Estudo 34 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 34 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina
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PARTE 1 PARTE 2

12-36
Março 4, 1918

A firmeza produz o heroísmo.

(1) Continuando o meu estado habitual, lamentava-me com Jesus do meu pobre estado, e Ele
disse-me:
(2) “Minha filha, coragem, não te apartes em nada, a firmeza é a maior virtude, a firmeza produz
o heroísmo, e é quase impossível que o homem não seja, com a firmeza, um grande santo;
aliás, conforme vai repetindo seus atos, assim vai formando duas barreiras, uma à direita e a
outra à esquerda, que lhe servem de apoio e defesa, e reiterando seus atos se forma em si uma
fonte de novo e crescente amor. A firmeza reafirma a graça e põe o selo da perseverança final.
Seu Jesus não teme que suas graças possam ficar sem efeito nas almas firmes, e por isso a
torrentes Eu as despejo sobre a alma constante. Portanto, de uma alma que hoje trabalha e
amanhã não, agora faz um bem, agora faz outro diferente, não há muito que esperar, não terá
nenhum apoio, e agora será lançada de um lado e agora a outro, morrerá de fome porque não
terá a fonte da firmeza que faz surgir o amor; a graça teme derramar-se, porque dela fará abuso
e se servirá dela para me ofender”.

13-33
Novembro 16, 1921

O pecado é cadeia que ata o homem, e Jesus quis ser atado para romper suas cadeias.

(1) Esta manhã, meu sempre amável Jesus se fazia ver todo atado, atadas as mãos, os pés, a
cintura; do pescoço lhe descia uma dupla corrente de ferro, mas estava atado tão fortemente,
que tirava o movimento a sua Divina Pessoa. Que posição dura era esta, de fazer chorar até as
pedras, e meu sumo bem Jesus me disse:
(2) “Minha filha, no curso de minha Paixão todas as outras penas faziam competição entre elas,
mas uma cedia o lugar à outra, e se mantinham vigilantes para me fazer sofrer o pior, para dar-
se a vanglória de que uma tinha sido mais dura que as demais, mas as cordas não me tiraram
jamais, desde que me prenderam até o monte calvário estive sempre atado, aliás,
acrescentavam sempre mais cordas e cadeias por temor de que pudesse fugir, e para fazer
mais zombaria e escárnio de Mim; quantas dores, confusões, Humilhações e quedas me
causaram estas correntes. Mas deves saber que nestas cadeias havia um grande mistério e
uma grande expiação: O homem, ao começar a cair no pecado fica atado com as mesmas
cadeias de seu pecado, se é grave são cadeias de ferro, se venial são cordas; então, se quer
caminhar no bem, sente as travas das cadeias e fica impedido em seu caminho, o estorvo que
sente o esgota, o debilita, e o leva a novas quedas; se obra sente o impedimento nas mãos e
quase fica como se não tivesse mãos para fazer o bem; as paixões, vendo-o tão atado fazem
festa e dizem: “É nossa a vitória”. E de rei que é o homem, o tornam escravo de paixões
brutais. Como é abominável o homem no estado de culpa, e eu para romper suas correntes
quis ser atado, e não quis estar em nenhum momento sem cadeias, para ter sempre prontas as
minhas para romper as suas, e quando os golpes, os empurrões me faziam cair, Eu estendia-
lhe as mãos para desamarrá-lo e torná-lo livre de novo”.

(3) Mas enquanto dizia isto, eu via quase todas as pessoas amarradas por correntes, que
davam piedade, e rogava a Jesus que tocasse com suas correntes as cadeias delas, a fim de
que pelo toque das suas ficassem quebradas as das criaturas.

14-37
Junho 19, 1922
Cada vez que a alma trabalha no Divino Querer dá campo a Jesus para pôr fora novas 
bem-aventuranças e novos contentamentos.

