ou falsas e fizesse-me a caridade de me vir dizer, e que se o fizesse, eu em
recompensa mandava-lhe celebrar uma missa em sufrágio, e ela acrescentou:

(4) “Se o quer o Senhor, porque nós estamos tão imersos em Deus, que não podemos sequer
mover as pestanas se não concorre Ele; nós habitamos em Deus como uma pessoa que habitasse
em outro corpo, que tanto pode pensar, falar, ver, agir, caminhar, porque lhe é dado por aquele
corpo que a circunda por fora, porque em nós não é como em vós que tendes o livre arbítrio, a
própria vontade terminou, nossa vontade é só a Vontade de Deus, dela vivemos, nela encontramos
todo nosso contentamento e Ela forma todo nosso bem e nossa glória”.
(5) E mostrando uma satisfação indescritível por esta Vontade de Deus, nos separamos.

4-50
Janeiro 24, 1901

Luísa pergunta a Jesus a causa da sua privação. Jesus repreende-a.

(1) Tendo passado os dias anteriores em silêncio e algumas vezes também privada de meu
adorável Jesus, esta manhã ao vir lamentei-me com Ele dizendo: “Senhor, como é que não vens,
como mudaram as coisas, vê-se que é, ou por castigo dos meus pecados que me privas da tua
amável presença, ou que não me queres mais neste estado de vítima, ah! te peço que me faça
conhecer sua Vontade; se não pude opor-me quando quis de mim o sacrifício, muito menos agora,
que não sendo mais merecedora de ser vítima me quer tirar.

(2) E Jesus, interrompendo o meu discurso, disse-me: “Minha filha, Eu, com ter-me feito vítima pelo
gênero humano, tomando sobre Mim todas as fraquezas, as misérias, e tudo o que merecia o
homem, ante a Divindade represento a cabeça de todos, e a natureza humana, sendo Eu a cabeça
ante a Divindade, Encontra em Mim um poderoso escudo que a defende, protege, desculpa e
intercede. Agora, como você se encontra no estado de vítima, vem representar ante Mim a cabeça
da geração presente, pelo que deve mandar algum castigo para bem dos povos e para chamá-los
a Mim, se Eu viesse contigo segundo meu costume, só de me mostrar a você já me sinto aliviado e
as dores se mitigam, e me acontece como a alguém que sentisse uma forte dor e pelo espasmo
grita, se a este lhe cessasse a dor deixaria de gritar e lamentar-se. Assim me acontece a Mim,
diminuindo minhas penas, naturalmente não sinto mais a necessidade de mandar esse castigo;
além disso você, ao me ver, também naturalmente busca me reparar e tomar sobre ti as penas dos
demais, não pode fazer menos que fazer seu ofício de vítima ante minha presença, E se você não
o fizesse, o que não pode ser jamais, eu ficaria chateado com você. Eis a causa da minha
privação, não porque queira punir os teus pecados, tenho outras maneiras para purificar-te, mas
recompensar-te-ei, nos dias em que vier te duplicarei as minhas visitas, não estás contente por
isso?”

(3) E eu: “Não Senhor, amo-te sempre, qualquer que seja a causa não cedo em ficar um só dia
privada de Ti”. Enquanto eu dizia isto, Jesus desapareceu e eu retornei em mim mesma.

4-51
Janeiro 27, 1901

A firmeza da fé está na firmeza da caridade.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, o meu adorável Jesus quase se fez ver, e não sei por
que me disse:
(2) “Minha filha, toda a solidez da fé católica está na solidez da caridade, que une os corações e os
faz viver em Mim”.
(3) Depois, lançando-se em meus braços queria que eu o reconfortasse. Tendo feito por quanto
pude, logo Ele me fez isso e desapareceu.

6-47
Junho 20, 1904

As almas vítimas são filhas da Misericórdia.

(1) Depois de ter esperado muito, assim que veio o bendito Jesus me disse:
(2) “Minha filha, chegou a tanto a perfídia humana, de esgotar por sua parte minha misericórdia,
mas minha bondade é tanta, de constituir as filhas da misericórdia, a fim de que também por parte
das criaturas não fique esgotado este atributo, e estas são as vítimas que estão em plena posse da
Vontade Divina por haver destruído a própria, porque nestas, o recipiente dado a elas por Mim ao
criá-las está em pleno vigor, e tendo recebido a partícula de minha Misericórdia, sendo filha a
fornece a outros. Entende-se, no entanto, que para administrar a misericórdia aos outros deve ser
encontrada ela na justiça”.

(3) E eu: “Senhor, quem pode ser encontrado na justiça?”
(4) E Ele: “Quem não comete pecados graves e quem se abstém de cometer pecados veniais
ligeiros, por sua própria vontade”.

