Estudo 23 – Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Vontade Divina

Vida Intima de Ns Jesus Cristo
Estudo 23 – Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Vontade Divina
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MEDITAÇÃO

PEDE LEITE.

Recebeu-me novamente a querida Mãe, estreitou-me ao coração e eu para consolá-la mais, fiz-lhe compreender como tinha necessidade de algum conforto, e por isso ela me refizesse com o seu leite puríssimo. Fê-lo a dileta Mãe com grande consolação de sua alma. Antes. contudo, de aleitar-me, pôs-se de joelhos. Isto eia o fazia todas ãs vezes. pedindo a benção ao Pai e rogando-lhe permissão. E porque era tão humilde, jamais ousava fazer coisa alguma sem primeiro pedir licença a meu Pai. Principalmente quando tinha de dar-me o leite, reputando-se indigníssima para tal, fazia primeiro muitos atos de humildade e humilhação de si mesma, os quais eram muito agradáveis a meu Pai e a mim. Ao mesmo tempo que eu tomava o leite, suplicava ao Pai se dignasse enche-la de nova graça. O Pai o fazia com muita liberalidade e saciando-lhe a alma de graça, fazia repercutir ainda no corpo a saciedade de tal modo, que muito de leve se alimentava, porque não sentia necessidade alguma de alimento corporal. Frequentemente fruindo das graças divinas, também a sua humanidade era muito confortada e revigorada, bem mais do que se ela se houvesse nutrido das mais esquisitas iguarias que possam se encontrar no mundo. No entanto, suplicava ao Pai que assim como concedia a minha humanidade a restauração, assim se dignasse dá-la igualmente aos meus irmãos necessitados, que eu via então. Agradecia- ao Pai, que nisto se mostrava muito liberal, por aquilo que se dignara d devia por parte de todos os meus irmãos, que com tanta e ainda agra. tanta liberalidade por Ele eram providos.

