Livro do Céu 2-73 – O medo de que seu estado não seja a Vontade de Deus deve ser combatido com amor e abandono em Jesus, Fé, Esperança e Caridade. A mais graciosa declaração de Luísa à “Reverendíssima Obediência”.

Jesus disse no Livro do céu
Livro do Céu 2-73 – O medo de que seu estado não seja a Vontade de Deus deve ser combatido com amor e abandono em Jesus, Fé, Esperança e Caridade. A mais graciosa declaração de Luísa à “Reverendíssima Obediência”.
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19 de Setembro de 1899

73 – O medo de que seu estado não seja a Vontade de Deus deve ser combatido com amor e abandono em Jesus, Fé, Esperança e Caridade. A mais graciosa declaração de Luísa à “Reverendíssima Obediência”.

Encontrava-me esta manhã um pouco perturbada, especialmente pelo temor de que não fosse Jesus quem vinha senão o demônio, e de que meu estado não afigure a Vontade de Deus. Enquanto me encontrava nesta agitação, veio meu adorável Jesus e me disse: “Minha filha, não quero que percas tempo; pensando nisso tu te distrais de Mim e me privas do alimento para me nutrir. O que quero é que penses somente em me amar e em estares totalmente abandonada em Mim, assim me prepararás um alimento muito agradável, e não de vez em quando como faria se continuasses fazendo assim, senão continuamente. E não seria isto a tua grandíssima alegria, que a tua vontade, estando abandonada em Mim e no meu amor, fosse alimento para Mim, teu Deus?”

Depois disto, Ele me mostrou seu Coração e dentro tinha três globos de luz distintos, que depois formavam um só, e Jesus voltando a falar me disse: “Os globos de luz que vês no meu Coração são a fé, a esperança e a caridade, que trouxe à terra para fazer feliz o homem, oferecendo-os como dom; agora, também a ti quero dar-te um dom mais especial”.

E enquanto assim dizia, daqueles globos de luz saíam como tantos raios de luz que inundavam minha alma, formando como uma espécie de rede, e eu permanecia neles.

E Jesus: “Aqui é onde Eu quero que ocupes a tua alma: Primeiro voa com as asas da fé e submergindo nessa luz conhecerás e adquirirás sempre novos conhecimentos de Mim, teu Deus; mas ao conhecer-me mais, teu nada se sentirá quase disperso, e tu não terás onde te apoiar. Eleva-te mais, lança-te no mar imenso da esperança, que são todos meus méritos que adquiri no curso da minha vida mortal, e todas as penas da minha Paixão que também delas fiz dom ao homem. Só por meio destes podes esperar os bens imensos da fé, porque não há outro meio para obtê-los. Então, valendo-te destes méritos meus como se
fossem teus, teu ‘nada’ mais se sentirá disperso, e mergulhando no abismo desse ‘nada’, mas adquirindo nova vida, ficarás embelezada, enriquecida, de modo a atrair para ti o próprio olhar divino; e então não serás mais tímida, mas a esperança fornecer-lhe-á a coragem, a fortaleza, de modo a tornar tua alma estável como uma coluna, exposta a todas as intempéries do ar, que são as várias tribulações da vida, e que não a movem nem um pouco, e a esperança assegurará que a alma não só mergulhe sem medo nas imensas riquezas da fé, senão que se tornará dona e chegará a tanto com a esperança, de fazer seu ao mesmo Deus.

Ah! Sim, a esperança faz a alma chegar onde quer, a esperança é a porta do Céu, que só por meio dela se abre, porque quem tudo espera, tudo obtém. Então a alma, quando tiver chegado a fazer seu ao mesmo Deus, de súbito, sem nenhum obstáculo se encontrará no imenso oceano da caridade, e aí levando consigo a fé e a esperança, mergulhará e fará uma só coisa Comigo, seu Deus”. 

