O Dom da Ciência na Divina Vontade

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O Dom da Ciência na Divina Vontade
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Os dons da fortaleza e ciência. Distinção entre este e o do conselho  ( O dom da ciência abrange o conhecer as coisas ocultas de Deus)


608. O dom da fortaleza é a participação ou influxo da força divina,
comunicada pelo Espírito Santo à vontade
criada, para animosamente se elevar acima
de quanto a humana fraqueza teme nas
tentações, dores, tribulações e adversidades. Tudo superando e vencendo, adquire
e conserva o mais difícil e excelente das
virtudes, transcende, sobe e ultrapassa
todas as virtudes, graças, consolações
interiores e espirituais, revelações e amor
sensível, por muito nobres e excelentes
que sejam. Assim se lança, com divino
esforço, até chegar a conseguir a íntima e
suprema união do sumo bem, ao qual com
ardentíssimos desejos aspira. Aí chega a
experimentar, depois de ter vencido tudo
Naquele que a conforta (Fl 4, 13), que
verdadeiramente, do forte sai a doçura (Jz
14, 14).
O dom da ciência é uma notícia
que julga, com retidão infalível, tudo o que
se deve crer e o que se deve fazer com as
virtudes. Diferencia-se do conselho porque este escolhe, e aquela examina e julga;
um faz o reto julgamento, o outro, a prudente escolha. Distingue-se do entendimento,
porque este penetra as verdades divinas
interiores da fé e virtudes, com uma simples
inteligência, e o dom da ciência conhece
com raciocínio o que delas se deduz; aplica
os atos exteriores das potências à perfeição da virtude, na qual o dom da ciência
vem a ser como raiz e mãe da discrição.

 

O dom da ciência comunica-nos a faculdade de “saber fazer”, a destreza espiritual. Torna-nos aptos para reconhecer o que nos é espiritualmente útil ou prejudicial. Está intimamente unido ao dom de conselho. Este, move-nos a escolher o útil e a repelir o nocivo, mas, para escolher, devemos antes conhecê-lo. Por exemplo, se percebo que excessivas leituras frívolas estragam o meu gosto pelas coisas espirituais, o dom da ciência induz-me a deixar de comprar publicações desse tipo e inspira-me a começar uma leitura espiritual regular.

Tudo o que temos, somos e sabemos, recebemos de Deus. Diz São Tiago que “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vem de cima: descem do Pai das luzes” (Tg 1,17). Se possuímos talentos, não devemos nos orgulhar nem buscar a glória dos homens por causa deles, porque de Deus é que os recebemos gratuitamente. Se o mundo nos admira, bate palmas aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence essa glória, é Ele o doador de todos os  bens. Como disse Santa Catarina de Sena: “Não sejamos ladrões da glória de Deus”.

Os santos souberam ver Deus atrás das criaturas, como que através de um espelho. São Francisco de Assis compôs o “canto das criaturas” ao Senhor. As flores, as aves, a água, o fogo, o sol… tudo lhe era ocasião de contemplar e amar a Deus. Tudo para ele era “irmão”; por ter saído das mãos do mesmo Deus que o criou.

O dom da ciência nos faz entender também que toda criatura, por mais bela que seja, é sempre insuficiente para satisfazer o coração do homem. Ele sente que foi criado para o infinito e só em Deus pode ter descanso. Santo Agostinho disse, nas suas confissões, que seu coração estava inquieto e que só encontraria repouso em Deus. Por isso, muitos homens e mulheres, que, como Santo Agostinho, viveram uma vida dissoluta, sem Deus, converteram-se ao Senhor depois que experimentaram o vazio de uma vida sem Ele. Tal foi o caso de São Francisco Borja († 1572), que ao contemplar o cadáver da rainha Isabel, exclamou: “Não voltarei a servir a um senhor que possa morrer!”.

Esse dom também nos ensina a reconhecer melhor o significado do sofrimento e das humilhações que enfrentamos na vida, de modo a compreender que Deus tem um desígnio de salvação também por trás deles, e que “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rom 8,28). Este dom nos leva a entender o sofrimento como uma escola que nos liberta e purifica, que nos configura com Jesus Cristo, conforme disse São Paulo: “Deus nos predestinou para sermos conforme a imagem de Seu Filho” (Rom 8,29). Se não fora o sofrimento, muitos e muitos homens não sairiam de sua estatura anã e mesquinha… nunca atingiriam a plenitude do seu desenvolvimento espiritual.