PEDE PARA REPOUSAR NO CHÃO,

Depois de haver-me alimentado e dado as devidas graças ao Pai, fiz minha dileta Mãe entender que queria descansar um pouco, tendo disso a minha humanidade muita necessidade, e por isso me colocasse no chão, pois queria ficar no chão para repousar e privar-me do consolo que sentia ao descansar nos seus braços. A este aviso, a Mãe dileta encheu-se de dor, não tanto por ficar privada de ter-me no coto, quanto pela compaixão sentida em ter de me colocar sobre a terra nua. Tanto mais que a estação estava muito fria e a casa exposta ás intempéries da estação e muito estragada. Obedeceu, contudo, e pôs-me no chão para descansar. Ela e Seu esposo José, genuflexos, ficaram diante de mim, e com muitas lágrimas estavam me contemplando. tendo O coração oprimido de dor ao verem-me daquela maneira, com tanto padecimento. Mas, era vontade de meu Pai que suas almas, tendo recebido muita consolação, experimentassem então grande amargura, embora com muita resignação à vontade divina. Tal foi o teor de vida de minha Mãe querida enquanto viveu na terra. Teve grandes consolações ao tratar comigo, ao criar-me, ao dar-me seu leite; mas teve ainda pesadíssimas tribulações, e sofreu grandes angústias ao ver-me sofrer tanto. Estas angústias e trabalhos, porém, faziam-na merecer muito, porque os sofria com grande resignação, e conformava-se inteiramente com a vontade divina, e assim dava muita alegria a meu Pai e a mim. Estava eu, esposa minha, deitado na terra; grande compaixão. Repousava a minha humanidade e tratava com meu Pai dileto, que muito se comprazia em ver-me em tanta pobreza e miséria. Dizia a meu Pai: “Eis, o Pai amantíssimo, o vosso Filho Unigênito jazendo por terra, humilhado, identificado ao pó! Dignai-vos olhar-me com amor, uma vez me sujeito a esses padecimentos por vosso amor e pela salvação do gênero humano! Fique por estes meus sofrimentos satisfeita a vossa justiça e aplacada a vossa ira, inflamada pela malícia de vossos filhos adotivos, meus irmãos ingratos! Satisfaça-se em mim, com todo o rigor, vossa justa cólera, enquanto protesto querer satisfazer por todos os débitos que os meus irmãos contraíram com vossa divina majestade! Eis-me pronto, ó dileto Pai, a dar-vos a satisfação que vós de mim quereis. É bem razoável, que eu como vosso Filho obediente. vos dê toda a satisfação que de mim exigis. Mas, vos suplico, Pai misericordioso, ter piedade de todos os meus irmãos. Perdoai a todos, e usai para com eles de vossa infinita misericórdia, e principalmente para com aqueles que vo-la pedem. Eu, agora, vo-la peço por todos, sem excetuar nem um só, enquanto por todos me humanai,” Terminada minha sú-plica, fez-me ver o dileto Pai como realizava os meus desejos com toda a liberalidade, ficando aplacado e satisfeito quanto a tudo o que pertencia à sua justiça, e como se inclinava benignamente para o gênero huma-no, a fim de usar em seu favor da infinita misericórdia, e quem quisesse se salvar o pudesse, pois realizava Ele perfeitamente quanto por mim lhe fora requerido. Mas, fez-me ver a multidão inumerável de meus irmãos que abusariam de sua grande misericórdia e por culpa própria se condenariam. A esta vista prorrompi em copioso pranto, derramando muitas lágrimas de compaixão para com aquelas almas infelizes e desgraçadas que abusariam de tão grande misericórdia e bondade. Vendo-me em tamanha aflição, o Pai dileto consolou-me, declarando-me a complacência que depositava em minha pessoa, o grande prazer que eu lhe dava e como ainda muitas al-mas recuperariam a graça e se salvariam por meio de minhas súplicas; ofereceu-se Ele a dar-lhes a sua graça potente, à qual muitas delas não resistiriam. Ficando com isto um tanto confortado, enxuguei as lágrimas, as quais havia oferecido ao Pai em desconto por meus irmãos. eu Pai, estavam minha dileta Mãe e seu .Enquanto falava assim, movia de compaixão minha mãe e seu esposo José prostrados por terra, com aflição, cuja causa desconheciam, por ver-me em tão grande sofrimento, algumas vezes a causa, minha mãe sabia, porém, minha dileta Mãe a Pai lhe escondia, para minha dor, enquanto em outras, também esta mais, porque se não sabia a causa a fazia sofrer mais e com isto merecer mais dor, pois vinha-lhe a dúvida de ser grande a minha aflição, e então mais se inquietava e ficava muito angustiada.

NOS BRAÇOS DE MARIA.

