ESTUDO 15 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE

Escolinha da Divina Vontade
ESTUDO 15 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE
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Vídeo: Estudo 15 – O amor força Deus a quebrar os véus da fé

Vídeo: Estudo 15 – Almas que têm confiança são o desabafo do Amor de Jesus

Vídeo: Estudo 15 – A alma que vive na Divina Vontade vive à custa de Jesus

Vídeo: Estudo 15 – Quem sai do Divino Querer vai ao encontro de todas as misérias

Vídeo: Estudo 15 – Quem sai do Divino Querer vai ao encontro de todas as misérias II

Vídeo: Estudo 15 – O duplo selo do Fiat em todas as coisas criadas.

Vídeo: Estudo 15 – O duplo selo do Fiat em todas as coisas criadas II

Vídeo: Estudo 15 – As obras que servem o bem geral são concentradas numa criatura I

Vídeo: Estudo 15 – As obras que servem o bem geral concentradas numa criatura -II

Vídeo: Estudo 15 – As obras que servem o bem geral concentradas numa criatura -III

Vídeo: Estudo 15 – As obras que servem o bem geral concentradas numa criatura -IV

Vídeo: Estudo 15 Razão pela qual Jesus quer que a Sua Vontade seja feita I

Vídeo: Estudo 15 A razão pela qual Jesus quer que a Sua Vontade seja feita II

Vídeo: Estudo 15 A razão pela qual Jesus quer que a Sua Vontade seja feita III

Vídeo: Estudo 15 Viver no Divino Querer leva consigo a perda de qualquer direito de vontade própria

Vídeo: Estudo 15 – O grande bem que a alma recebe ao viver no Querer Supremo

Vídeo: Estudo 15 – A Criação e a Mãe Celestial são os exemplares mais perfeitos do viver no Divino Querer

Vídeo: Estudo 15 – A Mãe Celestial, exemplar perfeito do viver no Divino Querer

Vídeo: Estudo 15 – Estudo 15 – A Virgem superou a todos no sofrer

Vídeo: Estudo 15 – Não há coisa mais santa que a Vontade Divina

Vídeo: Estudo 15 – Todos os atos da Criação e da Redenção são para estabelecer o reino do Fiat Supremo