O dom da ciência infusa nos imuniza de ignorância das coisas de Deus. Adão, no paraíso, conhecia as verdades de ordem religiosa e filosófica para que orientasse a sua conduta e educasse devidamente os seus filhos (cf. Eclo 17,1-8). Santo Agostinho e São Tomás de Aquino julgam que ao dom da ciência infusa de Adão estava associado o dom da imunidade de erro (cf. S. Tomas, S. Teol. 194,4; De verit. 18,6); e erro é, sim, o mal da inte1igência.

vol.1  : (16) “A esperança contém todo o bem presente e futuro, e quem vive no seu colo e cresce sobre os seus joelhos obtém tudo o que deseja. O que a alma quer: glória, honra? A esperança lhe dará toda a maior honra e glória na terra, diante de todas as nações, e no Céu a glorificará eternamente. Você talvez vai querer riqueza? ” Oh! Esta mãe esperança é riquíssima, e o que é mais, dando seus bens a seus filhos, não diminuem suas riquezas em nada; além disso, estas riquezas não são fugazes e passageiras, mas eternas. Você vai querer prazeres, contentamentos? Ah! Sim, esta esperança contém em si todos os prazeres e gostos possíveis, que se possam encontrar no Céu e na terra, que nenhum outro jamais poderá iguala-la, e quem a seu seio se nutre, gosta-os até a saciedade, e oh! como é feliz e contente. Quererá ser douta, sábia? Esta Mãe esperança contém em si as ciências mais sublimes, antes é a mestra de todos os mestres, e quem se faz ensinar por ela aprende a ciência da verdadeira santidade”.

(17) Em suma, a esperança nos fornece tudo, de modo que, se um é fraco, lhe dará a força; se outro está manchado, a esperança instituiu os Sacramentos e aí preparou a lavagem de suas manchas; se sente fome e sede, esta Mãe piedosa nos dá o alimento mais belo, mais saboroso, como são suas delicadíssimas carnes e por bebida seu preciosíssimo sangue. Que outra coisa mais pode fazer esta mãe pacífica da esperança? Quem se assemelhará a ela? Ah!
Só ela pôs em paz o Céu e a terra, a esperança uniu com ela a fé e a caridade e formou esse anel indissolúvel entre a natureza humana e a Divina. Mas quem é esta Mãe? Quem é esta esperança? É Jesus Cristo, que operou a nossa Redenção e formou a esperança do homem extraviado.

: 8-52 Outubro 23, 1908 Como a ciência divina está no reto agir.

(1) Continuando meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus me disse: (2) “Minha filha, toda a ciência divina se contém no reto agir, porque no reto se contém tudo o belo e o bom que se possa encontrar: encontra-se a ordem, a utilidade, a beleza, a maestria. Portanto, um trabalho é bom porque é ordenado bom, mas se os fios são torcidos e conduzidos erroneamente, não se entende nada, não se vê mais que uma coisa desordenada que não será nem útil nem boa, por isso Eu, desde as coisas maiores até as mais pequenas que fiz, se vêem todas arrumadas e todas servem a uma finalidade útil, porque a fonte de onde saíram foi meu reto agir. (3) Agora a criatura, por quanto seja boa, tanta ciência divina conterá em si, e tantas coisas boas sairão dela por quanto seja reta, basta um fio torcido em seu obrar para desordenar-se a si mesma e às obras que dela saem, e ofuscar a ciência divina que contém. Quem sai do reto sai do justo, do santo, do belo, do útil, e sai dos limites nos quais Deus a pôs, e saindo disto será como uma planta que não tivesse muita terra por baixo e que, agora, os raios de um sol ardente, e agora as geadas e os ventos secarão os influxos da ciência divina. Assim é o torto agir, geladas, ventos e raios de sol ardente, e faltando-lhe muito terreno de ciência divina, não fará outra coisa que secar-se em sua desordem.

11-136 Novembro 15,1916 A alma na terra se forma seu paraíso.

(1) Estava me lamentando com meu doce Jesus porque não me amava como antes, e Ele todo bondade me disse:
(2) “Minha filha, não amar a quem me ama me é impossível, aliás, sinto-me tão atraído por ela, que ao menor ato de amor que me faz, Eu lhe respondo com amor triplicado e ponho em seu coração uma veia divina que lhe fornece ciência divina, santidade e virtude divina, e quanto mais a alma me ama, tanto mais esta veia divina surge, e irrigando todas as potências da alma se difunde para bem das demais criaturas. Esta veia coloquei-a em ti, e quando te faltar a minha presença e não escutares a minha voz, esta veia suplantará a tudo e te será voz para ti e para as demais criaturas”.

