LIVRO DO CÉU VOLUME 1 – 16 – Luísa deve passar uma terrível prova, lutando contra os demônios.

Jesus disse no Livro do céu
LIVRO DO CÉU VOLUME 1 – 16 – Luísa deve passar uma terrível prova, lutando contra os demônios.
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LIVRO DO CÉU VOLUME 1 -16
Agora, quem pode dizer a mudança que aconteceu dentro
de mim? Tudo foi horror para mim, aquele amor que eu sentia
antes, agora o via se transformar em um ódio atroz, que pena
não poder amá-lo mais. Rasgava-me a alma ao pensar naquele
Senhor que tinha sido tão bom comigo, e agora ver-me forçada
a odiá-lo, a blasfemar como se ele fosse o mais cruel inimigo,
não podendo nem olhá-lo em suas imagens; e tendo rosários
entre minhas mãos, ao beijá-los, me vinha tal ímpeto de ódio e
tanta a força, que fazê-lo ou cortá-los em pedaços eram a
mesma coisa, e às vezes eu fazia-Lhe tanta resistência, que
minha natureza tremia da cabeça aos pés. Oh Deus, que pena
amarga! Eu acredito que se no inferno, não houvesse outras
penas, a única dor de não poder amar a Deus tornaria o inferno
mais horrível.
Muitas vezes, o diabo colocava diante de mim que as graças
que o Senhor me havia dado eram obra de minha fantasia e, por
esse motivo, poderia levar uma vida mais livre e confortável; e
agora, tomando isso como verdade, repreendendo-me, diziam-me:
“Este é o bem que lhe queria? Esta é a recompensa, deixá-la em
nossas mãos? Você é nossa, você é nossa17, tudo acabou, não há mais
o que esperar”. E, por dentro, sentia-me conferindo ao Senhor
tantos impulsos de aversão e de desespero, que às vezes com
alguma imagem nas mãos, era tão forte o desprezo que as
quebrava; contudo enquanto fazia isso, chorava e as beijava,
mas não sei como dizer, fui forçada a fazer isso. Quem pode
dizer a dor da minha alma?
Os demônios faziam festa e riam, uns faziam barulho de um
lugar, outros o faziam de outro, alguns gritavam, outros me
ensurdeciam com gritos dizendo: “Olha como você é nossa, não
nos resta mais nada que levá-la ao inferno, alma e corpo, verá que
faremos isso”.
Às vezes me sentia puxada, ora os vestidos, ora a cadeira
onde estava ajoelhada e a moviam, e fazendo tanto barulho que
eu não podia rezar, às vezes o medo era tão grande que,
acreditando que me libertaria, eu me deitava na cama (porque
esses escândalos aconteceram a maior parte à noite), mas lá
estavam também puxando o travesseiro, os cobertores. Quem
pode dizer o terror, o medo que eu sentia? Eu mesma não sabia
onde estava, se na terra ou no inferno; havia tanto medo de que
eles realmente me levassem, que meus olhos não podiam se
fechar para dormir; estava como alguém que tem um inimigo
cruel que jurou que vai tirar-lhe a vida a qualquer custo, e
acreditava que isso aconteceria comigo assim que eu fechasse
os olhos; então parecia que era em mim que alguém estava
colocando algo dentro dos meus olhos, e era forçada a tê-los
abertos para ver quando me levariam — talvez eu conseguisse
me opor ao que eles queriam fazer — então sentia meu cabelo
arrepiar sobre minha cabeça, um por um, um suor frio por todo
o meu corpo que penetrava até o ossos e sentia separar meus
nervos e ossos e eles se contorciam juntos de medo. Outras
vezes me sentia incitada a tais tentações de desespero e
suicídio, que alguma vez tendo-me encontrado perto de um
poço, ou de uma faca, sentia-me puxada para atirar-me ou
pegar a faca e me matar, e era tanta a força que eu tinha que
fazer para fugir, que sentia penas de morte e, enquanto fugia,
sentia que eles estavam comigo e ouvia sugerir-me que era
inútil que eu vivesse depois de ter cometido tantos pecados,
que Deus tinha me abandonado por não ter sido fiel; além do
mais, via que havia cometido tantos ultrajes, que nenhuma
alma no mundo jamais cometera, que para mim não havia
como esperar piedade. Nas profundezas da minha alma, ouvi-os repetir:
“Como você pode viver sendo inimiga de Deus? Você sabe
quem é este Deus a quem tanto insultou, blasfemou, odiou? Ah, é esse
Deus imenso que estava ao seu redor e você diante de seus olhos se
atreveu a ofendê-lo. Ah perdido o Deus da sua alma, quem lhe dará
paz? Quem lhe livrará de tantos inimigos?”
Era tamanha a pena que não fazia nada além de chorar; às
vezes eu começava a rezar e sentia os demônios, para aumentar
meu tormento, vindo por cima de mim, e um me espancava,
outro me espetava e mais outro me apertava a garganta.
Lembro-me que uma vez, enquanto rezava, senti meus pés
sendo puxados para o solo, este se abrir e as chamas saírem, e
que eu lá me adentrava; tal foi o horror e a dor que fiquei meio
morta, tanto que, para me recuperar daquele estado, Jesus teve
que vir e me reanimar, me fez entender que não era verdade
que eu tinha vontade de ofendê-lo, e que eu podia saber por
mim mesma pela pena amarguíssima que sentia, que o diabo
era um mentiroso e que eu não deveria fazer-lhe caso, que por
enquanto eu deveria ter paciência e sofrer essas aflições, e que
depois a paz viria.
Isso acontecia de tempos em tempos, quando chegava a
extremos, e às vezes para me colocar em tormentos mais
difíceis. No momento desse consolo, a minha alma se
convencia, porque nessa luz é impossível que a alma não
aprenda a verdade, mas depois quando eu estava em luta eu
voltava ao mesmo estado de antes.
Eles tentavam-me também de modo que não recebesse a
Comunhão, convencendo-me de que depois de eu ter cometido
tantos pecados, era atrevimento me aproximar, e que se eu me
atrevesse, Jesus Cristo não viria, senão o demônio, e tantos
tormentos ele havia de me dar, que me levaria à morte, mas a
obediência vencia (a tentação). É verdade que às vezes sofria
penas mortais, assim que eu podia trabalhosamente recuperar-me
após a Comunhão, mas como o confessor queria
absolutamente que eu a recebesse, não poderia fazer de outro
modo. Eu lembro que várias vezes não a recebi.
Também me lembro que às vezes, enquanto rezava à noite,
eles apagavam minha lâmpada; às vezes faziam tais rugidos de
dar medo; outras vezes vozes débeis, como se fossem
moribundos, mas quem poderia dizer tudo o que eles faziam?
É impossível.

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