(1) Continuando meu estado habitual, eu me sentia abismada no Querer Supremo do meu doce
Jesus, parecia-me que cada pequeno ato meu feito no Divino Querer fazia sair novos contentos
desde dentro da Majestade Divina, e meu amável Jesus me disse:
(2) “Minha filha, eu possuo tais contentamentos, felicidade e bem-aventuranças, que poderia
dar a cada instante sempre novas alegrias e bem-aventuranças, assim que cada vez que a
alma atua em meu Querer, me dá o campo para fazer sair novas bem-aventuranças e novos
contentamentos que Eu possuo, e como meu Querer é imenso e invade a todos e a tudo,
assim, conforme saem correm sobre a alma que está operando em meu Querer, como causa
primária de que minhas bem-aventuranças são postas fora, e depois circulam em todos, no céu
e na terra. Então, por quantas vezes você trabalha em meu Querer, tantas bem-aventuranças e
alegrias de mais me faz pôr fora, e Eu sinto o prazer de participar das alegrias que
possuo. Minha Vontade quer fazer sair o que possui, mas vai buscando quem lhe dê a ocasião,
quem esteja disposto a recebê-lo, quem prepare um lugar em sua alma onde pôr estes meus
novos contentamentos. Agora, a alma com querer fazer minha Vontade, abre as portas de meu
Querer, e esvaziando de seu querer me prepara um lugarzinho onde pôr meus bens, e entrando
a obrar em minha Vontade me dá a ocasião de fazer sair de Mim novas bem-aventuranças, por
isso espero ansiosamente que a alma venha a obrar em meu Querer eterno, para fazer sair de
Mim uma nova alegria e fazer-me conhecer que sou aquele Deus que não me canso jamais, e
que sempre tenho que dar a quem faz minha Vontade”.

16-43
Fevereiro 2, 1924

O abandono em Deus forma as asas para voar no o âmbito da Eternidade. O que é a Eternidade.

(1) Sentia-me muito oprimida pela privação do meu doce Jesus, e por outras razões que não é ne-
cessário escrever aqui, e meu amado Jesus movendo-se em meu interior e estreitando-me a Ele
para me dar força, pois me sentia sucumbir, me disse:
(2) “Minha filha, a minha vontade é vida e movimento de tudo, mas sabes tu quem segue a seu
movimento e toma o vôo em meu Eterno Querer, de maneira que gira como gira Ele no âmbito da
eternidade e se encontra onde Ele se encontra e faz o que Ele faz? A alma totalmente abandonada
em minha Santa Vontade; o abandono são as asas para voar junto com meu Querer, quando cessa
o abandono assim perde o vôo e ficam destruídas as asas. Assim que todos sentem o movimento,
a Vida da minha Vontade, mas ficam no ponto onde estão, porque não há movimento que não par-
ta de Mim, mas só quem tem as asas do abandono em Mim, faz o mesmo caminho de minha Von-
tade, sobrevoa sobre tudo, seja no Céu ou na terra, entra no âmbito da eternidade e gira no meio
das Três Divinas Pessoas, penetra nos lugares mais íntimos delas, está a par dos seus segredos e
das suas bem-aventuranças. Acontece como uma máquina, onde no meio está a primeira roda e
em torno dela outras muitas pequenas rodas que são fixas; assim que a primeira roda se move todas
as outras recebem o movimento, mas nunca chegam a tocar a primeira roda, nem sabem nada
do que ela faz nem dos bens que contém; em troca outra pequena roda que não esteja fixa, e que
por meio de um mecanismo gire sempre por todas as rodas para encontrar-se em cada movimento
da primeira roda, para fazer de novo seu giro, esta roda giratória gira sabe o que há na primeira
roda e toma parte nos bens que ela contém. Agora, a primeira roda é minha Vontade, as rodas fixas
são as almas abandonadas a si mesmas, o que as torna imóveis no bem; a roda giratória é a
alma que vive na minha Vontade, o mecanismo é o abandono tudo em Mim, assim que cada falta
de abandono em Mim é um giro que Você perde no âmbito da Eternidade. Se você soubesse o que
significa perder um giro eterno!”
(3) Quando ouvi isto, disse: “Mas diz-me, meu amor, o que significa eternidade e o que é este giro
eterno?”

