Livro do Céu Volume 10 português traduzido do Espanhol

Os Três Fiat
Livro do Céu Volume 10 português traduzido do Espanhol
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O REINO DA DIVINA VONTADE EM MEIO AS CRIATURAS LIVRO 

DO 

CÉU 

A chamada às criaturas à ordem, ao seu posto e à finalidade para a qual  foram criadas por Deus. 

Este livro foi traduzido pelo site www.divinavontadenobrasil.com para  distribuição gratuita 

Volume 10

Volume 10 

NIHIL OBSTAT 

Beato Annibale M. Di Francia.  

12 Outubro de 1926  

 IMPRIMATUR  Exmo. Sr. Giuseppe M. Leo,  Arcebispo da Diocese de Trani – Barletta – Bisceglie  Italia  16 Outubro 1926 

Imprima-se 

Arcebispado de Guadalajara Jal.,  

23 de novembro de 2010 

Mons. J. Gpe Ramiro Valdés Sánchez 

Vigario Geral 

Volume 10 

Queremos consagrar este livro e os frutos que possam resultar de sua leitura, à nossa Mãe Santíssima, 

a Rainha do reino da Divina Vontade

Volume 10 

  1. M. I. 

10-1  

Novembro 9, 1910  

Efeitos nocivos das obras santas feitas com finalidade humana. 

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, estava a confiar ao meu bendito Jesus as tantas  necessidades da Igreja, e Jesus disse-me: 

(2) “Minha filha, as obras mais santas feitas com fins humanos, são como aqueles recipientes  quebrados, que colocando-se dentro deles algum líquido, pouco a pouco escorre à terra, e se  durante a necessidade vão tomar Daqueles recipientes, encontram-se vazios. Eis por que os filhos  da minha Igreja se reduziram a tal estado, porque no seu agir tudo é com fins humanos, por isso  nas necessidades, nos perigos, nas ofensas, se encontraram vazios de graça, e portanto,  debilitados, exaustos e quase cegos pelo espírito humano dão-se aos excessos; oh! quanto  deveriam ter vigiado os chefes da Igreja para não me fazer ser motivo de chacota e quase a  cobertura de suas indignas ações, é verdade que se faria muito escândalo se se julgassem e se  castigassem, mas isso me seria de menor ofensa que os tantos sacrilégios que cometem. Ah! me  é muito duro tolerá-los. Roga, roga minha filha, porque muitas coisas tristes estão por sair de  dentro dos filhos da Igreja”. 

(3) E desapareceu. 

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10-2  

Novembro 12, 1910  

Por quantos modos se doa a alma a Deus, em outros tantos se doa Ele à alma. 

(1) Estava pensando no bendito Jesus quando levava a cruz ao calvário, especialmente quando  encontrou a Verônica, que lhe ofereceu a tela para secar seu rosto banhado em sangue, e dizia a  meu amável Jesus: “Meu amor, Jesus, coração do meu coração, se a Verônica te ofereceu a tela,  eu não quero te oferecer telas para secar o sangue, senão que te ofereço meu coração, meu  

  

1 Este livro foi traduzido da tradução em Espanhol

Volume 10 

batimento contínuo, todo meu amor, minha pequena inteligência, o respiro, a circulação do meu  sangue, os movimentos, todo o meu ser para te enxugar o sangue, e não só do teu rosto mas de  toda a tua santíssima Humanidade, intento desfazer-me em tantos pedaços por quantas são as  tuas chagas, as tuas dores, as tuas amarguras, as gotas de sangue que derramas, para pôr em  todos os teus sofrimentos, com meu amor, com um alívio, com um beijo, com uma reparação, com 

um compadecimento, com um agradecimento, etc., não quero que fique nenhuma parte de meu  ser, nenhuma gota de meu sangue que não se ocupe de Ti, mas, sabe oh Jesus que recompensa  quero? Que em todas as partes de meu ser me imprima, me sele sua imagem, a fim de que te  encontrando em tudo e em todo lugar, possa multiplicar meu amor”. E tantos outros absurdos que  dizia. Agora, tendo recebido a comunhão, e olhando para mim mesma, via em todas as partes do  meu ser Jesus inteiro dentro de uma chama, e esta chama dizia amor, e Jesus me disse: 

(2) “Eis que me contentei com a minha filha; por quantos modos foi dado a Mim, em muitos outros  e triplicados modos me doei a ela”. 

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10-3  

Novembro 23, 1910  

O amor basta para tudo, e muda as virtudes naturais em divinas. 

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, estava pensando na pureza, e em como eu a esta  bela virtude não dedico nem um pensamento, nem a favor nem contra; me parece que neste ponto da pureza, nem ela me incomoda, nem eu me dou um pensamento dela. E dizia entre mim: “Eu  mesma não sei como me encontro em relação a esta virtude, mas não quero intrometer-me nisso,  

basta-me o amor para tudo”. E Jesus, retomando as minhas palavras, disse-me: (2) “Minha filha, o amor prende tudo, acorrenta tudo, dá vida a tudo, sobretudo triunfa, tudo  embeleza, tudo enriquece. A pureza se contenta em não fazer nenhum ato, olhar, pensamento,  palavra, que não seja honesto, o resto tolera, com isto não se reduz a outra coisa que a adquirir a  pureza natural; o amor é zeloso de tudo, mesmo do pensamento, do respiro, ainda que fossem  honestos, tudo quer para si, e com isto dá à alma a pureza não natural mas divina, e assim de  todas as outras virtudes. Assim que o amor pode dizer-se que é paciência, o amor é obediência, é  doçura, é força, é paz, é tudo, assim que todas as virtudes, se não têm vida do amor, no máximo  se podem chamar virtudes naturais, mas o amor as muda em virtudes divinas. Oh! que diferença 

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entre umas e as outras, as virtudes naturais são servas e as divinas rainhas, por isso para tudo te  basta o amor”. 

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10-4  

Novembro 28, 1910  

A falta de amor lançou o mundo numa rede de vícios. 

(1) Encontrando-me em meu habitual estado via a meu sempre amável Jesus, e eu me sentia em  meu interior toda transformada no amor de meu amado Jesus, e hora me encontrava dentro de  Jesus e enchia em atos de amor junto com Ele, e amava como amava Jesus, mas não sei dizê-lo  bem, me faltam palavras; hora encontrava a meu doce Jesus em mim e me enchia só em atos de  amor, e Jesus os ouvia e dizia: 

(2) “Diz, diz, repete de novo, me alivie com teu amor; a falta do amor lançou ao mundo numa rede  de vícios”. 

(3) E fazia silêncio para me ouvir, e eu repetia de novo os atos de amor; direi o pouco que recordo: (4) “Em todos os momentos, em todas as horas, quero sempre amar-te com o teu coração. Em  todos os respiros de minha vida, respirando te amarei; em todos os batimentos de meu coração,  amor, amor repetirei; em todas as gotas de meu sangue, amor, amor gritarei; em todos os  movimentos de meu corpo, só amor abraçarei. Só de amor quero falar, só ao amor quero olhar, só  ao amor quero escutar, sempre no amor quero pensar. Só de amor quero arder, só de amor quero  consumir, só o amor quero gostar, só ao amor quero contentar. Só de amor quero viver, e no amor  quero morrer. Em todos os instantes, em todas as horas, a todos ao amor quero chamar. Sozinha e  sempre com Jesus, e em Jesus sempre viverei, em seu coração mergulharei, e junto com Jesus e  com seu coração, amor, amor, te amarei”. 

(5) Mas quem pode dizer tudo? Ao fazer isto, sentia-me completamente dividida em muitas  pequenas chagas, e depois faziam uma só chama. 

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10-5 

Volume 10 

Novembro 29, 1910  

Jesus é zeloso de que ninguém dê alívio à alma. 

(1) Tendo vindo um bom e santo sacerdote, estava um pouco ansiosa porque queria conversar  com ele, especialmente sobre meu estado presente para conhecer a Divina Vontade, mas tendo  vindo a primeira e a segunda vez, vi que nada se concluía do que eu queria. Agora, tendo recebido  a comunhão, toda aflita comunicava ao meu afetuoso Jesus minha grande aflição, dizendo: “Minha  vida, meu bem e meu tudo, se vê que só Você é tudo para mim, não encontrei jamais em nenhuma  criatura, por quão boa e santa que seja, uma palavra, um consolo, um epílogo a minha mais  mínima dúvida, se vê que não deve haver nenhum para mim, mas Você só, só o Todo para mim, e  eu sozinha, sozinha, e sempre só para Você, e eu me abandono tudo e sempre em Ti, por quão má  sou tem a bondade de me ter entre teus braços e de não me deixar um só instante”. Enquanto dizia  isto, meu bendito Jesus fazia-se ver que olhava dentro de meu interior, revolvia tudo para ver se  havia alguma coisa que a Ele não agradasse, e enquanto revolvia, tomou em suas mãos como um  grão de areia branca e o jogou a terra, depois me disse: 

(2) “Minha filha amadíssima, é sumamente justo que quem é toda para Mim, somente Eu seja tudo  para ela, sou muito zeloso de que outro possa dar-lhe o mínimo alívio. Eu sozinho, muito sozinho,  quero suplir-te por todos e em tudo, o que te aflige? O que queres? Faço tudo para que estejas  feliz, estás a ver aquele grão branco que te tirei? Não era outra coisa que um pouco de ansiedade,  porque querias saber por meio de outros minha Vontade, te tirei e o lancei a terra para te deixar na  santa indiferença, tal como Eu te quero, e agora te digo qual é meu Querer: A missa a amo, a  comunhão também; sobre se deves ou não esperar o sacerdote para recuperar-te, serás  indiferente, se te sentes adormecida não te esforçarás por recuperar-te, e se estás acordada não te  esforçarás por adormecer. Entretanto deves saber que te quero sempre pronta e sempre no posto  de vítima, ainda que nem sempre sofras, te quero como aqueles soldados no campo de batalha,  que embora o ato de lutar não seja continuo, estão com as armas preparadas, e se necessário,  sentados no quartel, para que cada vez que o inimigo queira empreender a batalha estejam  prontos a derrotá-lo. Assim tu, filha minha, estarás sempre pronta, sempre em teu posto, para que  cada vez que te queira fazer sofrer para meu alívio ou para perdoar flagelos, ou por outra causa,  Eu te encontre sempre pronta, não devo sempre te chamar nem te dispor cada vez ao sacrifício,  Mas ficarás como se sempre te chamasse, mesmo que nem sempre te tenha em ato de sofrer.  Então nos entendemos, não é verdade? Fique calma e não tenha medo de nada”.

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10-6 

Dezembro 2, 1910  

A chama de Jesus. 

(1) Continuando o meu habitual estado, o meu sempre amável Jesus veio, e eu me via como uma  chave, e esta chave girava em torno do meu amado Jesus, e ora se detinha na cabeça, ora nos  olhos, ora entrava na boca e descia dentro, até o íntimo de seu coração adorável, depois saía dele  e girava, e Jesus a punha até debaixo de seus pés, e em vez de extinguir-se ao calor das plantas 

dos pés divinos se acendia de mais e com mais velocidade saía de debaixo de seus pés e girava  de novo em torno de Jesus, e ora rezava com Jesus, ora amava, ora reparava, em suma, fazia o  que fazia Jesus e com Jesus, esta chama se fazia imensa, abraçava a todos na oração, não  escapava nenhum, se encontrava no amor de todos e por todos amava, reparava, suplicava por  todos e por tudo. Oh, como é admirável e inenarrável o que se faz com Jesus!, faltam-me as  palavras para poder pôr no papel as expressões de amor e de outras coisas que se fazem com  Jesus; a obediência gostaria, mas a mente vai-se ao alto para tomar de Jesus as palavras e desce  ao baixo, faz por encontrar as expressões, as palavras da linguagem natural e não encontra o  caminho para tirá-lo fora, por isso não posso. Então, o meu amado Jesus disse-me: 

(2) “Minha filha, tu és a chave de Jesus, a chave pode estar em qualquer parte, pode penetrar em  tudo, não ocupa lugar, no máximo vive no alto e gira, e também é deleitável”. (3) E eu: “Ah Jesus, é muito fraco e é fácil de se apagar a chama, e se se apaga não há forma de  lhe dar nova vida, assim que pobre de mim se chego a me apagar”. 

(4) E Jesus: “Não, não, a chama de Jesus não se pode apagar, porque a sua vida é alimentada  pelo fogo de Jesus, e as chagas que têm vida do meu fogo não estão sujeitas à morte, e se  morrem, morrem no mesmo fogo de Jesus. Fiz-te uma chamada para poder divertir-me mais  contigo, e pela pequenez da chave posso servir-me dela para fazê-la girar continuamente dentro e  fora de Mim e tê-la em qualquer parte que queira de Mim mesmo, nos olhos, nos ouvidos, na boca,  sob os pés, onde melhor me agradar”. 

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10-7 

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Dezembro 22, 1910  

Para poder realizar coisas grandes para Deus, é necessário destruir a estima própria, o  respeito humano e a própria natureza. 

(1) Continuando meu habitual estado, via diante de minha mente vários sacerdotes, e o bendito  Jesus dizia: 

(2) “Para ser hábil em fazer coisas grandes para Deus, é necessário destruir a estima própria, o  respeito humano e a própria natureza, para reviver da Vida Divina e preocupar-se só com a estima  de Nosso Senhor e do que corresponde à sua honra e glória; é necessário triturar, pulverizar o que  concerne ao humano para poder viver de Deus; e eis que não vós, mas Deus em vós falará,  trabalhará, e as almas e as obras a vós confiadas terão esplêndidos efeitos, e terão os frutos  desejados por vós e por Mim, como a obra das reuniões dos sacerdotes que eu lhe disse antes, e  um destes poderia ser hábil para promover e também realizar esta obra, mas um pouco de estima  própria, de temor vão, de respeito humano torna-o inábil, e a graça quando encontra a alma  circundada por estas baixezas, voa e não se detém e o sacerdote fica homem e age como homem,  e tem no seu agir os efeitos que pode ter um homem, não já os efeitos que pode ter um sacerdote  animado pelo Espírito de Jesus Cristo”. 

