Estudo 53 Livro do Céu Vol. 30 a 36 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 53 Livro do Céu Vol. 30 a 36 – Escola da Divina Vontade
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30-7
Dezembro 14, 1931
Quem faz a Divina Vontade é levada entre os braços de sua imensidão. O homem fortaleza de Deus. Diferença entre quem vive e quem faz a Divina Vontade.

(1) Estou sempre de volta no Querer Divino. Minha pequena alma me parece que toma seu voo em sua luz para consumir-se e perder minha vida nela, mas o que? Enquanto me consumo ressucito a novo amor, a nova luz, a novo conhecimento, a nova força, a nova união com Jesus e com sua
Divina Vontade. Oh! Feliz ressurreição que tanto bem leva a minha alma, parece-me que minha alma na Divina Vontade está sempre em ato de morrer para receber a verdadeira vida e formar pouco a pouco a ressurreição da minha vontade na sua. Depois o meu sumo Bem Jesus, visitando
a minha pequena alma disse-me:

(2) “Minha filha, nossa Vontade é o primeiro ponto e o apoio irremovível e inabalável da criatura, ela é levada entre os braços de nossa imensidão, de modo que dentro e fora dela nada vacila, senão tudo é firmeza e fortaleza insuperáveis, por isso não queremos outra coisa senão que se
faça nossa Divina Vontade, para encontrar no fundo de sua alma nosso sacrário divino, o fogão que sempre arde e jamais se apaga, a luz que forma o dia divino e perene. E como nossa Vontade quando reina na criatura se desembaraça de tudo o que é humano, por isso acontece que do centro de sua alma nos dá atos divinos, honras divinas, orações e amor divino, que possuem força invencível e amor insuperável, tanto que, conforme tu em meu Querer querias abraçar todas as obras daqueles que estão no Céu, e das criaturas que estão na terra, para que todas pedissem que
se faça a Divina Vontade como no Céu assim na terra, todas as obras ficavam marcadas pela grande honra de pedir que meu Fiat fosse a vida de cada criatura, e que nelas reine e domine, e nossa Divindade recebia a maior honra, que todas as obras pedissem a vida, o reino da Divina Vontade. Nenhum reescrito de graça é concedido por Nós se não estiver assinado com a assinatura de ouro de nosso Querer, as portas do Céu não se abrem senão a quem quer fazer nossa Vontade, nossos joelhos paternais não se adaptam a tomar em nossos braços, para fazê-la repousar em nosso seio amoroso, senão a quem vem como filha de nosso Querer. Eis por isso a grande diferença que nosso Ser Supremo teve ao criar o céu, o sol, a terra e o resto, com a criação do homem; nas coisas criadas pôs um basta, de modo que não podem nem crescer nem decrescer, embora lhes tenha posto toda a suntuosidade, beleza e magnificência de obras saídas de nossas mãos criadoras, por outro lado ao criar o homem, devendo ter nossa sede nele, e portanto nossa Vontade dominante e constante, não pôs um basta, não, mas dei-lhe virtude de fazer multiplicidade de obras, de passos, de palavras, mas uma diferente da outra. Nossa Vontade no homem ficaria obstruída se não lhe desse virtude de fazer sempre novas obras, não sujeito a fazer uma só obra, de dizer a mesma palavra, de caminhar sobre um mesmo caminho, ele foi criado por nós como rei da criação, porque devendo habitar nele seu Criador, o Rei dos reis, era justo que aquele que formava a habitação a nosso Ente Supremo, devia ser o pequeno rei que devia dominar as mesmas coisas criadas por Nós, e ele mesmo por amor nosso devia ter o poder de fazer não uma só obra, mas muitas obras novas, ciências para poder iniciar coisas novas, também para dar honra Àquele que o habitava dentro, e que entretendo-se com ele em familiar conversação, ensinava-lhe tantas coisas belas que fazer e que dizer. Por isso nosso amor ao criar o homem foi insuperável, mas tanto, que deveria unir todos os séculos para dar amor e pedir amor, e formar nele o reino de nossa Divina Vontade. Não temos outra visão sobre as criaturas, nem pedimos outro sacrifício, senão que façam nossa Vontade, e isto para dar-lhe o direito de rei de si mesmo e das coisas criadas, e para poder habitar nele com nossa decência e honra como nossa fortaleza e palácio real que nos pertence”.

