Estudo 7 – Mistica Cidade de Deus Cap.5 Tomo I – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina VontadeMistica Cidade de Deus
Estudo 7 – Mistica Cidade de Deus Cap.5 Tomo I – Escola da Divina Vontade
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CAPÍTULO 5
INTELIGÊNCIAS QUE ME DEU O ALTÍSSIMO SOBRE A SAGRADA ESCRITURA, EM CONFIRMAÇÃO DO CAPÍTULO PRECEDENTE.
Capítulo 8 dos Provérbios

52. Ainda que seja pó e cinza (Gn 18,17) falarei, Senhor, à tua grande Majestade, pois és o Deus das misericórdias.
Suplicarei à tua incompreensível grandeza que olhes de teu altíssimo trono a esta vilíssima e inútil criatura, e me sejas propício, continuando com tua luz a iluminar meu entendimento. Fala, Senhor, que tua serva ouve (lRs 3, 10).
Falou então o Altíssimo, emendador dos sábios (Sb 7,15) e remeteu-me ao capítulo oitavo dos Provérbios, dando-me inteligência do mistério nele contido. Primeiro foi-me declarada a letra,
simplesmente, como segue:
53. “O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos, desde o princípio, antes que criasse coisa alguma.
Desde a eternidade fui constituída, e desde o princípio, antes que a terra fosse criada. Ainda não havia os abismos, e eu já estava concebida; ainda as fontes das águas não tinham brotado; ainda não se tinham assentado os montes sobre a sua pesada massa, antes de haver outeiros eu tinha já nascido. Ainda Ele não tinha criado a terra nem os rios, nem os eixos do mundo. Quando Ele preparava os céus, eu estava presente, quando por uma lei inviolável, encerrava os abismos dentro dos seus limites; quando firmava lá no alto a região etérea, e quando equilibrava as fontes das águas, quando circunscrevia ao mar o seu termo, e punha lei às águas, para que não passassem os seus limites; quando assentava os fundamentos da terra, eu estava com Ele,
regulando todas as coisas e cada dia me deleitava, brincando sobre o globo da terra e achando as minhas delícias em estar com os filhos dos homens ” (Pr 8,22¬30).

Cristo e Maria pertencem só a Deus
54. Até aqui o trecho dos Provérbios, cuja inteligência recebi do Altíssimo. Primeiro entendi que trata das idéias ou decretos que Deus formou em sua mente divina antes de criar o mundo.
Em sentido literal fala da pessoa do Verbo humanado e de sua Mãe Santíssima.
No místico refere-se aos santos anjos e profetas porque antes de fazer decreto e formar idéias para criar o resto das criaturas materiais, teve-as para decretar a humanidade santíssima de Cristo e de sua Mãe puríssima. Isto significam as primeiras palavras que seguem:

55. “O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos.” Em Deus não houve caminhos, nem deles necessitava a divindade. Abriu-os para nós, criaturas capazes de seu conhecimento, a fim de irmos a Ele para O conhecer e possuir.
Neste princípio, antes de idear qualquer outra coisa, e quando queria fazer sendas e abrir caminhos em sua mente divina, para comunicar sua divindade, decretou criar primeiro a humanidade do Verbo, que seria o caminho por onde os demais iriam ao Pai (Jo 14,6). Junto a este decreto esteve o da criação de sua Mãe Santíssima. Por ela sua divindade viria ao mundo e dela nasceria Deus e Homem.
Por isto diz: “Deus me possuiu” (v. 22). Possuiu a ambos: ao Filho, quanto à divindade porque era possessão e tesouro do Pai, sem dele se poder separar, visto serem com o Espírito Santo uma única substância e divindade. Possuiu-o, também, quanto à humanidade pela plenitude da graça e glória que lhe daria desde a criação e união hipostática.
Este decreto e possessão seria executado por meio da Mãe que conceberia c daria à luz ao Verbo feito homem, pois não determinou criá-lo do nada, nem de outra matéria seu corpo e alma.
Em conseqüência, seria possuidor daquela que lhe daria forma humana.
Assim possuiu-a e adjudicou-a para si naquele mesmo instante, querendo eficazmente que, quanto à graça, em nenhum tempo nem momento, tivesse direito c parte nela nem a linhagem humana nem qualquer outra.
Reservou esta propriedade somente para si. Foi tão unicamente sua como devia sê-lo para lhe dar forma humana de sua própria substância. Somente Ela chamá-lo-ia Filho, somente Ele chamá-la-ia Mãe e Mãe digna de ter a Deus por Filho, quando Ele se fizesse homem. Como em dignidade isto precedia a toda a criação, assim também precedeu na vontade e mente do supremo Criador. Por isto diz:

