Estudo 60 Livro do Ceú Volumes 30 a 36 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 60 Livro do Ceú Volumes 30 a 36 – Escola da Divina Vontade
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30-13
Enero 12, 1932
Modos dominantes, falantes e felicitantes da Divina Vontade. Como o céu fica atrás. Vitória
de Deus e conquista da criatura. A Divina Vontade coletora de suas obras. Exemplo de uma mãe que chora a seu filho aleijado.

(1) A minha pequena alma continua a navegar o mar interminável do Fiat Divino, e oh! Como fico
surpreendida, porque enquanto me parece que fiz um longo caminho, faço por olhar e não encontro
outra coisa que poucos passos em comparação com os que me restam fazer. Sua
interminabilidade é tanta, que embora deva caminhar séculos me encontraria sempre no princípio,
e há tanto por conhecer do Querer Divino, que me encontrando em seu mar sinto sempre a
pequena ignorante que apenas aprendeu as vogais da Divina Vontade, e talvez as consoantes as
irei aprender na pátria celestial, que espero alcançar em breve. Oh! Como gostaria de mover a
piedade a todo o Céu, para que termine meu longo exílio; mas do resto Fiat! O Fiat! O Fiat! O Fiat!

E o meu sempre amável Jesus, tendo compaixão de mim, apertou-me nos seus braços dizendo-
me:

(2) “Filha bendita, coragem, não fique tão abatida, por agora quero que teu Céu seja minha Divina
Vontade, Ela será tua pátria celestial na terra, e não deixará de te felicitar e de dar-te as puras
alegrias de lá acima; onde Ela reina tem múltiplas maneiras para dar novas surpresas de alegrias,
de contentamentos, para fazer que a alma que a possui possa gozar seu paraíso na terra, e por
isso agora toma modos dominantes, e seu domínio se estende na mente, na palavra, no coração,
em todo o ser da criatura, até no menor movimento, e oh! Como é doce seu domínio, é domínio e
vida, é domínio e força, é domínio e luz que se faz caminho, e sua luz afasta as trevas, tira as
barreiras que podem impedir o bem, e seu domínio põe em fuga os inimigos, em resumo, a criatura
se sente levada pelo domínio da Divina Vontade, e enquanto é dominada fica dominadora de si
mesma, de seus atos e da mesma Divina Vontade que enquanto domina e reina, é tanta sua
suavidade, força e doçura, que se funde com a criatura e quer que domine junto, porque seu
domínio é pacífico, e a todos os atos que faz a criatura dá seu beijo de paz dominante. Este beijo,
suavidade e doçura arrebatam a vontade humana na Divina e estendem o domínio juntos para
formar o reino divino no fundo da alma. Não há coisa mais bela, mais querida, maior, mais santa,
que sentir correr o domínio de minha Vontade em todos os atos, e em todo o conjunto da criatura,
poderia dizer que o Céu fica atrás ante o domínio de minha Vontade no coração da criatura
viadora, porque nos santos não tem nada a acrescentar, não fica outra coisa a não ser fazê-los
felizes continuamente; ao contrário, na alma peregina há obras que pode fazer, nova vida que pode
infundir, novas conquistas que pode adquirir para ampliar e estender maioritariamente seu domínio.
O domínio total de minha Vontade Divina na criatura é nossa vitória contínua, por cada ato seu que
faz nela com seu domínio, tantas vitórias nós fazemos, e a criatura fica vencedora da minha Divina
Vontade em seus atos; ao contrário, no Céu não temos nada a vencer, porque tudo é nosso, e
cada bem-aventurado cumpre seu trabalho no ato de expirar, por isso nossa obra conquistante é
sobre a terra, nas almas peregrinas, não no Céu; no Céu não temos nem que perder nem que
adquirir.
(3) Agora, quando minha Divina Vontade se tem assegurado seu total domínio na criatura, toma
seu modo falante, você deve saber que cada palavra sua é uma criação, onde Ela reina não sabe
estar ociosa, e como possui a virtude criadora não sabe falar se não criar, mas que coisa cria?
Quer criar-se a Si mesma na criatura, quer fazer desabafo de suas qualidades divinas, e o faz
palavra por palavra, quase como fez na Criação do universo, em que não disse uma só palavra,
senão tantas palavras por quantas coisas distintas quis criar. A alma nos custa mais do que todo o
universo, e quando está segura de seu domínio, não poupa suas palavras, antes, conforme a
criatura recebe o ato de sua palavra criadora, assim amplia sua capacidade e prepara outra. Assim
que fala e cria a luz, fala e cria a doçura, fala e cria a força divina, fala e cria seu dia de paz, fala e
cria seus conhecimentos, cada sua palavra é portadora de criações do bem que Ela possui e
revela; sua palavra se faz anunciadora dos bens que quer criar na alma. Quem pode te dizer o
valor que possui uma só palavra da minha Divina Vontade? E quantos céus, mares de riquezas,
variedade de belezas coloca na afortunada criatura que possui seu doce e feliz domínio?
(4) Agora, depois do trabalho surge a alegria, a felicidade. Minha Vontade por sua natureza está
cheia de alegrias inumeráveis, Ela vê a criatura que se prestou a receber a criação de suas
palavras e, oh! Como se sente feliz, porque vê que cada criação recebida dá à luz uma alegria e
felicidade sem fim, e Ela passa do modo falante ao modo felicitante, e para fazer que a criatura
goze de mais, não se afasta, não, senão que se felicita junto, e para fazê-la gozar mais, vai
explicando-lhe a natureza e diversidade das alegrias que criou em sua alma só porque a ama e
quer vê-la feliz, e como as alegrias, a felicidade, na solidão não são plenas, parece que morrem,
por isso deixa-me junto contigo para poder felicitar-te sempre e preparar as novas alegrias com o
trabalho da minha palavra criadora. Por isso nossa única festa e felicidade que temos sobre a terra,
é a alma que se faz possuir pelo domínio de minha suprema Vontade, nela encontra lugar nossa
palavra, nossa Vida, nossas alegrias, pode-se dizer que a obra de nossas mãos criadoras está na
ordem, onde foi estabelecido por nossa sabedoria infinita, isto é em nossa Divina Vontade, está em
seu posto de honra. Pelo contrário, quem se faz dominar pela vontade humana, está na desordem
e é o nosso contínuo fracasso de nossa obra criadora. Por isso seja atenta minha filha, e faça feliz
a quem quer tornar-te feliz no tempo e na eternidade”.
(5) Depois disto continuava nadando no mar de luz do Fiat Divino, me sentia afogar de luz, e eram
tantos seus conhecimentos, que eu não sabia a quais deles prestar atenção, dada minha pequenez
não sabia onde colocá-los, e se perdiam em sua mesma luz, e eu ficava surpreendida sem saber
de nada, e meu doce mestre Jesus adicionou:
(6) “Minha filha, minha Vontade é a coletora de todas as suas obras, em sua luz tudo esconde, com
sua luz as defende e põe a salvo todas as suas obras, esta luz, quanto não faz para pôr a salvo a
criatura, a obra mais bela de nossas mãos criadoras, e para fazê-la retornar bela, preciosa como a
tiramos? Recolhe-a no seu seio de luz, e põe-lhe tanta luz em cima, de lhe fazer desaparecer todos
os males: se está cega, por meio de luz lhe dá a vista; se está muda, por via de luz quer dar-lhe a
palavra; a luz toma-a por todos os lados, e dá-lhe o ouvido se for surda; se for aleijada, endireita-a,
se for feia, faz com que seja bela. Uma mãe não faz quanto faz minha Divina Vontade para fazer
bela e regenerar sua criatura, suas armas são de luz, porque não há potência que a luz não
esconda e bem que não possua. O que uma mãe não faria que tendo dado à luz um belo menino,
que a arrebatava com sua beleza, e a mãe se sentia feliz na beleza do filho, mas que uma
desventura o golpeia e o deixa cego, mudo, surdo, aleijado; pobre mãe, vê a seu filho e não o
reconhece mais, o olho apagado que não a vê mais, não escuta mais sua voz claríssima que a
fazia estremecer de alegria ao ouvir-se chamar-se mamãe; seus pés que corriam para ir a seu colo,
com dificuldade se arrastam. Este filho é a dor mais transbordante para uma pobre mãe, e o que
não faria se soubesse que seu filho pudesse voltar de novo a seus traços originais? Percorreria
todo o mundo se pudesse obter isto, e lhe seria doce pôr a própria vida com tal que pudesse ver a