Vídeo: Estudo 15 – A Criação e as obras Redenção estão como cansadas de esperar

10-15

Janeiro 28, 1911
O amor força Deus a quebrar os véus da fé. A Igreja está agonizante, mas não morrerá.
(1) Encontrando-me no meu habitual estado, fazia-se ver o coração do meu doce Jesus, e olhando
para dentro de Jesus via n‟Ele o seu coração, e olhando para mim, via também em mim o seu
Santíssimo Coração. Oh! quanta suavidade, quantas delícias, quantas harmonias se sentiam
naquele coração! Então, enquanto me deleitava junto com Jesus, ouvia sua voz suave que lhe saía
de dentro de seu coração que me dizia:
(2) “Filha, abre-te do meu coração, o amor quer seus desabafos, de outra maneira não se poderia
seguir adiante, especialmente para quem me ama verdadeiramente e não admite em si outro
prazer, outro gosto, outra vida que o amor. Eu me sinto tão atraído por eles, que o amor mesmo me
força a romper os véus da fé, e revelo-me e faço-lhe saborear também daqui o paraíso em
intervalos; o amor não me dá tempo a esperar a morte para quem me ama de verdade, senão que
o prevejo ainda desde esta vida. Goza, sente as minhas delícias, olha quantos felizes há no meu
coração, toma parte em tudo, descarrega-te no meu amor a fim de que o teu se amplie de mais e
possa amar-me mais”.
(3) Enquanto dizia, via alguns sacerdotes, e Jesus continuou a dizer-me:
(4) “Minha filha, a Igreja nestes tempos está agonizante, mas não morrerá, antes ressurgirá mais
bela. Os sacerdotes bons lutam para levar uma vida mais desapegada, mais sacrificada, mais pura;
os maus sacerdotes lutam por uma vida mais interessada, mais cômoda, mais sensual, toda
terrena. Eu falo aos primeiros, mas não aos segundos, falo aos primeiros, ou seja aos poucos
bons, ainda que seja um só por cidade ou país, a estes falo e mando, rogo, rogo que façam estas
casas de reunião, salvando-me aos sacerdotes que virão a estes asilos, tornando-os totalmente
livres de qualquer vínculo de família, e por estes poucos bons se recuperará minha Igreja de sua
agonia, estes são meu apoio, minhas colunas, a continuação da vida da Igreja. Eu não falo aos
segundos, a todos aqueles que não querem dissociar-se dos vínculos da família, porque se falo
certamente não sou escutado. Na verdade, só de pensar em quebrar qualquer vínculo, ficam
indignados, ah! Infelizmente, estão habituados a beber a taxa de juros e outras, que enquanto é
doçura à carne, é veneno para a alma, estes tais acabarão por beber o esgoto do mundo. Eu quero
salvá-los a qualquer custo, mas não sou escutado, por isso falo, mas para eles é como se não falasse“.
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11-15
Abril 10,1912
As almas que têm mais confiança são o desabafo e o entretenimento do Amor de Jesus.
(1) Continuando meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus me disse:
(2) “Minha filha, as almas que mais resplandecerão como cintilantes gemas na coroa de minha
Misericórdia, são as almas que têm mais confiança, porque quanto mais confiança tem, tanto
mais dão campo ao atributo de minha Misericórdia para derramar qualquer graça que essas
almas queiram; em vez de quem não tem verdadeira confiança, ela mesma me encerra as
graças dentro de Mim e permanece sempre pobre e desprovida, e meu Amor fica contido em
Mim e sofro grandemente, e para não sofrer tanto e para poder mais livremente desabafar meu
Amor, trato mais com as almas que têm confiança que com as outras, porque com estas posso
desafogar meu Amor, posso jogar, posso tomar amorosos contrastes, porque não tenho que
temer que se zangue, que se deixem levar pelo temor, Elas ficam mais atrevidas e em tudo
encontram como me amar mais. Assim que as almas com confiança são o desabafo e o
entretenimento do meu Amor, são as mais graciosas e as mais ricas”.
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12-15
Julho 18, 1917
A alma que vive na Divina Vontade vive em Jesus e à custa Dele.
(1) Continuando o meu estado habitual, eu tentei verter-me toda no Santo Querer de Jesus, e
pedi-lhe que Ele derramasse tudo em mim, de modo de não me sentir mais eu mesma, mas
todo Jesus. Então o bendito Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, quando a alma vive de minha Vontade e tudo o que faz o faz em meu Querer,
Eu a sinto por toda parte, sinto-a na mente, seus pensamentos correm nos meus, e como Eu
difundo a vida da inteligência nas criaturas, Ela se difunde junto Comigo nas mentes das
criaturas, e quando vê que me ofendem ela sente minha dor; sinto-a em meu coração, mas
bem sinto um batimento em dois em meu coração, e conforme meu amor se derrama nas
criaturas, ela se derrama junto Comigo e ama Comigo, e se não sou amado, ela me ama por
todos para me corresponder no amor e me consola; em meus desejos sinto o desejo da alma
que vive em meu Querer; em minhas obras sinto as suas, em tudo; assim pode dizer que vive
de Mim, às custas de Mim”.
(3) E eu: “Meu amor, Tu fazes tudo por Ti mesmo e não tens necessidade da criatura, por que
então amas tanto que a criatura viva em ti e do teu Querer?”
(4) E Jesus: “Claro que de nada tenho necessidade e faço tudo por Mim mesmo, mas o amor
para ter vida quer seu desabafo. Supõe um sol que não tem necessidade de luz porque tem
suficiente para si e para os demais, mas havendo outras pequenas luzes, apesar de que não
tem necessidade as quer em si como companhia, para desafogar-se e para engrandecer-se
às pequenas luzes, que injúria não fariam as pequenas luzes se o rejeitassem? ¡ Ah, minha
filha, a vontade quando está sozinha é sempre estéril; o amor isolado definha e se apaga, e
Eu amo tanto a criatura que a quero unida com minha Vontade para fazê-la fecunda, para
dar-lhe vida de amor; e nisto Eu encontro meu alívio, porque só para desabafar no amor criei
a criatura, não para outra coisa, e por isso é todo o meu empenho!”
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13-15
Setembro 2, 1921
Quem sai do Divino Querer vai ao encontro de todas as misérias. Um conhecimento de
mais prepara a alma a um conhecimento maior.