(3) Depois disto, continuando meu abandono no Querer Divino, meu amado Jesus acrescentou:

(4) “Minha filha boa, você deve saber que nossa Vontade tem sua Vida, seu domínio, sua sede, seu centro, em nosso Ser Divino, forma uma só coisa com Nós e nossa própria Vida, de seu centro emanam seus raios plenos de sua Vida que enche Céu e terra. Agora quem vive em nosso Querer, seus atos vêm formados no centro de sua Vida, ou seja em nosso Ser Divino, ao contrário quem faz só nossa Vontade, faz também o bem, mas não vive nela, seus atos são formados nos raios que emanam de seu centro. Há diferença entre quem pudesse operar na luz que o sol expande do centro de sua esfera, e entre quem pudesse subir a seu centro de luz, esta sentiria a consumação de seu ser e o ressurgimento de seu ser naquele centro de luz, de modo que lhe seria difícil separar-se de dentro daquela esfera de luz, ao contrário, os outros que operam na luz que enche a terra, não sentem a força intensa da luz que os consome, nem a força de ressurgir na mesma luz, apesar de fazer o bem, permanece tal qual é. Tal é a diferença entre quem vive e quem faz minha Vontade; portanto, quantos atos faz nela, tantas vezes ressurge a Vida Divina, e consome e morre ao que é humano. Quão belas são estas ressurreições na alma, basta dizer que vêm formadas pela sabedoria e maestria do Artífice Divino, e isto diz todo, todo o belo e tudo o bom que podemos fazer da criatura”.

31-7
Setembro 8, 1932
Prodígio do nascimento da Rainha do Céu. Vias de comunicação entre Criador e criatura. Quem forma a nobreza.

(1) Minha pequena mente sempre faz seus giros dentro e fora do Querer Divino, e por quanto giro a seu redor não me canso jamais, sinto uma força misteriosa que me alentando não me diz basta, mas sim diz: “Corra, busque seus atos, ame-os, adore-os, salve-os, e transforme os Seus nos teus,
e forma toda a sua vida de Vontade Divina”. E se não sei dizer nada, em minhas correrias e giros digo meu pequeno refrão, “te amo, te adoro, te abençoo, oh, Vontade adorável em todas suas obras.” E sendo hoje a natividade da Rainha do Céu, parei para pensar no grande portento de seu
nascimento, do qual parecia que Céus e terra estavam pendentes para adorar este prodígio divino.

E meu sumo bem Jesus, com amor e ternura indizíveis me disse:
(2) “Filha bendita da minha Vontade, o nascimento da minha Mãe Celestial encerra todas as maravilhas, todos os prodígios juntos, mas sabe por quê? Não nascia Ela sozinha, a Pura, a Santa, a Bela, a Imaculada, não, não, senão que junto com a Celestial menina nascia nela minha Vontade
Divina, concebida já e encerrada n‟Ela para formar sua Vida constante e crescente na graciosa menina. Fechar-se minha Vontade para nascer junto, servir-se do órgão da Celestial criatura para agir e formar sua Vida Divina, isto foi um prodígio que só o eterno amor, a Divina sabedoria e potência podiam realizar, não era somente a vida que se dava, nem só o dom de livrá-la da mancha de origem, isto teria sido nada para nossa potência, o que fez maravilhar e que chamou a atenção de todos, era minha Vontade que nascia junto com Ela no mundo, tanto que Céus e terra ficaram chocados, se puseram atentos, sentiam uma força misteriosa, a mesma força que os dominava e conservava toda a Criação, era nossa mesma Vontade que movia tudo e punha-se a Si mesma e a toda a Criação a serviço e disposição desta recém-nascida menina. Então este nascer
da minha Vontade juntamente com Ela, foi a origem que chamou todos os outros prodígios a concentrarem-se n‟Ela. Onde reina meu Fiat não há bem que não encerre, nem prodígio que não realize, quer fazer desabafar de seu amor e poder com o formar sua Vida constante e pôr do seu
por quanto a criatura é possível conter. Por isso admira e agradece a nosso Ser Supremo, que chega a tanto amor para esta recém-nascida menina, de fazer renascer n‟Ela nossa Vontade não nascida, que não tem nem princípio nem fim, nem limites em seus confins”.