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10-8 

Dezembro 24, 1910  

Almas indecisas não são boas para nada. 

(1) Tendo recebido a comunhão rogava ao bom Jesus por um sacerdote que queria saber se o  Senhor o chamava ao estado religioso, e o bom Jesus me disse: 

(2) “Minha filha, Eu o chamo e ele está sempre indeciso. As almas que não são decididas não são  boas para nada; ao contrário quando são decididas e resolvidas, então todas as dificuldades as  supera, as soluciona, aqueles mesmos que suscitam as dificuldades, vendo-o tão resolvido, se  enfraquecem e não têm o valor de opor-se. É um pouco de apego o que o ata, e Eu não quero  contaminar minha graça nos corações que não estão livres de tudo; se se separa de tudo e de  todos, então minha graça o inundará de mais e sentirá a força necessária para seguir meu 

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chamado”. 

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10-9 

Dezembro 25, 1910  

Os sacerdotes apegaram-se às famílias, ao interesse, às coisas exteriores, etc., esta é a  necessidade das casas de reunião de sacerdotes. 

(1) Esta manhã o bendito Jesus se fazia ver pequeno, pequeno, mas tão gracioso e belo que me  arrebatava em doce encanto, depois se tornava mais benévolo porque com suas pequenas  mãozinhas pegava pequenos cravos e me cravava com uma maestria digna só de meu sempre  amável Jesus, e depois enchia-me de beijos e de amor, e eu a Ele. Depois disto, parecia-me que  estava na gruta do meu recém-nascido Jesus, e o meu pequeno Jesus disse-me: 

(2) “Minha querida filha, quem veio visitar-me na gruta do meu nascimento? Os pastores foram os  primeiros visitantes, os únicos que faziam um ir e vir e me ofereciam dons e coisas deles, e os  primeiros que tiveram o conhecimento de minha vinda ao mundo, e por consequência os primeiros  favorecidos cheios de minha graça. Eis por que escolho sempre pessoas pobres, ignorantes,  desprezíveis, e delas faço portentos de graça, porque são sempre as mais dispostas, as mais  dispostas a ouvir-me, a crer-me sem pôr tantas dificuldades, tantas cavilações, como o fazem as  pessoas cultas. Depois vieram os magos, mas não se viu nenhum sacerdote, enquanto eles  deviam ser os primeiros a cortejar-me, porque eles sabiam mais do que todos os demais segundo as escrituras que estudavam, sabiam o tempo, o lugar, e era mais fácil vir visitar-me, mas nenhum,  nenhum se moveu, é mais, enquanto eles apontaram para os magos, eles não se moveram, nem  se incomodaram em dar um passo para ir em busca de minha vinda. Isto foi uma dor, para Mim  amarguíssima, no meu nascimento, porque naqueles sacerdotes era tanto o apego às riquezas, ao  interesse, às famílias e às coisas exteriores, que como resplendores lhes cegava a vista, lhes  endurecia o coração e tornava estranha a inteligência para conhecer as verdades mais sagradas,  mais certas, e estavam tão preocupados nas coisas baixas da terra, que jamais teriam acreditado  que um Deus pudesse vir à terra em tanta pobreza e em tanta humilhação, e não só em meu  nascimento, mas também no curso de minha vida, quando fazia os milagres mais estridentes,  nenhum me seguiu, mas bem planejaram minha morte e me assassinaram sobre a cruz. E Eu,  depois de ter usado toda a minha arte para os atrair a Mim, os coloquei no esquecimento e escolhi 

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pessoas pobres, ignorantes, como foram meus apóstolos e formei a minha Igreja, os segreguei das  famílias, os libertei de qualquer vínculo de riquezas, enchi-os dos tesouros da minha graça e tornei os hábeis para a direção da minha Igreja e das almas. Agora, deves saber que esta dor ainda me  dura, porque os sacerdotes destes tempos se irmanaram com os sacerdotes daqueles tempos, se  deram a mão no apego às famílias, ao interesse, às coisas exteriores e pouco ou nada põem  atenção ao interior, é mais, alguns se degradaram tanto, que chegaram a fazer entender aos  mesmos leigos que não estão contentes de seu estado, abaixando sua dignidade até o ínfimo e  abaixo dos mesmos leigos. Ah! minha filha, que prestígio pode ter sua palavra nas pessoas? Pelo  contrário, os povos por sua causa vão descendo na fé e no abismo de piores males, caminham a  tropeções e nas trevas, porque luz nos sacerdotes não veem mais. Esta é a necessidade das  casas de reunião dos sacerdotes, a fim de que o sacerdote seja libertado das trevas de que é  invadido, das famílias, do interesse e dos cuidados das coisas exteriores, possa dar luz de  verdadeiras virtudes e os povos possam sair dos erros em que caíram. São tão necessárias estas  reuniões, que cada vez que a Igreja chegou ao ínfimo, quase sempre este tem sido o meio para  fazê-la ressurgir mais bela e majestosa”. 

(3) Quando ouvi isto, disse: “Meu sumo e único bem, doce vida minha, compadeço tua dor e queria  adoçá-lo com meu amor, mas Tu sabes bem quem sou eu, como sou pobre, ignorante, má, e além disso, extremamente presa pela paixão de meu ocultamento, amo tanto que pudesse me esconder  tanto em Ti, que ninguém possa crer que eu existo mais, e Tu em troca queres que fale destas  coisas que tanto afligem teu amantíssimo coração e tão necessárias para a Igreja. Oh! meu Jesus,  fala-me de amor, e vai em busca de outras almas boas e santas para falar destas coisas tão úteis  para a Igreja”. E o bom Jesus disse: 

(4) “Minha filha, também eu amava o ocultamento, mas cada coisa tem seu tempo, quando a honra  e a glória do Pai e o bem das almas o requereu, manifestei-me e fiz minha vida pública. Assim faço  com as almas, às vezes as tenho escondidas, outras vezes as manifesto, e tu deves ser indiferente  a tudo, querendo só o que Eu quero, é mais, te bendigo o coração, a boca, e falarei Eu em ti com  minha mesma boca e com minha mesma dor”. 

(5) E assim me abençoou e desapareceu. 

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Janeiro 8, 1911  

A família mata o padre. O interesse é a traça do padre. 

(1) Agora, por obedecer, escrevo coisas passadas e explico sobre estas reuniões de sacerdotes  que o bendito Jesus quer. Tendo vindo um santo sacerdote no passado mês de Novembro, e  tendo-me pedido que perguntasse a Jesus o que queria dele, o meu sempre amável Jesus disse me: 

(2) “A missão do sacerdote escolhido por Mim será alta e sublime, trata-se de salvar a parte mais  nobre, mais sagrada, que são os sacerdotes, que nestes tempos se tornaram o escárnio das  nações. O meio mais adequado seria formar estas casas de reunião de sacerdotes para separá-los  da família, porque a família mata o sacerdote; estas casas ele deve promovê-las, estimulá-las,  mesmo que tenha que ameaçar. Se me salvar a estes, salvou a todos os povos”. 

(3) Depois tive quatro comunicações de Jesus com respeito a estas reuniões, as escrevi e as dei  ao sacerdote, por isso não acreditava necessário repeti-las em meus escritos, mas a obediência  quer que as escreva, e eu faço o sacrifício: 

(4) 1.- Meu adorável Jesus me disse: “A missão que lhe darei é alta e sublime, de modo especial  pelos sacerdotes. A fé nas pessoas está quase apagada, e se há alguma chama está como  escondida sob as cinzas; a vida dos sacerdotes e seus maus exemplos, a vida quase toda secular  e talvez pior ainda, se dão a mão para fazer morrer aquela chama, e o que será das nações? Por  isso o chamei, a fim de que se interesse por minha causa, e com o exemplo, com a palavra, com as  obras e com o sacrifício, ponha um remédio. O remédio mais adequado, mais oportuno e eficaz  seria formar as casas de reunião dos sacerdotes nos diferentes povos, separá-los da família,  porque a família mata o sacerdote e lança nas nações trevas de interesse, trevas de apreciação de  coisas mundanas, trevas de corrupção, em suma, tira-lhe todo o brilho, o esplendor da dignidade  sacerdotal e faz-no tornar-se o escárnio do povo. Eu lhe darei intrepidez, valor e graça se se põe à  obra”. 

(5) Além disso, parecia que o bendito Jesus lhe embelezava o coração, hora de amor e hora de  dor, fazendo-o participante das suas penas. 

(6) 2.- Continua meu sumo e único bem dizendo-me o grande bem que viria à Igreja com formar  estas casas de reunião: “Os bons se tornarão melhores; os imperfeitos, os mornos, os  enfraquecidos, se tornarão bons; os maus sairão para fora, e então tenho aqui crivado e purificado  o corpo dos ministros da minha Igreja, e ficando purificada a parte mais eleita, mais sagrada, as  pessoas serão reformadas”.

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(7) Enquanto estava nisto, via ante minha mente como dentro de um quadro a Corato, e a os  sacerdotes que deviam colocar-se à frente da obra, mas dirigida pelo padre G., os sacerdotes  parecia que eram dom C., D., B., e D., C., F., seguidos por outros, e parecia que deviam colocar  parte de seus pertences. E o meu amável Jesus acrescentou: 

(8) “É necessário organizar bem a coisa para não fazer fugir a nenhum, e procurar-lhes os meios  necessários para não oprimir o povo; para isto eis o pagamento, as entradas da paróquia, há que  comprometer estes que farão parte destas reuniões, e eles manterão o coro e todos os outros  ofícios pertencentes a seu ministério. No princípio se levantarão contradições e perseguições, mas,  na maior parte dos casos, dentro dos próprios sacerdotes, mas logo as coisas mudarão e o povo  estará com eles, e com as mãos cheias os proverão e gozarão a paz e o fruto de suas fadigas,  porque a quem está Comigo, Eu permito que todos estejam com eles”. 

(9) Depois, o meu sempre amável Jesus lançou-se nos meus braços, todo aflito e suplicante, tanto  de comover às mesmas pedras, e disse: 

(10) “Diz ao padre G. que lhe peço, suplico-lhe que ajude a que se salvem, e que não deixe  perecer os meus filhos”. 

(11) 3.- Continua meu sempre amável Jesus sobre o mesmo argumento. Estando presentes os pais  viam o Céu aberto e a meu adorável Jesus e a Celestial Mãe que vinham a mim, e aos santos que  do Céu nos olhavam, e meu benigno Jesus dizia: 

(12) “Minha filha, diz ao padre G. que absolutamente quero a obra; já começam a colocar  dificuldades, diz-lhe que não se necessita outra coisa que lance, coragem e desinteresse, é  necessário fechar os ouvidos a tudo o que é humano e abri-los ao que é divino, de outra maneira  as dificuldades humanas serão a rede que os enredará, de tal maneira que não saberão sair fora, e  Eu justamente os castigarei convertendo-os os trapos dos povos; mas se em troca prometem pôr 

se à obra, Eu serei tudo para eles, e eles não serão outra coisa que as sombras que seguirão a  obra tão desejada por Mim, e não só, senão que terão outro grande bem, porque é necessário que  a Igreja seja purgada e lavada com o derramamento de sangue, porque muito, muito se sujou,  tanto, de me dar náuseas; e onde se purifiquem neste modo, Eu evitarei o sangue, o que mais  querem?”. 

(13) Depois, virando-se como se olhasse para um sacerdote acrescentou: 

(14) “Eu escolho-te a ti por cabeça desta obra por ter posto em ti um germe de coragem, isto é um  dom que te dei, e este dom não quero que o tenhas inútil, até agora o desperdiçaste em coisas  frívolas, em loucuras e em política, e estas te pagaram te amargurando e não te dando jamais paz;  agora basta, basta, põe-te à minha obra, põe o valor que te dei tudo para Mim, e Eu serei tudo para  ti e te pagarei dando-te paz, graça, e te farei adquirir aquela estima que foste buscando no passado 

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e não a obtiveste, é mais, não te darei a estima humana, senão a divina”. 

(15) Depois disse ao padre G.: “Meu filho, coragem, defende a minha causa, sustenta, ajuda  aqueles sacerdotes que vires um pouco dispostos para esta obra, promete todo bem em meu nome  àqueles que se metem, ameaça aqueles que suscitam contradições e obstáculos. Diga aos bispos  e aos chefes que se querem salvar o rebanho, este é o único meio, toca a eles salvar os pastores,  e aos pastores cabe salvar o rebanho, e se os bispos não põem a salvo os pastores, como pode o  rebanho ser salvo?” 

(16) 4.- Havendo eu entendido as dificuldades dos sacerdotes em formar as casas de reunião,  rogava ao bom Jesus que, se fosse sua vontade que isto fosse feito, eliminasse todos os  obstáculos que impediam tão grande bem, e o meu adorável Jesus ao vir me disse: (17) “Minha filha, todos os obstáculos vêm de que cada um olha as coisas segundo suas próprias  condições e disposições, e naturalmente mil laços e obstáculos encontram que lhes impedem o  passo, mas se olharem a obra segundo minha honra, minha glória, e o só bem de suas almas e  das almas dos outros, todos os laços ficariam quebrados e os obstáculos desvanecidos. Não  obstante, se eles se filiarem Eu estarei com eles e os protegerei tanto, que se algum sacerdote  quiser opor-se e dificultar minha obra, estou disposto a tirar-lhe ainda a vida”. (18) Depois meu sempre amável Jesus acrescentou todo aflito: “Ah minha filha, você sabe qual é o  obstáculo mais impenetrável e o laço mais forte? É o interesse, o interesse é a traça do sacerdote,  porque o torna madeira podre apto só para ser queimado no inferno. O interesse volta ao sacerdote  o brinquedo do demônio, o ridículo do povo e o ídolo das próprias famílias, por isso o demônio porá  muitos obstáculos para impedir que façam isto, porque vê a rede que os mantinha atados e  escravos em seu domínio. Por isso diga ao padre G. que infunda valor a quem veja disposto, que  não os deixe se não vê a obra encarrilhada, de outra maneira começarão somente a fazer projetos  e não concluirão nada. Diga também aos bispos que não aceitem ordenações de outros, se não  estiverem dispostos a viver segregados da família; diga-lhes também que muitos o ferirão  zombando dele e desacreditando-o, mas que ele não lhes dê importância, todo o sofrimento lhe  será doce se for por minha causa”. 