(4) E Jesus acrescentou: “Minha filha, a eternidade é um círculo imenso, onde não se pode conhecer
nem onde começa nem onde termina; neste círculo se encontra Deus, sem princípio e sem fim,
onde possui felicidade, bem-aventuranças, alegrias, riquezas, beleza, etc., infinitas. Em cada movimento
divino, que nunca cessa, faz sair deste círculo da eternidade novas felicidades, novas belezas,
novas bem-aventuranças, etc., mas este novo é um ato jamais interrompido; mas um não é
parecido com o outro, diferentes entre eles, nossos contentamentos são sempre novos; são tais e
tantas as nossas bem-aventuranças, que enquanto gozamos uma, outra nos surpreende, e isto
sempre e jamais terminam, são eternas, imensas como Nós, e o que é eterno tem virtude de fazer
surgir coisas sempre novas; o antigo, as coisas repetidas não existem no que é eterno. Mas você
sabe quem toma mais parte no Céu do novo que jamais se esgota? Quem mais praticou o bem na
terra, este bem será como o germe que lhe dará o conhecimento de nossas bem-aventuranças,
alegrias, belezas, amor, bondade, etc., e segundo o bem que a alma tenha praticado na terra, que
tenha alguma harmonia com nossas variadas bem-aventuranças, assim se aproximará de nós e de
grandes goles será preenchido com a bem-aventurança da qual o gérmen contém, até transbordar
fora. De tudo o que contém o círculo da eternidade tomarão parte; em troca dos germes adquiridos
na terra, deles serão enchidos. Acontecerá como a um que tenha aprendido música, um trabalho,
uma ciência; soando a música, muitos escutam e gozam, mas, quem entende? Quem sente penetrar-lhe
na inteligência e descer-lhe no coração todas aquelas notas de gozo ou de dor? Quem se
sente como cheio e vê em ato as cenas que a música expressa? Quem estudou, quem tem fatigado
para aprender, os outros apreciam mas não entendem, sua alegria está só na percepção do ouvido,
mas todo o seu interior fica em jejum; assim também quem aprendeu as ciências, quem goza
mais, um que estudou, que tem consumido sua inteligência nos livros, em tantas coisas científicas,
ou bem quem só as olhou? Certo, quem estudou pode fazer ganhos justos, pode ocupar vários lugares,
enquanto o outro pode desfrutar só com a vista se vê coisas que pertencem às ciências; assim
de todas as outras coisas. Se isto acontece na terra, muito mais no Céu, onde a justiça pesa
com a balança do amor cada pequeno ato bom feito pela criatura, e põe sobre esse ato bom uma
felicidade, uma alegria, uma beleza intermináveis.

(5) Agora, o que será da alma que terá vivido no meu Querer, onde todos os seus actos permanecem
com um germe eterno e divino? O círculo da eternidade se verterá de tal forma nela, que toda
a Jerusalém Celestial ficará surpreendida e farão novas festas e receberão nova glória”.

17-38
Abril 23, 1925

Deus ao criar o homem, com seu alento infundia-lhe a vida, e nesta vida lhe infundia uma inteligência, memória e vontade para colocá-lo em
relação com sua Divina Vontade, e Esta devia dominar todo o interior da criatura e dar vida a tudo.

(1) Estava a fundir-me segundo o meu costume no Santo Querer Divino, e o meu doce Jesus
fazendo-se sentir dentro de mim disse-me:.

(2) “Minha filha, vem na imensidão de meu Querer, todo o Céu e todas as coisas criadas por Mim,
vivem e recebem vida contínua de meu Querer, no qual encontram sua completa glória, sua plena
felicidade e sua perfeita beleza, e esperam com ansiedade o beijo da alma viadora que vive no
mesmo Querer em que elas vivem, para lhe corresponder o seu beijo e pôr em comum com ela a
glória, a felicidade, a beleza que elas possuem, a fim de que outra criatura se acrescente ao seu
número, que me dê a glória completa, quanto à criatura é possível, e me faça olhar a terra com
aquele amor com o qual a criei, porque existe na terra uma alma que opera e vive em minha
Vontade. Sabendo o Céu que nenhuma outra coisa me glorifica tanto como uma alma que vive em
minha Vontade, por isso também suspiram que meu Querer viva nas almas na terra; assim que
cada ato que faz a criatura em minha Vontade, é um beijo que dá e recebe d’Aquele que a criou e
de todos os bem-aventurados. Mas você sabe que coisa é este beijo? É a transformação da alma
com seu Criador, é a posse de Deus na alma e da alma em Deus, é o crescimento da Vida Divina
na alma, é a harmonia de todo o Céu e é o direito da supremacia sobre todas as coisas criadas. A
alma purificada pela minha Vontade, graças ao alento onipotente que lhe vem infundido por Deus,
não mais dá náusea pela vontade humana, e portanto Deus continua infundindo-lhe seu alento
onipotente, a fim de que cresça com essa Vontade com a qual a criou; enquanto a alma que ainda
não foi purificada sente o atrativo de sua vontade, e portanto obra contra a Vontade de Deus
fazendo a sua; Deus não pode aproximar-se dela para infundir-lhe seu alento de novo, até que não
se dá toda ao exercício e cumprimento da Divina Vontade.