(1) Estava me lamentando com meu doce Jesus por estes benditos escritos que querem
divulgar, e me sentia como se quisesse me subtrair de seu Querer, e meu doce Jesus me disse:
(2) “Minha filha, como? Queres fugir ao meu Querer? Tarde demais, depois de te teres
amarrado na minha Vontade, ela para te ter mais segura amarrou-te com correntes duplas.
Viveste como Rainha na minha Vontade, habituaste-te a viver com alimentos delicadíssimos e
substanciais, não dominada por nenhum, mas dominadora de tudo, até de ti mesma; estás
habituada a viver com todas as comodidades, imersa em imensas riquezas. Se tu saíres da
minha Vontade, de imediato sentirias a miséria, o frio, o domínio perdido, todos os bens te
desaparecerão e de rainha te converterás em vilíssima serva. Assim que você mesma,
advertindo o grande contraste que há entre viver em meu Querer e sair dele, te jogaria mais ao
fundo de minha Vontade, por isso te digo: “Muito tarde”. Além disso me tirarias um grande
contentamento; tu deves saber que Eu te fiz como um rei que quer amar a um amigo muito ao
contrário dele na condição, mas é tanto seu amor, que decidiu fazê-lo semelhante a ele.Agora,
este rei não pode fazer tudo de um só golpe e fazer do amigo rei como ele mesmo, senão que o
faz pouco a pouco, primeiro lhe prepara a morada real semelhante à sua, depois lhe manda os
ornamentos para adornar o palácio, lhe forma um pequeno exército, A seguir dá-lhe metade do
reino, de modo que pode dizer: “O que possuis eu possuo eu, rei sou eu, rei és tu”. Mas cada
vez que o rei lhe dava seus dons, via sua fidelidade, e dar-lhe o dom era-lhe ocasião de novo
contente, de maior glória e honra, e de uma nova festa. Se o rei tivesse querido dar ao amigo
de um só golpe tudo o que lhe deu pouco a pouco, teria incomodado e perturbado o amigo
porque não estava adestrado a saber dominar, mas pouco a pouco, com sua fidelidade, veio
instruindo-se e tudo lhe resulta fácil.
(3) Assim fiz contigo. Tendo-te escolhido de modo especial a viver na altura da minha Vontade,
pouco a pouco te instruí fazendo-te conhecer, e conforme te fazia conhecer alargava a tua
capacidade e a preparava para um conhecimento maior, e cada vez que te manifesto um valor,
um efeito do meu Querer, Eu sinto por isso um contente maior e junto com o Céu faço
festa. Agora, conforme saem estas minhas verdades, você duplica minhas contentes e minhas
festas, por isso me deixe fazer a Mim, você profunde-se mais em meu Querer”.
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14-15
Março 21, 1922
O duplo selo do Fiat em todas as coisas criadas.
(1) Continuando meu estado habitual, estava pensando no Santo Querer Divino, e meu sempre
adorável Jesus me tem estreitada entre seus braços, e suspirando forte eu sentia seu alento
que me penetrava até no coração, e depois me disse:
(2) “Filha de meu Querer, meu sopro onipotente te dá a vida de meu Querer, porque a quem faz
minha Vontade meu Querer lhe fornece seu fôlego por vida, e conforme lhe dá o alento lhe
afasta tudo o que não pertence a Mim, e ela não respira outra coisa que o ar de minha Vontade,
e assim como o ar que se respira se recebe e se tira, assim a alma é um contínuo receber a
Mim, e um dar-se em cada respiro a Mim.
(3) Sobre tudo o que foi criado bate a minha Vontade, não há nada em que o meu Querer não
tenha o seu selo; assim que pronunciei o Fiat ao criar as coisas, o meu Querer tomou sobre
elas o domínio e fez-se vida e conservação de todas as coisas. Agora, este meu Querer quer
todas as coisas sejam encerradas Nele, para receber a correspondência de seus mesmos atos
nobres e divinos, quer ver pairar sobre todos os atos humanos o ar, o vento, o perfume, a Luz
de seu Querer, de maneira que tremulando juntos os atos seus com os da criatura, se
confundam e formem uma só coisa. Isto foi o único fim da Criação, que as emanações dos
quereres fossem contínuas; quero-o, pretendo-o, espero-o, por isso tenho tanta pressa de que
se conheça meu Querer, seu valor e seus efeitos, para fazer que as almas que vivam em meu
Querer, com suas emanações contínuas em minha Vontade, conforme façam seus atos, como
ar os difundirão sobretudo, multiplicar-se-ão em todos os atos humanos, investindo e cobrindo
tudo, como atos de minha Vontade, e então terei a finalidade da Criação, minha Vontade
repousará nelas e formará a nova geração, e todas as coisas criadas terão o duplo selo de meu
Querer: o Fiat da Criação e o eco de meu Fiat das criaturas”.
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15-15
Abril 14, 1923
Deus ao fazer as obras que devem servir o bem geral, concentra numa criatura todo o bem que quer dar.
(1) Estava a pensar em tudo o que o meu sempre amável Jesus me vai manifestando acerca da
sua Santíssima Vontade, e muitas dúvidas e dificuldades apareciam na minha mente, que não
creio que seja necessário dizê-las aqui. Depois, movendo-se dentro de mim e apertando-me forte
ao seu coração disse-me:
(2) “Filha amada de minha Vontade, tu deves saber que quando quero fazer obras grandes, obras
em que toda a família humana deve tomar parte, sempre e quando o queira, é meu costume
concentrar em uma só criatura todos os bens, todas as graças que esta obra contém, a fim de que
todos os demais, como de uma fonte, possam tomar aquele bem por quanto queiram. Quando faço
obras individuais dou coisas limitadas, mas quando faço obras que devem servir ao bem geral, dou
coisas sem limite. Isto fiz na obra da Redenção, para poder elevar uma criatura a conceber um
homem e Deus, devia concentrar nela todos os bens possíveis e imagináveis, devia elevá-la tanto,
de pôr nela o germe da mesma fecundidade Paterna, e assim como meu Pai Celestial me gerou
virgem em seu ventre com o germe virginal de sua fecundidade eterna, sem obra de mulher, e
neste mesmo germe procedeu o Espírito Santo, assim minha Celestial Mãe, com este germe
eterno, todo virginal da fecundidade Paterna, Concebeu-me no seu seio virgem, sem obra de homem.