 14-20 Abril 8, 1922 A Santíssima Trindade refletida na alma. Dor de Jesus ao ver deformadas a vontade, a inteligência e a memória do homem.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, estava pensando na dor que sofreu meu doce Jesus no horto do Getsémani, quando se apresentaram ante sua santidade todas nossas culpas, e Jesus todo aflito, em meu interior me disse:
(2) “Minha filha, minha dor foi grande e incompreensível à mente criada, especialmente quando vi a inteligência humana deformada, minha bela imagem que fiz reproduzir nela, não mais bela, senão feia, horrível. Eu dei ao homem vontade, inteligência e memória; na primeira refulgia meu Pai Celestial, o qual como ato primeiro comunicava sua potência, sua santidade, sua altura, por isso elevava à vontade humana investindo-a de sua própria santidade, poder e nobreza, deixando todas as correntes abertas entre Ele e a vontade humana, a fim de que sempre mais se enriquecesse dos tesouros de minha Divindade; entre a vontade humana e a Divina não  havia teu nem meu, senão tudo em comum, com acordo recíproco, era imagem nossa, coisa nossa, assim que ela nos refletia, portanto nossa Vida devia ser a sua, e por isso constituía como ato primeiro sua vontade livre, independente, como era ato primeiro a Vontade de meu Pai Celestial, mas esta vontade quanto se desfigurou, de liberdade tornou-se escrava de vis paixões. Ah! é ela o princípio de todos os males do homem, não se reconhece mais, como desceu de sua nobreza, dá asco olhá-la.
(3) Depois, como segundo ato, concorri Eu, Filho de Deus, dotando o homem de inteligência, comunicando-lhe a minha sabedoria, a ciência de todas as coisas, a fim de que conhecendo-as pudesse gostar e fazer-se feliz no bem. Mas, ai de Mim! Que mar de vícios é a inteligência da criatura, da ciência serviu-se para desconhecer o seu Criador.
(4) E depois, como ato terceiro, concorreu o Espírito Santo, dotando-o de memória, a fim de que, recordando-se de tantos benefícios, pudesse estar em contínuas correntes de amor, em contínuas relações, o amor devia coroá-la, abraçá-la e informar toda a sua vida. Mas como o Eterno Amor fica contristado! Esta memória recorda-se dos prazeres, das riquezas e até de pecar, e a Trindade Sacrossanta é posta fora dos dons dados à sua criatura. Minha dor foi indescritível ao ver a deformidade das três potências do homem, havíamos formado nossa morada nele, e ele nos tinha jogado fora”.

 33-3 Dezembro 10, 1933 A primeira palavra que Adão pronunciou. Qual foi a primeira lição que Deus lhe deu. A Divina Vontade operante no homem.