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Janeiro 10, 1911  

Quando os sacerdotes não se ocupam só de Deus, ficam áridos, porque não participam dos  influxos da Graça. 

(1) Continuando meu habitual estado, por pouco tempo veio o bendito Jesus, eu estava lhe  rogando que tirasse os obstáculos que impediam estas reuniões e que nos manifestasse como lhe  agradaria que isto se fizesse, e me disse: 

(2) “Minha filha, o ponto que mais me importa e me interessa, é o separar perfeitamente o  sacerdote de sua família. Que deem tudo o que têm à família, e para eles fiquem somente com o  pessoal, e como eles devem manter-se da Igreja, justo é que as coisas, de onde vêm, ali vão parar,  isto é, que tudo o que possam ter deve servir para se manterem eles e engrandecer as obras de  minha glória e para o bem do povo, de outra maneira eu não farei que os povos sejam dados com  eles; mas não somente isto, mas que se eles se separam fisicamente de sua família, mas não com  o coração, disto surgirá a avidez para ver quem pode ter mais lucros para poder dar mais a sua  família, e isto causará invejas entre eles se um posto de maior lucro for atribuído a um que a outro;  na prática verão quantos males virão, quantas desuniões, ciúmes, rancores e mais se não  corrigirem este ponto tão essencial. Eu prefiro ficar com poucos sacerdotes e não com muitos que  corrompem a obra tão querida por Mim. Ah minha filha, quantos Ananías sairão! E como saberão  defender, patrocinar, desculpar este tão bem querido ídolo do interesse. Ah! só de quem se  consagra a Mim tenho esta desventura, que em vez de prestar atenção a Mim, à minha honra, à  minha glória e à santificação que convém ao seu estado, Eu lhes sirvo só de disfarce, e sua  finalidade é de prestar atenção a suas famílias, aos sobrinhos. Ah! não assim em quem se doa ao  mundo, mas sim buscam economizar com suas famílias, e se não podem fazê-lo chegam a  desconhecer os próprios pais. 

(3) Quando o sacerdote não se ocupa somente de minha glória e dos ofícios pertencentes a seu  ministério sacerdotal, não é outra coisa que um osso deslocado que dá dor a Mim, dor a si mesmo  e dor ao povo, e deixa frustrada sua vocação; e assim como quando um osso não está em seu  lugar dá sempre dor, e com não participar dos humores do corpo com o tempo se atrofia, e é  necessário separá-lo tanto pela inutilidade como pela dor que causa aos outros membros, assim os  sacerdotes quando não se ocupam só de Mim, sendo ossos separados de meu corpo ficam secos,  porque não participam nos influxos de minha graça, e Eu os retenho e os retenho, mas se vejo sua  dureza os atiro longe de Mim, e sabe onde? Nas profundezas do inferno”. 

(4) Depois acrescentou: “Escreve, manda dizer àquele pai ao qual confio esta missão de 

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Volume 10 

sacerdotes, que esteja firme neste ponto, que me torne inviolável, diga-lhe também que o quero na  cruz e sempre Comigo crucificado”. 

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10-12  

Janeiro 15, 1911  

O interesse é o veneno do sacerdote. Deus não é compreendido por quem não está  despojado de tudo e de todos. 

(1) Continuando meu habitual estado, meu adorável Jesus fazia-se ver chorando, porque me tinha  trazido a Celestial Mãe para que o tranquilizasse, e eu fazia o que podia para consegui-lo, beijava o, acariciava-o, apertava-o, dizia-lhe: “O que queres de mim? Não quer amor para que se sinta feliz  e acalme seu pranto? Não me disse Você mesmo outras vezes, que sua felicidade é meu amor? E  eu te amo muito, muito, mas te amo junto Contigo, porque por mim só não sei te amar; dai-me teu  alento ardente que converte todo meu ser em uma chama de amor, e depois te amo por todos, te  amo com todos, te amo nos corações de todos”. Mas quem pode dizer todas as minhas loucuras?  Então parecia que se acalmava um pouco, e para fazer que meu doce Jesus não chorasse mais  lhe disse: “Minha vida e meu tudo, santifica-te, agora que façam as casas de reunião de  sacerdotes, ó! como será consolado”. 

(2) E Ele rapidamente: Ah, minha filha, o interesse é o veneno do sacerdote, e se infiltrou tanto  neles que lhes envenenou o coração, o sangue e até a medula óssea. Oh! como o demônio os tem  sabido enredar, tendo encontrado neles a vontade disposta para ser entrelaçada. Minha Graça tem  usado toda sua arte para formar neles o tecido do amor e dar-lhes o contrário do interesse, mas  não encontrando sua vontade disposta, pouco ou nada tem tecido de divino, por isso o demônio  não pode impedir de tudo estas casas de reunião de sacerdotes, o que causou-lhe muita perda, se  contenta em manter o tecido que os teceu com o veneno do interesse. Ah! se visses quão poucos  são os que estão dispostos a separar-se da família e a derramar este veneno do interesse,  chorarias Comigo, não vês como discutem entre eles a respeito deste ponto, como ficam agitados,  como se inflamam os ânimos? Eles acreditam que é um absurdo e que isso não se aplica ao seu  estado”. 

(3) Enquanto dizia isto, via os sacerdotes dispostos a isso, e quão escasso era o número deles.  Jesus desapareceu e encontrei-me em mim mesma. Agora, sentindo repugnância de escrever 

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Volume 10 

estas coisas que correspondem aos sacerdotes, mas tendo feito o sacrifício porque assim o quer a  obediência, meu amado Jesus veio e me deu um beijo para recompensar-me pelo sacrifício feito e  acrescentou: 

(4) “Filha amada minha, não disseste tudo sobre os inconvenientes que traria se o sacerdote  ficasse estorvado pela atadura da família, as tantas vocações equivocadas pelas quais a Igreja  chora amargamente nestes tristes tempos; certamente não se veriam tantos modernistas, tantos  sacerdotes vazios de verdadeira piedade, tantos deles dados aos prazeres, à incontinência e  tantos outros que veem como se perdem as almas como se não fosse nada, sem a mínima  amargura, e tantos outros desatinos que fazem, estes são sinais de vocações erradas. E se as  famílias virem que não há nada mais a esperar da parte dos sacerdotes, a ninguém virá vontade de  incitar os seus filhos a tornarem-se sacerdotes, nem aos filhos virá o pensamento de enriquecer, de  elevar a família por meio do seu ministério”. 

(5) E eu: “Ah! meu doce Jesus, em vez de me dizer estas coisas, vê os dirigentes, os bispos,  porque eles que têm a autoridade podem conseguir te contentar neste ponto, mas eu, tão pobre, o  que posso fazer? Não outra coisa que compadecer-te, amar-te e reparar-te”. (6) E Jesus: “Minha filha, aos dirigentes, aos bispos? O veneno do interesse invadiu a todos, e  como quase todos estão presos por esta febre pestífera, falta-lhes o valor de corrigir e de pôr um  travão àqueles que deles dependem. E além disso, Eu não sou compreendido por quem não está  despojado de tudo e de todos, minha voz soa muito mal a seus ouvidos, mas bem lhes parece um  absurdo, uma coisa que não é conveniente à condição humana; mas se falo contigo nos  compreendemos suficientemente, e se não encontro outra coisa, Eu encontro um alívio para a  minha dor e tu vais amar-me demais, porque sabes que estou amargo”. 

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10-13  

Janeiro 17, 1911  

Os governantes civis ouvirão Jesus mais do que os chefes eclesiásticos. As casas de  reunião de sacerdotes serão chamadas casas do ressurgimento da fé. 

(1) Continuando meu estado habitual, meu sempre amável Jesus veio, mas tão aflito e tão ardente  de amor, que delirava e pedia um refrigério, e pondo seus braços ao meu pescoço me disse: (2) “Minha filha, dai-me amor, este é o único refrigério para acalmar meus delírios de amor”.

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(3) Depois acrescentou: “Filha, o que escreveste com relação às reuniões dos sacerdotes, se me  escutam, não é outra coisa que quase um processo que faço com eles, senão, como os chefes dos  eclesiásticos não me escutarão, estando também eles atados pelos laços do interesse e sendo  escravos das misérias humanas, quase lambendo-as, em vez de dominar sobre as misérias, ou  seja, sobre o interesse, sobre o desejo de realeza e outros, as misérias os dominarão a eles, assim  que ensurdecidos pelo que é humano não serei escutado nem compreendido, então me dirigirei  aos chefes civis, que mais facilmente me prestarão atenção, os quais, entre para ver o sacerdote  humilhado, e sendo estes talvez um pouco mais despojados que os mesmos eclesiásticos, minha  voz será mais ouvida, e o que os eclesiásticos não querem fazer por amor, farei que o façam por  necessidade e pela força, e farei que lhes seja retirado pelo governo o resíduo que lhes ficou”. 

(4) E eu: “Meu sumo e único bem, qual será o nome que se dará a estas casas e quais as regras?”  (5) E Ele: “O nome será: „As casas do ressurgimento da fé‟. Com respeito às regras, podem servir se das mesmas regras do oratório de São Filipe Néri”. 

(6) Depois acrescentou: “Diga ao padre B. que tu serás o órgão e ele o som para esta obra, e que  se ele receber zombaria e for mal querido pelos interessados, os bons e os poucos  verdadeiramente bons compreenderão a necessidade e a verdade que ele anuncia, e se farão um  dever de consciência se agregarem à obra, e ademais, se recebe burlas terá a honra de se fazer  mais semelhante a Mim”. 

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10-14 

Janeiro 19, 1911  

A palavra de Jesus é eterna. Jesus quer o sacerdote livre das ataduras da família. O espírito  dos sacerdotes destes tempos é: Espírito de vingança, de ódio, de interesse, de sangue. 

(1) Escutando as dificuldades dos sacerdotes, especialmente sobre o romper de todo o vínculo da  família, e que era impossível realizá-lo no modo como dizia o bendito Jesus, e que se fosse  verdade que Ele assim o quer, que falasse ao Papa, para que ele, que tem autoridade, pudesse  ordenar a todos e pôr-se à frente da obra, eu estava dizendo novamente ao bendito Jesus tudo  isto, e lamentava-me com Ele dizendo: “Sumo meu amor, não tinha eu razão ao dizer-te que fosses  às cabeças para lhes dizer estas coisas, em vez de as dizer a mim, ignorante? O que posso eu  fazer?” E meu sempre amável Jesus disse:

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(2) “Minha filha, escreve, não temas, Eu estou contigo, minha palavra é eterna, e o que não pode  fazer de bem aqui, pode fazer bem em outro lugar, o que não pode ser feito nestes tempos, será  feito em outros tempos, mas assim quero o sacerdote, livre da escravidão da família. Ah! tu não  sabes qual é o espírito dos sacerdotes destes tempos, não é nada diferente do dos leigos, espírito  de vingança, de ódio, de interesse, de sangue. Agora, devemos viver juntos, se um ganhar mais  que o outro, e não deixa seu lucro para o bem de todos, quem se sentirá anteposto, quem  defraudado, quem humilhado, acreditando que também ele é bom para fazer aquela ganância, e  portanto aparecem as brigas, os rancores, os desgostos e chegarão ainda às mãos. O teu Jesus te  disse e basta, este ponto é necessário, é a coluna, é o fundamento, é a vida, é o alimento desta  obra; se pudesse ir aos chefes Eu não teria insistido tanto. Além disso, olha um pouco minha filha  como eles são grosseiros e ignorantes nas coisas divinas, Eu não tenho seu modo de pensar, que  eles vão à procura, humilhando-se e colocando-se às ordens de dignidades, Eu ao comunicar-me  com as almas não olho para as dignidades, nem se eles são bispos ou papas, mas vejo se estão  despojados de tudo e de todos, olho se neles, tudo, tudo é amor para Mim, olho se se fazem  escrúpulos de se tornarem chefes ainda de um só fôlego, de um só batimento, e encontrando-os  todo amor, não vejo se são ignorantes, baixos, pobres, desprezados e pó; o mesmo pó o converto  em ouro, o transformo em Mim, comunico-lhe tudo Eu mesmo, confio-lhe os mais íntimos segredos  meus, dou-lhe parte em minhas alegrias e em minhas dores, é mais, vivendo em Mim em virtude do  amor, não é de admirar que estejam em dia de minha Vontade sobre as almas e sobre minha  Igreja. Uma é a vida deles Comigo, um o Querer e uma é a luz com a qual veem a verdade  segundo o ponto de vista divino e não segundo o humano, e por isso Eu não tenho que trabalhar  em comunicar-me a estas almas, e as elevo acima de todas as dignidades”. 

(3) Depois, me apertando e me beijando me disse: 

(4) “Bela minha filha, mas bela de minha beleza, te aflige pelas coisas que dizem? Não te aflijas,  pergunta ao padre B. pobre filho meu, quanto sofreu por minha causa pelos superiores, por seus  companheiros e por outros, até declará-lo tolo, feiticeiro, até chegar a crer um dever castigá-lo, e  qual era seu delito? O amor! Sentindo os outros vergonha de sua vida frente à sua, lhe fizeram  guerra e lhe fazem guerra. Ah, como é caro o crime do amor! Muito me custa o amor e muito custa  a meus amados filhos. Mas Eu o amo muito, e pelo que sofreu, em prêmio dei a Mim mesmo e  moro nele. Meu pobre filho, não o deixam livre, o espiam por toda parte, o que não fazem com os  demais, quem sabe e talvez possam encontrar matéria para corrigi-lo e mortificar-lo, mas Eu  estando com ele volto vãs suas artes, dê-lhe ânimos, mas, oh, como será terrível o juízo que farei  destes tais que ousam maltratar a meus amados filhos!”

