LIVRO DO CÉU VOLUME 4-128
29 de abril de 1902
4-128 Quem quer todo a Deus, deve dar tudo a Deus
(1) Esta manhã o meu adorável Jesus veio por pouco tempo dizendo-me: (2) “Minha filha, que tudo quer de Deus, deve dar-se tudo Ele mesmo a Deus.
(3) E parou sem me dizer mais nada; então eu o vi perto de mim e disse: “Senhor, tem compaixão de mim, não vês como tudo está árido e seco? Parece-me que me tornei tão seca como se jamais tivesse tido nem gota de chuva”.
(4) E Ele: “Melhor assim. Você não sabe que quanto mais a lenha está seca, tanto mais fácil o fogo a devora e a converte em fogo? Basta uma única faísca para acendê-la, mas se está cheia de humores e não bem seca, é preciso grande fogo para acendê-la e muito tempo para convertê-la em fogo. Assim na alma, quando tudo está seco basta uma só centelha para convertê-la toda em fogo de amor divino”.
(5) E eu: “Senhor, zomba de mim? Como então tudo é feio, e adicionalmente, que coisa você deve queimar se tudo estiver seco?”
(6) E Ele: “Não zombo, e você mesma não compreende que quando não está seco tudo na alma, humor é a complacência, humor é a satisfação, humor o próprio gosto, humor é a estima própria; ao contrário, quando tudo está seco e a alma trabalha, estes humores não têm de onde nascer e o fogo divino encontrando só a alma nua, seca como foi criada por Ele, sem outros humores estranhos, sendo coisa sua lhe resulta facilíssimo convertê-la em seu mesmo fogo divino. E depois disto Eu lhe infundindo um hábito de paz, sendo conservada esta paz pela obediência interior e custodiada pela obediência exterior, esta paz pari a todo Deus na alma, isto é todas as obras, as virtudes, os modos do Verbo humanado, de modo que se descobre nela a sua simplicidade, a humildade, a dependência da sua vida infantil, a perfeição das suas virtudes adultas, a mortificação e crucificação do seu morrer; mas isto começa sempre, quando quem quer todo o Cristo deve dar tudo a Cristo.
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