seu filho belo como o deu a luz; mas pobre mãe, não está em seu poder restituir a beleza original a
seu querido filho, e será sempre sua dor e o espinho mais penetrante de seu coração materno. Tal
se tornou a criatura com fazer sua vontade: cega, muda, aleijada, nossa Vontade chora com
lágrimas de luz ardente de nosso amor, mas o que a mãe não pode fazer por seu filho aleijado, a
minha Vontade Divina não lhe falta o poder, Ela, mais do que mãe, colocará à disposição seus
capitais de luz, que possuem a virtude de restituir todos os bens e beleza da criatura. Ela, Mãe
terna, amante e vigilante da obra de suas mãos, que mais do que filho queridíssimo o trouxe à luz,
percorrerá não todo o mundo, senão todos os séculos para preparar e dar os remédios potentes de
luz, que vivifica, transforma, endireita e embeleza, e só parará quando vir no seu colo materno,
bela como a tirou, a obra de suas mãos criadoras, para refazer-se de tantas dores e gozá-la para
sempre. Não são por acaso remédios os tantos conhecimentos sobre minha Vontade? Cada
manifestação e palavra que digo é uma fortaleza que ponho em torno da debilidade da vontade
humana, é um alimento que preparo, é uma isca, um gosto, uma luz, para fazê-la readquirir a vista
perdida. Por isso seja atenta e não percas nada do que minha Vontade te manifesta, porque a seu
tempo tudo servirá, nada se perderá. Crês tu que Ela nem sequer leva em conta uma palavra do
que diz? Tudo numera e nada perde, e se em tua alma formou sua cátedra para pôr suas
verdades, entretanto a cátedra principal a tem reservada em Si mesma, como o maior tesouro que
lhe pertence, de modo que se você perde qualquer palavra ou manifestação que lhe pertence,
conserva em Si o original, porque o que concerne a minha Divina Vontade é de valor infinito, e o
infinito não pode, nem está sujeito a perder-se; aliás, zelosa conserva nos arquivos divinos suas
verdades. Por isso, aprende também tu a ser ciumenta e vigilante, e a apreciar as suas santas
lições”.

31-13
Outubro 30, 1932
Quem vive em nossa Vontade Divina emite três atos: Concorrente, assistente e receptor.
Todas as qualidades divinas chamam continuamente a quem vive em sua Vontade, para formá-la e fazê-la crescer semelhante a elas.

(1) O mar do Querer Divino continua murmurando em minha alma, oh! como é doce, penetrante e
arrebatador seu murmúrio, me atropela tanto, que murmuro junto com ele como se fosse meu este
mar divino, e fundida nele não sei fazer outra coisa que não faça a mesma Vontade Suprema. Mas
enquanto murmurava amor, adoração, alegrias, felicidade, beleza, as quais como tantas veias
entravam em mim, meu doce Jesus visitando a sua pequena filha me disse:
(2) “Minha filha bendita, sua pequenez no mar interminável de nosso Querer é nossa maior alegria,
você deve saber que quem vive nele realiza três atos: Concorrente, assistente e receptor. No
primeiro concorre com os mesmos atos de seu Criador, sendo uma a Vontade de um com a do
outro, esta Divina Vontade não há coisa que faça, na qual não ponha a criatura a concorrer
juntamente em seu agir, e eis que meu Querer não está mais sozinho, sente a inseparabilidade de
quem vive nele, em seus atos sente uma vontade finita na Infinita, que ama juntamente e concorre
na multiplicidade e ato incessante de nossas obras, assim que quem vive em nossa Vontade
rompe nossa solidão, e como conatural nos sentimos lotados em nosso mar divino, e com o