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Volume 10 

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10-15  

Janeiro 28, 1911  

O amor força Deus a quebrar os véus da fé. A Igreja está agonizante, mas não morrerá. 

(1) Encontrando-me no meu habitual estado, fazia-se ver o coração do meu doce Jesus, e olhando  para dentro de Jesus via n‟Ele o seu coração, e olhando para mim, via também em mim o seu  Santíssimo Coração. Oh! quanta suavidade, quantas delícias, quantas harmonias se sentiam  naquele coração! Então, enquanto me deleitava junto com Jesus, ouvia sua voz suave que lhe saía  de dentro de seu coração que me dizia: 

(2) “Filha, abre-te do meu coração, o amor quer seus desabafos, de outra maneira não se poderia  seguir adiante, especialmente para quem me ama verdadeiramente e não admite em si outro  prazer, outro gosto, outra vida que o amor. Eu me sinto tão atraído por eles, que o amor mesmo me  força a romper os véus da fé, e revelo-me e faço-lhe saborear também daqui o paraíso em  intervalos; o amor não me dá tempo a esperar a morte para quem me ama de verdade, senão que  o prevejo ainda desde esta vida. Goza, sente as minhas delícias, olha quantos felizes há no meu  coração, toma parte em tudo, descarrega-te no meu amor a fim de que o teu se amplie de mais e  possa amar-me mais”. 

(3) Enquanto dizia, via alguns sacerdotes, e Jesus continuou a dizer-me: 

(4) “Minha filha, a Igreja nestes tempos está agonizante, mas não morrerá, antes ressurgirá mais  bela. Os sacerdotes bons lutam para levar uma vida mais desapegada, mais sacrificada, mais pura;  os maus sacerdotes lutam por uma vida mais interessada, mais cômoda, mais sensual, toda  terrena. Eu falo aos primeiros, mas não aos segundos, falo aos primeiros, ou seja aos poucos  bons, ainda que seja um só por cidade ou país, a estes falo e mando, rogo, rogo que façam estas  casas de reunião, salvando-me aos sacerdotes que virão a estes asilos, tornando-os totalmente  livres de qualquer vínculo de família, e por estes poucos bons se recuperará minha Igreja de sua  agonia, estes são meu apoio, minhas colunas, a continuação da vida da Igreja. Eu não falo aos  segundos, a todos aqueles que não querem dissociar-se dos vínculos da família, porque se falo  certamente não sou escutado. Na verdade, só de pensar em quebrar qualquer vínculo, ficam  indignados, ah! Infelizmente, estão habituados a beber a taxa de juros e outras, que enquanto é  doçura à carne, é veneno para a alma, estes tais acabarão por beber o esgoto do mundo. Eu quero  salvá-los a qualquer custo, mas não sou escutado, por isso falo, mas para eles é como se não 

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Volume 10 

falasse”. 

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10-16  

Fevereiro 4, 1911  

Onde se fizerem as casas de reunião de sacerdotes, as perseguições serão mais benignas. 

(1) Continuando meu estado habitual, o bendito Jesus me disse: 

(2) “Minha filha, diga ao padre G. que solicite as reuniões de sacerdotes, que não façam com que  as perseguições se antecipem porque, ai! por eles, porque onde se façam estas reuniões serão  mais atenuadas as perseguições, ou perdoadas as pragas. É grande a podridão e muito  malcheirosa, e por necessidade se requer do ferro e do fogo, o ferro para cortar as carnes podres,  e o fogo para purificar. Portanto, em breve, em breve”. 

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10-17  

Fevereiro 8, 1911  

O amor torna Jesus feliz. Luísa, o Paraíso de Jesus na terra. 

(1) Continuando meu habitual estado, passei cerca de seis dias imersa no amor de meu bendito  Jesus, tanto, que às vezes sentia que não podia mais e lhe dizia: “Basta, basta porque não posso  mais”. Sentia-me como dentro de um banho de amor que me penetrava até a medula dos ossos,  hora me falava Jesus de amor e de quanto me amava, e hora eu lhe falava de amor. O belo era  que às vezes Jesus não se deixava ver, e eu nadando neste banho de amor sentia romper-me o  cerco da pobre natureza, e me lamentava com Jesus, e Ele me sussurrava ao ouvido: 

(2) “O Amor sou Eu, e se você sente o amor, certo é que estou contigo”. 

(3) Outras vezes, me lamentando, me dizia ao ouvido, mas tudo de improviso: (4) “Luísa, tu és o meu paraíso na terra, e o teu amor faz-me feliz”. 

(5) E eu: “Jesus, meu amor, o que dizes? Queres gozar comigo? Você está feliz por Si mesmo, por  que diz que está feliz por mim?”

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(6) E Ele: “Ouça-me bem, minha filha, e entenderá o que Eu te digo. Não há coisa criada que não  tenha vida de meu coração, todas as criaturas são como tantas cordas que saem de meu coração  e que têm vida de Mim, por isso por necessidade e naturalmente tudo o que fazem repercute em  meu coração, ainda que seja um só movimento; por consequência, se fazem mal, se não me  amam, dão-me contínuo incômodo, aquela corda faz soar em meu coração sons de desgostos, de  amarguras, de pecados e forma sons fúnebres que me tornam infeliz por parte daquela corda ou  vida que sai de Mim; em troca se me ama e está toda atenta a me contentar, aquela corda me dá  contínuo prazer e forma sons festivos, doces, que harmonizam com a minha própria Vida, e por  parte daquela corda Eu gozo tanto, até me tornar feliz e gozar por causa dela meu mesmo paraíso.  Se compreendes bem tudo isto, não dirás mais que me burlo de ti”. 

(7) E agora digo o que dizia eu de amor e o que dizia Jesus, o direi enlouquecendo e talvez  revoltado, porque a mente não se adapta de tudo às palavras: 

(8) “Oh! meu Jesus, amor és Tu, és todo amor, e amor eu quero, amor desejo, amor suspiro, amor  eu suplico e te rogo amor, amor me convida, o amor me é vida, amor me arrebata o coração até o  seio de meu Senhor. De amor me embriaga, de amor me faz feliz. Eu sozinha, sozinha e só para  Ti! Você sozinho, e só para mim! Agora que estamos sozinhos falemos de amor, ah! faz-me  entender quanto me amas, porque só em teu coração, amor se compreende!” 

(9) “De amor queres tu que te fale? Escuta filha amada minha vida de amor: Se respiro te amo; se  me bate o coração, meu coração te diz amor, amor, são loucuras de amor por ti; se me movo, amor  te acrescento, de amor te inundo, de amor te circundo, de amor te acaricio, de amor te flecho, de  amor te atraio, de amor te alimento e agudos dardos te mando ao coração”. 

(10) “Pare com isso! meu Jesus por agora, já me sinto desfalecer de amor, segure-me entre teus  braços, me endireite em teu coração e desde dentro dele me faz desalar também a mim de amor,  de outra maneira morro de amor, de amor deliro, de amor me queimo, de amor faço festa, de amor  definho, de amor me consumo, o amor me mata e me faz ressurgir mais bela a uma vida nova. A  minha vida foge-me e sinto só a vida de Jesus, meu amor, e em Jesus meu amor sinto-me imensa  e amo todos, sinto-me ferida de amor, doente de amor, de amor, embeleza-me e faz-me mais rica  ainda. Dizer mais não sei, oh! Amor, só Tu me entendes, Tu só me compreendes, meu silêncio te  diz mais ainda, em teu belo coração se diz mais com o calar que com o falar, e amando se aprende  a amar. Amor, Amor, fala só Tu, porque sendo amor sabes falar de amor”. 

(11) “Amor tu queres ouvir? Tudo o que é criado te diz amor: Se as estrelas brilham amor te dizem;  se nasce o sol, amor te manda; se resplandece de toda a sua luz no seu pleno meio-dia, dardos de  amor te manda ao coração; se o sol se põe te diz: “Jesus morre por ti de amor”. Nos trovões e  relâmpagos amor te mando e toques de beijos te dou ao coração; sobre as asas dos ventos é amor 

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que corre; se murmuram as águas te estendo os braços; se se movem as folhas, te estreito ao  coração; se perfuma a flor, te recreio de amor. Tudo o que foi criado em linguagem muda diz ao  coração: Só de ti quero vida de amor. Amor Eu quero, amor desejo, amor mendigo de dentro do  coração, só estou contente se me der amor”. 

(12) “Meu bem, meu tudo, amor insaciável, se queres amor, dai-me amor; se me queres feliz, amor  me dizes; se me queres contente, amor me entregas. Amor me investe, amor me eleva, me leva ao  trono de meu Criador; o amor me indica a sabedoria incriada e me conduz ao eterno amor e aí eu  faço minha morada. 

(13) Vida de amor viverei em teu coração, te amarei por todos, te amarei com todos, te amarei em  todos. Jesus, seque-me toda de amor dentro de teu coração, abre-me as veias e em vez de  sangue faz correr amor; tira-me o fôlego e faz que respire ar de amor; queima-me os ossos e as  carnes e toma-me toda, toda de amor. O amor me transforme, o amor me conforme, o amor me  ensine a sofrer Contigo, o amor me crucifique e me torne toda similar a Ti”. 

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10-18 

Março 24, 1911 

Reze pelas necessidades da Igreja. 

(1) Continuando meu estado habitual, meu sempre amável Jesus veio, e eu lhe rogava por certas  necessidades da Igreja e por um certo B. que editou livros de inferno, e me disse: (2) “Minha filha, não fez outra coisa senão lançar-se maioritariamente na lama; uma mente de sadio  juízo logo verá como é néscio e como Eu o tenho cegado, pois não tem posto fora nenhuma  verdadeira força de razão no que ele afirma. Não quero que os sacerdotes se apressem a lê-lo,  tornando-se demasiado vis se o fizerem, e passarão os limites de sua dignidade, como se  quisessem prestar atenção ao absurdo de uma criança, e por isso lhe darão espaço para que faça  outros absurdos, mas se não lhe prestarem atenção, pelo menos lhe darão a dor de que ninguém  leve a sério o que ele faz, e de que ninguém o aprecie. Responderão com obras dignas de seu  ministério, esta é a mais bela resposta. Ah! àquele lhe acontecerá que cairá na armadilha que  prepara para os demais”. 

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Volume 10 

10-19 

Março 26, 1911  

O único consolo que consola Jesus é o amor. 

(1) Esta manhã, encontrando-me fora de mim mesma via a Celestial Mãe com o menino nos  braços; o divino menino me chamou com sua pequena mãozinha, e eu voei para me pôr de joelhos  diante da Mãe Rainha, e Jesus me disse: 

(2) “Minha filha, hoje quero que fale com nossa Mãe”. 

(3) E eu disse: “Celestial Mãe, diz-me, há alguma coisa em mim que desagrade a Jesus?” (4) E Ela: “Caríssima filha minha, fica tranquila, por agora não vejo nada que desagrade a meu  Filho, se, jamais, chegar a incorrer em alguma coisa que possa desgostá-lo, rapidamente te  avisarei, confia em tua Mãe e não temas”. 

(5) Como a Celestial Rainha me assegurava o anterior, me sentia infundir nova vida, e adicionei:  “Dulcíssima Mãe minha, em que tristes tempos estamos, diga-me, é verdade que Jesus quer as  casas de reunião dos sacerdotes?” 

(6) E Ela: “Certamente as quer, porque as ondas estão por elevar-se demasiado alto, e estas  reuniões serão as âncoras, as lâmpadas, o comando com o qual a Igreja se salvará do naufrágio  na tempestade, porque enquanto parecerá que a tempestade tenha submergido tudo, depois da  tempestade se verá que permaneceram as âncoras, as lâmpadas, o comando, ou seja as coisas  mais estáveis para continuar a vida da Igreja. Mas, oh! como são vis, covardes e duros de coração,  quase nenhum se move enquanto são tempos de obras, os inimigos não descansam, e eles estão  negligentemente, mas pior será para eles”. 

(7) Depois ele adicionou: “Minha filha, procura suprir tudo com o amor, uma só coisa te importa,  amar, um só pensamento, uma só palavra, uma só vida, amor; se queres contentar e agradar a  Jesus, ama-o e dá-lhe sempre ocasião de falar de amor, este é seu único consolo que o reconforta,  o amor; lhe diga que te fale de amor e Ele se porá em festa”. 

(8) E eu: “Meu querido Jesus, ouves o que diz a nossa Mãe? Que te peça amor e que fales de  amor”. 

(9) E Jesus festejando disse tais e tantas coisas da virtude, da altura, da nobreza do amor, que não  me é dado saber dizê-lo com a minha linguagem humana, por isso melhor ponho ponto final. 

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Volume 10 

10-20 

Maio 16, 1911  

Jesus não quer confundir os inimigos da Igreja, e chora pelas chagas dolorosas que há no  corpo d’Ela. 

(1) Estava rogando ao bendito Jesus que confundisse os inimigos da Igreja, e meu sempre amável  Jesus ao vir me disse: 

(2) “Minha filha, poderia confundir os inimigos da santa Igreja, mas não quero, se isso fizesse,  quem purgaria a minha Igreja? Os membros da Igreja, e especialmente quem está em postos e em  altura de dignidades, têm os olhos cegos e se equivocam grandemente, tanto, que chegam a  proteger os fingidos virtuosos e a oprimir e condenar os verdadeiros bons, isto me desagrada de tal  maneira, ver aqueles poucos verdadeiros filhos meus sob o peso da injustiça, aqueles filhos dos  quais deve ressurgir a Igreja e aos quais Eu estou dando muita graça para dispô-los a isto, Eu os  vejo de costas para o muro e atados para impedir os passos, isto me dói tanto, que me sinto todo  furor por eles. 