Por isso tu deves saber que Deus ao criar o homem com o seu alento lhe infundia a vida, e nesta vida lhe infundia uma inteligência,
memória e vontade, para a pôr em relação com a sua, e esta Vontade Divina devia ser como rei
que devia dominar todo o interior da criatura e dar vida a tudo, em modo de formar a inteligência e
a memória querida pela Vontade Suprema nela; formada esta, era como conatural que o olho da
criatura devia olhar as coisas criadas e conhecer nelas a ordem e a Vontade de Deus sobre todo o
universo, o ouvido devia ouvir os prodígios desta eterna Vontade, a boca devia sentir-se infundir
continuamente o alento de seu Criador para comunicar-lhe a Vida e os bens que contém seu
Querer, sua palavra devia fazer eco àquele Fiat eterno para narrar o que significa Vontade de
Deus, as mãos deviam ser o desabafo das obras desta Vontade Suprema, os pés não deviam fazer
outra coisa que seguir passo a passo os passos de seu Criador. Assim que estabelecida a Vontade
Divina na vontade da criatura, ela tem o olho, o ouvido, a boca, as mãos, os pés de minha Vontade,
não se separa jamais do princípio de onde saiu, portanto está sempre em meus braços, e é fácil
para ela sentir meu alento, e a Mim infundi-lo. Agora, é precisamente isto que quero da criatura,
que faça reinar minha Vontade na sua, e que a sua lhe sirva de habitação para fazê-la depositar
nela os bens celestes que contém. Isto quero de ti, a fim de que todos teus atos, selados por minha
Vontade, formem um ato só, que unindo-se a esse ato único de minha Vontade, que não tem
multiplicidade de atos como é no homem, Fique suas ações nesse princípio eterno para copiar o
seu Criador e dar-lhe a glória e a alegria de que seu Querer seja cumprido em você como se
cumpre no Céu”.

19-35
Julho 8, 1926

Ameaça de novos castigos. Como quem deve fazer um bem universal deve fazer e sofrer mais que todos.

(1) Estava a fundir-me toda no Santo Querer Divino, e o meu doce Jesus fazia-se ver dentro de
mim com os braços levantados, no ato de impedir que a divina justiça se derramasse sobre as
criaturas, pondo-me também a mim na sua mesma posição para fazer-me fazer o que Ele mesmo
fazia; mas parecia que as criaturas incitavam à justiça divina a golpeá-las, e Jesus, como cansado,
baixando seus braços me disse:.
(2) “Minha filha, que perfídia humana! Mas é justo, é necessário que depois de tanto tolerar me
libere de tanta coisa velha que ocupa a Criação, porque estando infectada leva a infecção à coisa
nova, às plantinhas novas. Estou cansado de que a Criação, minha habitação dada ao homem,
mas é sempre minha, porque é conservada e vivificada continuamente por Mim, seja ocupada por
servos, por ingratos, por inimigos e até por aqueles que nem sequer me reconhecem, por isso
quero despachar-me com o destruir regiões inteiras e o que serve para seu alimento; os ministros
de justiça serão os elementos, que investindo-os farão sentir a força divina sobre eles. Quero
purificar a terra para preparar a habitação para meus filhos, você estará sempre junto Comigo,
minha Vontade será sempre seu ponto de partida mesmo em seus menores atos, porque mesmo
nas coisas mais pequenas meu Querer quer ter sua Vida Divina, seu princípio e seu fim, não tolera
que a vontade humana faça suas pequenas aparições em seu Reino, de outra maneira viria a sair
freqüentemente ao reino vicioso de sua vontade, a qual te tiraria a nobreza, o que de fato não
convém a quem deve viver no Reino de minha Vontade.

(3) agora minha filha, assim como as penas da Celestial Rainha, minhas penas e minha morte,
como sol fizeram amadurecer, fecundar, adoçar os frutos que há no Reino da Redenção, de modo
que todos possam tomá-los, e são frutos que levam a saúde aos enfermos, a santidade aos sãos,
assim as tuas penas, enxertadas com as nossas e maduras com o calor do Sol do meu Querer,
farão amadurecer os frutos que há no Reino da minha Vontade, serão tantos e tão doces e
saborosos, que quem quiser tomá-los e prová-los nunca mais se adaptará aos frutos acerbos,
insípidos e nocivos do mísero e esquálido reino da vontade humana. Tu deves saber que quem
deve ser o primeiro a formar um Reino, em levar um bem, em formar um trabalho, deve sofrer mais
que todos e fazer mais que todos, deve encaminhar, facilitar as coisas, os meios e preparar o que
convém para fazer que os outros, encontrando as matérias-primas daquele trabalho e vendo-o
feito, possam imitá-lo; assim que muito te dei e te dou para que tu possas formar as matérias-
primas para quem deve viver no reino de minha Vontade. “Por isso está atenta e disposta ao que te
dou e a fazer o que quero de ti”.