Cristo e Maria precederam toda a criação

56. Desde a eternidade fui constituída, e das coisas antigas, etc. (v. 23).
Nesta eternidade de Deus, que nós agora concebemos imaginando tempo interminável, quais eram as coisas antigas, se nada havia sido criado? Claro está que a Escritura se refere às três Pessoas divinas, únicas coisas antigas, pois tudo o mais que tem princípio é novo.
Desde a divindade sem princípio da indivídua Trindade, houve aquela ordenação, precedida apenas do antigo incriado, antes de ser imaginada a futura criação. Entre estes dois extremos houve o meio da união hipostática, que se realizaria através da Virgem Santíssima. Encarnação e Maria foram ordenadas imediatamente depois de Deus, antes de qualquer outra criatura. Foi esta a mais estupenda ordenação que jamais se fez, ou se fará.
A primeira e mais admirável imagem da mente divina, depois da geração eterna, foi a de Cristo e logo em seguida a de sua Mãe.

Cristo e Maria, princípio das obras de Deus
57. Que ordem em Deus pode ser esta, se nele a ordem é estar tudo junto, sem ser necessário que as coisas se sucedam entre si, nem para uma se aperfeiçoar aguardar a perfeição da outra? Tudo estava, está e estará sempre ordenadíssimo em sua eterna natureza. O que ordenou foi que a pessoa do Filho se humanasse, e desta humanidade deificada começasse a ordem da vontade divina na execução de seus decretos.

O Filho de Deus seria cabeça e protótipo de todos os demais homens e criaturas, a quem todos se referissem e subordinassem. Esta era a melhor ordem e disposição da harmonia das criaturas: haver um ser que fosse primeiro e superior, e a partir dele se ordenasse toda a natureza, em particular, a dos homens. Entre estes, a primeira era a Mãe do Homem-Deus, suprema pura criatura, a mais próxima de Cristo e, por Ele, da divindade.
Por esta ordem foram orientados os canais da fonte cristalina. Do trono da divina natureza correm, primeiro para a humanidade do Verbo (Ap 22, 1), e em seguida para sua Mãe Santíssima, no grau e modo possível à pura criatura, e conveniente à criatura Mãe do Criador.
O conveniente era que nela se estreassem todos os divinos atributos, sem lhe ser negado nenhum, e na medida de sua capacidade. Seria inferior somente a Cristo, e superior em incomparáveis graus de graça, a todo o resto das criaturas. Esta foi a ordem tão bem disposta pela Sabedoria: tudo começar por Cristo e sua Mãe.

Acrescenta o texto:

MARIA NA MENTE DIVINA

58. Antes que a terra fosse criada e que existissem os abismos eu já estava concebida (v. 24).
Esta terra foi a do primeiro Adão. Antes que sua formação fosse decretada na mente divina, e que existissem o abismo da idéias ad extra, já estavam, Cristo e sua Mãe, ideados e formados.
Chamam-se abismos porque entre o ser de Deus incriado e o das criaturas criadas a distância é infinita. Esta distância, a nosso modo de entender, surgiu quando as criaturas foram ideadas e formadas, e então apareceram também aqueles abismos de distância imensa.
Antes de tudo isso, já estava concebido o Verbo, não somente pela eterna geração do Pai, como também por estar decretada e concebida na mente divina, a sua geração temporal de mãe virgem e cheia de graça. Sem mãe, e tal mãe, esta geração temporal não poderia ser determinada com eficaz decreto.
Ali, portanto, naquela imensidade beatífica, foi concebida Maria Santíssima. Sua memória eterna foi gravada no peito divino, para jamais se apagar por todos os séculos e eternidades. O supremo Artífice imprimiu-a em sua própria mente, e seu amor dela tomou posse num incomparável amplexo.

