LIVRO DO CÉU VOLUME 1
(13) Meu coração se desfazia, lhe pedia perdão, prometia ser toda sua, me desabafava em pranto,
no entanto, digo-o para minha confusão, voltava a meus habituais defeitos. ¡ Oh! Jesus, quão bom
foste com esta criatura miserável.
(14) E assim passava a segunda hora do dia, e depois, pouco a pouco o resto, que dizer tudo seria
aborrecer. E isto fazia-o às vezes de joelhos e quando era impedida de fazê-lo pela família, fazia-o
mesmo trabalhando, porque a voz interior não me dava nem trégua nem paz se não fizesse o que
queria, assim que o trabalho não me era impedimento para fazer o que devia fazer.
Assim passei os dias da novena, quando chegou a véspera me sentia mais que nunca acendida por um insólito
fervor. Eu estava sozinha no quarto quando o menino Jesus me foi apresentado, todo bonito, sim,
mas tiritando, em atitude de querer me abraçar, eu me levantei e corri para abraçá-lo, mas no
momento em que o ia estreitar desapareceu, isto se repetiu três vezes. Fiquei tão comovida e
acesa de amor, que não sei explicar; mas depois de algum tempo não o levei mais em conta, e não
o disse a ninguém, de vez em quando caía nas habituais faltas. A voz interior não me deixou nunca
mais, em cada coisa me repreendia, me corrigia, me animava, em uma palavra, o Senhor fez
comigo como um bom pai com um filho que tende a desviar-se, e ele usa todas as diligências, os
cuidados para mantê-lo no reto caminho, de modo de formar dele a sua honra, a sua glória, a sua
coroa. Mas, ó! Senhor, muito ingrata te tenho sido.
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