(3) Escuta minha filha, Eu sou toda doçura, benigno, clemente e misericordioso, tanto que por  minha doçura arrebato os corações, mas também sou forte, de rasgar e incinerar aqueles que não  só oprimem os bons, mas chegam a impedir o bem que querem fazer. Ah! tu choras pelos leigos, e  eu choro as chagas dolorosas que há no corpo da Igreja, as que me magoam tanto, de ultrapassar  as chagas dos leigos, porque são pela parte que não me esperava, e que me fazem dispor os  leigos a clamar contra eles”. 

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10-21 

Maio 19, 1911  

A confiança arrebata Jesus. Ele quer que a alma se esqueça de si mesma e se ocupe só  d’Ele. 

(1) Continuando meu habitual estado, meu sempre amável Jesus se fazia ver todo aflito, e eu  estava junto a Ele para compadecê-lo, amá-lo, abraçá-lo e consolá-lo com toda a plenitude da 

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Volume 10 

confiança, e meu doce Jesus me disse: 

(2) “Minha filha, tu és o meu contentamento, assim me agrada, que a alma se esqueça de si  mesma, de suas misérias, que se ocupe só de Mim, de minhas aflições, de minhas amarguras, de  meu amor, e que com toda confiança se esteja junto a Mim. Esta confiança me arrebata o coração  e me inunda de muita alegria, porque como a alma se esquece de si por Mim, assim Eu esqueço  tudo por ela e a faço uma só coisa para Mim, e chego não só a dar-lhe, mas a fazer-lhe tomar o  que quer. Ao contrário a alma que não esquece tudo por Mim, mesmo suas misérias e se quer  estar ao redor de Mim com todo respeito, com temor e sem a confiança que me arrebata o coração,  e como se quisesse estar com temerosa compostura Comigo e toda reservada, a este tal nada lhe  dou e nada pode tomar, porque falta a chave da confiança, da liberdade, da simplicidade, coisas  todas necessárias, para Mim para dar, e para ela para tomar; portanto, com as misérias vem e com  as misérias fica”. 

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10-22 

Maio 24, 1911  

O que Deus é por natureza, a alma é por graça. 

(1) Estava pensando na incompreensível grandeza e sabedoria divina, que ao nos dar seus bens  Ele não diminui em nada, mas parece que Ele ao dar adquire a glória que lhe dá a criatura por ter  recebido os bens do Senhor. E o bendito Jesus ao vir me disse: 

(2) “Minha filha, também tu possuis este dote, não no corpo, mas na alma, comunicada a ti pela  minha bondade; com efeito, procurando infundir nas almas o bem, a virtude, o amor, a paciência, a  doçura, tu não diminuis no mais mínimo, antes com infundi-los nos outros, se você vê que eles  aproveitam, você desfruta por isso uma complacência maior. Então, o que tu és por graça na alma,  Eu o sou por natureza, e não só dos bens de virtude, mas de todos os bens possíveis, naturais,  espirituais e de qualquer gênero”. 

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10-23

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Volume 10 

Junho 7, 1911  

Dor de Jesus pelos sacerdotes. Amor que se esconde, ai! 

(1) Passando dias amargos de privação do meu adorável Jesus, rogava-lhe que se agradasse em  vir; e apenas como um relâmpago veio e me disse: 

(2) “Amor que se esconde, ai!” 

(3) E rogando-lhe pela Igreja e que tivesse piedade de tantas almas que vão pelo caminho da  perdição, porque querem fazer guerra à Igreja e aos seus ministros, Jesus acrescentou: (4) “Minha filha, não te aflijas, é necessário que os inimigos purifiquem a minha Igreja, e depois que  a tenham purgado, a paciência, as virtudes dos bons serão luz aos inimigos, e se salvarão aqueles  e estes”. 

(5) E eu: “Mas ao menos não permitas que as faltas de teus ministros as conheçam os leigos, de  outra maneira afligirão mais a tua Igreja”. 

(6) E Jesus: “Minha filha, não me peça isto porque me indigno, quero que a matéria saia fora, não  posso mais, não posso mais, os sacrilégios são enormes, com cobri-los daria campo para que  cometessem males maiores; você terá paciência para suportar minha ausência, a fará de heroína,  quero confiar em ti que és minha filha, enquanto Eu me ocuparei em preparar os flagelos para  leigos e sacerdotes”. 

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10-24  

Junho 21, 1911  

Não há santidade se a alma não morre em Jesus. 

(1) Estava a pensar na Mãe Celestial, quando tinha o meu sempre amável Jesus morto nos seus  braços, no que fazia e como se ocupava de Jesus. E uma luz acompanhada de uma voz dentro de  mim dizia: 

(2) “Minha filha, o amor operava potentemente na minha Mãe. O amor consumia-a toda em Mim,  nas minhas chagas, no meu sangue, na minha própria morte e fazia-a morrer no meu amor; e o  meu amor, consumindo o amor e toda a minha Mãe, fazia-a ressurgir de amor novo, ou seja, toda  do meu amor. Assim que seu amor a fazia morrer, meu amor a fazia ressurgir a uma vida nova toda 

27 

Volume 10 

em Mim, de uma maior santidade e toda divina. Assim, não há santidade se a alma não morre em  Mim; não há verdadeira vida se não se consome toda em meu amor”. 

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10-25 

Junho 23, 1911 

O amor não está sujeito à morte. Não há poder nem direitos acima do amor. 

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus me disse: (2) “Minha filha, o amor não está sujeito a morte, não há poder, não há direitos acima do amor; o  amor é eterno, e para quem ama, é eterno Comigo. O amor não teme nada, não duvida de nada, e  os mesmos males os converte em amor. O Amor sou Eu mesmo, e amo tanto a quem em tudo me  ama e que tudo faz por amor, que ai! por quem o toca, os farei ficar queimados pelo fogo de minha  tremenda Justiça”. 

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10-26  

Julho 2, 1911  

Onde há amor há vida, sem amor tudo está morto. 

(1) Continuando meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus me disse: (2) “Minha filha, onde há amor há vida, e não vida humana senão vida divina; assim que todas as  obras, mesmo boas e não feitas por amor, são como um fogo pintado que não dá calor, ou como  água pintada que não tira a sede e não purifica. Oh! quantas obras pintadas, ou bem mortas vão  sendo feitas pelas pessoas, ainda por aquelas consagradas a Mim, porque só o amor é o que  contém a vida, nenhuma outra coisa contém tanta potência de dar vida a tudo, é mais, sem o amor  tudo está morto”. 

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Volume 10 

10-27 

Setembro 6, 1911  

Quem presta atenção a si mesmo cresce emagrecido. 

(1) Continua quase sempre a mesma coisa, ou seja, com privações amarguíssimas e com silêncio  de Jesus; na melhor das hipóteses, faz-se ver e diz-me coisas repetidas, por isso não as escrevo.  Recordo que quando eu emito algum lamento por meu estado, me diz em meu interior: (2) “Minha filha, paciência, te comporte como uma valente, como uma heroína, ânimo, por agora  deixe-me castigar e depois virei como antes”. 

(3) Recordo também que estando pensativa fortalecida de meu estado me disse: (4) “Minha filha, quem quer prestar atenção às dificuldades, às dúvidas, a si mesmo, é como  aquelas pessoas exigentes que têm nojo de tudo, e em lugar de pensar em alimentar-se pensam  nas asquerosidades, embora não as houvesse, e por tanto crescem emagrecidas, cadavéricas e  assim morrem; assim é das almas que de tudo ficam pensativas, crescem emagrecidas e assim  morrem”. 

(5) Ela disse-me outra coisa, mas não me lembro bem. Então esta manhã, encontrando-me fora de  mim mesma, encontrei o menino Jesus nos meus braços, que chorava forte, forte, porque ouvia  dizer que o queriam expulsar da Itália. Tomamos o caminho para a França, e não o queriam  receber, e meu sempre amável Jesus, chorando dizia: 

(6) “Todos me jogam, nenhum me quer, e Eu, obrigado por eles mesmos os flagelarei”. (7) Enquanto estava nisto via ruas cheias de pedras, de fogo, com grande dano de cidades. (8) “Viste? Retiremo-nos, minha filha, retiremo-nos”. 

(9) E assim nos retiramos na minha cama e desapareceu. Depois de outros dias, rogando-lhe que  se acalmasse, pelos tantos flagelos que se ouvem, me disse: 

(10) “Minha filha, tratam-me como a um cão, e Eu os farei matar-se entre eles como cães”. (11) Oh! Deus, que espanto. Apresse-se oh Senhor, apresse-se! 

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10-28 

29 

Volume 10 

Outubro 6, 1911  

Jesus se esconde para poder castigar. Com Jesus a alma pode tudo, sem Ele não pode  nada. 

(1) Estava pensando para mim mesma: “Como é possível que Jesus bendito, para castigar os  povos, deva privar-me de sua amável presença; gostaria de ver se não é que vai a outras almas  para fazer-se ver; creio que sejam desculpas, ou que há em mim alguma coisa que o impeça de  vir”. E Jesus, fazendo-se apenas ver me disse: 

(2) “Minha filha, é verdade que pelos castigos não venho frequentemente; e ainda admitindo que vá  a alguma outra alma, isto não diz nada, porque o todo está no estado ao qual chegaram as almas  com minha graça, por exemplo: Se eu fosse a uma alma principiante, ou bem que não tenha  chegado à posse de Mim como se fosse todo seu, pouco ou nada me faria, não teria aquele  atrevimento, aquela confiança de desarmar-me, de atar-me como lhe agrade. Estas estão diante de  Mim todas tímidas, e com razão, porque não entraram em Mim como donas para poder dispor  como queiram, em troca, a alma quando chegou a possuir-me é atrevida, confiante, conhece todos  os segredos divinos e pode me dizer, e com razão: „Se for meu, quero fazer o que quero‟. Eis  porque, para poder agir, me escondo, porque sofreriam muito ao unir-se a Mim para punir, ou então  me impediriam. Eis, minha filha, a necessidade de que não me manifeste, de outra maneira, quero  ouvi-lo de ti mesma, o que me farias? Quanto não te oporias?” 

(3) E eu: “Certo Senhor, deveria comportar-me em tudo como me ensinaste, amar as criaturas  como as tuas imagens e como Tu mesmo. Se eu te visse como antes, jamais poderia permitir a  guerra na Itália, Você se esconde e eu permaneço nada e o puro nada, Contigo posso tudo, sem Ti  não posso nada”. 

(4) E Jesus: “Você viu? Você mesma diz, então vindo a você a guerra se reduziria a um jogo,  enquanto minha vontade é que leve tristes e graves consequências. Por isso te repito meu refrão:  “Ânimo, fica em paz, seja fiel, não te comportes como menina que a cada coisa faz birra, senão  como heroína. Não te deixo verdadeiramente, senão que me estarei escondido no teu coração, e tu  continuarás a viver do meu Querer; e se não fizermos assim, os povos chegarão a tais excessos,  que dará terror e espanto”. 

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Volume 10 

10-29  

Outubro 8, 1911  

Ameaça invadir a Itália por estrangeiros. 

(1) Continuando o meu estado habitual, mal vi o meu adorável Jesus, mas tão aflito que poderia  fazer chorar as pedras. Fazia-me ver cidades sitiadas, como se gente estrangeira quisesse invadir  a Itália; todos emitiam um grito de dor e espanto, quem se escondia. E Jesus todo aflito me disse:  (2) “Minha filha, que tristes tempos, pobre Itália, ela mesma vai se preparando o desembarque para  perecer, muito lhe dei, a favoreci mais que a todas as outras nações, e em correspondência me  deu mais amarguras”. 

(3) E eu queria pedir-lhe que se apressasse derramando em mim suas amarguras, mas  desapareceu. 

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10-30 

Outubro 10, 1911  

Jesus a atrai a fazer seu Querer. 

(1) Sinto-me morrer pela dor e vou repetindo frequentemente o meu refrão: “Pobres irmãos meus,  pobres irmãos meus”. Jesus aumentou minha dor fazendo-me ver a tragédia da guerra; quanto  sangue parecia que se derramava e se derramaria. Jesus parecia inexorável e dizia: (2) “Não posso mais, quero terminar com isto, tu farás o meu querer, não é verdade?” (3) “Certo, como Tu quiseres, mas posso esquecer que são teus filhos saídos de tuas mesmas  mãos?” 

(4) E Jesus: “Mas estes filhos fazem-me sofrer muito, e não só querem matar o seu próprio Pai,  mas querem tornar-se homicidas deles mesmos. Se você soubesse o quanto me fazem sofrer,  você estaria Comigo”. 

(5) E enquanto dizia isto, parecia que me amarrava as mãos e me apertava Consigo, e me sentia  tão transformada em seu Querer, que perdia a força de lhe fazer violência, e acrescentou: (6) “Assim está bem, toda em minha Vontade”. 

(7) Eu, vendo minha inabilidade e ao mesmo tempo a tragédia, rompi em pranto e dizia: “Meu 

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Volume 10 

Jesus, como farão? Não há meios para salvá-los, salve ao menos suas almas, quem poderá  resistir? Ao menos leve-me primeiro”. 

(8) E Jesus: “Você viu? Se você continuar chorando Eu vou embora e te deixo sozinha, você  também quer me afligir. Eu salvarei a todos aqueles que estão dispostos, por isso não chore, te  darei suas almas, fique contente. Talvez Eu não possa levá-la mais para o Céu, e será por isso que  você está tão aflita? Tu sabes porque não te levo?” 

(9) E como eu continuava a chorar, Jesus fingia que se retirava, e eu tive que gritar alto e dizer:  “Jesus, não me deixes, que não choro mais”. 

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10-31  

Outubro 11, 1911  

O verdadeiro amor está na união dos quereres. Jesus não sabe negar nada a quem o ama. 

