Estudo 28 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 -Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 28 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 -Escola da Vontade Divina
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12-29
Dezembro 12, 1917

O sol dá uma semelhança dos atos feitos no Divino Querer.

(1) Continuando o meu estado habitual, eu estava me fundindo toda no Santo Querer do meu
doce Jesus, e rezava, amava e reparava; e Ele me disse:
(2) “Minha filha, queres uma semelhança dos atos feitos no meu Querer? Olhe para o alto e aí
encontrará o sol, um círculo de luz que tem seus limites, sua forma, mas a luz que sai deste sol,
de dentro dos limites de seu arredondamento, enche a terra, se estende em qualquer lugar, não
em forma redonda mas onde encontra terra, montes, mares para iluminar e para revestir com
seu calor; tanto que o sol com a majestade de sua luz, com o benéfico influxo de seu calor e
com investir a todos, se torna o rei de todos os planetas e tem a supremacia sobre todas as
coisas criadas. Agora, assim são os atos feitos em meu Querer, e ainda mais, a criatura ao agir,
seu ato é pequeno, limitado, mas conforme entra em meu Querer se faz imenso, inviste a todos,
dá luz e calor a todos, reina sobre todos, adquire a supremacia sobre todos os outros atos das
criaturas, tem direito sobre todos; assim que impera, governa, conquista, não obstante seu ato é
pequeno, mas com fazê-lo em meu Querer sofreu uma transformação incrível, que nem ao anjo
lhe é dado compreendê-lo, só Eu posso medir o justo valor destes atos feitos em minha
Vontade, são o triunfo de minha glória, o desabafo de meu amor, o cumprimento de minha
Redenção, e me sinto como compensado da mesma Criação, por isso sempre adiante em meu
Querer”.

13-31
Novembro 8, 1921
Viver no Divino Querer significa multiplicar a Vida de Jesus com todo o bem que contém.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, meu sempre amável Jesus se fez ver tomando
uma luz que estava em meu interior e a levava. Eu gritei: “Jesus, o que estás a fazer, queres
deixar-me às escuras?” E Ele com toda doçura me disse:
(2) “Minha filha, não temas, levo tua pequena luz e te deixo a minha. Esta pequena luz não é
outra coisa que tua vontade, que tendo posto de frente à minha recebeu o reflexo da minha
Vontade, por isso se fez luz. Eu a levo para fazê-la girar, a levarei ao Céu como a coisa mais
rara e mais bela, qual é a vontade humana que recebeu o reflexo da Vontade de seu Criador; a
farei girar entre as Divinas Pessoas, a fim de que recebam as homenagens, as adorações de
seus reflexos, só dignos delas, e depois a mostrarei a todos os santos, a fim de que também
eles recebam a glória dos reflexos da Vontade Divina na vontade humana, e depois a farei
correr por toda a terra, a fim de que todos tomem parte em tão grande bem”.
(3) Em seguida acrescentei: “Meu amor, perdoa-me, acreditava que me querias deixar às
escuras, por isso disse: que fazes? Mas quanto à minha vontade, leva-a e faz o que
quiseres”. Agora, enquanto Jesus levava esta pequena luz em suas mãos, não sei dizer o que
acontecia, faltam-me as palavras para expressar-me, só recordo que a pequena luz a punha de
frente a sua pessoa, e a pequena luz recebia todos seus reflexos, de modo que formava outro
Jesus, e cada vez que minha vontade repetia os atos, tantos Jesus se multiplicavam. E o meu
Jesus disse-me:
(4) “Vês o que significa viver no meu Querer? É multiplicar minha Vida por quantas vezes se
quer, é repetir todo o bem que minha Vida contém”.
(5) Depois disto estava dizendo a meu Jesus: “Minha vida, entro no teu Querer para poder
estender-me a todos e a tudo, desde o primeiro ao último pensamento, da primeira à última
palavra, da primeira à última ação e passo que fizeram, fazem e farão; Quero selar tudo com
teu Querer a fim de que recebas de tudo a glória de tua santidade, de teu amor, de tua
potência, e tudo o que é humano fique coberto, escondido, marcado por teu Querer, a fim de
que nada, nada fique de humano em que Tu não recebas glória divina”.
(6) Enquanto isto e outras coisas fazia, meu doce Jesus veio todo jubiloso, acompanhado de
inumeráveis bem-aventurados, e Ele me disse:
(7) “Toda a Criação me diz glória minha, glória minha”.