Deus, antes de se comunicar
59. Ainda não haviam brotado as fontes das águas (v. 24) Ainda não haviam saído de sua origem e princípio, as imagens ou idéias das criaturas. Ainda não começara a jorrar, pelos canais da bondade e misericórdia, as fontes da Divindade, para a vontade divina operar a criação universal e comunicar seus atributos e perfeições.
Em relação ao restante do universo, ainda estavam as águas e mananciais represados e detidos no imenso pélago da Divindade. Em seu ser ainda não havia fontes nem correntes para se comunicar. E, antes de serem dirigidas aos homens, já estavam orientadas para a humanidade santíssima de Cristo e sua Virgem Mãe. E assim acrescenta:

Cristo e Maria, antes de todos os anjos e santos

60. Nem os montes se tinham assentado sobre a sua pesada massa (v. 25) Deus não havia ainda decretado a criação dos altos montes dos patriarcas, profetas, apóstolos, mártires e demais santos de maior perfeição. O decreto de tão grande resolução não se havia assentado com seu grave peso e eqüidade, no forte (Sb 8,1) e suave modo que Deus emprega para realizar seus desígnios e grandes obras.
Não somente era nascida antes dos montes, os grandes santos, mas também antes dos outeiros, as ordens dos santos anjos. Precedia-os na mente divina a Humanidade santíssima, unida
hipostaticamente ao Verbo divino, e a Mãe que a engendrou. Filho e Mãe existiram antes do que todas as hierarquias angélicas.
Se David disse no Salmo 8: “Senhor, quem é o homem, ou o filho do homem para dele te lembrares e o visitares? Fizeste-o pouco menor que os anjos, etc.” (v.5)-deve-se entender que existe um homem que é Deus também, acima de todos os homens e anjos que lhe são inferiores e servos. Por ser Deus é um homem superno, e como tal existiu primeiro que todos na mente e vontade divina. Inseparavelmente unida a Ele, existiu também naquele mesmo princípio, uma mulher, virgem puríssima, sua Mãe, superior a todas as criaturas e delas rainha.

superno adjetivo  –mais alto, mais elevado; superior, supremo, soberano, muito elevado; altíssimo.
61. “Se o homem – continua o mesmo salmo (idem, v. 6) – foi coroado de honra e glória e constituído sobre todas as obras da mão do Senhor, deveu-o ao Homem Deus, sua cabeça, que mereceu esta coroa, tanto para eles como para os Anjos.

Se o salmo coloca o homem abaixo dos anjos, também acrescenta que ele foi posto acima de todas as obras de Deus. Assim, David tudo incluiu no dizer que os homens foram feitos pouco menores que os anjos. Ainda que inferiores pela natureza, um dentre eles, Cristo, é homem superior e constituído sobre os mesmos anjos. Esta superioridade provinha do ser da graça, não apenas da sua divindade, mas também de sua humanidade, por causa da graça que a união hipostática nela derramou, e que em seguida redundou em sua Mãe Santíssima.
Além de tudo isto, também alguns santos da natureza humana, por graça do mesmo Senhor humanado, podem alcançar grau e posição superior aos dos anjos.

Cristo e Maria idealizados por Deus
62. Fui engendrada ou nascida (v. 25), o que significa mais que concebida.
Ser concebida refere-se ao divino entendimento da beatíssima Trindade ao idear, e como que refletir, sobre as conveniências da encarnação. Ser nascida refere-se à sua vontade, que determinou no divino consistório a realização desta obra, executando, por assim dizer em si mesma, esta maravilha da união hipostática e da pessoa de Maria santíssima.
Por isso, neste capítulo diz primeiro que foi concebida e depois engendrada e nascida: porque antes foi ideada e em seguida decretada.
Cristo e Maria precedem qualquer ‘ previsão do pecado 63. Antes que a terra fosse criada, os rios e os eixos do mundo (v. 26). Neste trecho fala-se sobre duas terras. A primeira terra era a do campo damasceno, onde o homem foi criado. A segunda terra era o paraíso terreal, onde logo depois foi colocado (Gn 2, 8-15). Antes de formar esta segunda terra onde o homem pecou, foi determinada a criação da humanidade do Verbo e a matéria da qual se formaria a Virgem. Deus queria preservá-la antecipadamente, para não ter parte no pecado nem a ele ficar sujeita.
Os rios e os eixos do orbe são a igreja militante, e os tesouros de graças e dons que impetuosamente dimanariam do manancial da divindade. Seriam para todos em geral, e mais eficazes para os santos e escolhidos, que semelhantes a eixos movem-se em Deus, presos ao seu querer pelas virtudes da fé, esperança e caridade.