Enquanto eu jazia por terra com frio, pedi ao Pai se dignasse dar algum conforto àquelas duas almas atribuladas por minha causa e ainda algum alívio a meus membros doloridos que, por terem estado tanto tempo por terra e com grande frio, estavam muito precisados de alivio. Com toda a benignidade condescendeu meu Pai e fez com que os anjos preparassem o fogo que jamais havíamos visto. Fiz eu com os olhos sinal à querida Mãe de que me levantasse do chão onde jazia, e me tomasse nos braços. o que ela não ousava fazer, antes que lhe fosse mandado. E falei-lhe ainda ao coração com grande ternura que, com toda a liberdade, me tomasse e com isso se consolasse a Mãe aflitíssima. De fato, tomou-me afetuosamente, e com seu esposo José avizinhou-se do pequeno fogo que lá estava preparado pelas mãos dos anjos. Ambos sentaram-se no chão, por não haver outro assento e aqueciam-se. porque estavam muito transidos de frio. Estava eu nos braços da dileta Mãe, diante de José e com a minha presença consolava-os muito. Ora fitava a urna, ora a outro, com olhos amorosos e serenos. que efetivamente teriam trazido alegria a todo o Paraíso. Sentia minha humanidade algum conforto em receber aquele calor que o fogo me ministrava, e muito mais consolava-me o calor natural que saía do peito, inflamado de amor para comigo, de minha dileta Mãe. Enquanto estava assim aquecendo-me e consolando a Mãe com José, agradecia ao Pai, e suplicava-lhe que, assim como se dignara dar-me esse consolo a mim, a minha Mãe e a José se dignasse oferecer socorro e dar refrigério e consolo a todos os meus irmãos que se encontrassem em semelhante necessidade, principalmente quando se achavam em extrema pobreza e também com aflição de espirito, como nos encontrávamos nós naquele tempo. O Pai me prometeu fazê-lo e então se fizeram presentes a meu espírito todos os padecimentos pelos quais haveria de passar e a que estariam sujeitos todos os meus irmãos. por mim contemplados com grande compaixão. Tanto mais orava por eles quanto o estava experimentando em minha humanidade. Via, esposa minha. como sofreriam muitos com paciência. Mas muitos, sofrendo forço-semente e com impaciência, perderiam o mérito. Daí, eu orava principalmente por estes ao Pai, a fim de que lhes desse virtude e graça para sofrerem voluntariamente e com paciência por seu amor, à imitação de mim; que se dignasse em tudo consolá-los para que se animassem mais a sofrer, como de fato o faz o Pai dileto. Deveras, não existe no mundo pessoa, por pobre, aflita ou atribulada que seja, que outro tanto não vá experimentando as misericórdias e a providência divinas, quer no temporal, como no espiritual. Estando, portanto, assim retirado naquele pequeno asilo desprovido de todo socorro humano, fruíamos do socorro divino. Mas isto, só se experimentava em casos de extrema necessidade, porque quando era possível encontrar humanamente, valíamo-nos dos meios humanos, não reclamando de meu Pai semelhantes milagres, porque de fato havia vindo ao mundo para sofrer tudo e de tudo, e experimentar todas as necessidades a que se teriam sujeitado meus irmãos.

A REFEIÇÃO FRUGAL.

Havendo estado par algum tempo assim, recebendo algum alívio em minha humanidade e consolando a alma de Maria e de José. rendemos juntos graças a meu Pai por tudo o que se dignara conceder-nos; a querida Mãe e José tiveram algum alivio, alimentando-se daquilo que José havia obtido em esmola. Embora fosse um pouco de pão e outras coisas mesquinhas, não obstante parecia-lhes uma comida régia. Encontravam nela tanto sabor. porque sia a minha presença já os reconfortava e servia de condimento a todos os seus alimentos, que eram na maio-ria dos casos somente pão e água. Estava mirando-os com amor e como se estivesse aproveitando daquela sua refeição. mostrava-ires, com meu aspecto. grande alegria. A complacência e o gosto que sentia com isto, oferecia-o ao Pai, em suplência por meus irmãos, principalmente por aqueles que, vende o próximo provido e socorrido pelo Pai, em vez de se ale-grarem e regozijarem-se com isto, e também recordarem-se de agradecer ao Pai, antes se entristecem. Sendo isto assaz abominável e odiosa ao Pai. e como os meus irmãos faltariam muito neste ponto, eu. que já o Previa, rezava muito ao Pai, impetrando-lhes misericórdia e oferecendo ao Pai por eles a complacência e o gosto que eu tinha, a fim de que com isto se apla-casse meu Pai, com justiça irado contra eles por causa de sua perversidade e malícia, e muito mais pela dureza de seus corações, que de fato se mostram nisto bem semelhantes às feras mais selvagens. Ficava cada vez mais aplaudo e satisfeito meu Pai, e eu muito me consolava vendo a sua complacência em tudo o que eu fazia em prol de meus irmãos. Depois de alimentados, juntos deram as devidas graças ao Pai e eu fazia o mesmo, unindo seus agradecimentos aos meus» Ofereci-os ao Pai e eram-lhe muito gratos.