(1) Sou sempre a pequena ignorante do Ser Supremo, e quando o Querer Divino me submerge em seus mares, vejo que apenas as vogais, se acaso, conheço de sua Majestade adorável, é tanta minha pequenez que apenas algumas gotas sei tomar de tanto que possui o Criador. Então, girando nas obras do Fiat Divino, detive-me no Éden, onde me fez presente a criação do homem e pensava para mim: “Qual terá sido a primeira palavra que Adão disse quando foi criado por Deus”.
E meu Sumo Bem Jesus, visitando-me com sua breve visita, com toda bondade, como se Ele mesmo quisesse me dizer me disse:
(2) “Minha filha, também Eu sinto o desejo de te dizer qual foi a primeira palavra pronunciada pelos lábios da primeira criatura criada por Nós. Tu deves saber que assim que Adão sentiu a vida, o movimento, a razão, viu o seu Deus diante dele, compreendeu que Ele o tinha formado, sentia em si, em todo o seu ser ainda frescas as impressões, o toque de suas mãos criadoras, e agradecido, num ímpeto de amor pronunciou sua primeira palavra: ‘Te amo Deus meu, Pai meu, autor da minha vida’. Mas não foi só a palavra, mas a respiração, o batimento, as gotas de seu sangue que corriam por suas veias, o movimento, todo seu ser unido, a coro disseram: ‘Te amo, te amo, te amo’.
Assim, a primeira lição que aprendeu do seu Criador, a primeira palavra que aprendeu a dizer, o primeiro pensamento que teve vida em sua mente, a primeira batida que formou em seu coração, foi: ‘Te amo, te amo’. Ele se sentiu amado e amou. Poderia dizer que seu te amo não terminava jamais, foi tão prolongado que só foi interrompido quando teve a infelicidade de cair em pecado.
Por isso nossa Divindade sentiu-se ferida ao ouvir sobre os lábios do homem, te amo, te amo, era a mesma palavra que Nós havíamos criado no órgão de sua voz que nos dizia: ‘Te amo’. Era nosso amor, criado por Nós na criatura que nos dizia te amo, como não ficar ferido, como não corresponder com um amor mais abundante, mais forte, digno de nossa magnificência? Assim que o ouvimos dizer te amo, assim Nós lhe repetimos ‘te amo’, mas em nosso ‘te amo’ fizemos correr em todo seu ser a Vida que age de nossa Divina Vontade, assim que encerramos no homem, como dentro de nosso templo, nossa Vontade, para que encerrada no círculo humano, enquanto permanecia em Nós, operasse coisas grandes e fora Ela o pensamento, a palavra, o batimento, a passagem, a obra do homem; o nosso amor não podia dar coisa mais santa, mais bela, mais Volume 33 9 potente, que pudesse formar a Vida do Criador na criatura, que a nossa Vontade que age nele, e oh! como nos era agradável ver que nossa Vontade tinha seu posto de atuação, e o querer humano deslumbrado por sua luz gozava seu paraíso, e dando-lhe plena liberdade o fazia fazer o que queria, dando-lhe o primado em tudo, e o posto de honra que a um Querer tão Santo convinha. Vê então como o princípio da vida de Adão foi um ato pleno de amor a Deus de todo seu ser, que lições sublimes, como o princípio do amor devia correr em tudo feito pela criatura. A primeira lição que recebeu do nosso Ser Supremo na correspondência do seu ‘te amo’, foi que enquanto a amava ternamente respondendo-lhe ‘te amo’, dava-lhe a primeira lição sobre a nossa Divina Vontade, e enquanto o instruía lhe comunicava a Vida d’Ela e a ciência infusa do que significava nosso Fiat Divino, e cada vez que nos dizia ‘te amo’, nosso amor preparava-lhe outras lições mais belas sobre nosso Querer; ele ficava arrebatado e Nós nos deleitávamos em conversar com ele, e fazíamos correr sobre ele rios de amor e de alegrias contínuas, assim que a vida humana era encerrada por Nós no amor e em nossa Vontade. Por isso minha filha, não há dor maior para Nós que ver nosso amor como destroçado na criatura e nossa Vontade impedida, sufocada, sem sua Vida constante e como submetida ao humano querer. Por isso seja atenta e em todas as coisas tenha por princípio o amor e minha Divina Vontade”.