(3) Depois seguia o agir da Divina Vontade em todas as coisas criadas, e meu amável Jesus adicionou:

(4) “Minha filha, as coisas criadas foram feitas por Nós para formar muitos caminhos, para fazer que o homem se pudesse servir deles para vir a Nós, porque os deixamos todos abertos a fim de que quando quisesse vir não tivesse necessidade nem de tocar, nem de abrir para vir a Nós. Era
nosso filho, era justo e razoável que tivesse todos os caminhos abertos para ir a seu Pai Celestial, e entreter-se juntos para amá-lo e ser amado, e como filho pedir-lhe obrigado e favores, mas sabe o que fez o ingrato filho? Ele mesmo fechou os caminhos, formou as barreiras e com o pecado
formou as portas, fechando as correspondências com quem lhe tinha dado a vida. Agora, queres saber quem volta a abrir as portas, a queimar as barreiras? Quem me ama e vive em minha Divina Vontade; o amor e meu Fiat são forças potentes que queimam e tiram tudo, e abrem todos os
caminhos para pôr de volta o filho distante nos braços do seu Pai Celestial.

(5) Agora, você deve saber que todas as virtudes, as obras boas, o amor, o fazer minha Divina Vontade, formam a nobreza do homem, mas a substância desta nobreza é a riqueza de minha Graça, todo o bem vem fundado sobre Ela, do qual se faz fonte e conservadora de todo o bem que
se pode fazer, de outro modo se pode dizer nobre de origem, como o é o homem, mas como lhe falta a riqueza se encontra quase por necessidade fazendo atos indignos de sua nobreza; de fato, se alguém é nobre e não é rico, não pode vestir-se como nobre, nem viver em palácios, assim, sua
nobreza se reduz à lembrança de que era nobre; assim quem não possui a riqueza de minha Graça, todo o bem se reduz a fracas virtudes, que muito frequentemente fazem ver que não é rico de paciência, de oração, de caridade, e assim do resto. Agora, o bem forma a nobreza, a riqueza
de minha Graça a conserva, minha Vontade forma o Rei que domina e com maestria divina regula e ordena tudo”.

32-6
Abril 16, 1933

Como em todas as coisas criadas, Deus tem sempre um „te amo‟ para nos dizer. Como Jesus em todos os atos de sua Vida encerrava amor, conquistas e triunfos.

(1) Estava fazendo meu giro Querer Divino; sinto que sou a pequena borboleta que gira sempre em torno e dentro de sua luz e de seu amor ardente, querendo girar tanto, até que fique queimada e consumida por sua luz divina, para chegar a sentir-me uma só coisa com sua Santíssima Vontade,
e como o primeiro ponto de partida é a Criação, sobre a qual enquanto giro, encontro sempre novas surpresas de amor, por isso fico maravilhada, e meu Sumo Jesus para me fazer compreender maioritariamente, me disse:

(2) “Minha filha, como me é agradável seu giro nos atos que fez nosso Ser Supremo na Criação, por isso me sinto como arrebatado e obrigado por meu amor a te contar nossa história de amor que tivemos na Criação e em tudo o resto que fizemos só por puro amor às criaturas; vir em nossos
atos é o mesmo que vir a nossa casa, e não te dizer nada das tantas coisas que temos que dizer, seria como te mandar em jejum, o que nosso amor não sabe fazer nem quer fazer. Agora, você deve saber que nosso Fiat se pronunciou e estendeu esta abóbada azul, e nosso amor a entrelaçou de estrelas, pondo em cada estrela um ato de amor contínuo para com as criaturas, assim que cada estrela diz: ‘Teu Criador te ama, não cessa jamais de te amar, Estamos aqui, não nos afastamos nem um pouco para te dizer sempre te amo, te amo’. Mas vá em frente, nosso Fiat criou o sol, ele encheu de tanta luz de poder dar luz a toda a terra, e nosso amor, pondo-se em competição com o sol, encheu-o de tantos efeitos, que são inumeráveis: Efeitos de doçura, variedade de beleza, de cores, de gostos, que a terra, só porque é tocada por esta luz, recebe como vida estes admiráveis efeitos e seu admirável e incessante refrão: Te amo com meu amor de doçura, te amo e quero te fazer bela, quero te embelezar com minhas cores divinas, e se embelezar as plantas por ti, a ti quero te fazer mais bela ainda. Olhe, nesta luz descendo até você para te dizer te amo com gosto, tomo gosto em te amar e sou todo ouvidos para ouvir que me diz te amo. Posso dizer que o sol está cheio de meus contínuos e repetidos te amo, mas ai de Mim! A criatura não se dá nenhum pensamento, nem se presta atenção em receber este nosso amor incessante em tantos modos e variadas formas que bastariam para afogá-la e consumi-la de amor,  mas não paramos, seguimos adiante, nosso Fiat criou o vento, e nosso amor o encheu de efeitos, assim que a frescura, as ondas, o assobio, os gemidos, os uivos do vento, são repetidos te amo que dizemos à criatura, e na frescura lhe damos nosso amor refrescante, nas ondas lhe damos a respiração com nosso amor, até gemer e uivar com nosso amor imperante e incessante, e assim por diante. O mar, a terra, foram criados por nosso Fiat, os peixes, as plantas que produz o mar e a terra são os efeitos de nosso amor, que fortemente e repetidamente diz te amo em todas as coisas, te amo por toda parte, te amo em ti, e ha tanto amor meu, ah! não me negues o teu amor. Não obstante parece que não têm ouvidos para nos escutar, nem coração para nos amar, e por isso quando encontramos quem nos escuta, a temos como desabafo de nosso amor e como pequena secretária da história da Criação”.

(3) Dito isto fez silêncio, e eu continuava nos atos da Divina Vontade, e tendo chegado aos da Redenção, meu amado Jesus acrescentou:

(4) “Minha filha bendita, escuta minha longa história de amor, poderia dizer que é uma cadeia interminável de amor incessante, jamais interrompida: Criei a criatura para amá-la, para tê-la unida Comigo, e não amá-la iria contra minha mesma Vontade, operaria contra minha mesma natureza que é toda amor, e além disso, criei-a porque sentia a necessidade de externar o meu amor e de lhe fazer ouvir o doce sussurro contínuo: ‘Te amo, te amo, te amo’. Tu deves saber que desde que fui concebido, e em todo o curso de minha Vida, em todos os atos que fazia, encerrava dentro amor, conquista, triunfo, meu agir era muito diverso do das criaturas, o fazer e não fazer, o sofrer, e não sofrer estava em meu poder, minha onividência não me escondia nada, e Eu primeiro punha minha Vontade em meus atos, encerrava plenitude de santidade, plenitude de amor, plenitude de
todos os bens, e depois, com todo o conhecimento me preparava para agir ou sofrer, segundo Eu mesmo queria, e com isto me tornava conquistador e triunfador de meus atos, mas sabe para quem fazia estas conquistas e estes triunfos? Para as criaturas, as amava muito e queria dar, queria ser o Jesus vencedor, dando-lhe eu mesmo minhas conquistas e meus triunfos para vencê-los, assim que minha Vida aqui embaixo não foi outra coisa que um ato contínuo de amor heroico que jamais diz basta, de conquistas e de triunfos, para tornar os meus filhos felizes, e Eu fiz isso em tudo, se me pusesse a caminho, Eu tinha a virtude de poder encontrar-me de uma cidade para a outra sem fazer uso de meus passos, mas eu queria andar para colocar em cada passo o meu amor, e assim a cada passo que dava corria, corria e tornava-me conquistador e triunfador dos
meus passos, oh! se as criaturas prestassem atenção em mim, teriam ouvido em meus passos o grito contínuo: ‘Corro, corro em busca das criaturas para amá-las e para ser amado’. Assim, se trabalhava com São José para procurar o necessário à vida, era amor que corria, eram conquistas
e triunfos que fazia, porque me bastava um Fiat para ter tudo à minha disposição, e fazendo uso de minhas mãos para um pequeno ganho, os Céus ficavam admirados, anjos eram arrebatados e mudos ao me verem rebaixar às ações mais humildes da vida. Assim meu amor tinha seu desfecho, enchia, transbordava em meus atos, e Eu era sempre o divino conquistador e triunfador.