SANTO RETIRO

A querida Mãe e seu esposo José passaram alguns dias segundo este modo de viver naquela casa,e quase num santo retiro, estavam em contínua oração, Não houve quem viesse vê-las e oferecer-lhes algum socorro, Esquecidos de todos, mas muito favorecidos por meu Pai. Havendo decorrido alguns dias assim, em divina contemplação e nos louvores divinos, começou José a procurar serviço na cidade. querendo exercer seu oficio e obter algum conforta para sua esposa; ainda, achar para a mesma algum trabalho com o qual pudesse ganhar o sustento. Tudo encontrava e tinha bom êxito, embora com grande dificuldade e aborrecimento, porque as mais das vezes era maltratado por aquela gente feroz e bárbara. Enquanto estávamos naquele retiro, oferecia ao Pai as orações, a solidão e o retiro, e pedia-lhe se dignasse inspirar ao coração de meus irmãos semelhante exercício e que, no meio da multidão dos cuidados mundanos, se retirassem à solidão para orar e tratar do negócio importantíssimo de sua eterna salvação. Assim corno pratiquei isso com minha dileta Mãe e José, no meio de gente bárbara, assim não desdenhassem praticá-lo eles, por mais que se encontrem entre homens pecadores e mundanos tanto mais que aquilo que eu realizava para o bem deles, e o que eles mesmo fazem, deve servir-lhes para a própria utilidade, Prometeu-me o Pai fazê-lo, tanto mais que tal retiro é muito necessário para a salvação deles. Realmente, o vai praticando; não deixa de inspirar ao coração de todos, também que se apartem das preocupações mundanas. retirem-se para cuidar da própria alma, e tratar com Ele sobre a causa importante da salvação eterna. mas, são poucos os que dão ouvidos às Inspirações divinas.

O coração se fascina tanto pelos cuidados mundanos e as comodidades, que elas deixam correr com o que se relaciona com a alma, e parece que conseguem persuadir-se e tratarem do negócio da própria salvação eterna. Oferecia eu aquele meu retiro ao Pai, por aqueles que não se , convencem do fazê-lo, para que com Isto o Pai lhes concedesse novos estímulos para o coração e novas inspirações, de modo que se rendessem aos chamados divinos. Corno, de fato, há muitos que, depois de grande resistência, no fim se dão por vencidos, e correspondem a tudo o que meu Pai lhes inspira.

OPERA A SALVAÇÃO DOS IRMÃOS.

Continuando ali com esta foma de vida, não deixei passar momento algum sem trabalhar junto de meu Pai pela salvação de meus irmãos, impetrando-lhes muitas graças. José exercia seu ministério, como também minha querida Mãe, trabalhando em alguma coisa para sustentar-se. Mas a maior ocupação deles era estar contemplando a minha pessoa, e pensar em fazer-me tudo aquilo de que podia precisar, atentos à realização de minha vontade. Oferecia ao Pai sua solicitude, e a que eu tinha por dar-lhe glória, agradecer-lhe, bendizê-lo e louvá-lo e suplicava-lhe desse aos meus irmãos solicitude semelhante para com Ele, isto é, que seu pensamento e ocupação maior fosse primeiro procurar a glória de meu Pai, bendizê-lo, louvá-lo e agradecer-lhe, e depois fazer aquilo que era preciso para a própria manutenção. Oferecia a minha solicitude em suplência das omissões da maioria de meus irmãos. Meu Pai a aceitava e prometia-me dar muitas graças a meus irmãos, a fim de que pudessem, todas as vezes que o quisessem, fazer tudo aquilo que eu por eles lhe suplicava. E Ele me prometia. Oh! esposa minha! Quantas graças então obtinha para os meus irmãos! Quantas luzes e quantos favores, quanta misericórdia lhes impetrava! Depois via muito bem que eles abusariam disto e não lhe dariam importância alguma. Apesar disto, jamais deixei de fazer o mesmo, sem considerar de modo algum, sua ingratidão e o desamor que tivessem tido contra mim, sem qualquer estima por tudo o que realizava em prol de sua salvação. E como esta ingratidão e descortesia desagradavam muito a meu Pai, oferecia-lhe a gratidão que tinha para com Ele, em suplência das omissões deles e com Isto meu Pai ficava muito satisfeito. Como é monstruoso, de fato, ver o amor dedicado por meu Pai ao gênero humano, e quanto fiz e realizei para merecer-lhes a vida eterna, e eles ficam de tal modo esquecidos de tantos benefícios, favores e graças que nem ao menos se recordam de um ato de agradecimento a meu Pai e a mim, Na verdade, sua contínua ocupação deveria ser justamente esta: louvar e agradecer a meu Pai por tudo quanto lhes dispensa e imitar-me com a maior perfeição possível. Mas, empenham-se em tudo, menos em fazer isto. O mal está em que o dano é deles mesmos; privam-se de uma multidão de graças e de misericórdias que meu Pai faria chover sobre eles, se eles se mostrassem gratos, e correspondessem a seu amor infinito.