(8) E todos os santos responderam: “Eis, ó Senhor, que por tudo te damos glória divina”. Ouvia-
se um eco por toda parte que dizia: “De tudo te damos amor e glória divina”. E Jesus acrescentou:
(9) “Bendita sois vós, e todas as gerações vos chamarão bem-aventurada. Meu braço fará
obras de poder em ti; serás o reflexo divino, que enchendo toda a terra me farás resgatar de
todas as gerações a glória que elas me negam”.
(10) Eu fiquei confusa e aniquilada ao ouvir isto, e não queria escrever; e Ele me acariciou me
disse:
(11) “Não, não, você o fará, eu o quero; o que eu disse servirá para honra de minha Vontade,
eu mesmo quis prestar a homenagem justa que convém à santidade em meu Querer; antes não
disse nada em comparação ao que poderia dizer”.

15-31
Junho 21, 1923
Diferença entre quem reza e trabalha no Divino Querer tendo conhecimento do que faz, e
entre quem se encontra nele porque a Divina Vontade o envolve e que por sua natureza se

encontra por toda parte.

(1) Estava a fazer a minha adoração ao crucificado bem minha, e estava a dizer-lhe: “Entro no teu
Querer, aliás, dá-me a tua mão e põe-me tu mesmo na imensidão da tua Vontade, a fim de que
nada faça que não seja efeito do teu Santíssimo Querer”. Agora, enquanto isto dizia entre mim:
“Como, a Vontade Divina está por toda parte, portanto já me encontro nela, e eu digo entro em teu
Querer?” Mas enquanto pensava assim, o meu doce Jesus, movendo-se dentro de mim, disse-me:
(2) “Minha filha, no entanto há grande diferença entre quem reza ou obra porque minha Vontade o
envolve e por sua natureza se encontra em todas partes, e entre quem por sua própria vontade,
tendo em si conhecimento do que faz, entra no ambiente divino de minha Vontade para obrar e
rezar. Sabes o que se passa? Acontece como quando o sol enche a terra de sua luz, mas nem em
todos os pontos a luz e o calor são iguais; em alguns pontos há sombras, em outros pontos há luz
direta e o calor é mais intenso; agora, quem goza mais luz, quem sente mais calor, quem está na
sombra ou quem está nos pontos onde a luz não está coberta pela sombra? Embora não se possa
dizer que onde há sombra não há luz, mas onde não está a sombra a luz é mais viva, o calor é
mais intenso, é mais, os raios do sol parece que invistam o lugar, E se o sol tivesse razão e uma
criatura por sua espontânea vontade se expusesse a seus ardentes raios, e em nome de todos
dissesse ao sol: Obrigado, oh! sol por sua luz, por todos os bens que faz com encher a terra, por
todos quero te dar a correspondência pelo bem que faz’. Que glória, honra, complacência, não
receberia o sol? Agora, é verdade que minha Vontade está por toda parte, mas a sombra da
vontade humana não deixa sentir a vivacidade da luz, o calor e todo o bem que contém; em troca,

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querendo entrar em minha Vontade, a alma deponha a sua e tira a sombra de seu querer, e a
minha Vontade faz resplandecer a sua vívida luz, investe-a, transforma-a na mesma luz, e a alma
abismada no meu Querer Eterno diz-me: Obrigado, oh! Santo Querer Supremo por sua luz, por
todos os bens que faz com encher Céu e terra de seu Eterno Querer, por todos quero te dar a
correspondência do bem que faz’. E eu sinto tal honra, glória e complacência, que nenhum outro a
iguala. Minha filha, quantos males faz a sombra da própria vontade: Esfria a alma, produz o lazer, o
sono, o entorpecimento. Diversamente é quem vive na luz do meu Querer”.
(3) Depois disto me encontrei fora de mim mesma, e via como se devessem vir doenças
contagiosas, e muitos eram levados aos lazaretos; reinava um espanto geral, e tantos outros males
de novo gênero, mas espero que Jesus queira aplacar-se pelos méritos de seu preciosíssimo
sangue.

19-28
Junho 20, 1926
Ecce Homo. Jesus sentiu tantas mortes por quantos gritaram crucifica-o. Quem vive na
Divina Vontade toma o fruto das penas de Jesus. O ideal de Jesus na Criação era o reino de sua Vontade na alma.