(1) Continua meu sempre amável Jesus vindo por pouco tempo, mas sempre com o refrão de fazer  que aconteçam tragédias, e não só isso, mas de fazer invadir a Itália por pessoas estrangeiras. Se  isto acontecer, grandes ai! haverá para a Itália. Então dizia a Jesus: “A guerra, as guerras, os  terremotos, as cidades destruídas, e agora queres acrescentar também isto, queres adentrar-te  demasiado, mas quem poderá resistir?” 

(2) E Jesus: “Ah, minha filha, é necessário, é necessário. Tu não compreendes bem a que  excessos chegou o homem, e de todas as classes, sacerdotes, religiosos, quem os purgará? Não é  bom servir-me de estrangeiros para purificar todas as coisas e fazê-los baixar a cabeça arrogante e  soberba? 

(3) E eu: “Não o podes fazer, pelo menos isto de fazer vir os estrangeiros, vencerei-te com o meu  amor, mas que digo! Antes com o teu amor. Não disseste Tu mesmo que não sabes negar nada a  quem te ama?” 

(4) E Jesus: “Queres vencer-me? Parece que me queres combater, mas não sabes que o  verdadeiro amor está na união dos quereres?” 

(5) E eu me animando mais disse: “Certo, em tudo unida com teu Querer, mas não nisto, aqui entra  o dano aos outros, combateremos mas não vencerás”. 

(6) E Jesus: “Bravo, bravo, queres combater Comigo”. 

(7) E eu: “Melhor lutar Contigo do que com qualquer outro, porque Tu só és o bom, o santo, o 

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Volume 10 

amável, que tomas cuidado de teus filhos”. 

(8) E Jesus: “Vem um pouco junto Comigo, vamos ver”. 

(9) E eu: “Não quero ir, não me queres dar nada, o que vou fazer?” Mas depois fomos embora e  quem pode dizer os males que se viam e as razões pelas quais Jesus quer quase destruir-nos?  São tantos que não sei por onde começar, por isso é melhor pôr ponto. 

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10-32  

Outubro 12, 1911  

Ele fala dos castigos. 

(1) Continua a fazer-se ver por instantes, mas em atitude de atrair tanto meu querer para Ele, que  me sentia quase como se eu quisesse os castigos, que pena! Parece que me fez sofrer um pouco  dizendo-me: 

(2) “As coisas serão graves, este teu pequeno sofrer serve para te contentar e para manter a minha  palavra de perdoar em parte”. 

(3) E eu: “Obrigado! Jesus, mas não estou contente, espero vencer-te e acalmar-te, porque pelas  notícias que se ouvem da guerra, parece que a Itália vence, assim vencendo a Itália não se  chegará jamais a esse ponto de que os estrangeiros possam invadi-la”. 

(4) E Jesus: “Ah, minha filha, como se enganam! Permitirei que os primeiros triunfos os ceguem, e  o inimigo tramará a sua derrota. As coisas não se resolvem ainda, os triunfos que dizem são sem  combater, por isso sem segurança”. 

(5) E eu: “Ah, vi-o Jesus, alegra-me, acalma-te”. 

(6) E Ele: “Ah, minha filha, minha filha!” 

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10-33 

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Volume 10 

Outubro 14, 1911 

O todo está no amor. Como é escasso o número daqueles que fundem sua vida toda no  amor. 

(1) Meu sempre amável Jesus se fazia ver como querendo dormir dentro de mim, e eu distraindo-o  lhe disse: “Jesus, que fazes? Não é tempo de dormir, os tempos são tristes e é preciso muita  vigília, ou o que, queres fazer acontecer hoje alguma coisa grave?” 

(2) E Jesus: “Deixa-me dormir, porque sinto necessidade disso, e tu repousa junto Comigo”. (3) E eu: “Não Senhor, Tu sofres muito e te é necessário o repouso, eu não”. (4) E Ele: “Então Eu durmo e você detém o peso do mundo, para ver se o faz?” (5) E eu disse: “Certamente que por mim não o farei, mas, juntamente Contigo, o amor não é para  Ti mais do que o repouso? Eu quero te amar muito, muito, mas com seu amor, para poder te dar o  amor de todos; com o amor te aliviarei toda dor, te farei esquecer todos os desgostos, suplirei a  tudo o que as criaturas deveriam fazer, não é verdade oh! Jesus?” 

(6) E Ele: “É verdade o que tu dizes, mas o amor também é justo. Oh, quão escasso é o número  daqueles que fundem toda a sua vida no amor! Te recomendo filha minha, faz conhecer a todos  aqueles que possas que o todo está no amor, a necessidade do amor, e que tudo o que não é  amor, ainda que sejam coisas santas, em lugar de fazê-los caminhar para frente os fazem ir para  trás; sua missão seja ensinar a verdadeira vida de amor, que é onde está todo o belo das criaturas  e tudo o mais belo que me podem dar”. 

(7) E eu: “Quanto é preciso para fazê-los compreender isso, a alguns parece estranho que o tudo  esteja no amor, e que amando, o amor assume o compromisso de fazê-las semelhantes a Ti que  és todo amor, mas farei tudo o que puder”. Nisso via a Jesus que queria retirar-se, e eu: “Não me  deixes, agora que estamos falando de amor queres retirar-te? O amor te agrada tanto”. Mas depois  de um pouco desapareceu. 

(8) Acrescento que no dia 11 tinha dito a Jesus: “Ou me terás na cruz ou te terei na cruz”. E como  Jesus me tinha feito ver que Ele levava um caixão todo preto sobre as costas, Ele todo curvado  debaixo daquele caixão me disse: 

(9) “Este caixão é a Itália, não aguento mais carregá-lo, sinto-me esmagado sob o seu peso”. (10) E parecia que levantando-se, o caixão cambaleava e a Itália recebia uma terrível sacudida”. 

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Volume 10 

10-34 

Outubro 15, 1911  

Pede a Jesus que queime a todos em amor. 

(1) Esta manhã o bendito Jesus se fazia ver queimando-se de amor, o fôlego que lhe saía era tão  ardente, que parecia que fosse suficiente para queimar a todos de amor se o quisesse, então lhe  disse: “Jesus, meu amor, como é ardente teu alento, queima a todos, dá amor a todos,  especialmente àqueles que o querem”. 

(2) E Ele: “Queima tu a todos aqueles que se aproximam de ti”. 

(3) E eu: “Como posso queimá-los se eu não estiver queimada?” E naquele momento parecia que  queria falar de castigos, e eu: “Quer te comportar como impertinente, agora não, depois se pensará  nisso”. Então parecia que os santos rogavam ao meu doce Jesus para ver se podiam me levar com  eles ao Céu, e eu: “Olha Jesus como são bons os santos que querem me levar com eles, e Você  não, não que Você não seja bom, mas não é bom comigo porque Você não me leva. Oh, como  todos são cruéis, crueldade maior que esta não se pode dar, que me querem ter atada à terra!”  Jesus se retirou deixando-me amarga. 

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10-35 

Outubro 16, 1911  

Mais ameaças de fazer a Itália ser invadida por estrangeiros, e ela zanga-se com Jesus. 

(1) Esta manhã meu sempre amável Jesus ameaçava forte com fazer invadir a Itália por gente  estrangeira, e eu me desagradando com Ele disse: “Quer fazer corretamente como impertinente,  diz que me ama muito e não quer me contentar com nada, e bravo por Jesus, isto é o quanto me  ama?” 

(2) E Jesus: “Para te fazer ver que te amo muito, por amor teu perdoarei o teu povo, não estás  contente?” 

(3) E eu gritando alto: “Não, Senhor, Você não pode fazer isso”. 

(4) E Jesus: “O que você está com raiva?” 

(5) E eu: “Sim, hoje eu estou com raiva de Você”. E ele se foi. Mas eu espero que se acalme. E 

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Volume 10 

parecia que me amarrava fortemente a Ele para me fazer fazer seu Querer. + + + +  

10-36  

Outubro 17, 1911  

Jesus toma mais gosto do amor da alma viadora que do dos santos. 

(1) O meu dulcíssimo Jesus parece ter vindo um pouco mais do que o habitual. Parecia que tinha a  coroa de espinhos, e eu, tirando-a cravei-a na minha cabeça, mas depois de um pouco, olhando  para Jesus, via-o de novo coroado de espinhos: 

(2) “E Jesus: “Olha minha filha como me ofendem, uma coroa me tiraste e outra mais me teceram,  não me deixam livre, continuamente me tecem coroas de espinhos”. 

(3) E eu lho tirei de novo, e Jesus, alegrando-se, aproximou-se da minha boca e derramou um  pouco de licor dulcíssimo, e eu: “Jesus, que fazes? Você está cheio de amarguras, e a mim me dá  doçuras? Isto não convém”. 

(4) E Jesus: “Deixa-me fazer a Mim, também tu tinhas necessidade de ser confortada, aliás, quero  que tomes um pouco de repouso no meu coração”. 

(5) Oh, como estava bem! Depois me pôs fora, e eu: “Por que me pôs fora? Estava tão bem em seu  coração, como era belo!” 

(6) E Jesus: “Quando te tenho dentro de Mim, Eu te gozo sozinho, quando te ponho fora te gozam  todos, e tu podes tomar a defesa de teus irmãos, podes perorar, podes fazer que os perdoe, tão é  verdade, que os santos dizem que Eu te contento mais a ti que a eles, que tomo mais gosto de teu  amor que do deles, e Eu lhes digo que isto o faço com amor e com justiça, porque contigo posso  dividir minhas penas, com eles não, pois tu sendo viadora podes tomar as penas de outros e as  minhas sobre ti, e com isso tens a força para desarmar-me, a menos que Eu não quisesse, como  ontem que te amarrei fortemente os braços para fazer que não te se opusesse ao meu Querer,  enquanto eles, estas armas não as têm mais em seu poder, tanto que quando devo castigar  escondo-me de ti, pois podes fazer-me alguma força, deles não me escondo”. 

(7) E eu: “Certo, certo! Jesus que deves tomar mais contento de meu amor que do deles, porque  seu amor é de habitantes do Céu, veem-te, gozam-te continuamente e estão absorvidos em teu  Santíssimo e Divino Querer, todos se perderam em Ti, por isso, que grande coisa é seu amor,  recebendo vida contínua de Ti? Enquanto eu, pobrezinha de mim, que só as tuas privações me dão 

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Volume 10 

morte contínua”. 

(8) E Jesus: “Pobre filha minha, tens razão”. 

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10-37 

Outubro 18, 1911  

Jesus brinca com a alma. 

(1) Esta manhã meu dulcíssimo Jesus se fazia ver em atitude de pôr o dedo na boca, quase como  se quisesse que levantasse a voz para lhe falar, e me dizia: 

(2) “Faça-me um canto de amor, quero distrair-me um pouco do que me fazem as criaturas, fale-me  de amor, aliene-me”. 

(3) E eu: “Diga-me Tu primeiro, que de Ti aprenderei para fazer-to eu”. E Jesus dizia-me tantas  coisas de amor, e acrescentava: “Queres jogar?” E eu: “Sim”. E parecia que tomasse uma flecha  de dentro de seu coração e a mandasse ao meu, eu me sentia morrer de dor, e de amor me  contorcionava. 

(4) E Jesus: “Eu te fiz, me faça tu a Mim”. 

(5) E eu: “Não sei o que pôr para te fazer, devo servir-me da tua”. E assim tomei sua flecha e a  lancei dentro de seu coração, e Jesus ficou ferido e desfalecia, e eu o segurava entre meus braços,  mas quem pode dizer tudo o que fazíamos? 

(6) Agora, quando estava no melhor desapareceu sem sequer me ajudar a voltar, me parecia que  me queria ajudar o anjo, e eu: “Não, quero Jesus, meu anjo, chama-o, chama-o, de outra maneira  estou aqui”. E gritava alto: “Vem, vem, ó! Jesus”. E parecia que Jesus vinha, venci-o; bravo por  Jesus, e assim ajudando-me a voltar, disse-me: 

(7) “Tu ofendes o anjo”. 

(8) E eu: “Não é verdade, quero tudo de Ti, e além disso ele sabe que entre todos eu devo amar  muito a Ti”. Jesus sorriu e desapareceu. 

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Volume 10 

Outubro 19, 1911  

O amor da terra deixa Jesus mais contente, porque o amor do Céu é seu, ao contrário  daquele da terra quer fazer aquisição. 

(1) Esta manhã o meu sempre amável Jesus queria fugir de mim, e eu o apertei fortemente entre  meus braços, Jesus queria soltar-se e eu lhe disse: 

(2) “Você me ensina, anteontem Você me amarrou forte, de modo que não era capaz de fazer um  movimento, e eu te deixei fazer. Agora fique quieto, deixe-me fazer, quero te falar ao ouvido, muito  mais que não sinto vontade de gritar, porque parece que nestes dias passados tinha vontade de  me fazer gritar, fingindo, fazendo-se de surdo de não me entender, e eu era obrigada a repetir e a  gritar para me fazer entender, eu não sei, cada vez faz algo novo”. 

(3) E Jesus: “Eu estava ensurdecido pelas ofensas das criaturas, e para me distrair e me aliviar  queria ouvir tua voz amorosa e fingia não ouvir. Ah, você não sabe que eco de maldições vem-me  da terra! As vozes de amor, de louvores, etc., rompem este eco pestilento e aliviam-me um pouco”.  (4) Enquanto estava nisto, parecia que vinha a Mãe, e eu: “Oh, a Mãe, a Mãe, vem, oh! Jesus, oh!  a Mãe!” 

(5) E Ela: “Ama muito a Jesus, tenha-o contente, o amor é sua felicidade”. 

(6) E eu: “Parece que de algum modo está contente, faço o que posso para amá-lo; mas me parece  que Tu podes tê-lo mais contente que eu”. 