A Trindade Sacrossanta deve ter dado o seu a esta Virgem Divina para poder conceber a
Mim, Filho de Deus. Jamais poderia conceber-me minha Santa Mãe sem ter nenhum germe; agora,
como Ela era da raça humana, este germe da fecundidade eterna deu virtude de me conceber
homem, e como o germe era divino, ao mesmo tempo me concebeu Deus; e assim como ao gerar-me
o Pai ao mesmo tempo procedeu o Espírito Santo, assim ao mesmo tempo que me gerou no
seio de minha Mãe, procedeu a geração das almas, assim que tudo o que “ab eterno” sucedeu à
Santíssima Trindade no Céu, Repete-se no seio da minha amada mãe. A obra era grandíssima e
incalculável à mente criada, devia concentrar todos os bens e até a Mim mesmo para fazer que
todos pudessem encontrar o que queriam, por isso devendo ser a obra da Redenção tão grande de
atropelar a todas as gerações, quis por tantos séculos as orações, os suspiros, as lágrimas, as
penitências de tantos patriarcas, profetas e de todo o povo do antigo testamento, E isto eu fiz para
prepará-los a receber um bem tão grande e para dispor-me a concentrar nesta Celestial Criatura
todos os bens que todos deviam desfrutar. Agora, o que motivou a pedir, a suspirar, etc., a este
povo? A promessa do futuro Messias, esta promessa era como o gérmen de tantas súplicas e
lágrimas, se não tivesse estado esta promessa nenhum teria tido sequer um pensamento, nenhum
teria esperado a salvação.
(3) Agora minha filha, passemos à minha Vontade, você acredita que seja uma Santidade como as
outras santidades? Um bem, uma graça quase ao par das outras que fiz durante tantos séculos
aos outros santos e a toda a Igreja? Não, não, aqui se trata de uma época nova, de um bem que
deve servir a todas as gerações; mas é necessário que todo este bem o concentre primeiro numa
só criatura, como fiz na Redenção concentrando tudo em minha Mãe, olhe um pouco como as
coisas vão quase iguais: Para fazer vir a Redenção e dispor as almas a isto, fiz a promessa do
futuro Messias, a fim de que com o esperá-lo não só se dispusessem, mas pudessem encontrar
também eles no futuro Redentor sua salvação. Agora, para dispor às almas a viver em meu Querer
e dar-lhes parte dos bens que Ele contém e fazer regressar ao homem sobre o caminho de sua
origem, como foi criado por Mim, quis ser o primeiro a rogar, fazendo ressoar minha voz de um
ponto ao outro da terra e até no alto do Céu dizendo: Pai nosso que estás nos Céus’. Não disse
meu Pai, mas chamei-lhe Pai de toda a família humana, para o comprometer naquilo que devia
acrescentar: Que todos santifiquem o teu nome, a fim de que venha o teu reino sobre a terra e a
tua Vontade se faça como no Céu assim na terra’. Era esta a finalidade da Criação, e Eu pedia ao
Pai que se cumprisse. Quando eu orei, o Pai cedeu às minhas súplicas, e formei o germe de tanto
bem, e para fazer conhecer este germe, ensinei aos apóstolos a minha oração, e estes a
transmitiram a toda a Igreja, a fim de que assim como o povo do futuro Redentor encontrava a
salvação n’Ele e se preparavam para receber o Messias prometido, assim com este germe formado
por Mim, a Igreja roga e repete tantas vezes a minha mesma oração e se dispõe a receber, que
reconheçam e amem o meu Pai Celestial como Pai deles, de maneira a merecer ser amados como
filhos e recebam o grande bem de que a minha Vontade se faça como no Céu assim na terra. Os
mesmos santos formaram sua santidade neste germe e nesta esperança de que minha Vontade se
faça como no Céu assim na terra, os mártires espalharam seu sangue, não há bem que não derive
deste germe, assim que toda a Igreja roga, e assim como as lágrimas, as penitências, as orações
para ter o Messias eram dirigidas àquela Virgem excelsa, à qual devia dispor para concentrar tanto
bem para poder receber a seu Salvador, se bem que não conheciam quem fosse, assim agora, a
Igreja quando recita o Pai Nosso é propriamente por ti que roga, para fazer que concentre em ti
todo o bem que contém o meu Querer, o modo, o como a Vontade Divina tenha vida na terra como
no Céu. E embora não sejas conhecida, a Igreja fazendo eco à minha oração: Seja feita a Tua
Vontade como no Céu assim na terra’, roga-me, apressa-me a que concentre todo este bem numa
segunda virgem, a fim de que como outra salvadora salve a humanidade em perigo, e fazendo uso
de meu inseparável amor e misericórdia ouça favoravelmente minha mesma oração unida àquela
de toda a Igreja e faço o homem voltar à sua origem, à finalidade com a qual o criei, isto é, que
minha Vontade se faça na terra como no Céu. É isto propriamente o viver em meu Querer, tudo o
que te vou manifestando a isto te empurra, nisto te confirmo, este é o grande fundamento que vou
formando em tua alma, e para fazer isto vou concentrando todas as graças passadas, presentes e
futuras que fiz a todas as gerações, antes as duplico, as multiplico, Porque, sendo o meu querer a
coisa maior, mais santa, mais nobre, que não tem princípio nem fim, para a pôr numa criatura é
justo e digno que concentre nela todos os bens possíveis, graças inumeráveis, pureza e nobreza
divinas, a fim de que tenha o mesmo cortejo que tem no Céu esta minha Vontade. É a mesma que
operou na Redenção, que quis servir-se de uma Virgem, quais portentos e prodígios de graças não
operou nela? Ela é grande, contém todos os bens e ao agir como magnânima, e se se trata de
fazer obras, de fazer bem a toda a humanidade, põe em jogo todos os seus bens. Agora quer
servir-se de outra virgem para concentrar sua Vontade e dar princípio em fazer conhecer que sua
Vontade se faça na terra como no Céu, e se na Redenção quis vir a salvar o homem perdido, a
satisfazer por suas culpas, o que era impotente de fazê-lo ele mesmo, a dar-lhe um refúgio e tantos
outros bens que a Redenção contém, agora minha Vontade querendo desabafar mais em amor
que na mesma Redenção, com o fazer que se faça na terra como no Céu,vem dar ao homem seu
estado de origem, sua nobreza, a finalidade com a qual foi criado, vem abrir a corrente entre sua