(1) Depois de ter passado dias amargos pela privação de meu doce Jesus, sentia que não podia
mais, eu gemia sob uma prensa que me triturava alma e corpo e suspirava por minha pátria
celestial, onde nem por um instante teria ficado privada Daquele que é toda minha vida e meu
sumo e único bem. Logo, quando me reduzi aos extremos sem Jesus, senti-me encher toda Dele,
de modo que eu ficava como um véu que o cobria, e como estava pensando e acompanhando-o
nas penas de sua Paixão, especialmente no momento em que Pilatos o mostrou ao povo dizendo:
“Ecce Homo”, meu doce Jesus me disse:.
(2) “Minha filha, quando Pilatos disse Ecce Homo’, todos gritaram: „Crucifica-o, crucifica-o, o
queremos morto’. Também meu Pai Celestial e minha inseparável e trespassada Mãe, e não só
aqueles que estavam presentes mas todos os ausentes e todas as gerações passadas e futuras, e
se alguém não o disse com a palavra, disse-o com as ações, porque não houve um só que
dissesse que me queriam vivo, e o calar é confirmar o que querem os outros. Este grito de morte
de todos foi para Mim dolorosíssimo, Eu sentia tantas mortes por quantas pessoas gritaram
crucifica-o, me senti como afogado de penas e de morte, muito mais que via que cada uma de
minhas mortes não levava a cada um a vida, e aqueles que recebiam a vida por causa da minha
morte não recebiam todo o fruto completo da minha paixão e morte.

Foi tanto minha dor, que minha Humanidade gemente estava por sucumbir e dar o último respiro, mas enquanto morria, minha
Vontade Suprema com sua Onividência fez presentes a minha Humanidade Morrente a todos
aqueles que teriam feito reinar neles, com domínio absoluto ao Eterno Querer, os quais tomariam o
fruto completo de minha Paixão e morte, entre os quais estava, à cabeça, minha amada Mãe, Ela
tomou todo o depósito de todos os meus bens e dos frutos que há em minha Vida, Paixão e Morte
nem sequer um respiro meu perdeu e do qual não guardasse o precioso fruto, e dela deviam ser
transmitidos à pequena recém-nascida da minha Vontade e a todos aqueles nos quais o Supremo
Querer teria tido a sua Vida e o seu Reino. Quando minha Humanidade expirante viu posto a salvo
e assegurado o fruto completo de minha Vida, Paixão e Morte, pôde retomar e continuar o curso da
dolorosa Paixão. Portanto, é só a minha Vontade que leva toda a plenitude dos meus bens e o fruto
completo que há na Criação, Redenção e Santificação.

Onde Ela reina, nossas obras estão todas cheias de vida, nada está à metade ou incompleta, em troca onde Ela não reina, embora houvesse
alguma virtude, tudo é miséria, tudo é incompleto, e se produzem algum fruto é amargo e sem
amadurecimento, e, se tiram os frutos da minha redenção, tomam-nos com medida e sem
abundância, e por isso crescem fracos, doentes e febris, e por isso, se fazem pouco de bem, mal o
fazem e se sentem esmagados sob o peso daquele pouco de bem que fazem; em troca minha
Vontade esvazia a vontade humana e põe nesse vazio a força divina e a vida do bem, e por isso
quem a faz reinar nela faz o bem sem cansaço, e a Vida que a contém a leva a operar o bem com
uma força irresistível, Assim que minha Humanidade encontrou a vida em minha Paixão e Morte e
em quem devia reinar minha Vontade, e por isso a Criação e a Redenção estarão sempre
incompletas, até que minha Vontade não tenha seu Reino nas almas”..

(3) Depois disto estava fazendo meus acostumados atos no Querer Supremo, e meu doce Jesus
saindo de dentro de mim seguia com seu olhar tudo o que eu fazia, e como via que todos meus
atos se fundiam com os seus, e em virtude do Querer Supremo faziam o mesmo caminho de seus
atos e repetiam o mesmo bem e a mesma glória a nosso Pai Celestial, tomado por uma ênfase de
amor me estreitou a seu coração e me disse:.