2 Aqui está a parte fundamental de toda a obra de Luísa: Não basta o „saber‟, o „conhecer’ sobre a Divina
Vontade, mas devemos torná-la vida, pois um conhecimento o temos, o possuímos em nossa mente,
podemos usá-lo em tempo e circunstância, mas não se converte em vida; a vida não é assim, sempre se
manifesta e não podemos deixar de senti-la, pois se pudesse, estaríamos mortos.
derramar-se contínuo de sua pequenez em Nós, adquire os direitos de nosso Querer para fazer o
que Ele faz. Ah! você não pode entender qual é nossa alegria, nossa alegria ao sentir a criatura
convergir com a gente para não fazer outra coisa, mas só o que Nós fazemos. Do ato concomitante
surge o ato assistente, concorre e assiste, não há nada que Nós façamos que ela não conheça e
assista, assim como nos esconder de quem já está conosco, concorre e tem seu lugar em nosso
Querer? Mas ele só vai participar e assistir? Ah, não! Outro ato surge, e é aquele de receber como
seu, e como nosso, a infinitude de nosso amor e de nossas obras, tanto que sua pequenez não
tem onde pôr um amor e um agir tão grande, e por isso ela fica em nosso Querer com todo o
depósito dos bens que recebeu, e isto com direito, porque tem do seu. Você deve saber que tudo o
que se faz em Nossa Vontade é tão grande, que a criatura é incapaz de possuí-la e restringi-la em
si mesma, por isso sente a necessidade de servir-se da mesma Vontade na qual tem atuado para
ter o depósito. Muito mais do que tudo o que faz a criatura em nosso Querer, ainda o pequeno „te
amo’, as pequenas ofertas de suas ações, sua pequenez em poder de nossa Vontade, não são
outra coisa que postos que toma em nossa Vontade, e por quanto mais posto toma, mais direitos
adquire, e sente em si a força divina que continuamente a arrebata, lhe dá o voo para fazer com
que sua vida venha formada toda na Divina Vontade. E como este modo de viver devia ser de
todas as criaturas, esta era a finalidade de nossa Criação, mas com extrema amargura nossa
vemos que quase todos vivem no baixo de sua vontade humana. Agora, quem vive no alto de
nosso Querer, vê o grande mal de quem vive no baixo, e tendo a sua disposição nosso ato
receptor, isto é a infinitude de nosso amor e a multiplicidade de nossas obras, as põe à nossa
disposição e das criaturas, a fim de que Nós fiquemos correspondidos do amor de todos, e elas
recebam graças, luz, amor, por quanto corresponde à sua pequenez. Assim, entre o Céu e a terra
temos a intermediária junto a nós, e junto às criaturas, que com a potência de nosso Fiat Divino
quer vincular Céu e terra, e como não contentar a quem vive em nossa Vontade? Seria como se
quiséssemos nos descontentar a Nós mesmos”.

(3) Depois continuava meu abandono no Querer Supremo, e oh! como me sentia feliz ao pensar
que no Fiat eu concorria a tudo o que fazia o Ente Supremo, minha vontade fundida na Sua era o
grande segredo, e o portentoso prodígio, que minha pequenez era tomada como no laço de fazer e
comparecer a tudo o que faz a Majestade Divina; nem eu me podia afastar, nem eles se podiam
desfazer de mim, porque era Sua mesma Vontade que me tinha posto no meio, a qual era tão
imensa que eu não encontrava o caminho para sair dali, e onde quer que pudesse ir encontrava a
Divina Vontade que age, que me trancava na sua mesma obra para concorrer, não era eu uma
intrusa, Ela mesma me havia estendido os braços para me ter como sua conquista, muito mais que
de ambas as partes havia suma felicidade, eu em estar, e o Querer Divino de ter minha pequenez
atada em Si. Portanto não sei dizer com clareza como me estendia nesta luz interminável, e
enquanto estava toda surpreendida, minha querida vida, meu soberano Jesus, acrescentou:
(4) “Minha pequena filha de meu Querer, viver em minha Vontade é uma chamada contínua que
fazemos à criatura em nossas qualidades divinas. Nosso Ser está sempre constante e nossos
atributos estão sempre em movimento, mas como nosso Querer é o que forma a obra e o
movimento dentro de nosso Ser, por isso quem vive Nele escuta que nosso Querer a chama hora
no poder, hora em nossa sabedoria, hora em nosso amor, hora na misericórdia, hora na justiça,
bondade e beleza divinas, em resumo, todos os nossos atributos com vozes potentes chamam a
criatura dentro deles, para que se forme e cresça segundo as suas qualidades; se sentiriam
desonrados, se se pudesse dar, que quem vive com aquele mesmo Querer com o qual estão
animados, não fosse conforme a eles, não gozará suas prerrogativas, porque toleram a pequenez,
esta não os prejudica, porque se sabe que o finito não pode alcançar jamais o infinito, assim que a
pequenez, mais bem lhe dá mais honra, porque todas as coisas belas e boas que veem nela são
obra sua, mas que seja diferente deles, isso jamais. Eis por que o sussurro e o grito contínuo que
escuta quem vive em nossa Vontade, são as chamadas contínuas que nosso Ente Supremo, por
meio de suas qualidades, faz a sua amada criatura, primeiro porque não quer e não sabe estar, e
não pode estar sozinho, porque a nossa Vontade, sendo uma, tem tal virtude de união e de
inseparabilidade, que tudo o que livremente entra nela perde a virtude separativa, e a nossa suma
bondade sente a necessidade de amor de ter consigo o que é seu, e que forma uma parte da sua
mesma Vontade. Eis por que nossas qualidades divinas reclamam a quem está animada por Sua
própria Vontade no movimento e obras delas, para fazer vida juntos, se não a tivessem com elas
sentiriam como se lhe arrancassem de Sua Vontade. Não foi uma ruptura o que fez o primeiro
homem desde dentro de nossa Vontade, com o subtrair-se dela? E esse rasgo foi tão grave, que
perturbou toda a ordem da Criação para ele, e chegou a rejeitar o seu Criador com toda a corrente
de suas graças divinas. Por isso quem vive em nosso Querer é a reparação deste rasgo tão
doloroso que nos custou tanto, e nosso Ser Divino põe todos nossos atributos em torno dela, a fim
de que não nos repita a mesma situação, e vivendo junto conosco ficamos felizes, Ela e nós, e se
você quiser duvidar disto que digo, é sinal de que não compreendeste bem quanto amo a criatura,
e para tê-la comigo e toda minha, meu amor me faz chegar aos excessos, ao delírio e às loucuras;
além disso tenho todo o direito de amá-la, porque é minha e feita por Mim, e se tu és minha, eu sou
teu, e por isso também tu tens o direito de me amar, e se não me amas faltarias a um dever
sacrossanto para com quem te deu o ser e te ama tanto. Por isso, de ambas as partes amemo-nos
sempre e muito, e o amor não estará tranquilo, fará surgir novas estratagemas de amor”.