(7) E Ela: “Minha filha, o amor do Céu é seu, do amor da terra quer fazer aquisição, eis por que  desta parte você pode torná-lo mais contente amando-o, e muito mais sofrendo”. (8) E eu: “Se soubesses, oh! Minha mãe, quanto me faz sofrer, me deixa, chega a negar-me os  sofrimentos para castigar, escuta o que me disse anteontem, que quer fazer vir gente estrangeira a  Itália, quanta ruína não farão? Ele, propriamente, quer fazer impertinências, e para me fazer ceder  à sua Vontade, amarrou-me fortemente”. 

(9) E Jesus: “O que, acusas-me?” 

(10) E eu: “Certamente devo acusar-te com a Mãe, porque Ela confia-te a mim confiando-me que  esteja muito atenta para não te deixar mandar castigos, e me disse que fosse ainda ousada em  desarmar-te; não é verdade Mãe?”. 

(11) E Ela: “Sim, é verdade, e quero que continue, porque castigos graves estão preparados, por  isso ame-o muito, porque o amor ao menos o adoçará”. 

(12) E eu: “Farei o que puder, sinto que o amo só a Ele, tanto que sem Ti sei estar, mas sem Jesus  não, e Tu não te desgostas por isto, não é verdade? Porque Você sabe e quer, que entre todos eu 

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Volume 10 

devo amar mais a Jesus”. 

(13) E a Mãe parecia contente. 

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Outubro 20, 1911  

Jesus chora e quer ser consolado. Novas ameaças para a Itália. 

(1) O meu adorável Jesus dava compaixão, chorava muito, apoiava o seu rosto sobre o meu e  sentia as suas lágrimas sobre mim. Eu, vendo-o chorar, chorava também e dizia-lhe: “Que tens, ó  Jesus, que choras? Rogo-te que não chores, derrama sobre mim tuas tristezas, faz-me tomar parte  de tuas amarguras, mas não chores porque me sinto morrer pela dor. Pobre Jesus, que te  fizeram?” E acariciava-o, beijava-o para lhe acalmar o pranto. 

(2) E Jesus: “Ah minha filha, você não sabe o quanto me fazem, se você o visse morreria pela dor.  Você diz que não devo fazer vir os estrangeiros, mas pelo que estão fazendo eles mesmos estão  me arrancando este castigo, eles me arrancaram o flagelo da guerra, eles me arrancaram o castigo  de que lhes destruísse as cidades, por isso minha filha, paciência”. 

(3) E eu: “Ao ver-te chorar, sinto os braços quebrados e não sei dizer-te que não o faças, só te digo  que me leves primeiro, porque estando no Céu pensarei como aqueles do Céu, mas estando na  terra não pensarei como eles, e por isso não posso resistir a ver tudo isto”. Então parecia que era  tanta a dor de Jesus e a necessidade de que alguém o aliviasse, que se esteve quase sempre  junto comigo, e eu hora lhe falava de amor, hora o reparava, hora rogávamos juntos, hora lhe via a  cabeça para ver se tinha a coroa de espinhos para tirá-la. Jesus tinha desejo de estar comigo, tudo  se deixava fazer; eram tantos os pecados que se cometiam que não queria ir no meio das nações.  Depois derramou um pouco de licor doce dizendo-me: 

(4) “Também tu tens necessidade de ser confortada”. 

(5) Ó, como é bom Jesus! 

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10-40 

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Volume 10 

Outubro 23, 1911  

Devemos fazer com que a vida do nosso coração seja todo amor, porque Jesus quer tomar  alimento de dentro do coração. 

(1) Esta manhã o meu sempre amável Jesus veio, mas quem pode dizer quanto sofria. Parece que  sente em Si todas as penas das criaturas, e são tantas que busca alívio e consolo. Agora, depois  de tê-lo tido comigo em silêncio, eu para consolá-lo dizia-lhe as minhas loucuras de amor,  acrescentando beijos e carícias, assim parecia que se aliviasse e depois me disse: 

(2) “Minha filha, faz que a vida de teu coração seja toda de amor, não faças que entre outra coisa,  porque Eu quero tomar alimento de dentro de teu coração, e se não encontro todo amor, para Mim  não será alimento saboroso. Quanto às outras partes de ti, poderás dar a cada uma o seu ofício,  isto é, à mente, à boca, aos pés, a todos os teus sentidos, a quem darás a adoração, a quem a  reparação, a quem os louvores, o agradecimento e todo o resto, mas do coração quero só amor”. 

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10-41 

Outubro 26, 1911  

Jesus tem necessidade de desabafar no amor, e os desabafos de amor só os pode fazer com  quem o ama e é todo amor por Ele. 

(1) Continua a fazer-se ver, mas quer esconder-se em mim para não ver os males das criaturas.  Parecia que me encontrava fora de mim mesma, via homens veneráveis, todos consternados que  falavam da guerra e temiam fortemente. Depois se deixava ver a Rainha Mamãe, e eu: “Bela Mãe  minha, que será da guerra?” 

(2) E Ela: “Minha filha, reza, oh, quantos ai! Reza, reza minha filha”. 

(3) Eu fiquei consternada e rogava ao bom Jesus, mas parece que não me quer fazer caso, mas  parece que nem sequer quer que se fale disto, parece que só quer consolo, e consolo de amor; em  vez de derramar amarguras derrama doçuras, e se se disse-lhe: “Tu estás cheio de amargura; e  em mim derramas as doçuras?” Jesus diz: 

(4) “Minha filha, as amarguras posso desabafar com todos, mas os desabafos de amor, as doçuras,  só as posso verter em quem me ama e é todo amor por Mim. Não sabes tu que também o amor é 

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Volume 10 

necessidade em Mim, e que tenho necessidade dele mais que de tudo?” 

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10-42 

Novembro 2, 1911  

Jesus lhe dá um coração de luz, e lhe diz que fará tudo por meio deste coração. 

(1) Continuando o meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus, lamentou-me com Ele que  vinha brevemente, e que não me dava tempo de lhe dizer nada das tantas necessidades que há,  com a adição de que, ao vir, hora me estreita forte, hora transforma-me tanto na sua Vontade que  não me deixa nem sequer um pequeno espaço para poder perorar pelas suas criaturas, e Jesus  disse-me: 

(2) “Mas minha filha, sempre queres saber tudo, está bem, digo-te. As coisas serão graves,  gravíssimas, eis todo o porquê, e se me pusesse em confiança contigo, tu me atarias e não me  deixarias fazer nada, em troca deves ter paciência e por agora Eu te atarei a ti”. (3) Depois tomou um coração de luz e o pôs dentro de mim acrescentando: 

(4) “Amarás, falarás, pensará, reparará, tudo farás por meio deste coração”. + + + +  

10-43  

Novembro 18, 1911  

Em que consiste a verdadeira crucificação. A crucificação exterior durou apenas três horas,  mas a crucificação de todas as partículas de seu Ser, e a crucificação de sua vontade  humana na Vontade do Pai, durou toda a Vida. 

(1) Lamentando-me com Jesus de suas privações, especialmente nestes dias em que nem sequer  me fazia ver nada, o bendito Jesus me disse: 

(2) “Minha filha, aqui estou em teu coração, e se não te faço ver nada é porque deixei o mundo em  poder de si mesmo, e tendo me retirado deles, te retirei também a ti, e por isso nestes dias não vê  o que acontece, mas para ti estou sempre atento a ver e escutar que queres, você me pediu 

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Volume 10 

alguma coisa? Tiveste necessidade dos meus ensinamentos e Eu não te dei ouvidos? Estou a  ajudar-te tanto, que te pus em condições de não sentir necessidade de nada, a tua única  necessidade é o meu Querer e que se cumpra em ti a consumação do amor. Minha Vontade é  como uma mola, e por quanto mais a alma penetra dentro de meu Querer, mais esta mola de  minha Vontade se amplia, e a alma toma mais parte em todos meus bens, então, neste período da  sua vida, quero que você esteja atenta a formar a perfeita consumação de você no amor”. 

(3) E eu: “Mas doce amor meu, eu temo muito pelo meu estado presente, meu amor, que mudança!  Tu sabes, também o sofrimento me deixou, parece que tem medo de vir a mim, não é este um sinal  funesto?” 

(4) E Jesus: “O que tu dizes é falso filha minha, se Eu não te tivesse como atada tu te levantarias, o  que significa esse não poder mover-te por ti mesma? Ter necessidade dos outros em suas coisas?  Não significa que tenho você amarrada? Havendo-te libertado das amarras da minha presença, o  meu amor usa outros artifícios para te manter atada Comigo, e deves saber que a verdadeira  crucificação não consiste em ser crucificada nas mãos e pés, senão em todas as partículas da  alma e do corpo, agora tenho mais crucificação do que antes. Para mim, quanto tempo durou a  crucificação exterior nas mãos e nos pés? Apenas três horas, mas a crucificação de todas as  partículas do meu Ser, e a crucificação da minha vontade na Vontade do Pai duraram toda a minha  vida. Não queres imitar-me também nisto? Ah! Se Eu quisesse te libertar em verdade, você ficaria  bem, como se não tivesse estado na cama nem sequer um dia. Mas te prometo que voltarei logo”. 

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10-44  

Dezembro 14, 1911  

A palavra de Jesus é sol, nutre a mente e sacia o coração de amor. 

(1) Continuo com os meus dias amargos mas resignada ao Querer de Deus. Meu sempre amável  Jesus, se se faz ver, é sempre afligido e temperamental, parece que não me quer prestar atenção.  Esta manhã, fazendo-se ver, punha dois brincos, tão brilhantes que pareciam dois sóis, e depois  disse-me: 

(2) “Filha amada minha, para quem está toda atenta a ouvir-me, a minha palavra é sol que não só  alegra o ouvido, mas nutre a mente e sacia o coração de Mim e do meu amor. Ah!, não se quer  compreender que toda minha intenção é de tê-los todos ocupados em Mim, sem pôr cuidado em 

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Volume 10 

outra coisa. Olhe aquela, apontando a uma pessoa, com esse modo que examina tudo, presta atenção a tudo, impressiona-se de tudo, até dos excessos e também das coisas santas, não é  outra coisa que um viver fora de Mim, e a quem vive fora de Mim, por necessidade vem que se  sente muito a si mesma, acredita me fazer honra, mas é todo o contrário”. 

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10-45 

Dezembro 21, 1911  

A Divina Vontade é Sol, e quem vive do Querer Divino se torna sol. 

(1) Encontrando-me em meu estado habitual, por pouco tempo veio o bendito Jesus, e pondo-se  diante de mim me olhava toda, esses olhares me penetravam dentro e fora e eu ficava toda luz, e  quanto mais me olhava mais resplandecia, e através desta luz Ele olhava a todo o mundo, e depois  de me ter olhado fixamente disse-me: 

(2) “Minha filha, minha Vontade é Sol, e quem vive do meu Querer se volta sol, e Eu, somente  através deste sol olho o mundo e derramo graças e benefícios para proveito de todos. Se não  houvesse este Sol de meu Querer em alguma alma, a terra se tornaria estranha para Mim e  romperia qualquer comunicação entre a terra e o Céu, assim que a alma que faz perfeitamente  minha Vontade, é como sol no mundo, com esta diferença, que o sol material faz bem, dá luz e faz  bem material; em troca o Sol de minha Vontade na alma consegue graças espirituais e temporais,  e dá luz às almas. Minha filha, que o que mais te interessa seja meu Querer, meu Querer seja sua  vida, seu tudo, também nas coisas mais santas, até em minha mesma privação. Tu certamente não  me darás este desgosto de te afastar, ainda por pouco, da minha Vontade, não é verdade?” 

(3) Eu fiquei maravilhada e desapareceu. E penso entre mim o que significa esta conversa de  Jesus, ah! talvez me queira fazer alguma das suas, ou seja privar-me d‟Ele, ah, seja sempre  bendito e adorado seu Santíssimo Querer”. 

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Volume 10 

Janeiro 5, 1912 

Jesus se torna devedor da alma. Efeitos da oração contínua. 

(1) Tendo lido em meus escritos que quando o bendito Jesus nos priva d‟Ele se faz nosso devedor,  eu pensava entre mim: “Se Jesus leva em conta todas as privações, os desgostos, as birras, que  faço especialmente nestes tempos, quem sabe quantas dívidas tem contraído comigo? Mas temo  que não sendo sua Vontade meu estado, em vez de fazê-lo devedor me torne eu devedora”. E  Jesus, movendo-se dentro de mim, disse-me: 

(2) “Estou propriamente para ver o que você faz, se você se afastar, se mudar sistema; enquanto  não se separar, está segura de que sempre faço assinatura de novos débitos, sua espera, sua  tolerância e perseverança me fornecem o promissório onde colocar minha assinatura, mas se isto  não fazer, primeiro não teria onde pôr minha assinatura; segundo não teria nenhum documento na  mão para resgatar estas dívidas, e querendo você exigir, responderia franco: “Não te conheço,  onde estão os documentos que demonstrem que Eu sou seu devedor?” E você ficaria confusa. É  verdade que Eu me faço devedor quando privo de minha presença, da graça sensível, mas quando  isto o dispõe minha sabedoria e eles não me dão ocasião de privá-las de Mim; mas quando eles  me dão a ocasião, ou que privando-os de Mim não me são fiéis, não esperam por Mim, então em  vez de me tornar devedor Eu, eles se tornam devedores. Eu, se contraio dívidas tenho com o que  pagar e permaneço sempre o que sou, mas se você as contrai, como me pagará? Por isso  permanece atenta em seu posto, a seu estado de vítima, como queira que te tenha, se é que quer  me fazer seu devedor”. 

(3) Eu disse: “Quem sabe, oh! Jesus, como estará o pai, porque hoje não se sentia bem, e não me  lembrei dele para pedir-te de contínuo como fiz anteontem”. 

(4) E Jesus: “Continua a estar mais aliviado, porque quando você me pede continuamente, Eu sinto  a força da oração e quase me impede de fazê-lo sentir mais sofredor, com o tempo, cessando esta  oração contínua, esta força vai se perdendo e Eu fico livre de fazê-lo sofrer mais”. 