(4) “Minha filha, embora sejas pequena e recém-nascida na minha Vontade e vivas no reino do
meu Querer, a tua pequenez é o meu triunfo, e quando te vejo a trabalhar nele Eu encontro-me no
Reino da minha Vontade como um rei que travou uma longa guerra, e como o seu ideal era a
vitória, ao ver-se vitorioso se sente aliviado da sangrenta batalha, das fadigas sofridas e das feridas
ainda impressas em sua pessoa, e seu triunfo vem formado ao ver-se circundado das conquistas
que fez. O rei quer olhar tudo, seu olhar quer recrear-se no Reino conquistado, e triunfante sorri e
faz festa.

Assim sou Eu, meu ideal na Criação era o Reino de minha Vontade na alma da criatura;
meu primeiro fim era fazer do homem outras tantas imagens da Trindade Divina em virtude do
cumprimento de minha Vontade sobre ele, mas assim que o homem se subtraiu d’Ela Eu perdi meu
Reino nele, e durante seis mil anos tive que manter uma longa batalha, mas por quanto longa não
deixei afastado meu ideal nem minha primeira finalidade, nem a deixarei, e se vim na Redenção,
vim para realizar meu ideal e minha primeira finalidade, isto é, o Reino de minha Vontade nas
almas, tão é verdade, que para vir formei meu primeiro Reino do Querer Supremo no coração de
minha Mamãe Imaculada, fora de meu Reino jamais teria vindo à terra; assim que sofri cansaço e
penas, fiquei ferido e finalmente assassinado, mas o Reino de minha Vontade não foi realizado,
lancei os fundamentos, Fiz os preparativos, mas a batalha sangrenta entre a vontade humana e a
Divina continuou ainda. Agora minha pequena filha, quando te vejo operar no Reino da Minha
Vontade, e conforme obras, o Reino dela se estabelece sempre mais em ti, Eu me sinto vitorioso
de minha longa batalha e tudo toma a atitude em torno de Mim de triunfo e festa, minhas penas,
meus cansaços, As feridas, sorriem para mim e a minha própria morte dá-me novamente a Vida da
minha Vontade em ti. Assim que Eu me sinto vitorioso da Criação, da Redenção, mas bem, Elas
servem para formar os longos giros à recém nascida de minha Vontade, os rápidos vôos, os

intermináveis passeios no Reino de minha Vontade, e Eu por isso a levo como triunfo, e fazendo-
me feliz sigo com meu olhar todos os passos e atos de minha pequena filha. Olha, todos têm seu

ideal e quando o realizam, então estão contentes, Mesmo o pequeno menino tem seu ideal de
agarrar-se ao peito da mamãe, e enquanto chora e soluça, só que a mãe lhe abra o seio, o menino
cessa de chorar, sorri e lançando-se se cola ao peito da mamãe e vitorioso chupa, chupa até
saciar-se, e enquanto chupa, triunfante toma seu doce sono; tal sou Eu, depois de longo pranto,
quando vejo o seio da alma que me abre as portas para dar lugar ao Reino da Vontade Suprema,
minhas lágrimas se detêm e lançando-me a seu seio me pego a ela, e, sugando o seu amor e os
frutos do reino do meu Querer, tomo o meu doce sono, e vitorioso me repouso. Até o pequeno
passarinho, seu ideal é a semente, e quando a vê agita as asas, corre, precipita-se sobre a
semente e vitorioso a engole e triunfante empreende seu vôo; tal sou Eu, vôo e alvoroço, giro e
volto a girar para formar o Reino de minha Vontade na alma, a fim de que ela me forme a semente
para me alimentar, porque Eu não tomo outro alimento senão o que é formado em meu Reino, e
quando vejo esta semente celestial, mais que passarinho vôo para fazer dela meu alimento. Assim
que o todo está no cumprir cada um seu ideal que se prefixou, Eis por que quando te vejo operar
no Reino de minha Vontade vejo meu ideal realizado e me sinto correspondido pela obra da
Criação e da Redenção e o triunfo de minha Vontade estabelecido em ti. “Por isso, fica atenta e faz
com que a vitória do teu Jesus seja em ti permanente”.