20-38
Dezembro 19, 1926

Na Criação a Divindade bilocou sua Vontade. Natureza dela: A felicidade. Como se constituiu ato de tudo.
Posse que quer dar à criatura.

(1) Continuo meu estado de abandono no Supremo Querer, e enquanto girava com minha mente
em toda a Criação para segui-lo em todas as coisas criadas e fazer uma minha vontade com a sua,
para formar um ato só com o seu, meu sempre amável Jesus detendo-me disse:

(2) “Minha filha, a Divindade ao fazer sair fora a Criação bilocou sua Vontade, uma ficou dentro
deles, para seu regime, alegria, felicidade, contentamentos e beatitudes inumeráveis e infinitas que
possuímos, porque nossa Vontade tem o primeiro posto em todos nossos atos; a outra Vontade
nossa bilocada saiu de Nós na Criação, para nos dar também externamente honras e glória
divinas, felicidade e alegrias inumeráveis. Porque nossa Vontade, as alegrias, a felicidade, as
beatitudes, possui-as como dotes próprios, é sua natureza e se não tirasse de Si estas beatitudes e
contentamentos inumeráveis que possui, seria para Ela uma coisa contra sua natureza. Agora, a
Majestade Suprema ao fazer sair nossa Vontade bilocada em toda a Criação, para constituí-la vida
e ato de cada coisa criada, tirou de Si inumeráveis riquezas, beatitudes e alegrias sem número,
que só a Potência do Eterno Fiat podia conservar, manter o regime, para que nunca percam a sua
integridade e beleza. Agora, todas estas propriedades vindas de Nós, enquanto nos glorificavam
dando-nos a glória de tantos atos contínuos e divinos por quantas coisas criadas saíam à luz, eram
estabelecidas como propriedade das criaturas, porque unificando sua vontade à nossa deviam ter
seu ato em cada ato d‟Ela, de maneira que assim como devíamos ter o ato divino de nossa
Vontade em cada coisa criada, devíamos ter o ato da criatura transfundido como se fosse um só,
com isto vinha a conhecer suas riquezas, e conhecendo-as as amaria e adquiria o direito de
possuí-las. Quantos atos divinos não faz meu Supremo Querer em cada coisa criada, que a
criatura nem sequer conhece a antessala destes atos? E se não os conhece como pode amá-los e
possuí-los se são para ela desconhecidos? Então todas as riquezas, as felicidades, os atos divinos
que há em toda a Criação, para as criaturas estão inativos e sem vida, e se alguma coisa recebem,
não é como propriedade mas como efeito da bondade suprema que dá sempre do seu, mesmo a
quem não tem direito de posse, o dá como esmola, outros o tomam como usurpação, porque para
possuir estes bens que o Pai Celestial pôs fora na Criação, a criatura deve fazer seu caminho,
deve elevar-se à união daquela Vontade Divina, para trabalhar junto com Ela, fazer os mesmos
atos, conhecê-los para fazê-los, de modo a poder dizer: „O que Ela faz, eu faço’. Com isto adquire o
direito de posse em todos os atos desta Suprema Vontade, e quando duas vontades formam uma
só, o meu e o teu não existe mais, mas sim com direito o que é meu é teu e o que é teu é meu.
Esta é a causa pela qual meu Supremo Querer te chama, te espera em cada coisa criada para te
fazer conhecer as riquezas que há nelas, para te fazer repetir junto com Ela seus atos divinos e te
dar o direito da posse, tu mesma te convertes em coisa Sua, fica perdida em suas imensas
riquezas e em seus mesmos atos, e oh! como goza o Fiat Divino ao fazer-te proprietária de suas
imensas riquezas. É tanto o desejo que tem de constituir suas herdeiras, que se sente duplamente
feliz quando vê a quem conhece suas posses, que faz seu, seu ato divino, que apesar de que viu
que o homem ao subtrair-se de sua Vontade perdeu o caminho para chegar a possuir estes
domínios, não se deteve, mas sim no excesso de seu amor e de sua prolongada dor ao ver inativas
suas riquezas para o bem das criaturas, enquanto o Verbo Eterno se vestiu de carne humana se
constituiu vida de cada ato seu para formar outros bens para elas, ajudas poderosas e remédios
eficazes, mais ao alcance da humanidade caída, para realizar a finalidade de fazê-los possuir o
que foi posto fora na Criação. Não há nada que saia de Nós sem esta finalidade, que a criatura e
tudo voltem em nosso Querer, se isto não fosse nos tornaríamos estranhos a nossas obras. Assim,
a Criação, a Redenção minha filha, a finalidade primária, é que tudo seja Vontade nossa, no Céu e
na terra; por isso Ela corre por toda parte, por toda parte se encontra para fazer tudo seu e dar tudo
o que a Ela pertence. Por isso seja atenta em seguir nossas obras, apaga este desejo tão
insistente de meu Supremo Querer, que quer que haja quem possua seus bens”.