Vontade e a humana, de maneira que absorvida por esta Vontade Divina, dominada lhe dará vida
nela e Ela reinará na terra como no Céu”.
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16-15
Agosto 16, 1923
A razão pela qual Jesus quer que a Sua Vontade seja feita,é para encontrar ocasião e meios de poder dar sempre.
(1) Estava pensando entre mim: “Por que o bendito Jesus tem tanto interesse, quer e ama tanto
que se faça sua Vontade? Que glória pode receber quando uma pobre e vil criatura cede seu
querer em sua altíssima, santíssima e amavel Vontade?”Enquanto isso pensava, meu Jesus gentil e gentil disse-me:
(2) “Minha filha, queres saber? Porque é tanto o meu amor e a minha suprema bondade, que cada
Quando a criatura faz minha vontade e obra porque o quero Eu, lhe dou do meu, e para lhe dar
sempre do meu quero que faça minha Vontade; portanto, toda a razão e o interesse pelo qual quero
que faça minha Vontade, é para encontrar ocasiões e meios para poder sempre dar; é meu amor
que não quer estar quieto, quer sempre correr, voar para a criatura, mas, para fazer o que? Para
dar, e ela com fazer a minha Vontade se aproxima a Mim e Eu a ela, e Eu dou e ela toma. Em vez
disso, se não agir para fazer a minha Vontade fica longe de Mim, fazendo-se como estranha a Mim
e portanto não pode tomar o que Eu gostaria de lhe dar; e se Eu lhe quisera de dar o meu, lhe seria
nocivo e indigerível, porque seu paladar tosco e contaminado pela vontade humana não o deixaria
gostar ou apreciar os dons divinos; portanto, todo o Interesse é porque
quero dar sempre o meu.
Quanto à minha glória, é a mesma glória minha a que recebo através do obrar da criatura que faz
minha Vontade, é uma glória que desce do Céu e sobe de novo diretamente aos pés de meu
Trono, multiplicada pela Vontade Divina exercitada pela criatura; em troca a glória que me podem
dar aqueles que não fazem minha Vontade, se acaso houvesse alguma, seria uma glória estranha
a Mim, que muitas vezes chega a me dar náusea. Muito mais, que com o obrar para fazer minha
Vontade e com lhe dar Eu do meu, ponho juntas nessa obra minha Santidade, minha Potência e
Sabedoria, a beleza de minhas obras, um valor incalculável e infinito, poderia dizer que são frutos
de meus jardins, obras de meu celestial reino, glória de minha família e de meus filhos legítimos;
portanto, como não poderão me agradar? Como não sentir a força raptora de meu Supremo Querer
naquela obra da criatura que só trabalha para cumprir minha Vontade? ” Oh! se todos conhecessem
o bem dela não se deixariam enganar pela própria vontade”.
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17-15
Setembro 22, 1924
Raiva diabólica porque se escreve sobre a Divina Vontade. Viver no Divino Querer leva consigo
a perda de qualquer direito de vontade própria.
(1) Continuo: Enquanto escrevia o que estava dito acima, via o meu doce Jesus que apoiava a sua
boca na parte do meu coração e com o seu alento infundia-me as palavras que estava a escrever,
e ao mesmo tempo ouvia um horrível escândalo ao longe, como de pessoas que brigavam e batiam
com tanto estrondo que infundia espanto. E eu, dirigindo-me ao meu Jesus, disse-lhe:.
(2) “Meu Jesus, meu amor, quem são os que fazem tanto escândalo? Acho que eles são demônios
enfurecidos, o que eles querem que brigam tanto?.
(3) E Jesus: “Minha filha, são precisamente eles, gostariam que tu não escrevesses sobre a minha
Vontade, e quando te vêem escrever verdades mais importantes sobre o viver no meu Querer
sofrem um duplo inferno, e atormentam demais todos os condenados;
temem tanto que possam publicar-se estes escritos sobre minha Vontade, porque vêem perdido seu reino sobre a terra,
adquirido por eles quando o homem, subtraindo-se da Vontade Divina, deu livre passo a sua
vontade humana. ¡ Ah! sim, foi precisamente então que o inimigo adquiriu o seu reino sobre a terra;
e se o meu Querer pudesse reinar sobre a terra, o inimigo, ele mesmo se esconderia nos mais
obscuros abismos. Eis por que pelejam com tanto furor, sentem a potência de minha Vontade
nestes escritos, e só ante a dúvida de que podem sair fora, montam em fúria e buscam com todo
seu poder impedir um bem tão grande. Tu não lhes dês ouvidos, e disto aprende a apreciar os
meus ensinamentos”.
(4) E eu: “Meu Jesus, sinto que é necessária a tua mão onipotente para me fazer escrever o que
Tu dizes sobre viver no teu querer. Devido às tantas dificuldades que os outros colocam,
especialmente quando me repetem: Será possível que nenhuma outra criatura tenha vivido em sua
Santíssima Vontade? Sinto-me tão aniquilada que gostaria de desaparecer da face da terra, a fim
de que ninguém mais me visse, mas apesar de mim sou obrigada a permanecer para cumprir a tua
Santa Vontade”.
(5) E Jesus: “Minha filha, viver em meu Querer leva consigo a perda de qualquer direito de vontade
própria, todos os direitos são por parte da Vontade Divina, e se a alma não perde os próprios
direitos, não se pode dizer verdadeiro viver em meu Querer, no máximo se pode dizer viver
resignada, uniformada, porque viver em meu Querer não é a única ação que faça segundo minha
Vontade, senão que todo o interior da criatura não dê lugar nem a um afeto, nem a um
pensamento, nem a um desejo, nem sequer a um respiro no qual meu Querer não tenha seu lugar,
nem meu Querer toleraria ainda um afeto humano do qual Ele não fosse a vida; teria asco de fazer
viver a alma em minha Vontade com seus afetos, pensamentos, etc., que pudesse ter uma vontade
humana. E achas que é fácil para uma alma perder os seus direitos voluntariamente? ¡Oh, como é
difícil! Mas há almas que quando chegam ao ponto de perder todos os direitos sobre sua vontade,
se deitam para trás, e se contentam em levar uma vida mediana, porque perder os próprios direitos
é o maior sacrifício que a criatura pode fazer, e que dispõe a minha bondade a abrir-lhe as portas
de meu Querer, e fazendo-a viver nela, recompensá-la com meus direitos divinos. Por isso sê
atenta e não saias jamais dos confins de minha Vontade”.