(5) Depois disto o meu doce Jesus moveu-se dentro de mim e todo ternura me disse:.
(6) “Minha filha, dize-me, e o teu ideal, a tua finalidade, qual é?”.
(7) E eu: “Meu amor, Jesus, meu ideal é cumprir tua Vontade, e toda minha finalidade é de chegar
a que nenhum pensamento, palavra, batimento e obra, jamais saiam fora do Reino de tua Suprema
Vontade, antes, que nela sejam concebidos, nutridos, crescidos e formem sua vida, e se for
necessário, até a sua morte, embora eu saiba que em seu Querer nenhum ato morre, mas
nascidos uma vez vivem eternamente, assim que é o reino de seu Querer em minha pobre alma o
que suspiro, e isto é todo o meu ideal e meu primeiro e último fim”. E Jesus, todo amor e festa
acrescentou:.
(8) “Minha filha, assim que meu ideal e o teu são o mesmo, e portanto única nossa finalidade,
bravo, bravo à filha de minha Vontade! E como seu ideal e o meu são um só, também tu travaste a
batalha de longos anos para conquistar o Reino da minha Vontade, deves suportar penas,
privações e tens estado até prisioneira em teu quarto, atada a teu pequeno leito para conquistar
esse Reino tão querido e suspirado por Mim e por ti; a ambos nos custou muito e agora somos os
dois triunfadores e conquistadores, assim também tu és a pequena rainha no Reino de minha
Vontade, e ainda que pequena és sempre rainha, porque és a filha do grande Rei, de nosso Pai
Celestial; por isso, como conquistadora de tão grande Reino toma posse de toda a Criação, de toda
a Redenção e de todo o Céu, tudo é teu, porque onde quer que reina a minha Vontade íntegra e
permanente, se estendem os teus direitos de possessão, todos te esperam para te dar as honras
que convêm a tua vitória.

(9) Também és a pequena menina que tanto choraste e suspiraste a teu Jesus, e não apenas me
viste, tuas lágrimas cessaram e, lançando-te em meu seio, agarraste-te a meu peito e vitoriosa
sugasse minha Vontade e meu amor, e como em triunfo tomaste repouso em meus mesmos
braços, e eu te embalava para que fosse mais longo teu sono e assim poder gozar a minha recém-
nascida em meus mesmos braços, e triunfante estendia em ti o Reino de minha Vontade. Também
és a pequena pombinha que giraste, e giraste em torno de Mim, e conforme eu te falava de Querer,
te manifestava o conhecimento d‟Ele, os seus bens, os seus prodígios e até a sua dor, tu agitavas
as asas e precipitavas-te sobre as tantas sementes que Eu te punha diante, tu as engolias e
triunfante empreendias teu vôo em torno de Mim, esperando outras sementes de meu Querer que
Eu te pusesse diante, E tu, comendo-as, alimentavas-te e vitoriosa empreendias o teu voo
manifestando o reino da minha Vontade.
“Assim que minhas prerrogativas são as tuas, meu Reino
e o teu é um só, sofremos juntos, é justo que juntos desfrutemos nossas conquistas”.
(10) Eu fiquei surpreendida ao ouvir isto e pensava entre mim: “Mas será realmente verdade que
em minha pobre alma esteja este Reino da Vontade Suprema?” E me sentia toda confusa, e se isto
o escrevi, o escrevi por obedecer, mas enquanto escrevo Jesus me surpreendeu, e, saindo de
dentro de mim, pôs os seus braços à volta do meu pescoço, apertando-me com força, com força,
de tal maneira que não pude escrever mais, porque a minha pobre cabeça já não estava em mim,
mas Jesus depressa desapareceu e eu retomo a escrita. Depois, enquanto eu temia, Jesus me
disse:.
(11) “Minha filha, minha Mãe Celestial pôde me dar aos demais porque me concebeu em Si
mesma, me cresceu e me alimentou. Ninguém pode dar o que não tem, e se me deu aos outros era
porque me possuía. Agora, jamais te teria dito tanto sobre o meu Querer se não quisesse formar
em ti o seu Reino, nem tu o terias amado tanto se não fosse teu; as coisas que não são próprias se
têm de má vontade e dão incômodo e peso, e se não tivesses em ti a fonte que surge do Reino do
meu Querer, não saberias dizer o que te tenho dito, nem pô-lo no papel, faltando-te a posse te
faltaria a luz e o amor de as manifestar, assim que se o sol brilha em ti e com seus raios te põe as
palavras, os conhecimentos e o como quer reinar, é sinal que o possuis, e por isso seu trabalho é
de fazê-lo conhecer, como foi trabalho da Soberana Rainha me fazer conhecer e me dar para a
salvação de todos”..