21-5
Março 10, 1927
Como Deus na Criação dava os direitos de possuir o Reino da Divina Vontade.

(1) Estava segundo meu costume seguindo os atos do Querer Supremo na Criação, e tendo
chegado ao ponto quando Deus criava o homem, unia-me com os primeiros atos perfeitos que fez
Adão quando foi criado, para começar junto com ele, e para seguir onde terminou de amar a Deus,
de adorá-lo, quando pecou, com aquela perfeição com que tinha começado na unidade do Fiat
Supremo, mas enquanto isso fazia pensava entre mim: “Mas nós temos direito a este Reino do
Querer Divino?” E o meu doce Jesus a mover-se dentro de mim disse-me:

(2) “Minha filha, você deve saber que Adão antes de pecar fazia seus atos no Fiat Divino, isto
significava que a Trindade lhe havia dado a posse deste Reino, porque para poder possuir um
reino se necessita quem o forme, quem o doe e quem o receba. A Divindade o formou e o doou, o
homem o recebeu, assim que Adão em seu primeiro tempo da Criação possuía este Reino do Fiat
Supremo, e como ele era a cabeça de toda a geração humana, todas as criaturas recebiam o
direito desta possessão; e, conquanto Adão, ao subtrair-se da nossa vontade, tenha perdido a
possessão deste reino, porque, fazendo a sua vontade, se pôs em estado de guerra com o eterno
Fiat, e, pobre, não tendo força suficiente para combater, nem exército bem provido para poder lutar
com um Querer tão Santo, que tinha força invencível e um exército formidável, ficou vencido e
perdeu o Reino dado por Nós, muito mais que a força que possuía antes era a nossa, e demos-lhe
também o nosso exército à sua disposição; assim que pecou a força, voltou-se para a nossa fonte,
e o exército retirou-se dele, pondo-se à nossa disposição.

Tudo isto não tirou os direitos aos seus descendentes de poder readquirir o Reino da minha Vontade.
Aconteceu como a um rei que por uma guerra perde seu reino, não haverá a probabilidade que um de seus filhos, com outra guerra
possa readquirir o reino de seu pai, que já era seu? Muito mais que vim Eu à terra, o divino
vencedor, para refazer as perdas do homem, e encontrando a quem quisesse receber este Reino
restituía-lhe a força, pondo de novo meu exército a sua disposição para manter a ordem, o decoro
e a glória deste Reino. E que exército é esse? É toda a Criação, na qual em cada coisa criada está
situada a Vida de minha Vontade mais que exército maravilhoso e formidável para manter a vida
deste Reino. O homem poderia perder a esperança de possuir de novo este Reino só se visse
desaparecer todo o exército invencível da Criação, então poderia dizer: que Deus retirou sua
Vontade da face da terra, que a vivificava, a embelezava, Não há mais esperança de que o Reino
possa estar em nossa posse. Mas até que a Criação exista, é apenas uma questão de tempo para
encontrar aqueles que o queiram receber, e além disso, se não se pudesse esperar a posse do
Reino do Fiat Divino, não era necessário que Eu te manifestasse tantos conhecimentos a respeito
dele, nem te teria manifestado seu Querer que quer reinar, nem sua dor porque não reina; quando
uma coisa não se pode efetuar é inútil falar dela, portanto não teria tido nenhum interesse de dizer
tantas coisas a respeito de minha Vontade Divina. Então só falar sobre Ela é sinal de que quero
que venha sua posse”.

 

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