MORTICÍNIO DOS INOCENTES.

Via depois, enquanto estava aqui morando, o morticínio cruel dos inocentes que Herodes praticou para dar-me a morte também a mim. Ignorando quem eu era, matou a todos esperando apanhar-me também entre eles. Oh! quanto me afligia sua crueldade para com os meninos e o ódio mortal que me tinha, sem fundamento algum. Oprimia-me ainda muito a angústia das pobres mães e, ouvindo seu choro e o dos meninos, punha-me também a chorar. Atravessavam-me o Coração os lamentos das mães desconsoladas, sendo de Coração muito suave e benigno, Inteiramente amor. Sentia multa dó ao vê-las tão atribuladas por minha causa. Elevavam suas vozes lacrimosas até as estrelas. E na verdade. chegavam a penetrar nos ouvidos de meu Pai e em meu Coração! Mas não era conveniente conceder-lhes a graça que ambicionavam. O coração de Herodes estava tão obcecado pela paixão que não se deteve Jamais diante das inspirações divinas, mas quis que se executasse a ordem cruel e injusta_ Não se saciou. nem se aplacou enquanto não viu o morticínio universal de todos os meninos inocentes. Oferecia a compaixão que por eles tinha a meu Pai e pedia-lhe que se dignasse consolar as mães aflitas, como efetivamente fazia. dando-lhes graça particular, inspirando a seus corações que sofressem a angústia por seu amor e sacri-ficassem seus filhos como vítimas à morte. a fim de que se acelerasse a vinda do Messias, por elas muito esperado. Com este pensamento iam se consolando muito as mães aflitas. Via as almas de todos aqueles me-rimos que eram mortos por minha causa, e todos, antes de descerem ao Limbo, vinham a mim para reconhecer-me como seu Deus e Redentor, adoravam-me e com a minha bênção partiam, fazendo-me muitos atos de homenagem e gratidão pela bela sorte que lhes coubera de morrer por meu amor. Eu dava-lhes grandes demonstrações do amor que lhes dedicava, animando-os a irem de bom grado para o Limbo, porque logo iria tirá-los de lá. depois de minha morte, e conduzi-los ao Reino celeste. Eles partiam jubilosos. Agradecia depois a meu Pai que se comprazia em enviá-los a mim, antes de todos. como um dom. Morrendo por meu amor, se haviam tornado dignos de entrar no Reino dos céus, para seguir-me aonde quer que fosse. O Pai fazia-me tal dom, a fim de que eu sofresse de bom grado cada vez mais, vendo que já começava a colher o fruto de meus padecimentos. Experimentava grande consolo ao ver aquelas almas livres ria escravidão do pecado, e já feitas herdeiras daquela glória que eu viera lhes merecer por meio de minha Paixão e morte dolorosa. Agradecia ao Pai o que Ele realizava. Oferecia-lhe minha consolação e alegria e suplicava-lhe se dignasse fazer coisa semelhante a meus irmãos. Quando afligidos e angustiados par pessoas iníquas, perseguidos e até mortos, Ele fizesse com que todas essas perseguições e angústias lhes obtivessem bastante glória e consolo, merecessem para eles a posse do Paraiso. Quanto maiores forem as perseguições, as penas, os trabalhos. tanto maior seja a glória que lhes esteja preparada no céu. Tudo isto prometeu-me o Pai. Pedi-lhe, ainda