20-28
Novembro 21, 1926

Ternura de Jesus no ponto da morte. Como quem vive no Querer Divino tem a primazia sobre tudo.

(1) Sentia-me toda aflita pela morte de improviso de uma irmã minha, o temor de que meu amável
Jesus não a tivesse Consigo me dilacerava o ânimo e ao vir meu sumo Bem Jesus lhe disse minha
pena, e Ele todo bondade me disse:
(2) “Minha filha, não temas, acaso não está minha Vontade que supre a tudo, aos mesmos
Sacramentos e a todas as ajudas que se podem dar a uma pobre moribunda? Muito mais quando
não há a vontade da pessoa de não querer receber os Sacramentos e todas as ajudas da Igreja,
que como mãe dá naquele ponto extremo. Deves saber que o meu Querer ao arrebatá-la da terra
de improviso a circundei pela ternura da minha humanidade, o meu coração humano e divino
colocou em campo de ação as minhas fibras mais ternas, de modo que seus defeitos, suas
fraquezas, suas paixões, foram olhadas e pesadas com tal fineza de ternura infinita e divina, e
quando Eu ponho em campo minha ternura não posso fazer menos que ter compaixão e deixá-la
passar a bom porto, como triunfo da ternura de seu Jesus. E além disso, não sabe você que onde
faltam as ajudas humanas abundam as ajudas divinas? Você teme porque não havia ninguém ao
seu redor e se quis ajuda não teve a quem pedir.
Ah, minha filha, naquele ponto as ajudas humanas cessam, não têm nem valor nem efeito,
porque a alma entra no ato único e primeiro com seu Criador, e neste ato primeiro a ninguém é dado entrar,
e além disso, a quem não é um perverso, a morte repentina serve para não fazer pôr em campo a ação diabólica, suas tentações,
os temores que com tanta arte lança nos moribundos, porque se os sente arrebatar sem poder
tentá-los nem seguir, por isso o que se crê infelizmente pelos homens, muitas vezes é mais que
graça”.
(3) Depois disso, eu abandonei tudo no Supremo Querer e meu doce Jesus continuando a sua fala
me disse:
(4) “Minha filha, quem vive em meu Querer tem a primazia sobre tudo e sobre todos os atos das
criaturas, tem diante de seu Criador o ato primeiro no amor, assim que se as outras criaturas
amam, a alma que vive em meu Querer é a primeira a amar, as demais vêm, quem em segundo,
quem em terceiro, quem em quarto, segundo a intensidade de seu amor; se as outras criaturas me
adoram, me glorificam, me pedem, a alma que vive em meu Querer é a primeira a me adorar, a
glorificar-me, a pedir-me. Isto é conatural, porque minha Vontade é vida e ato primeiro de todas as
criaturas, portanto quem vive n‟Ela encontra-se em seu ato primeiro, e é a primeira sobre todas as
criaturas diante de Deus a fazer todos os atos delas e a fazer todos os atos que elas não fazem.

Assim, a Soberana do Céu que nunca deu vida a seu querer, mas teve toda sua vida no Meu, tem
como direito a primazia, por isso é Ela a primeira a nos amar, em nos glorificar, em nos pedir; se
vemos que as outras criaturas nos amam, é atrás do amor da Celeste Rainha; se nos glorificam e
rezam, é por trás da glória e oração daquela que tem a primazia e por consequência o império
sobre tudo. Como é bonito vê-la, que conforme as criaturas nos amam, Ela não cede jamais seu
primeiro lugar no amor, mas sim enquanto se põe como ato primeiro, faz correr seu mar de amor
em torno da Majestade Suprema, de modo que as outras criaturas ficam atrás do mar de amor da
Mãe Celestial com suas gotas de amor, e assim de todos os demais atos. Ah minha filha, viver em
minha Vontade é uma palavra, mas é uma palavra que pesa tudo quanto pesa a eternidade, é uma
palavra que abraça tudo e a todos”.

21-3
Março 3, 1927
Onde reina o Divino Querer chama a Deus junto com seu agir. O oferecimento a Deus das próprias ações as purifica e as desinfeta.