18-15
Novembro 22, 1925
O grande bem que a alma recebe ao viver no Querer Supremo. Os atos feitos nele formam
um orvalho celestial que cobre todas as criaturas.
(1) Estava segundo meu costume Fundindo-me no Santo Querer Divino, tratando por quanto a mim
é possível de abraçar tudo em meu pequeno colo, para poder pôr meu pequeno “te amo” sobre
todas as coisas, meu “obrigado”, minha “adoração”, meu “te bendigo” com a potência do Fiat
Supremo para poder fazer companhia a esta Suprema Vontade espalhada com tanto amor na
Criação. Mas enquanto fazia isso, pensava entre mim: “O que recebe a alma vivendo nesta
atmosfera celestial da Suprema Vontade?” Enquanto eu estava nisto, meu amável Jesus saiu de
dentro de mim e me apertando toda a Ele me disse:.
(2) “Minha filha, queres saber o que recebe a alma vivendo em minha Vontade? Recebe a união da
Vontade Suprema com a sua, e nesta união minha Vontade assume o trabalho de dar a paridade
da sua com a vontade da alma. Assim, minha Vontade é santa, é pura, é luz, e quer pôr a alma em
santidade, pureza e luz, e se o trabalho da alma é o de viver em minha Vontade, o trabalho da
minha é dar em modo perfeito minha semelhança à vontade da alma, e por isso te quero sempre
nela, para fazer com que não só te tenha na sua companhia, mas que te faça crescer à sua
semelhança, e por isso te dou o alimento dos seus conhecimentos, para te fazer crescer de modo
divino e com a sua perfeita semelhança; e é por isso que te quer junto, onde quer que a minha
Vontade opera, a fim de que te possa dar o ato de seu obrar, o valor que contém o obrar de uma
Vontade Divina e você possa recebê-los”.
(3) Eu ao ouvir isto disse: “Meu amor, a Tua Vontade está por toda parte, assim que todos vivem
nela, porém nem todos recebem esta semelhança”. E Jesus imediatamente adicionou:.
(4) “E quanto a isso, minha filha? É verdade que todos vivem em minha Vontade, porque não há
ponto onde Ela não se encontre, mas quase todos vivem nela como estranhos, ou como
mercenários, outros forçados, outros rebeldes; estes tais vivem nela e não a conhecem nem
possuem seus bens, São mais usurpadores daquela mesma vida que receberam da minha
Vontade. Cada ato destes é um desequilíbrio que adquirem entre sua vontade e a do seu Criador, é
a confirmação de sua pobreza, de suas paixões e das densas trevas das quais se enchem, de
modo que são cegos para tudo o que é Céu. Para chegar à paridade de minha Vontade não se
pode viver como estranhos, senão como donos, deve olhar todas as coisas como suas coisas, ter
todo o cuidado com elas, por isso é necessário conhecê-las para amá-las e possuí-las. Por quanto
bela e boa seja uma coisa, se não é totalmente sua, não se ama, não se estima, não se põe todo o
cuidado que merece, se tem sempre um olho frio ao olhá-la e um batimento sem vida para amá-la;
em vez disso se a coisa fosse sua, é todo olhos para olhá-la e todo coração para amá-la, a estima
e chega a tanto, que faz dela um ídolo para seu próprio coração; a coisa em si mesma não se fez
mais bela, tal qual era, é, não sofreu nenhuma mudança, a mudança foi sofrida pela pessoa ao
adquiri-la e tê-la como coisa exclusivamente sua. Eis o que recebe a alma com viver em minha
Vontade: A recebe como sua, a possui, sente sua aura celestial, sua Vida de Céu, a semelhança
d’Aquele que a criou, e como vive em meu Querer se sente adornada pelos reflexos de seu
Criador, em tudo sente a potência daquele Fiat que dá vida a todas as coisas, e no oceano dos
bens que possui diz: Como sou feliz, a Vontade de Deus é minha, a possuo e a amo! ‘Por isso
todos os atos feitos em meu Querer se difundem sobre todos, e todos tomam parte. Olha, quando
tu ao primeiro surgir do dia dizias: Surja minha mente na Vontade Suprema para cobrir todas as
inteligências das criaturas com tua Vontade, a fim de que todas surjam nela, e eu em nome de
todas te dou a adoração, o amor, a submissão de todas as inteligências criadas. Enquanto isto
dizias um orvalho celestial caía sobre todas as criaturas, que as cobria para levar a todas a
correspondência do teu ato. Ah! como era belo ver cobertas todas as criaturas com este orvalho
celestial que formava a minha Vontade, do qual é símbolo o orvalho noturno que na manhã se
encontra sobre todas as plantas para embelezar e fecundá-las, e às que estão por secar para
impedir que se possam secar; com seu toque celestial parece que ponha um toque de vida para
fazê-las viver. “Como é encantador o orvalho da manhã, mas muito mais encantador e belo é o
orvalho dos atos que forma a alma na minha Vontade”.
(5) E eu: “No entanto, meu amor e minha vida, com todo este orvalho as criaturas não mudam”.
(6) E Jesus: “Se o orvalho noturno faz tanto bem às plantas, contanto que não caia sobre lenha
seca, cortada das plantas, ou sobre coisas que não contêm vida alguma, e se bem que estas
estejam cobertas de orvalho e como embelezadas, mas para elas está como morto e o sol quanto
desponta, pouco a pouco se retira; muito mais bem faz o orvalho que faz descer minha Vontade
sobre as almas, desde que não estejam completamente mortas à graça; no entanto, com a virtude
vivificante que possui, se estiverem mortas procura infundir-lhes um sopro de vida, mas todos os
demais sentem, quem mais, quem menos, segundo suas disposições, os efeitos deste orvalho
benéfico”..