que, se Ele permitisse a tribulação, quando as pessoas iníquas se erguessem com soberba e atribulassem e oprimissem os inocentes, desse a estes últimos tanta graça e virtude que recebessem tudo de suas mãos e tudo suportassem de boa vontade por seu amor e para adquirirem o Reino eterno, uma vez que lá não entram senão os que passam par muitas tribulações e pelo caminho da cruz e dos trabalhos, conforme eu também passei: e que Ihes desse verdadeira luz e sentimento para abraçarem aquelas penas e tribulações e reconhecerem-nas como graças particulares, dispensadas por sua liberalidade, para merecerem glória imensa no Reino dos céus. O Pai mostrava-se pronto a conceder todas essas graças. luzes e favores aos meus irmãos fiéis e muito mais àqueles de boa vontade, que tinham desejo de sofrer por seu amor e para imitar-me a mim, exemplo para eles. Mas, fazia-me ainda ver a grande multidão daqueles que atormentados pelos perversos, com permissão de meu pai, tinham de sofrer e de se exercitar na virtude e obter méritos ao sofrer e se impacientam contra quem os domina, não querendo estar sujeitos a nenhum sofrimento e perseguição, irritarem-se contra o meu Pai por permitir que o povo fosse oprimido pelas malvadas perseguições. Sentia grande compaixão e muito me afligia por esta cegueira, causada pelo amor próprio e a pouca fleuma peio sofrimento. Deveriam considerar antes que todas as consolações que o mundo pode lhes dar só trazem algum alívio à carne, mas depois precipitam a alma num abismo de misérias. O sofrimento, porém, eleva e espirito, enche a alma de virtudes sólidas e faria adquirir a vida eterna. Na verdade, quantos errados neste ponto, fogem do sofrimento, e não advertem que, fugindo do sofrimento, fogem também da ocasião melhor, preparada por meu Pai de adquirirem a glória eterna. Oh! Quanto me afligia esta cegueira verificada por mim na maior parta de meus irmãos. Por isso pedia com grande instância a meu dileto Pai que os iluminasse e fizesse conhecer a substância e doçura encontradas sob a dura casca do sofrer. O Pai não deixa, no entanto, de fazer-lhe a conhecer até mesmo através da experiência esta verdade, por mais que muitos não e queiram aceitar; e não querem entender o pensamento, embora por eles bem conhecido, de não poderem se esquivar daquelas perseguições. daquelas tribulações, daqueles padecimentos, daquelas perseguições. Portanto, deveriam ao menos fazer da necessidade virtude e assim conquistariam o mérito e o prêmio de seus padecimentos. Eu impetrava para todos multa graça neste particular. Na verdade, via ainda os efeitos adoráveis dessa em multas almas, mas muitas também os empregavam mal. Por parte das primeiras dava graças ao Pai, e quanto às segundas, rezava que tivesse delas compaixão e desculpasse-lhes a cegueira. Sem dúvida, alio dignas de compaixão por sofrerem forçosamente e sem adquirirem mérito algum, visto não quererem receber tudo das mãos do Pai, e servirem-se mal daquilo que deveriam usar para o bem e o proveito de suas almas.

 

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