 30-31 Maio 22, 1932 Cenas agradáveis que forma a alma a seu Criador. A Divina Vontade dará à criatura o dom da ciência infusa, que lhe será como olho divino.
(1) A minha pobre mente nada no imenso mar da Divina Vontade, neste mar se murmura continuamente, mas o que se murmura? Amor, louvores, agradecimentos, e o Ente Supremo faz-se encontrar com o seu murmúrio ao da criatura, e dá amor para receber amor; que doce encontro entre o Criador e a criatura, que se dão amor reciprocamente, e neste intercâmbio de amor formam-se as ondas de amor, de luz, de belezas indescritíveis, as quais a pobre criatura não sendo capaz de encerrá-las todas em si, sente-se afogar, e enquanto tomou quem sabe quanto, o afogamento que sente impede-a de dizer o que sente em si, dos segredos inefáveis de amor, de luz, de conhecimentos divinos, que o murmúrio do Eterno tem encerrado na sua alma. Mas Volume 30 76 enquanto me perdia em tantos conhecimentos de não saber dizê-los, sinto-me balbuciante, faltam-me as palavras adequadas, e para não dizer absurdos sigo adiante. Então, meu amável Jesus, compadecendo minha incapacidade e pequenez, me apertou a Si entre seus braços e me disse:
(2) “Minha filha bendita, você tem razão em dizer que sua pequenez se sente afogada sob a imensidão de minha luz, de meu amor e das inumeráveis verdades que contém nosso Ser adorável e santo, mas nossa potência e imensidão se deleita em encher tanto a criatura de luz, de amor, de variados conhecimentos nossos, de santidade, até afogá-la, é uma das cenas mais belas, ver a criatura como afogada em nossa imensidão, que quer falar e se afoga de luz, de amor, de verdades surpreendentes. Oh! Como é bonito que quer falar do que sente, e nossas ondas as investem e as reduzem ao silêncio. No entanto Nós com este modo fazemos desabafo de Nós com nossa amada criatura, e fazemos como um mestre que quer fazer desabafo de sua ciência a seu pequeno discípulo, põe fora tudo o que sabe e o discípulo escuta, enche a mente, o coração; mas como foram tantas as coisas que lhe disse, não sabe repetir nada, mas lhe serve para apreciar e amar ao mestre e saber até onde pode chegar a altura de sua ciência. Estar sob sua direção serve ao mestre para fazer-se conhecer e resgatar a atenção, o afeto e a fidelidade do discípulo. Assim fazemos Nós para nos fazer conhecer e para nos fazer amar, quando vemos a criatura vazia de tudo, que não quer outra coisa que nossa Divina Vontade, nos deleitamos tanto, até afogá-la de luz, de amor e de nossas verdades que nos pertencem, e depois vamos desmembrando pouco a pouco o que lhe tínhamos infundido tudo junto, e assim também nos deleitamos de nos adaptar à sua pequena capacidade.
(3) Agora, você deve saber que quem vive na Divina Vontade, readquirirá, entre tantas prerrogativas, o dom da ciência infusa, dom que lhe servirá de guia para conhecer nosso Ser Divino, que lhe facilitará o desenvolvimento do reino do Fiat Divino em sua alma, lhe servirá de guia na ordem das coisas naturais, será como a mão que a guia em tudo e fará conhecer a vida palpitante do Querer Divino em todas as coisas criadas e o bem que continuamente lhe oferece.
Este dom foi dado a Adão no princípio de sua criação, junto com nossa Divina Vontade possuía o dom da ciência infusa, de modo que conhecia com clareza nossas verdades divinas, e não só isto, mas todas as virtudes benéficas que possuíam todas as coisas criadas para o bem da criatura, desde a coisa maior até o menor fio de erva. Agora, enquanto rejeitou nossa Divina Vontade de fazer a sua, nosso Fiat retirou a sua Vida e o dom do qual havia sido portador, portanto ficou às escuras sem a verdadeira e pura luz do conhecimento de todas as coisas. Agora, com o retorno da Vida de minha Vontade na criatura, retornará seu dom da ciência infusa. Este dom é inseparável da minha Divina Vontade, como é inseparável a luz do calor, e onde Ela reina forma o olho cheio de luz no fundo da alma, a qual, olhando com este olho divino, adquire o conhecimento de Deus e das coisas criadas quanto a criatura é possível. Assim, retirando-se minha Vontade o olho fica cego, porque Aquela que animava a vista partiu, ou seja, não é mais Vida constante da criatura.
Acontece como o corpo, enquanto o olho é saudável vê, distingue as cores, os objetos, as pessoas, mas se a pupila se escurece e perde a luz, permanece cego, por isso não sabe distinguir mais nada, no máximo se ajudará do ouvir para saber e compreender alguma coisa, mas sua luz se apagou e se acabou. Talvez tenha o olho, mas não mais cheio de vida de luz, mas de densas trevas que são portadoras de dor à vista perdida. Assim é minha Vontade, onde Ela reina concentra na alma este dom da ciência infusa, que mais do que olho vê e compreende, mas sem esforço, as verdades divinas, os conhecimentos mais difíceis de nosso Ente Supremo, mas com uma facilidade maravilhosa, sem artifício e sem estudo, muito mais as coisas naturais, nenhum pode conhecer a substância, o bem que há dentro, senão quem as criou, por isso não é nenhuma maravilha se nosso Querer Divino se faz revelador, na alma onde reina, de nosso Ser Divino e das coisas que Ele mesmo criou, e não reinando tudo é trevas para a pobre criatura, nossos filhos são cegos e não conhecem, nem amam Aquele que os criou, que mais que pai os ama e suspira o amor de seus filhos. Minha Vontade Divina, onde reina, não vai com as mãos vazias, mas leva todos os bens que possui, e se ingratos a obrigam a retirar-se, tudo leva Consigo, porque é inseparável de seus bens. Ela faz como o sol, assim que surge na manhã faz dom de sua luz e de seus benéficos efeitos à terra, e quando se retira na tarde, toda a luz a leva consigo, nada fica, nem sequer uma gota de luz pela noite, e por que? Porque não pode, nem lhe é dado o poder separar uma só partícula de luz, porque é inseparável de sua luz e onde vai, com a plenitude de luz que possui forma o pleno dia. Por isso, esteja atenta, porque onde reina a minha Vontade quer fazer coisas grandes, quer dar tudo, não se adapta a fazer coisas pequenas, mas quer formar o pleno dia e desabafar em dons, e com magnificência”.

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