O amantíssimo Jesus continua dizendo: “Se a fé é o Rei e a caridade é a Rainha, a esperança é como uma mãe pacificadora que apazígua tudo, porque com a fé e a caridade podem haver tribulações, mas a esperança, sendo vínculo de paz, converte tudo em paz. A esperança é amparo, a esperança é refrigério, e quando a alma, elevando-se com a fé, vê a beleza, a santidade, o amor com o que é amada por Deus, sente-se impelida a amá-lo, mas vendo sua insuficiência, o pouco que ela faz por Deus, como deveria amá-lo e não o ama, sente-se desconsolada, perturbada e quase não ousa aproximar-se de Deus, então, logo sai esta mãe pacificadora da esperança, e pondo-se no meio da fé e a caridade começa a fazer seu ofício de pacificadora. E assim que põe em paz de novo a alma, a empurra, a eleva, lhe dá novas forças e levando-a diante do Rei que é a fé e da Rainha que é a caridade23, pede desculpas pela alma, põe diante da alma nova efusão de seus méritos e lhes pede que a queiram receber, e a fé e a caridade, tendo em vista somente esta mãe pacificadora, tão terna e compassiva, recebem a alma, e Deus forma o deleite da alma e a alma o deleite de Deus”.

Ó santa esperança, como és admirável! Eu imagino ver a alma que é possuidora desta bela esperança, como um nobre viajante que caminha para ir tomar posse de umas terras que formarão toda sua fortuna, mas como é desconhecido e viaja por terras que são suas, uns se põe a escarnecê-lo, outros a insultá-lo, há quem o despoje de suas vestes e quem chegue até a golpeá-lo e ameaçar esfolá-lo. E o nobre viajante o que faz em todas estas provações? Será que ele vai ficar perturbado? Ah, não, nunca! Na verdade, ele escarnecerá daqueles que lhe fazem tudo isto, e sabendo bem que, quanto mais sofrer, tanto mais será honrado e glorificado quando chegar a tomar posse de suas terras, por isso ele mesmo incita as pessoas a atormentá-lo mais. Mas ele está sempre tranquilo, goza a mais perfeita paz, e no meio destes insultos está tão calmo, que enquanto os outros estão acordados ao seu redor, ele está dormindo no seio de seu
desejado Deus. Quem fornecerá a este viajante tanta paz e tanta firmeza para seguir a viagem empreendida? Certamente a esperança dos bens eternos que serão seus, e assim superará tudo para tomar posse deles. Agora pensando que são seus, vem amá-los, e eis que a esperança faz nascer a caridade.

Quem pode dizer o que Jesus bendito me faz ver com aquela luz? Queria passá-lo em silêncio, mas vejo que a senhora obediência deixando as vestes amigáveis, toma o aspecto de guerreiro e toma suas armas para fazer-me guerra e ferir-me. Ah, não se arme tão cedo! Depõe suas garras, fique tranquila, que por quanto possa farei como você diz, e assim permaneceremos sempre amigas.

Agora, quando a alma se põe no vasto mar da caridade, experimenta delícias inefáveis, desfruta de alegrias indescritíveis para uma alma mortal. Tudo é amor; seus suspiros, seus batimentos, seus pensamentos são tantas vozes sonoras que fazem ressoar em volta de seu amadíssimo Deus, vozes todas de amor que o chamam para si, de modo que o Deus bendito, atraído, ferido por estas vozes amorosas, lhe corresponde, e acontece que as batidas do coração e todo o Ser Divino continuamente chamam a alma para Deus. Quem pode dizer como a alma é ferida por estas vozes? Como começa a delirar como se tivesse febre muito alta, como corre, quase enlouquecida, e vai lançar-se no coração amoroso de seu Dileto para encontrar frescor e a torrentes sorvem as delícias divinas? Ela
fica embriagada de amor, e em sua embriaguez entoa cânticos, todos de amor, a seu Esposo dulcíssimo. Mas quem pode dizer tudo o que se passa entre a alma e Deus? O que se pode dizer sobre esta caridade que é o próprio Deus? Neste instante, vejo uma imensa luz e minha mente agora está estupefata, ora se fixa em um ponto, ora em outro, e tento colocá-lo no papel mas me sinto balbuciante ao explicá-lo. Portanto, não sabendo o que fazer, por agora faço silêncio; e espero que a senhora obediência desta vez queira perdoar-me, pois se ela quer franzir a testa comigo, desta vez não tem tanta razão, porque a culpa é dela, já que não me dá uma língua ágil para saber dizê-lo. Compreendeu, reverendíssima obediência? Ficamos em paz, não é verdade?

23 Luísa diz: “ao rei da fé e à rainha da caridade”.
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