7-50
Outubro 5, 1906

Jesus é dono da alma.

(1) Continuando o meu estado habitual, encontrei-me fora de mim mesma junto com Jesus
menino. Desta vez parecia que tinha vontade de brincar, se apertava a meu peito, a meus

braços, e enquanto me olhava com muito amor, agora me abraçava, agora com sua cabecinha
me empurrava quase me golpeando, agora me beijava tão forte que parecia que queria me
fechar e fundir dentro de Sim, E enquanto fazia isso eu sentia uma grande dor, tanto que me
sentia desfalecer, e Ele apesar de me ver sofrer assim, não me prestava atenção, é mais, se
via em meu rosto que eu sofria, porque não me atrevia a lhe dizer nada, o fazia mais forte, me
fazia sofrer mais. Agora, depois de ter desabafado bem me disse:

(2) “Minha filha, Eu sou seu dono e posso fazer de você o que quero. Deves saber que sendo
tu coisa minha, não és dona de ti, e se ages por teu próprio arbítrio, ainda num pensamento,
num desejo, num coração, deves saber que me farias um furto”.

(3) Neste momento via o confessor, que não estando bem queria como aliviar seus sofrimentos
sobre mim, e Jesus a toda pressa com a mão o rejeitou, e disse:

(4) “Primeiro devo me aliviar Eu das minhas penas, que são muitas, e depois você”.
(5) E, enquanto isso dizia, aproximou-se da minha boca e derramou um líquido amargo, e eu
confiei-lhe o confessor, pedindo-lhe que o tocasse com a sua mãozinha e o fizesse ficar bem.
Ele tocou e disse: “Sim, sim”. E desapareceu.

10-49
Janeiro 20, 1912

O amor quando não une pelas boas, busca unir com as aflições, com os contrastes e mesmo com as santas maldades.

(1) Retornando meu sempre amável Jesus, via-se que ia estreitando os corações; e as almas
resistindo a estas estreitas faziam com que a graça ficasse incapacitada, e Jesus tomava esta
graça em seu punho e a levava àqueles poucos que se deixavam cingir; também me trouxe uma
boa parte. Quando vi isto, disse-lhe:

“Doce vida minha, Tu és tão bom comigo ao dar-me parte da
graça que os outros rejeitam, porém eu não noto estreitos, mas bem me sinto livre, e tanto, que
não sei ver nem a largura, nem a altura, nem a profundidade dos confins nos quais me encontro”.
(2) E Jesus: “Filha amada minha, minhas estreias as adverte quem, não deixando-se atar muito
bem por Mim, não pode entrar a viver em Mim, mas quem se deixa atar por Mim como Eu quero,
passa a viver em Mim, e vivendo em Mim tudo é amplitude, estreitos não existem mais, a estreiteza
dura até que a alma tem a paciência de se deixar estreitar por Mim, até desfazer seu ser humano,
para viver na Vida Divina, e depois, passando a viver em Mim, Eu a tenho ao seguro, faço-a
espaciar em meus intermináveis confins, não tenho mais necessidade de usar ataduras, mas bem,
muitas vezes devo forçá-las para colocá-las um pouco fora, para fazer-lhes ver os males da terra e
fazê-las perorar com maior ânsia a salvação de meus filhos, e conseguir-lhes o perdão pelos
merecidos castigos, e elas se sentem como sobre espinhos e me forçam porque querem entrar em
Mim, lamentando-se de que não é para elas a terra. Quantas vezes não o fiz contigo? Devo ter-me
mostrado indignado para te fazer estar um pouco em teu lugar, de outra maneira não terias durado
um minuto fora de Mim, meu coração sabe o que sofri ao te ver fora de Mim, agitar-te, afanar-te,
chorar, enquanto os outros fazem isto para não se deixar atar tu o fazias por viver em Mim, e
quantas vezes não tu mesma te aborreceste por este meu agir? Não se lembra que também
estivemos em controvérsia?”

(3) E eu: “Ah! sim, lembro-me, precisamente anteontem estava já por me zangar porque me
puseste fora de Ti, mas como te vi chorar pelos males da terra, chorei junto Contigo e se me
passou a raiva; é propriamente um menino, oh! Jesus, mas sabe por que é menino? Por amor.
Para dar amor e para ter amor chega às diabruras, não é verdade Jesus? Depois de uma raiva, de
um desgosto, uma aflição que passamos juntos, não nos amamos de mais?”
(4) E Ele: “Certamente, é necessário amar para poder compreender o amor, e o amor quando não
une pelas boas, procura unir com as aflições, com os contrastes e também com as santas
maldades”.

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