Vivendo entre os homens, sem se afastar dos eixos em que se apoiam, se sustentam e se governam, caminhando para o sumo Bem e último fim. São também significados aqui os sacramentos (Ef 5, 27) e a estrutura da Igreja: sua proteção, firmeza invencível, formosura e santidade sem mancha nem ruga. Tudo isto está figurado naquele orbe e correntes de graças. Antes que o
Altíssimo preparasse e ordenasse este orbe e corpo místico de quem Cristo, nosso Bem, seria cabeça, decretou a união do Verbo à natureza humana, e a criação de sua Mãe, por cujo meio e cooperação realizaria estas maravilhas no mundo.

Cristo e Maria, causas da glória

64. Quando preparava os céus, Eu estava presente (v. 27). Quando preparava o céu e recompensa que aos justos, filhos desta Igreja, daria depois de seu desterro, ali estava a humanidade unida ao Verbo, merecendo-lhes a graça, como cabeça, e com Ele sua Mãe Santíssima. Porque para eles fôra preparada a glória, dela receberiam a principal medida, e em seguida, seria para os demais santos.

Encarnação e Eucaristia
65. Quando com lei inviolável cercava os abismos dentro de seus limites (v. 27). Determinava cercar os abismos de sua divindade na pessoa do Filho, com lei certa e limites, de modo que nenhum vivente pudesse vê-lo nem contê-lo. Traçava o círculo e circunferência, onde ninguém pôde nem pode entrar, senão o Verbo, que a si, unicamente pode compreender, para apequenar-se (Fl 2, 7) encerrando a divindade na humanidade.
Depois enclausurando a divindade e a humanidade no seio de Maria Santíssima e no peito mesquinho do homem pecador e mortal, pela minúscula porção das espécies eucarísticas de pão e vinho.
Tudo isto significa aqueles abismos, circunferências, limite e lei que chama certa, pelo muito que significam e pela certeza do que parecia impossível: que a divindade se sujeitasse a leis, e se encerrasse em determinados limites. Tornou-o possível a sabedoria e poder do Senhor, escondendo-se em coisa finita.

Cristo e Maria, fontes da graça
66. Quando firmava os céus no alto e equilibrava as fontes das águas; quando circunscrevia ao mar o seu termo e punha lei às águas para que não passassem os seus limites (v. 28-29).
Aos justos chama céus, pela habitação que Deus neles estabelece mediante a graça. Por ela dá-lhes estabilidade e firmeza, eleva-os espiritualmente acima da terra, ainda enquanto são viadoras, conforme a capacidade de cada um. Depois, na Jerusalém celestial, lhes dará lugar e recompensa segundo seus merecimentos.
Para eles pesa e divide as fontes das águas, distribuindo a cada qual com justiça e medida, os dons da graça e da glória, as virtudes, auxílios e perfeições, de acordo com os desígnios de sua divina sabedoria.
Ao ser determinada esta divisão de águas, decretou-se dar à humanidade unida ao Verbo, todo o mar de dons e graças que da divindade lhe redundava, como Unigênito do Pai. Ainda que tudo aí era infinito, pôs a este mar o termo de sua humanidade, onde habita a plenitude da divindade (Cl 2,9). Por aquele termo esteve ela encoberta trinta e três anos, a fim de poder habitar com os homens (Mt 17,6) e não suceder a todos o mesmo que aconteceu aos três apóstolos no Tabor.
No mesmo instante em que todo esse mar e fontes de graças tocaram em Cristo Senhor nosso, como imediato à divindade, transbordaram em sua Mãe Santíssima, como imediata a seu Filho Unigênito. Sem Mãe e tal Mãe, não se disporiam com ordem e suma perfeição os dons de seu Filho. Faltaria este fundamento para a admirável harmonia da estrutura celestial e espiritual, e a distribuição das graças à Igreja militante e triunfante.