19-15
Abril 28, 1926
A Criação e a Mãe Celestial são os exemplares mais perfeitos do
viver no Divino Querer. A Virgem superou a todos no sofrer.
(1) Estava pensando entre mim: “Meu doce Jesus quando fala de seu Querer une quase sempre à
Soberana Rainha do Céu, ou bem à Criação, parece que se deleita tanto de falar de Uma ou da
outra, que vai buscando ocasiões, pretextos, reencontros para manifestar o que faz sua Santíssima
Vontade tanto na Mãe Celestial como na Criação”. Agora, enquanto pensava nisso, o meu amável
Jesus moveu-se dentro de mim e todo ternura me apertou a Si e me disse:.
(2) “Minha filha, se faço isto tenho fortes razões para fazê-lo. Você deve saber que minha Vontade
somente na Criação e em minha Mãe Celestial sempre foi íntegra e teve livre seu campo de ação.
Agora, devendo chamar-te a viver em meu Querer como uma delas, devia propor-te como exemplo,
como uma imagem à qual tu deves imitar. Assim, para poder fazer coisas grandes, de maneira que
todos possam receber daquele bem, a menos que não o queiram, a primeira coisa é que minha
Vontade deve operar integralmente na alma; olha a Criação, como minha Vontade está íntegra
nela, e porque Ela está íntegra, a Criação está em seu posto e contém a plenitude daquele bem
com o qual foi criada, e por isso se mantém sempre nova, nobre, pura, fresca, e pode participar a
todos o bem que possui, mas o belo é que enquanto se dá a todos, ela nada perde e está sempre
tal como foi criada por Deus; que coisa perdeu o sol com dar tanta luz e calor à terra? Nada; o que
é que o céu azul perdeu por estar espalhado na atmosfera, na terra, por produzir tantas e tão
variadas plantas? Nada; e assim de todas as coisas criadas por Mim. ¡ Oh, como a Criação exalta
em modo admirável aquele ditado que dizem de Mim: É sempre antigo e sempre novo! Assim,
minha Vontade na Criação é centro de vida, é plenitude de bem, é ordem, harmonia; todas as
coisas as tem no posto querido por Ela. Onde você poderá encontrar um exemplo mais belo, uma
imagem mais perfeita de viver em meu Querer, senão na Criação? Por isso Eu te chamo a viver no
meio das coisas criadas como uma irmã delas, a fim de que aprendas a viver no Supremo Querer
para poder estar também tu no lugar querido por Mim, para poder encerrar em ti a plenitude do
bem que meu Querer quer encerrar em ti, a fim de que quem quiser possa tomar daquele bem,
como tu estás dotada de razão, deves superá-las a todas e corresponder
ao seu Criador em amor
e glória por cada coisa criada, como se todas estivessem dotadas de razão, assim que serás a
provedora de toda a Criação, e ela te servirá de espelho onde te olhar para poder copiar o viver em
meu Querer, a fim de que não te separes de teu posto; te servirá de guia e te fará de mestra
dando-te as lições mais altas e perfeitas sobre o viver em meu Querer.
(3) Mas a que supera a todos é minha Mãe Celestial, Ela é o novo céu, é o sol mais fulgurante, é a
lua mais brilhante, é a terra mais florida, tudo, tudo encerra em Si, e se cada coisa criada encerra a
plenitude de seu bem recebido por Deus, minha Mãe encerra todos os bens juntos, porque dotada
de razão e vivendo minha Vontade íntegra nela, a plenitude da Graça, da luz, da Santidade, crescia
a cada instante, cada ato que fazia eram sóis, estrelas que meu Querer formava nela, Então ele
ultrapassou toda a Criação, e minha Vontade íntegra e permanente nela fez a maior coisa e obteve
o suspirado Redentor. Por isso minha Mãe é Rainha em meio à Criação, porque ultrapassou tudo e
minha Vontade encontrou nela o alimento de sua razão, que íntegra e permanentemente a fazia
viver nela, havia sumo acordo, davam a mão mutuamente; não havia fibra de seu coração, palavra,
pensamento, sobre o qual a minha Vontade não possuía a sua Vida. E o que um Querer Divino não
pode fazer? Tudo, não há potência que lhe falte nem coisa que não possa fazer, por isso se pode
dizer que tudo fez, e tudo o que os demais não puderam fazer nem poderão fazer todos juntos, o
fez Ela sozinha..
(4) Portanto não te admires se te aponto a Criação e a Soberana Rainha, porque devo indicar-te os
exemplares mais perfeitos onde minha Vontade tem Vida perene e onde jamais encontrou
obstáculo a seu campo de ação divina para poder operar coisas dignas de Si. Por isso minha filha,
se queres que meu Fiat Supremo reine como no Céu, que é a maior coisa que nos resta fazer para
as humanas gerações, faz com que meu Querer tenha o posto de soberano e que viva íntegro e
permanente em ti, de todo o resto não tenhas nenhum pensamento, nem de tua incapacidade, nem
das circunstâncias, nem das coisas novas que podem surgir em torno de ti, porque reinando em ti
meu Querer, servirão como matéria e alimento para que meu Fiat tenha seu cumprimento”.
(5) Depois eu estava pensando entre mim: “É verdade que minha Rainha Mãe fez o maior dos
sacrifícios, que nenhum outro fez, isto é, não querer saber de modo algum sua vontade, mas só a
de Deus, e nisto abraçou todas as dores, todas as penas, até o heroísmo do sacrifício de sacrificar
a seu próprio Filho para cumprir o Querer Supremo, mas uma vez que fez este sacrifício, tudo o
que sofreu depois foi o efeito de seu primeiro ato, não teve que lutar como nós nas diversas
circunstâncias, nos encontros imprevistos, nas perdas inesperadas, é sempre luta, até sangrar o
próprio coração por temor de ceder à nossa combatente vontade humana; com quanta atenção se
necessita estar para que o Querer Supremo tenha sempre seu posto de honra e a supremacia
sobre tudo, e muitas vezes é mais dura a luta que a mesma pena”.
Mas enquanto isso eu pensava,
meu amável Jesus se moveu dentro de mim dizendo:.
(6) “Minha filha, tu te equivocas, não foi um o máximo sacrifício de minha Mãe, senão foram tais e
tantos, por quantas dores, penas, circunstâncias e encontros foi exposta sua existência e a minha;
as penas nela sempre eram duplicadas, porque minhas penas eram mais que penas suas, e além
disso minha Sabedoria não mudou nunca direção com minha Mamãe, em cada pena que devia
tocá-lo eu perguntava-lhe sempre se queria aceitá-las, para ouvir-me repetir por Ela aquele Fiat em
cada pena, em cada circunstância e até em cada respiro; aquele Fiat me soava tão doce, tão suave
e harmonioso, que o queria ouvir repetir a cada instante de sua vida, e por isso lhe perguntava
sempre: Mamãe, quer fazer isto? Queres sofrer esta dor? E a Ela meu Fiat lhe levava os mares de
bens que contém e lhe fazia entender a imensidão da pena que aceitava, e este entender com luz
divina o que passo a passo devia sofrer, dava-lhe tal martírio que supera infinitamente a luta que
sofrem as criaturas, porque, faltando nela o germe da culpa, faltava o germe da luta, e a minha
vontade devia encontrar outro meio para fazer que não fosse menor do que as outras criaturas no
sofrimento, porque, sendo justo, deve adquirir o direito de rainha das dores, devia superar todas as
criaturas juntas nas penas. Quantas vezes não sentiu você mesma, que enquanto não sentia
nenhuma luta, meu Querer, fazendo-te entender as penas a que te sujeitava, você ficava
petrificada pela força da dor, e enquanto ficava destroçada na pena, você era a pequena
cordeirinha em meus braços, pronta a aceitar outras penas às quais meu Querer te queria
submetida; ah! Não sofrias tu mais que com a mesma luta? A luta é sinal de paixões veementes,
enquanto que minha Vontade, se leva a dor, ao mesmo tempo dá a intrepidez, e com o
conhecimento da intensidade da pena lhe dá tal mérito, que só uma Vontade Divina pode dar. “Por
isso, como faço contigo, que em cada coisa que quero de ti primeiro te pergunto se queres, se
aceitas, assim fazia com a minha Mãe, a fim de que o sacrifício seja sempre novo e me dê a
ocasião de conversar com a criatura, de entreter-me com ela, e que o meu Querer tenha o seu
campo de ação divino na vontade humana”.
(7) Agora, enquanto estava escrevendo o que está escrito acima, não pude seguir adiante porque
minha mente ficou alienada por um canto belo e harmonioso, acompanhado por um som jamais
ouvido, Este cântico punha a todos em atenção e harmonizava com toda a Criação e com a pátria
celeste. Tudo isto escrevo por obedecer. Enquanto ouvia o canto, meu Jesus me disse:.
(8) “Minha filha, escuta como é belo este som e canto, é um cântico novo formado pelos anjos
como homenagem, glória e honra à união da Vontade Divina com sua vontade humana, é tanta a
alegria de todo o Céu e da Criação toda, que não podendo contê-la soa e canta”.
(9) Dito isto encontrei-me em mim mesma.

