Livro do Céu Volume 1-66
“Minha filha, meu estado é sempre mais doloroso. Se me amas, fixa o teu olhar em Mim, para ver se podes dar ao teu pequeno Jesus algum consolo, uma palavrinha de amor, uma carícia, um beijo, que dê trégua a meu pranto e a minhas aflições.
Escuta minha filha, depois de ter dado oito excessos de meu Amor, e que o homem tão mal me correspondeu, meu Amor não se deu por vencido, e ao oitavo excesso quis acrescentar o nono; e isto foram as ânsias, os suspiros de fogo, os desejos ardentes de querer sair do seio materno para abraçar o homem, e isto reduzia a minha pequena Humanidade ainda não nascida a uma agonia tal que estava a ponto de dar meu último respiro. E enquanto eu estava prestes a dá-lo, minha Divindade, que era inseparável de mim, dava-me sorvos de vida, e assim retomava de novo a vida para continuar minha agonia e voltar a morrer novamente. Este foi o nono excesso do meu Amor, agonizar e morrer continuamente de amor pela criatura. Oh, que longa agonia de nove meses! Oh, como o amor me sufocava e me fazia morrer! E se não tivesse tido a Divindade Comigo, que me dava continuamente a vida cada vez que estava por morrer, o amor terme-ia consumido antes de sair à luz do dia”.
Depois acrescentava: “Olha para mim, escuta-me como agonizo, como meu pequeno coração bate, se aflige e queima; olha para mim, agora morro”. E fazia um profundo silêncio
Eu me sentia morrer, gelava-me o sangue nas veias e a tremer lhe dizia: “Meu amor, minha vida, não morras, não me deixes sozinha, Tu queres amor e eu te amarei, não te deixarei mais, dá-me tuas chamas para poder te amar mais e me consumir toda por Ti”.
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Nihil obstat
Canônico Santo Aníbal Maria di Francia.
Imprimatur do original italiano
Arcebispo Giuseppe M. Leo — Outubro de 1926
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