Tudo foi feito para o Verbo e sua Mãe
67. Quando assentava os fundamentos da terra, Eu estava com Ele regulando todas as coisas (v. 29).
As obras ad extra são comuns às três divinas pessoas que são um só Deus, uma só sabedoria e poder. Era pois, necessário, e inescusável que o Verbo pelo qual, segundo a divindade, foram feitas todas as coisas, (Jo 1, 3) estivesse com o Pai para fazê-las.

Entretanto aqui diz mais, porque também o Verbo humanado e sua Mãe Santíssima estavam já presentes na divina vontade. Assim como, pelo Verbo, enquanto Deus, foram feitas todas as coisas, assim também para Ele, em primeiro lugar, como para o mais nobre e digníssimo fim, foram criados os fundamentos da terra e tudo quanto nela se contém. E por isso diz:

As alegrias do Verbo
68. E cada dia me deleitava, brincando em sua presença em todo o tempo, brincando sobre o globo da terra (v. 30).
Alegrava-se o Verbo humanado todos os dias, porque conheceu todos os séculos de existência dos mortais, que comparados à eternidade, não são mais que um breve dia (SI 89, 4). Alegrava-se porque a seqüência da criação teria fim, e terminado o último diaos homens gozariam com toda a perfeição, da graça e coroa da glória. Deleitava-se como a contar os dias até aquele em que desceria à terra e vestiria carne humana.

Conhecia que os pensamentos e obras dos homens terrenos são como brinquedo, engano e ilusão. Via os justos que, apesar de fracos e limitados, eram aptos para que a eles fossem comunicadas e manifestadas sua glória e perfeições. Via seu ser imutável e a pequenez dos homens, e como havia de se tornar semelhante a eles.
Deleitava-se em suas próprias obras, particularmente nas que dispunha para sua Mãe Santíssima, de quem lhe era tão agradável tomar forma humana, fazendo-a digna de obra tão admirável.
Estes eram os dias em que se deleitava o Verbo humanado. E, porque, ao conceber e idear todas estas obras, e ao decreto eficaz da divina vontade seguia-se a execução, acrescentou o Verbo divino:

O deleite de servir
69. E minhas delícias são estar com os filhos dos homens (v. 31). Meu deleite é trabalhar por eles e beneficiá-los; minha alegria, morrer por eles. Meu contentamento, ser seu mestre e redentor;
minhas delícias, elevar do pó o pobre e unir-me com o humilde, (SI 112, 7; Fl 2,1,7,8) abaixando para isto minha divindade, cobrindo-a e escondendo-a sob a natureza humana.
Diminuir-se e humilhar-se, suspender a glória de seu corpo fazendo-se passível para lhes merecer a amizade de seu Pai, sendo mediador entre sua justíssima indignação e a malícia dos homens; ser modelo e chefe a quem possam imitar e seguir: – estas são as delícias do Verbo eterno humanado.

Inconsciência humana
70. Oh! bondade incompreensível e eterna, quão admirada e suspensa fico, vendo a imensidade de vosso ser imutável, comparado com a pequenez do Homem! E, entre extremos tão distantes, o vosso infinito amor pela criatura não só pequena, mas ainda ingrata!
Em que objeto tão baixo e vil pondes Senhor vossos olhos, e em que objeto tão nobre, podia e devia o homem pôr os olhos e os afetos, conhecendo tão grande mistério! Suspensa pela admiração e ternura de meu coração, lamento-me da infelicidade, trevas e cegueira dos mortais.
Não se dispõem para saber quão de longe começastes Senhor, a conhecê-los e preparar-lhes a verdadeira felicidade com tal cuidado e amor, como se a vossa consistisse na deles!

Onisciência divina

71. Ab initio o Senhor teve presentes em sua mente as criaturas e a disposição em que seriam criadas. Contou as e pesou-as com sua eqüidade e retidão. Como está escrito na Sabedoria
(7, 18s.) conheceu a ordem do universo antes de o criar. O princípio, meio e fim dos tempos, suas mudanças, curso dos anos, disposição das estrelas, energia dos elementos, natureza dos animais, ira das feras, força dos ventos, diferença das plantas, propriedade das raízes, pensamentos dos homens. Tudo pesou e contou (Sb 11, 21) e não somente isto, que literalmente se entende das criaturas materiais e racionais, mas ainda todas as outras, que misticamente são por elas representadas, às quais não me refiro agora por não pertencer ao meu assunto.

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