32-13
Junho 4, 1933

Quem vive na Divina Vontade recebe a força criadora da criação contínua. Acordo com a Divina Vontade.

(1) Meu abandono no Fiat continua, sou recém-nascida apenas e sinto a necessidade de estar em
seus braços para beber a grandes goles o leite de suas verdades, para receber as ondas de sua
luz, o doce refrigério de seu calor, sinto que também o Querer Divino quer ter-me em seus braços,
estreitada a seu seio de luz para poder infundir-me o ato contínuo de sua Vida que age em mim,
porque vida significa ter atos que não cessam jamais, de outra maneira não se poderia chamar
vida. Por isso, se eu não quisesse estar em seus braços para receber estes contínuos reflexos de
sua Vida, ou não me quisesse ter, não poderia formar sua Vida em mim, e então a palavra vida se
reduziria a palavras não na realidade, ou bem em uma pintura pintada. Meu Jesus, ah! não o
permita, e faça que se forme sua Vida real em minha alma. Mas enquanto procurava estar nos
braços da Divina Vontade, meu soberano Jesus, visitando minha pequenez me disse:
(2) “Filha de meu coração, você tem razão de que sente a extrema necessidade de estar nos
braços da Divina Vontade, porque estar em seus braços significa pôr-se a sua disposição e
empenhá-la para formar sua Vida na criatura, e se não se põe em seus braços, coloca-se como a
grande distância, e a vida não se forma de longe, mas de perto, mais bem fundida com a mesma
vida que se quer receber; nenhuma mãe concebe seu filho de longe, mas sim dentro de seu
mesmo seio, nenhuma semente germina e forma sua planta se não se funde e se esconde sob a
terra. Assim, dizer: ‘Quero formar a Vida da Divina Vontade em mim e não estar em seus braços,
unida com Ela para viver de seu mesmo fôlego onipotente, é impossível’. Você deve saber que
nossa Entidade Suprema usa a mesma potência criadora que usou na Criação, e continua a usá-la
nos atos que a criatura faz na Divina Vontade. Cada ato que faz nela sofre uma nova criação, e
meu Fiat, em virtude de sua potência criadora, fica concebido no ato da criatura. Acontece um
alternar contínuo, ela concede o ato, e minha Vontade Divina cria e se concebe em seu ato, e
enquanto se concebe forma sua Vida e a faz crescer com o alimento da sua luz e do seu amor. Os
Céus ficam admirados, e é tanta a maravilha, que emudecem ante um ato só da criatura que dentro
contém a força criadora da concepção do Fiat Divino; e assim como ela com o estar em seus
braços se põe a nossa disposição, assim, com tê-la em nossos braços, nos colocamos à sua
disposição, e nos dá sua doce garantia, para fazer o que Nós queremos, assim que sua vida, seus
atos, são tantas garantias que nos dá, e Nós, tendo as suas garantias, sentimo-nos seguros de
poder pôr fora a nossa Virtude criadora e agir como Deus no ato da criatura. Você deve saber que
quando atua nossa Vontade, tanto em Nós mesmos, quanto no ato humano, não põe jamais a um
lado sua Virtude criadora, nem a pode pôr, porque a possui em natureza, por isso seu fazer é
sempre criação, portanto quem vive em nossa Vontade recebe em seus atos seu ato criador, e oh!
quantas maravilhas acontecem. Por isso seja atenta, reverente e agradecida, recebe em ti, em teus
atos, esta Virtude criadora que quer fazer coisas grandes, não pequenas, e que são as únicas
dignas de nossa adorável Vontade”.

33-13
Março 25, 1934

A oração na Divina Vontade se faz porta-voz dos atos do Fiat Divino. A Humanidade de
Nosso Senhor possui a virtude geradora. O amor divino consiste em reproduzir-se em todos e em cada um.

(1) Minha pobre mente parece que não sabe estar sem ir em busca dos atos feitos pela Divina
Vontade, se isto não fizesse me parece que me faltaria o lugar onde morar, o alimento para me
nutrir, o ar para respirar, o passo para poder me mover em seus intermináveis confins. Ah! são os
atos da Vontade Divina que enquanto eu busco, me chamam, e unindo-se comigo parece que me
sussurram ao ouvido: “Estamos em teu poder, e com a potência destes atos tem moedas
suficientes para pedir, para pedir, impetrar o reino de nosso Fiat Supremo; para obter um Querer
Divino se requer atos divinos, e a criatura conforme vem n’Ele, nossos atos se estendem ao redor
dos seus e nosso ato toma como em triunfo o ato dela, e pede junto com ela o triunfo, o domínio de
nossa Vontade sobre a terra”. Mas enquanto minha mente desfrutava a vista encantadora de meus
pequenos atos circundados pelos mares dos atos divinos, meu pequeno amor rodeado pelo mar do
amor divino, que com voz celestial e incessante não sabiam pedir outra coisa que Fiat Voluntas
Tua como no Céu assim na terra, meu Soberano Jesus me surpreendendo, todo amor me disse:
(2) “Minha filha bendita, como é doce, consolador, potente, ouvir a minha Vontade com todos seus
atos, no pequeno ato, amor, adoração da criatura, pedir o Fiat reinante sobre a terra. Ela se serve
do pequeno amor da criatura como porta-voz para fazê-la ressoar em todos seus atos, para fazê-la
pedir seu reino, não quer fazê-lo sozinha, mas quer a intermediação dela para fazê-lo. Mas queres
saber para que serve esta oração que contém poder, valor, e armas divinas que nos fazem guerra
com modos incessantes? Serve para chamar a Deus sobre a terra para fazer vida em cada
criatura, serve para fazer rogar a minha mesma Vontade Divina e a todas as suas obras, que
venha a reinar sobre a terra, serve para preparar o lugar em Deus mesmo à criatura, é uma oração
divina, prodigiosa, que sabe obter tudo”.
(3) Depois disto seguia meu abandono nos braços de Jesus, seu coração Divino estremecia muito
forte de amor, de alegria, de felicidade e de dor, e meu doce Jesus acrescentou:
(4) “Minha filha, todos os atos de minha Humanidade possuem a virtude generativa, portanto a
mente pensa e gera pensamentos santos, pensa e gera luz, ciência, sabedoria, conhecimentos
divinos, verdades novas, e enquanto gera se derrama a rios nas mentes das criaturas, sem nunca
parar de gerar, assim que cada criatura tem em sua mente o sótão destes meus filhos gerados por
minha mente, com a diferença que, quem os tem honrados, cortejados, dando-lhes a liberdade de
fazê-los produzir o bem que possuem, e quem os tem sem cuidar deles e como sufocados; meus
olhares geram olhares de amor, de compaixão, de ternura, de misericórdia, não perco jamais de
vista a nenhum, meus olhares se multiplicam por todos, e oh! o poder dos meus olhares, com
quanta piedade se lançam sobre as misérias humanas, é tanta que, para os pôr a salvo, encerra na
minha pupila a criatura para a ter defendida e circundada de afeto e de ternura indescritível, de
fazer maravilhar a todo o Céu; a minha língua fala e gera palavras que dão vida, ensinamentos
sublimes, gera orações, fala e gera feridas e dardos de amor para dar a geração do meu ardente
amor a todos e fazer-me amar por todos; as minhas mãos geram obras, chagas, pregos, sangue,
abraços, para fazer-me obra de cada um, bálsamo para adoçar suas chagas, pregos para feri-los e
purga-los, sangue para lavá-los, abraços para abraçá-los e levá-los como em triunfo em meus
braços. Toda a minha Humanidade gera continuamente para reproduzi-la em cada criatura, nosso
amor divino consiste propriamente nisto, em reproduzir-se em todos e em cada um, e se não
tivéssemos a virtude generativa não poderia ser uma realidade, senão um modo de dizer, enquanto
que em Nós primeiro fazemos os fatos, e se usamos o dizer é para confirmar os fatos. Muito mais
que minha Humanidade é inseparável de minha Divindade, a qual possui em natureza a virtude
generativa, e está sobre as criaturas como uma mãe com os braços abertos e gera em modo
admirável sua Vida nelas. Mas você sabe quem recebe os efeitos, o fruto completo deste meu
gerar contínuo? Em quem reina minha Vontade, a qual não só recebe a geração de meus atos,
mas os reproduz em modo admirável”.