(1) Estava oferecendo meus pequenos atos como homenagem de adoração e de amor ao
Supremo Querer, e pensava entre mim: “Mas será certo que o que faz a alma que faz a Divina
Vontade, o faz o mesmo Deus? Que glória pode ele receber, se eu lhe oferecesse o meu pequeno
trabalho e tudo o que posso fazer, o viesse fazer comigo?” E o meu doce Jesus a mover-se dentro
de mim disse-me:
(2) “Minha filha, não me sentes em ti que estou a seguir os teus atos? Porque onde reina minha
Vontade, todas as coisas, até as mais pequenas e naturais se convertem em deleite para Mim e
para a criatura, porque são efeito de uma Vontade Divina reinante nela, que não sabe fazer sair de
Si nem sequer a sombra de alguma infelicidade. Além disso, você deve saber que na Criação
nosso Fiat Supremo estabeleceu todos os atos humanos, investindo-os de deleite, de alegria e de
felicidade, assim que o mesmo trabalho não devia provocar nenhum peso ao homem, nem causar-
lhe a mínima sombra de cansaço, porque possuindo meu Querer possuía a força que jamais se
cansa nem diminui. Olhe, também as coisas criadas são símbolo disto, cansa-se talvez o sol de dar
sempre a sua luz? Certamente que não; cansa-se o mar de murmurar continuamente, de formar as
suas ondas, de nutrir e de multiplicar os seus peixes? Certamente que não; cansa-se o céu de
estar sempre estendido, a terra de florescer? Não. Mas por que não se cansam? Porque está
dentro deles o poder do Fiat Divino, que tem a força que não se esgota jamais. Então todos os atos
humanos entram na ordem de todas as coisas criadas e todos recebem a marca da felicidade: o
trabalho, o alimento, o sono, a palavra, o olhar, o passo, tudo. Agora, até que o homem se
mantenha em nosso Querer, se mantém santo e são, cheio de vigor e de energia incansável, capaz
de saborear a felicidade de seus atos e de fazer feliz Aquele que lhe dava tanta felicidade; mas
assim que se subtraiu, adoeceu e perdeu a felicidade, a força incansável, a capacidade e o gosto
de saborear a felicidade de seus atos que o Divino Querer com tanto amor havia investido. Isto
acontece também entre quem está são e entre quem está doente: O primeiro saboreia o alimento,
trabalha com mais energia, toma prazer em divertir-se, em passear, em conversar; o enfermo se
desagrada do alimento, não sente força para trabalhar, se aborrece das diversões, estragam lhe
as conversas, tudo lhe faz mal;

A doença mudou sua natureza, seus atos em dor. Agora supõe que
o enfermo voltasse ao vigor de sua saúde, se restabeleceria nas forças, no gosto, em tudo. Assim,
a causa de sua enfermidade tem sido o sair de minha Vontade; o retornar e fazê-la reinar será
causa de que volte a ordem da felicidade nos atos humanos, e fazer que minha Vontade tome sua
atitude nos atos da criatura. E enquanto oferece seu trabalho, o alimento que toma, e tudo o que
faz, desde dentro daqueles atos humanos brota a felicidade colocada por meu Querer nesses atos
e sobe a seu Criador para dar-lhe a glória de sua felicidade. Eis por que onde reina minha Vontade,
não só me chama junto com Ela a agir, mas dá-me a honra, a glória daquela felicidade com a qual
investimos os atos humanos, e ainda que a criatura não possua toda a plenitude da unidade da luz
da minha Vontade, desde que ofereça todos os seus atos ao seu Criador como homenagem e
adoração, como a doente é ela, não Deus, Deus recebe a glória da felicidade de seus atos
humanos. Suponha um enfermo que fizesse um trabalho, ou que preparasse um alimento e o
desse a outro que está são, este que goza a plenitude da saúde não percebe nada, nem do
cansaço daquele trabalho, nem da fadiga que o enfermo sentiu ao fazê-lo, nem o desgosto desse
alimento que teria sentido se o tivesse tomado o enfermo, mas sim goza na plenitude de sua saúde
do bem, da glória e da felicidade que lhe levará aquele trabalho e gosta do alimento que lhe foi
oferecido. Assim o oferecimento das próprias ações purifica, desinfeta as ações humanas e Deus
recebe a glória devida a Ele, e por correspondência faz descer novas graças sobre aquela que
oferece a Ele suas ações”.

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