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Janeiro 11, 1912  

O amor quer a correspondência do amor. 

(1) Tendo recebido a comunhão, meu sempre amável Jesus se fazia ver em todo meu redor, e eu  no meio, como dentro de um túnel; Jesus era o túnel e eu o nada que estava no meio deste túnel.  Agora, quem pode dizer o que eu experimentei naquele túnel? Sentia-me imensa, no entanto de  mim não existia mais que o nada, sentia que Jesus me infundia seu alento, sentia este seu alento  em torno de mim e por toda parte, mas não tenho palavras para expressar-me, sou demasiado  ignorante, escrevi-o só por obedecer. Depois Jesus me disse: 

(2) “Minha filha, vê quanto te amo e como te tenho guardada dentro de meu túnel, isto é, dentro de  Mim, assim deverias ter-me tu custodiado e reparado dentro de ti. O amor quer a correspondência  do amor para poder ter o gosto de fazer uma surpresa maior de amor, por isso não saia jamais de  dentro de meu amor, de dentro de meus desejos, de dentro de minhas obras, de dentro de meu  tudo”. 

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Janeiro 19, 1912  

Jesus ata os corações para uni-los Consigo e fazer que percam tudo o que é humano. A  ingratidão humana. 

(1) Encontrando-me no meu habitual estado, o meu sempre amável Jesus fazia-se ver com uma  corda na mão, e com ela ia amarrando os corações e apertava-os fortemente a Ele, de maneira  que fazia com que não se sentissem mais a eles mesmos, mas que sentissem em tudo Jesus. Os  corações, sentindo-se tão apertados, debatiam-se e, enquanto se debatiam, afrouxava-se o nó que  Jesus lhes fizera, pensando que o não sentir-se mais eles mesmos era um prejuízo para eles.  Jesus todo aflito por este agir das almas me disse: 

(2) “Minha filha, viste como as almas voltam vãs minhas ternuras de amor? Eu vou amarrar os  corações para uni-los tanto Comigo, de fazê-los perder tudo o que é humano, e eles em vez de me  deixarem fazer, vendo perdido o que é humano perdem o ar, se afanam, debatem-se e querem  também olhar um pouquinho eles mesmos como são frios, áridos, quentes. Com este olhar para 

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Volume 10 

eles mesmos, afanar-se, debater-se, afrouxa-se o nó feito por Mim e querem estar Comigo mas  algo longe, não estreitados em modo de não sentir mais eles mesmos, isto me aflige  profundamente e me impedem meus jogos de amor; e não creias que são as almas que estão  longe de ti, são também aquelas que te circundam, tu lhes farás entender bem este desgosto que  me dão, e que se não se estreitam por Mim até perder o próprio sentir, jamais poderei estender  neles minhas graças, meus carismas, entendeu?” 

(3) E eu: “Sim, oh! Jesus, eu entendi. Pobrezinhos, se compreendessem o segredo que há em teus  estreitos não o fariam, te deixariam fazer, mas bem eles mesmos se encolhem de mais para fazer  que aperte mais o nó”. Enquanto isso eu me fiz pequena, pequena, Jesus me apertou, e eu em  lugar de me debater me deixei apertar mais forte, e conforme me estreitava, assim sentia a vida de  Jesus e perdia a minha. Oh, como me sentia feliz com a vida de Jesus! Podia amar de mais e  chegava a tudo o que queria Jesus. 

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10-49  

Janeiro 20, 1912  

O amor quando não une pelas boas, busca unir com as aflições, com os contrastes e mesmo  com as santas maldades. 

(1) Retornando meu sempre amável Jesus, via-se que ia estreitando os corações; e as almas  resistindo a estas estreitas faziam com que a graça ficasse incapacitada, e Jesus tomava esta  graça em seu punho e a levava àqueles poucos que se deixavam cingir; também me trouxe uma  boa parte. Quando vi isto, disse-lhe: “Doce vida minha, Tu és tão bom comigo ao dar-me parte da  graça que os outros rejeitam, porém eu não noto estreitos, mas bem me sinto livre, e tanto, que  não sei ver nem a largura, nem a altura, nem a profundidade dos confins nos quais me encontro”.  (2) E Jesus: “Filha amada minha, minhas estreias as adverte quem, não deixando-se atar muito  bem por Mim, não pode entrar a viver em Mim, mas quem se deixa atar por Mim como Eu quero,  passa a viver em Mim, e vivendo em Mim tudo é amplitude, estreitos não existem mais, a estreiteza  dura até que a alma tem a paciência de se deixar estreitar por Mim, até desfazer seu ser humano,  para viver na Vida Divina, e depois, passando a viver em Mim, Eu a tenho ao seguro, faço-a  espaciar em meus intermináveis confins, não tenho mais necessidade de usar ataduras, mas bem,  muitas vezes devo forçá-las para colocá-las um pouco fora, para fazer-lhes ver os males da terra e 

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Volume 10 

fazê-las perorar com maior ânsia a salvação de meus filhos, e conseguir-lhes o perdão pelos  merecidos castigos, e elas se sentem como sobre espinhos e me forçam porque querem entrar em  Mim, lamentando-se de que não é para elas a terra. Quantas vezes não o fiz contigo? Devo ter-me  mostrado indignado para te fazer estar um pouco em teu lugar, de outra maneira não terias durado  um minuto fora de Mim, meu coração sabe o que sofri ao te ver fora de Mim, agitar-te, afanar-te,  chorar, enquanto os outros fazem isto para não se deixar atar tu o fazias por viver em Mim, e  quantas vezes não tu mesma te aborreceste por este meu agir? Não se lembra que também  estivemos em controvérsia?” 

(3) E eu: “Ah! sim, lembro-me, precisamente anteontem estava já por me zangar porque me  puseste fora de Ti, mas como te vi chorar pelos males da terra, chorei junto Contigo e se me  passou a raiva; é propriamente um menino, oh! Jesus, mas sabe por que é menino? Por amor.  Para dar amor e para ter amor chega às diabruras, não é verdade Jesus? Depois de uma raiva, de  um desgosto, uma aflição que passamos juntos, não nos amamos de mais?” 

(4) E Ele: “Certamente, é necessário amar para poder compreender o amor, e o amor quando não  une pelas boas, procura unir com as aflições, com os contrastes e também com as santas  maldades”. 

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Janeiro 27, 1912  

A alma quer estar escondida. 

(1) Esta manhã Jesus fazia-me ver uma alma que chorava, mas parecia mais um pranto de amor;  Jesus apertava-a e parecia que dentro de seu coração estava uma cruz, a qual, oprimindo-lhe o  coração fazia sentir abandonos, frieiras, agonias, distrações, opressões, e a alma se debatia e  alguma vez fugia dos braços de Jesus para pôr-se aos pés, Jesus queria que neste estado  resistisse a estar em seus braços dizendo-lhe: “Se sabes resistir neste estado a estar em meus  braços, sem vacilar, esta cruz será tua santificação, de outra maneira estarás sempre em um  ponto”. 

(2) Quando vi isto, disse: “Jesus, que querem de mim estes tais homens? Parece-me que querem  tirar-me a santa liberdade e entrar nos segredos que há entre Você e eu”. 

(3) E Jesus: “Minha filha, se Eu permiti isto, de fazer ouvir alguma coisa de quanto você fala 

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Comigo, foi por causa de sua grande fé, e se não o fizesse me sentiria como se os decepcionasse;  que provem os demais e verá que não te faço nem sequer respirar”. 

(4) E eu: “Temo, ó Jesus, que também nesta hora não estamos sós, e se Tu as fazes sair fora,  onde estará o meu escondimento em Ti? Ouve o que te digo! Jesus, te digo pouco a pouco, que  minhas loucuras não quero que saiam fora, só Você deve sabê-las, porque só Você conhece como  louca e má sou, tanto, que chego mesmo a fazer impertinências Contigo, a fazer birras como se  fosse uma menina, quem chega a tanto? Nenhum, só minhas loucuras, minha soberba, minha  grande maldade, e como vejo que me ama muito, por isso eu para ter mais amor de Ti, continuo  minhas ridicularizações, não pondo atenção em nada mais que em teu entretenimento, que sabem  disto os demais, ó! amado Jesus?” 

(5) “Minha filha, não te aflijas, Eu te disse, que nem Eu o quero habitualmente, ao mais uma vez de  cem”. 

(6) E quase para me distrair acrescentou: 

(7) “Diga-me, o que você quer dizer para aqueles que estão no Céu?” 

(8) E eu: “Por mim não sei dizer nada a ninguém, só a Ti sei dizer tudo, assim que por meio teu  lhes dirás que ofereço e saúdo a todos, à doce Mãe, aos santos e anjos, meus irmãos, às virgens,  minhas irmãs, e lhes dirás que recordem à pobre exilada”. 

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10-51 

Fevereiro 2, 1912  

Como deve ser a alma vítima. 

(1) Esta manhã, tendo oferecido uma alma como vítima a Jesus, Ele aceitou a oferta e me disse:  (2) “Minha filha, a 1ª coisa que quero é a união dos quereres, deve abandonar-se em minha  Vontade, deve ser o entretenimento de meu Querer, estarei tão atento a olhar se tudo o que faz  está conectado com meu Querer, especialmente se é voluntário, que dos involuntários não levarei  conta, porque quando me disser que quer ser minha vítima, o terei como não dito. 

(3) 2°. – À união com meu Querer, acrescenta vítima de amor: Serei zeloso de tudo, o verdadeiro  amor não é dono de si, senão que é propriedade da pessoa amada. 

(4) 3°. – Vítima de imolação: Tudo deve fazer em atitude de sacrificar-se por Mim, mesmo nas  coisas mais indiferentes.

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(5) A isto se somará a vítima de reparação: De tudo deve doer, reparar-me por tudo, compadecer me por tudo, e isto será o 4°. 

(6) Se se comportar fiel nisto, então poderei aceitar a vítima de sacrifício, de dor, de heroísmo, de  consumação. Recomenda-lhe fidelidade, se me é fiel tudo está feito”. 

(7) E eu: “Sim, ser-te-á fiel”. 

(8) E Ele: “Veremos”. 

+ + + +  

10-52  

Fevereiro 3, 1912 

Se não se encontra em uma alma a pureza, o justo agir e o amor, não pode ser espelho de  Jesus. 

(1) Continuando o meu estado habitual, o meu sempre amável Jesus veio, e pondo-me a sua santa  mão debaixo do queixo disse-me: 

(2) “Minha filha, tu és o reflexo da minha glória”. 

(3) Depois acrescentou: “No mundo me são necessários espelhos onde ir olhar-me. Uma fonte só  pode servir como espelho para que as pessoas possam olhar-se, quando a fonte é pura, mas não  ajuda que a fonte seja pura se as águas são turvas; é inútil àquela fonte vangloriar-se da  preciosidade das pedras nas quais está fundamentada se as águas são turvas; nem o sol pode  fazer perpendiculares seus raios para fazer aquelas águas prateadas e comunicar-lhes a variedade  das cores; nem as pessoas podem olhar um para o outro. Minha filha, as almas virgens são a  semelhança da pureza da fonte, as águas cristalinas e puras são o justo agir, o sol que faz  perpendiculares seus raios sou Eu, a variedade das cores é o amor. Então, se Eu não encontrar  em uma alma a pureza, o justo agir e o amor, não pode ser meu espelho, estes são meus espelhos  nos quais faço refletir minha glória, todos os demais, apesar de serem virgens, não só não posso  me olhar neles, mas querendo fazer não me reconheço neles. E o sinal de tudo isto é a paz, por  isso conhecerás quão escassos espelhos tenho no mundo, porque pouquíssimas são as almas  pacíficas”. 

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10-53  

Fevereiro 10, 1912  

Sinal para saber se alguém deixou tudo por Deus e chegou a agir e amar tudo divinamente. 

(1) Continuando o meu estado habitual, assim que se fez ver, o meu sempre amável Jesus disse me: 

(2) “Minha filha, para quem deixa tudo e age por Mim, e ama tudo divinamente, todas as coisas  estão à sua disposição. E o sinal para saber se tudo foi deixado por Mim e chegou a agir e a amar  tudo divinamente, é se no agir, no falar, no rezar, em tudo, não encontra mais obstáculos,  desgostos, oposições, porque diante desta potência de agir e amar divinamente, todos inclinam a  cabeça e nem sequer se atrevem a respirar. Eu, Pai benevolente, estou sempre a guarda do  coração humano, e vendo-o partir de Mim, isto é, agir e amar humanamente, ponho-lhe os  espinhos, os desgostos, as amarguras, as quais picam e amargam aquela obra e aquele amor  humano, e a alma vendo-se mortificada, descobre que aquele seu modo não é divino, entra em si  mesma e obra diversamente, porque as picadas são as sentinelas do coração humano e lhe  proporcionam os olhos para lhe fazer ver quem é quem a move: Deus ou a criatura. Mas quando  uma alma deixa tudo, age e ama tudo divinamente, goza a minha paz, e em vez de ter as  sentinelas e os olhos das picadas, tem a sentinela da paz que o afasta tudo o que a pode  perturbar, e os olhos do amor, os quais põem em fuga e queimam aqueles que querem perturbá-la,  por isso estes estão em paz com respeito àquela alma e lhe dão paz e se põem à sua disposição.  Parece que a alma pode dizer: “Ninguém me toca porque sou divina e sou toda de meu doce amor  Jesus; ninguém ousa perturbar meu doce repouso com meu Sumo Bem, e se se atreve, com a  Potência de Jesus que é minha, o porei em fuga”. 

(3) Parece que disse muitos absurdos, mas Jesus certamente me perdoará, porque o fiz por  obedecer, parece que me dá o tema em palavras, mas eu sendo ignorante e menina não tenho  capacidade de desenvolvê-lo”. 

Deo Gratias. 

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