34-13
Agosto 23, 1936
O pequeno campo atribuído à criatura na imensidão da Divina Vontade. Jesus põe à
disposição das criaturas sua Vida, basta que obtenha que vivam no Querer Divino. O grande prodígio da criação da Virgem.

(1) Continuo meu abandono no Fiat, minha pobre mente nada em seu mar divino e compreende
arcanos celestiais, mas não sei dizê-los porque não são palavras daqui de baixo; enquanto me
encontro neste mar divino olho sua imensidão, não há ser ou coisa que lhe possa fugir, todos e
tudo formam a vida e a recebem no Querer Divino, mas que coisa pode tomar a criatura desta
imensidão? Apenas as gotinhas, tanta é sua pequenez; mas enquanto toma as gotinhas não pode
sair desta imensidão, se a sente correr dentro e fora, à direita e esquerda, por todas partes, não
podendo por um só instante desembaraçar-se d’Ela. Oh! Vontade Divina, como é admirável, é toda
minha, me faz crescer em Ti, por todas as partes te encontro, Tu amas-me sempre até formar a
vida da minha vida; mas enquanto a minha mente se perdia neste mar, meu doce Jesus, todo a
bondade saiu deste mar, e aproximando-se de mim disse-me:
(2) “Filha do meu Querer, viste como a imensidão do meu Fiat é inalcançável? Nenhuma mente
criada, por mais santa que seja pode abraçá-la e ver onde terminam seus confins, todos têm seu
lugar n’Ela, pois bem, cada criatura tem seu pequeno campo na imensidão de minha Divina
Vontade, mas quem trabalha este pequeno campo que lhe foi designado? Quem vive n’Ela, porque
vivendo n’Ela se faz a primeira trabalhadora, e Ela tomando em seu colo a criatura a tem ocupada,
fundida no trabalho que quer que faça no pequeno campo que lhe foi dado em minha Vontade, e
como possui sua Força criadora, o que a criatura poderia fazer em um século, junto com Ela o faz
em uma hora, então, numa hora, pode adquirir um século de amor, de obras, de sacrifícios, de
conhecimentos divinos, de adorações profundas, e depois do trabalho chama a alma ao repouso
para se congratular e descansar juntos, e oh, a alegria que sentem vendo a beleza do campo, e
para congratular-se de mais retornam ao trabalho, é um alternar-se entre o trabalho e o repouso,
porque entre as tantas qualidades que possui minha Divina Vontade, é movimento e atitude
contínua, não está ociosa, antes a cada coisa criada deu seu trabalho contínuo para glorificar-se e
para fazer bem a todos; os ociosos não existem em minha Vontade, mas sim n’Ela tudo é trabalho,
se ama é trabalho, se se ocupa em conhecer-nos é trabalho, se nos adora, se sofre, se implora, é
trabalho, e trabalho divino, não humano, que, tornando-se moedas de valor infinito, podem
conseguir tornar o seu campo maior. Agora minha filha, tu deves saber que é minha Vontade
absoluta que a criatura faça minha Vontade; como suspiro vê-la reinante e operante nela, como
quero ouvir dizer: ‘A Vontade de Deus é a minha, o que quer Deus quero eu, o que faz Deus faço
eu’. Agora, sendo minha Vontade que vive nela, devia lhe dar os meios, as ajudas necessárias, e
por isso minha Humanidade se põe à disposição da criatura no pequeno campinho da imensidão
de minha Vontade designado a ela, por isso exibo minha força para sustentar sua debilidade,
minhas dores para ajuda das suas, meu Amor para esconder o seu no meu, minha Santidade para
cobri-la, minha Vida como apoio e sustento da sua e para servi-la de modelo, em suma, minha
Divina Vontade deve encontrar tantos Jesus por quantas criaturas queiram viver de minha Vontade,
e então Ela não encontrará mais obstáculo de parte delas, porque eu as esconderei em Mim e terá
que fazer mais Comigo do que com elas, e as criaturas encontrarão todas as ajudas necessárias,
superabundantes, para viver de minha Vontade. É costume de Deus que quando quer uma coisa,
dá tudo o que se requer para fazer que o que quer tenha seu cumprimento. Por isso quero que
saibam as criaturas que Eu me ponho à disposição daqueles que querem viver de minha Vontade,
eles encontrarão minha Vida que suprirá a tudo o que se requer para fazê-los viver no mar de meu
Querer Divino, caso contrário, seu pequeno campo na minha Imensidão ficará sem trabalho, e
portanto sem fruto, sem felicidade e sem alegria, serão como aqueles que vivem sob o sol sem
jamais fazer nada, e o sol servirá para queimá-los e para dar-lhes uma sede ardente de sentir-se
morrer. Então todas as criaturas, por razões de criação estão todas nesta Imensidão, mas se a sua
vontade não está com a minha, vivem às suas expensas, se sentirão queimar todos os bens e
terão a sede das paixões, do pecado, das fraquezas, que as atormentarão. Por isso não há mal
maior que não viver de minha Vontade”.
(3) Depois disto estava fazendo meu giro nos atos da Divina Vontade na Criação, e chegando à
Concepção da Virgem Santíssima, meu doce Jesus me deteve e me disse:

(4) “Minha filha, o maior prodígio da Criação é a Virgem, o Querer Divino que dominou desde o
primeiro instante de sua Concepção seu querer humano, e o querer desta santa criatura que
dominou o Fiat Divino, um venceu o outro, foram vencedores os dois, e assim que o Querer Divino
entrou como Rei dominante em seu querer humano, começaram as cadeias dos grandes prodígios
divinos nesta excelsa criatura, a força incriada se dedicou na força criada, mas tanto, que podia
sustentar como se fosse uma folha de palha a Criação toda, e todas as coisas criadas sentiam a
força criada na força incriada que as sustentava e contribuía a sua conservação, oh! como se
sentiram honrados e mais felizes, de que uma força criada corria em tudo como sua Rainha para
sustentá-las e conservá-las. Sua força era tanta que imperava sobre todos, inclusive sobre seu
Criador, era a invencível, que com a força do Fiat Divino vencia a todos e tudo, mas bem todos se
faziam vencer por esta Imperatriz Divina, porque tinha uma força potente e arrebatadora que
nenhum podia lhe resistir, os mesmos demônios se sentiam debilitados e não sabiam onde
esconder-se desta força insuperável. Todo o Ser Supremo se dedicou nesta vontade criada que
tinha sido dominada pela Divina Vontade, e o amor infinito se dedicou no amor finito e todos e tudo
se sentiam amados por esta Santa Criatura, seu amor era tanto, que mais que ar se fazia respirar
por todos, de modo que esta Rainha de amor sentia a necessidade de amar a todos, como Mãe e
Rainha de todos; nossa beleza a investiu, mas tanto, que possuiu a força, o amor, a bondade, a
graça arrebatadora, que enquanto ama se faz amar por todos, mesmo pelas coisas que não
possuem razão. Assim, não houve ato, amor, oração, adoração, reparação, que não ficasse cheio
Céu e terra, Ela dominava tudo, e seu amor e tudo o que fazia corria no céu, no sol, no vento, em
tudo, e nosso Ente Supremo se sentia amado, rogado em todas as coisas criadas por esta Santa
Criatura, uma nova vida corria em tudo, nos amava por todos e nos fazia amar por todos.

Era a Vontade incriada que tinha tido seu lugar de honra na vontade criada que podia fazer-nos tudo, e
dar-nos a correspondência porque havíamos posto à sua disposição toda a Criação. Então com a
concepção desta grande Rainha começou a verdadeira Vida de Deus na criatura, e a vida dela em
Deus, e oh! as trocas de amor, de força, de beleza, de luz entre um e outro. Por isso os prodígios
eram contínuos e jamais ouvidos, que se alternavam n’Ela, Céus e terra estupefatos, os anjos
ficavam arrebatados ante minha Vontade Divina que age na criatura. Minha filha, esta grande
Senhora com viver no Querer Divino, sentia-se com os fatos Rainha de todos e de tudo, e também
Rainha do grande Rei Divino, mas tanto, que foi Ela que formou a porta no Céu para fazer descer
ao Verbo Eterno, lhe preparou o caminho e a permanência de seu seio onde devia fazer sua
morada, e na ênfase de seu amor imperante me dizia: ‘Desce, ó Verbo Eterno, encontrarás em Mim
o teu Céu, as tuas alegrias, aquela mesma Vontade que reina nas Três Divinas Pessoas’. E não só
isto, senão que formou a porta e o caminho para fazer subir as almas à Pátria Celestial, e só
porque esta Virgem viveu na terra de Vontade Divina como se vive no Céu, puderam os bem-
aventurados entrar nas regiões celestiais e gozar suas delícias, porque esta Mãe Celestial os tem
cobertos, envoltos, e como escondidos em sua glória e em todos os atos que fez na Vontade
Divina, assim que os bem-aventurados sentem em suas alegrias o amor, as obras, a potência
desta Mãe e Rainha, que os faz felizes. O que a minha vontade não pode fazer? Todos os bens
possíveis e imagináveis, e na criatura onde Ela reina lhe dá tal poder, que chega a dizer: ‘Faz o
que quiser, manda, toma, dá, Eu não te negarei jamais nada, tua força é irresistível, tua potência
me debilita, por isso ponho tudo em tuas mãos, para que faça de Dona e de Rainha’. Agora, você
deve saber que esta Santa Criatura desde sua Conceição sentia o batimento do meu Fiat no seu, e
em cada batimento me amava, e a Divindade a amava com amor duplicado em cada batimento
seu; em seu respiro sentia o respiro do Querer Divino, e nos amava em cada respiro, e Nós a
correspondemos com nosso amor duplicado em cada respiro seu; sentia o movimento do Fiat em
suas mãos, em seu passo, em seus pés, em todo seu ser sentia a Vida do Querer Divino e o que
fazia, e em tudo nos amava por si e por todos, e Nós a amávamos sempre, sempre, a cada
instante corria nosso Amor como rápido rio, por isso nos tinha sempre atentos e em festa, para
receber seu amor e dar o nosso, tanto que chegou a cobrir todos os pecados e as mesmas
criaturas do nosso Amor. Por isso nossa Justiça ficou desarmada por esta invencível amante, e
podemos dizer que fez do Ente Supremo o que quis. Ah! como gostaria que todos
compreendessem o que significa viver no Querer Divino, para tornar a todos felizes e santos”.

35-13
Outubro 25, 1937

A soberana Rainha, herdeira da Divina Vontade, portanto herdeira da Vida Divina. Como
formou de Si, nas mãos criadoras, um penhor precioso. O grande bem que contém um ato feito no Fiat Divino.