20-15
Outubro 24, 1926
Não há coisa mais santa e portadora de toda felicidade que a Vontade Divina. Todos os atos
da Criação e da Redenção são para estabelecer o reino do Fiat Supremo.
(1) Estava fazendo meu habitual giro no Querer Divino e em cada coisa punha meu te amo e pedia
que o reino do Fiat venha e seja conhecido sobre a terra, e chegando a todos os atos que fez meu
doce Jesus na Redenção, pedindo em cada um deles que venha seu reino, pensava: “Antes
quando girava tanto em toda a Criação como na Redenção, punha só o meu te amo, a minha
adoração, o meu obrigado, e agora por que não posso fazer menos que pedir o reino do Fiat? Sinto
que gostaria de atropelar tudo, a coisa menor e a maior, céu e terra, os atos do mesmo Jesus e
também a Jesus mesmo, e forçá-los a fim de que tudo e todos digam junto comigo: “Queremos o
reino do Fiat Supremo, o queremos reinante, dominante no meio de nós.” Muito mais que todos o
querem, os mesmos atos de Jesus, sua Vida, suas lágrimas, seu sangue, suas chagas, dentro
deles dizem: “Venha nosso reino à terra”. E eu entro no ato de Jesus e repito junto: “Venha logo o
reino do Fiat Divino.” Agora, enquanto pensava isto, o meu amado Jesus saiu de dentro de mim e
com uma ternura indescritível disse-me:
(2) “Minha filha, quem nasceu no meu Querer sente a sua Vida a correr nela, e como conatural
quer para todos o que ela possui. E como minha Vontade é imensa e encerra tudo e a todos, por
isso quem a possui gira por todas as coisas que Ela encerra, para rogar-lhe e vencê-la para que
desça sobre a terra a formar seu reino. Mas você deve saber que, para ter domínio e fazê-las dizer
o que você quer, em todas as coisas que saíram e encerram a minha Vontade, devias primeiro
conhecê-las e depois amá-las, a fim de que o amor te desse o direito de possuí-las e de as fazer e
dizer o que tu queres. Eis a causa pela qual antes, girando em todas as minhas obras, imprimias o
teu te amo, te adoro, te agradeço, era o conhecimento de minhas obras que tu fazias e a posse
que tomavas. Agora, depois da posse, que outra coisa maior, mais santa, mais bela, mais
portadora de todas as felicidades às humanas gerações podes pedir em meio a minhas obras e
junto com elas, que pedir que venha o reino de minha Vontade? Muito mais que tanto na Criação
era o Reino do Fiat o que queria estabelecer no meio das criaturas, como no Reino da Redenção,
todos os meus atos, minha própria Vida, o princípio, a substância, no íntimo deles era o Fiat que
pediam e pelo Fiat eram feitos. Se você pudesse ver dentro de cada lágrima minha, de cada gota
de meu sangue, de cada pena e em todo meu agir, encontraria dentro de si o Fiat que pediam e
como eram dirigidos para o Reino de meu Querer, e se bem que aparentemente pareciam que
eram destinados a redimir e a salvar o homem, era o caminho que faziam para chegar ao Reino da
minha Vontade. Isto acontece também às criaturas quando se decidem a querer tomar posse de
um reino, de uma casa, de um terreno, não se encontram logo, num instante dentro e em posse,
mas devem percorrer o caminho, quem sabe quanto sofrer, lutar, subir as escadas para se
encontrar dentro e depois tomar posse. Minha filha, se em todos os atos e penas que sofreu minha
Humanidade não tivessem por princípio, por substância, por vida, o restabelecimento do Reino de
meu Fiat sobre a terra, ter-me-ia afastado e teria perdido a finalidade da Criação, o que não pode
ser, porque Deus quando tem uma finalidade, deve e pode obter seu propósito. E se você em tudo
o que faz, sofre e diz, não pede meu Fiat, não tem por princípio, por substância minha Vontade, se
afasta e não cumpre tua missão, e é necessário que gires tantas e tantas vezes em minha Vontade
em meio de minhas obras para pedir todos em coro que venha o Reino do Fiat Supremo, a fim de
que junto com toda a Criação e com todas minhas obras que fiz na Redenção, seja enchida até a
borda de todos os atos que são necessários ante o Pai Celestial para fazer conhecer e conseguir o
Reino de meu Querer sobre a terra. Agora, você deve saber que toda a Criação e todas as minhas
obras feitas na Redenção, estão como cansadas de esperar e se encontram na condição de uma
família nobre e rica, todos os filhos são de justa estatura, belos no aspecto, de talento não comum,
vão sempre bem vestidos, com uma limpeza maravilhosa, são sempre eles que fazem a mais bela
figura no meio dos outros; agora, a esta família, depois de tanta fortuna chega uma desventura,
que um destes filhos, degradando-se, desce de sua nobreza e vai sempre sujo, faz atos indignos e
vis que desonram a nobreza da família, e por quanto fazem para que figure junto com os demais
irmãos, não o conseguem, mas vai sempre piorando até chegar a ser a zombaria e o riso de todos.
Toda a família tem sempre uma dor, e por quanto sentem a desonra deste filho, não podem
destruir e dizer que não lhes pertence e que não saiu daquele mesmo pai a que eles pertencem.
Tal é a condição na qual se encontra toda a Criação e todas as obras da minha Redenção, todas
elas são uma família celestial, a sua origem é a nobreza divina, todas têm por divisa, por domínio e
por vida a Vontade do seu Pai Celestial, e por isso se mantêm todas em sua nobreza, belas,
decorosas, puras, de uma beleza encantadora, dignas daquela Vontade que as possui. A tanta
glória e honra desta família celestial, tocou-lhe a desventura de que um só membro, qual é o
homem, que saiu do próprio Pai delas, degradou-se, e no meio de sua tanta glória e beleza está
sempre sujo, faz ações de tolo, indignas e vis; mas não podem negar que lhes pertence, mas não o
querem no meio deles tão sujo e tolo, por isso, como cansadas, todas rogam que venha o Reino da
minha Vontade entre as criaturas, a fim de que nesta família uma seja a nobreza, a honra e a
glória. E ao ver a pequena filha de minha Vontade que vai no meio delas, e animando-as pede e
faz com que todas peçam que o Reino do Fiat Supremo venha no meio das criaturas, sentem-se
todas felizes porque sua dor está logo a terminar”.
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