(1) Estava fazendo meu giro nos atos da Divina Vontade, e tendo chegado à Concepção da Virgem
Santíssima me detive para oferecer à Divindade a potência, o amor que tiveram ao fazer conceber
esta Celestial Senhora, para obter que venha o reino da Divina Vontade à terra, e meu doce Jesus
me surpreendeu me disse:

(2) “Minha filha, assim que foi concebida esta Virgem Santa começou novamente nossa festa com
o gênero humano, porque desde o primeiro instante de sua Concepção herdou nossa Vontade
Divina, a qual começou de imediato seu trabalho divino em sua bela alma, e em cada batimento,
pensamento, respiro d‟Ela, com sua potência criadora formava prodígios encantadores de
santidade, de beleza, de graça, diante dos quais, Nós mesmos que éramos atores e espectadores
junto com nosso Querer Divino, ficávamos extasiados, e em nossa ênfase de amor dizíamos:
„Como é bela a criatura junto com nosso Querer, ela nos dá a oportunidade de formar nossas obras
mais belas e nos dá vida à nossa Vida nela’. Nosso amor gozava, festejava, porque tinha saído à
luz do tempo nossa herdeira divina, a herdeira de nossa Vontade e de nossa mesma Vida, e como
em virtude de nossa Vontade obrante n‟Ela era toda nossa, exclusivamente nossa, olhando-a,
sentíamos nosso respiro, nosso coração, nosso amor que sempre arde e ama, nossos movimentos
nos seus, nossa beleza transparecia no mover de suas pupilas, no gesticular de suas mãozinhas,
no doce encanto de sua voz arrebatadora; nos tinha tão ocupados e em festa, que nem sequer um
instante podíamos separar d‟Ela nossos olhares, então era nossa, toda nossa. Nossa Vontade por
direito já era sua, e reconhecíamos nesta santa criatura a nossa herdeira divina, a qual, por possuir
nossa Vontade já havia tomado posse desta herança. Agora, esta Virgem Santa tinha sua
humanidade na qual ligava toda a família humana, quase como membros ao corpo, e Nós por amor
seu, olhando n‟Ela para todo o gênero humano, assim que foi concebida demos o primeiro beijo de
paz a toda a humanidade e a constituímos herdeira de nossa herança divina, exceto a alguém que
ingrato não gostaria de recebê-la.

(3) Agora, veja então como é certo que o reino de nossa Vontade deve vir à terra, já que existe
quem o herdou, e tendo herdado-o uma criatura que pertence à raça humana, todas as criaturas
adquiriram o direito de poder possuí-lo. Esta Soberana Celestial, levada pelo amor, formou de Si
uma penhora em nossas mãos criadoras para fazer com que todos recebessem este reino, e como
esta penhora possuía Vida de minha Vontade, continha um valor infinito, que por todos podia
empenhar-se. Que doce e preciosa prenda era em nossas mãos esta Santa Criatura, Ela, com
fazer correr sua vida, seus atos em nosso Querer Divino, formava moedas divinas para poder nos
pagar por aqueles que deviam herdar nosso Fiat Divino.
(4) Depois veio minha Humanidade unida ao Verbo Eterno, que com minha Vida, penas e morte
desembolsei o preço suficiente para recomprar a esta nossa Vontade Divina e dá-la às criaturas
como herança que lhes pertencia. Um ato, um respiro, um movimento em minha Vontade contém
tal valor, que pode comprar Céu e terra, e tudo o que queira. Por isso, seja somente minha
Vontade tua vida e teu tudo”.

(5) Depois continuava me aprofundando no Querer Divino, que força raptora possui! É tanta a
doçura, os atrativos de seu encanto, que não se queria perder nem sequer um respiro, e meu doce
Jesus acrescentou:
(6) “Minha filha, os prodígios de minha Vontade são inauditos, é tanta sua potência, que conforme
a criatura obra em meu Querer chama em ato a tudo o que fez antes, une-o junto e dá novamente
a cada um destes atos o mérito, o bem e a potência como se de novo os estivesse fazendo,
enriquecendo-os com tanta graça e beleza, de formar o encanto de todo o Céu, e depois, como
orvalho celestial investem a todos os santos e lhes dãoa nova glória e felicidade que prende o ato
feito pela criatura em minha Vontade, este orvalho cai sobre todos os peregrinos a fim de que
sintam a potência, a graça de minha Vontade nos atos deles. Quantas almas queimadas pelas
paixões, pelo pecado, por brutais prazeres, sentem o frescor deste orvalho divino e se mudam para
o bem. Um ato em minha Vontade invade o Céu, e se não encontra almas dispostas que queiram
receber um bem tão grande, põe-se à expectativa espiando as circunstâncias, as ocasiões, os
desenganos da vida para investi-los, embalsamá-los e dar-lhes o bem que possuem; os atos em
minha Vontade jamais estão ociosos, estão prenhes de luz, de amor, de santidade, de doçura
divina, e sentem a necessidade de dar luz a quem vive nas trevas, de dar amor a quem é frio, de
dar a santidade a quem vive no pecado, de dar a doçura divina a quem se encontra amargurado.
Estes atos, verdadeiros filhos do meu Fiat Divino, não se detêm jamais, giram sempre, e se
necessário, ainda por séculos, para dar o bem que possuem, e como estão animados e armados
por sua potência, podem dizer: Podemos fazer tudo, porque um Querer Divino que pode tudo nos
deu a vida”.

36-13
Junho 12, 1938

As verdades são portadoras de sementes divinas. Os conhecimentos formam as novas
Vidas Divinas. Correspondência de glória que terá no Céu. Quem vive abandonada nos braços de Jesus é a sua preferida.

(1) Estou sempre de volta no Querer Divino, sua imensidão é tanta, que enquanto estou em seu
mar querendo abraçar todos seus atos, e não tendo feito isso ainda porque se precisam séculos
para fazê-lo, mas sim, todos os séculos não me bastariam para poder abraçar todos seus atos, é
por isso que a minha pequenez acha que estou de volta, enquanto estou aqui. Assim, enquanto me
perdia no Fiat, meu doce Jesus que sente a necessidade de amor de querer dizer até onde pode
chegar a alma que quer viver em seu Querer, me disse:

(2) “Minha filha bendita, meu amor só se apazígua e se aquieta em suas ânsias, se acalma em
seus delírios, quando Eu falo de minha Divina Vontade; em minha palavra, nas verdades que
manifesto sobre Ela, meu amor toma um doce repouso, porque vê que o seu amor toma lugar nas
criaturas para, por sua vez, ser amado, e a minha Vontade forma a sua Vida. É necessário
manifestar os méritos, os bens que há em minha Vontade para atrair, apaixonar, arrebatar as
criaturas a viver n’Ela, de outra maneira não se moverão. Tu deves saber que cada conhecimento
que manifesto, e cada ato feito em meu Querer cortejado pelo conhecimento que manifestei, é uma
semente divina que a alma adquire; esta semente produzirá nova ciência divina, e oh! como saberá
falar a linguagem do seu Criador. Cada verdade será uma nova linguagem celestial que terá virtude
de fazer-se entender por quem a escuta e quer receber esta semente divina, esta semente
produzirá nova vida de santidade, novo amor, nova bondade, novas alegrias e felicidade; estas
sementes de minhas verdades serão tantas novas propriedades divinas que a alma adquirirá, e é
tanta a glória que recebemos quando a alma age em nosso Querer, que a comunicamos a todos os
bem-aventurados. Você deve saber que por quantas sementes divinas a alma adquire em virtude
dos conhecimentos sobre meu Fiat, tantos mais graus de nosso conhecimento e glória nossa lhe
participaremos, quando tendo terminado sua vida aqui em baixo, se virá a nossa pátria celestial.
Agora, ao conhecimento adquirido na terra corresponderá o dobro de conhecimento, que adquirirá
de nosso Ente Supremo em nossa morada celestial, e cada semente divina que tenha recebido
será um grau mais de glória, de alegria e de felicidade. Assim que a felicidade, a alegria, o gozo, a
glória dos bem-aventurados, será proporcionada por quanto nos tenham conhecido. Nós, com os
bem-aventurados, nos encontramos nas condições de um tal que não estudou as diversas línguas,
e ouvindo-as falar não entenderá nada, e não só isto, mas também não o poderão ocupar como
mestre para ensinar as diferentes línguas e fazê-lo ganhar um maior salário, portanto se deverá
contentar em ensinar o pouco que sabe e ganhar pouco. Assim nos encontramos Nós, se não nos
conhecem na terra, não formam o lugar em suas almas para receber todas nossas alegrias e
felicidade, e se lhes queremos dar, não entrarão e não entenderão nada, assim que a glória dos
bem-aventurados corresponderá a quantos atos de vontade fizeram em nosso Querer Divino; e
aumentará a glória, as alegrias, de acordo com os conhecimentos a mais que tenham adquirido,
um conhecimento a mais fará subir o bem-aventurado a uma altura tão grande, que fará com que
se admire toda a corte celestial, porque um conhecimento a mais é uma nova Vida Divina que a
alma adquire, a qual possui bens e alegrias infinitas; e te parece pouco que a alma possua tantas
novas Vidas Divinas nossas como propriedade sua? E Nós, que coisa não podemos dar de alegria,
de felicidade, de amor, como correspondência destas nossas novas Vidas Divinas que como
propriedade sua possui? Por isso esperamos a nossos filhos que viverão em nosso Querer, para
nos fazer conhecer na terra, porque nosso Querer fará de mestre para ensinar-lhes as novas
ciências de seu Criador, e os formará belos, sábios, santos, nobres, segundo as ciências
adquiridas. Esperamos por vocês em nossa corte celestial para inundá-los de nossas novas
alegrias, belezas e felicidade, que até agora não pudemos dar. E como no Céu todos os bem-
aventurados estão vinculados entre eles como família que se amam com amor perfeito,
participarão na glória, na alegria destes, não como alegria e glória direta, mas indireta, pelo vínculo
de união e de amor que possuem entre eles. Por isso nosso Ser Supremo espera com ânsia os
filhos de nosso Querer, para fazer-se conhecer na terra, para depois fazer sair do fundo de nosso
Seio Divino novas alegrias e felicidade que não terminam jamais, porque quem vive em nosso
Querer tem adquirido em seus atos o infinito e as alegrias que nunca se esgotam”.

(3) Depois acrescentou com ternura indescritível: “Minha boa filha , Eu amo muito as criaturas, mas
me sinto mais atraído a amar, arrebatado e vencido, pela alma que vive abandonada em meus
braços como se ninguém houvesse no mundo senão seu Jesus, confia só em Mim, e se lhe vierem
oferecidos outros apoios, os rechaça, para ter apenas o apoio de seu Jesus que a tem estreitada
entre seus braços, defende-a e sobre ela toma todos os cuidados. Estas são as almas que amo
muito, muito, minhas preferidas, às quais circundo com minha potência divina, a elas formo a seu
redor o muro do meu amor, de modo que, ai de quem as toque, meu amor as saberá defender e
meu poder saberá lançar por terra aqueles que me queiram desgostar! As almas abandonadas em
Mim vivem só de Mim, e Eu vivo só delas, como se vivêssemos de um só fôlego e de um só amor,
e se algum apoio humano se apresenta, olham se estou Eu naquele apoio, se não estou, fogem
para vir refugiar-se em meus braços. Somente destas almas posso confiar-me, confiar-lhes meus
segredos, apoiar-me também Eu sobre elas; estou seguro de que não saem de minha Vontade
porque estão sempre junto Comigo. Ao contrário, aqueles que não vivem todos abandonados em
Mim, escapam dos meus braços, não rejeitam os apoios humanos, mas bem sentem gosto por
eles; são inconstantes, hora buscam a Mim, hora às criaturas; são obrigadas a sentir o
desapontamento das criaturas, o que abre em suas almas desgarros profundos; sentem a terra em
seus corações, e minha Vontade como vida é distante delas. Oh! Se se abandonasse em meus
braços, a terra desapareceria para elas, não tomariam cuidado de ninguém, porque só Eu basto
por todos. Amo tanto a quem vive abandonado em meus braços, que lhe manifesto meus excessos
de amor maiores, minhas finezas de amor, minhas carícias são para eles, chego a inventar novas
estratagemas de amor para tê-los ocupados e todos egocêntricos em meu amor. Por isso, vive
sozinha, abandonada nos meus braços, e em todas as coisas encontrarás o teu Jesus que te
defende, te ajuda e te sustenta”.

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