Para Mim, tomar o alimento não era necessário, mas tomava-o para fazer correr mais amor e fazer novas conquistas e triunfos, assim que dava o curso às coisas mais humildes e baixas da vida, que para Mim não eram necessárias, mas o fazia para formar tantas vias distintas para fazer correr meu amor e formar novas conquistas e triunfos sobre minha Humanidade, para fazer dela um dom a quem tanto amava, e por isso, quem não recebe meu amor e não me ama, forma meu mais duro martírio e põe na cruz o meu amor. Mas sigo adiante, para formar a Redenção bastava uma
lágrima, um suspiro, mas meu amor não teria ficado contente podendo dar e fazer de mais, teria ficado dificultado em si mesmo e não poderia ter dado a glória de dizer: ‘Tudo fiz, tudo sofri, tudo te dei, minhas conquistas são superabundantes, meu triunfo é completo’. Posso dizer que cheguei até confundir a ingratidão humana com meu amor, com meus excessos e com penas inauditas, por isso, Eu mesmo em cada pena punha a intensidade da dor mais intensa e acerbo, as confusões mais humilhantes, as barbáries mais cruéis, e depois que as circundava de todos os efeitos mais dolorosos, que só um Homem Deus podia sofrer, me exporia a sofrê-la, e oh! as admiráveis conquistas em minhas penas e o pleno triunfo que fazia meu amor, ninguém poderia me tocar se Eu não o quisesse, e aqui está todo o segredo, minhas penas eram voluntárias, queridas por Mim,
e por isso contêm o milagroso segredo, a força vencedora, o amor que compunge, e têm virtude de abarcar o mundo e mudar a face da terra”.

33-7
Janeiro 28, 1934

O Ente Supremo e a criatura se irmanam na terra, irmanam-se na glória. Poder sobre o mesmo Jesus. Quem atua na Divina Vontade adquire a força unitiva, comunicativa e difusiva.

(1) Estava fazendo meu giro no Fiat Divino, e minha pobre mente ora se detinha em um ponto de seus atos divinos, ora em algum outro, para olhar em um beleza, em outro a potência, em outro a interminabilidade, e o demais da Divina Vontade criadora. Pareciam-me todas as qualidades
supremas expostas em tudo o que foi criado para amar as criaturas, para fazer-se conhecer, irmanar-se com elas e tomá-las como em seu regaço e levá-las ao seio do Criador, de onde tudo tinha saído, assim que todos os atos da Divina Vontade são ajudas poderosas, reveladoras a quem
se faz dominar por eles, e se fazem portadores das almas à pátria celestial. Depois cheguei a parar quando o Fiat Divino fez o ato solene da criação do homem, e meu amado Jesus me surpreendeu e disse:

(2) “Minha filha bendita, detenhamo-nos juntos a olhar com quanta maestria, suntuosidade, nobreza, potência e beleza foi criado o homem, todas nossas qualidades divinas se voltaram sobre ele, cada uma delas quis desafogar e verter-se mais que chuva densa sobre ele, porque eles queriam se irmanar com eles. Todas puseram mãos à obra: Nossa luz se derramou sobre ele para formar seu irmão de luz, a bondade se derramou para formar seu irmão todo bondade, o amor se dedicou para enchê-lo de amor e formar seu irmão todo amor, a potência, nossa sabedoria, a beleza, a justiça, lançaram-se sobre ele para formar seu irmão poderoso, sábio, justo e de uma beleza encantadora, e nosso Ser Supremo gozava ao ver todas as nossas qualidades divinas trabalhando para irmanar-se com o homem, e nossa Vontade, que tomando vida no homem, mantinha a ordem de nossas mesmas qualidades divinas para fazê-lo quanto mais gracioso e mais belo pudessem. Assim que nossa ocupação era o homem, nosso olhar estava fixo sobre ele para nos fazer imitar, copiar e irmanar conosco, e isto não só ao criá-lo, senão por todo o curso de sua vida, nossas qualidades se punham ao contínuo trabalho de manter a geminação com aquele que tanto amávamos, e depois de havê-lo geminado na terra, preparávamos a grande festa de irmanar-nos na glória na pátria celestial, geminação de alegria, de bem-aventurança, de felicidade contínua, por isso o amo tanto, porque foi criado por Nós, por isso é todo nosso; Eu o amo porque nosso Ser Divino corre sempre sobre ele e se derrama sobre ele mais que rio impetuoso para deixar o nosso e voltar a tomar a nova carreira para sempre dar. Então, como ele possui o que é meu, Eu amo a
Mim mesmo nele, Eu o amo porque está destinado a povoar o Céu e a ser meu irmão de glória, que nos glorificaremos mutuamente. Eu serei a sua glória como vida, e ele será a minha glória como obra minha. Por isso amo tanto que se faça e se viva em minha Vontade, porque com Ela minhas qualidades divinas encontram seu posto de honra e podem manter a geminação com a criatura, sem Ela não encontram posto, nem sabem onde colocar-se, a geminação fica interrompida e minha Vida fica sufocada. Minha filha, que mudança funesta, quando a criatura se subtrai de minha Vontade Eu não encontro mais minha imagem, nem minha Vida crescente nela, minhas qualidades se envergonham de estarem irmanadas com ela, porque o querer humano desunido do Divino tudo tem transtornado e entorpecido. Por isso o que mais te importa é não sair de minha Vontade, com Ela estarás geminada com tudo o que é santo, serás a irmã de todas nossas obras e terás em teu poder a teu mesmo Jesus”.

(3) Depois disto continuava meus atos no Querer Divino, e meu Soberano Jesus acrescentou:

(4) “Minha filha, tudo o que se faz em minha Vontade fica fundido com Ela, adquire a força unitiva, comunicativa e difusiva, e assim como nossos atos divinos se estendem a todos, não há criatura que seja posta de lado, assim quem age em nosso Querer, juntamente com o nosso ato se estende a todos, quer fazer bem a todos e fica honrado e glorificado por ter sido portador universal de bem a tudo e a todos”.

(5) E eu: “Meu amor, porém não se vê nas criaturas o fruto de tanto bem universal, oh! se todos o recebessem, quantas transformações haveria no submundo”. E Jesus repetiu:

(6) “Isto significa que não o recebem com amor, e seus corações são como terra estéril que não tem nenhuma semente geradora, à qual a nossa luz não pode levar a fecundidade. Acontece como ao sol, que apesar de iluminar e aquecer toda a terra, não encontra a semente para fecundá-la e não pode comunicar sua virtude generativa e produtiva, e embora com sua luz e calor tenha plasmado aquelas terras, nenhum bem recebeu, permaneceram como estavam, em sua esterilidade, mas com isso o sol ficou honrado e glorificado porque a tudo deu sua luz, ninguem pôde fugir dela, e fica triunfante só porque deu sua luz em modo universal a todos e sobretudo.

Assim são nossas obras, nossos atos, só porque possuem a virtude extensível de poder dar-se em modo universal a todos e de fazer bem a todos, é a maior honra e a maior glória para Nós, não há honra maior, glória maior do que poder dizer: ‘Eu sou o portador do bem a todos, em meu ato eu
levo em minha mão todos, abraço todos, e tenho a virtude de gerar o bem sobre tudo’. E como meu ideal é a criatura, a chamo em minha Vontade a fim de que junto com Ela se torne extensível a todos, e conheça com quanto amor e como age minha Vontade”.

34-7
Março 1, 1936

Prodígios da Encarnação do Verbo Divino. Como os Céus ficaram estupefatos e os anjos ficaram mudos. Prodígios quando a Divina Vontade opera na criatura. A Trindade Divina chamada a concílio. Deus ao criar-nos põe uma dose de seu Amor na criatura.

(1) Estou sob prensa da privação de meu doce Jesus, sinto-me esmagada, desfeita, como se minha vida quisesse terminar, mas o Querer Divino triunfante sobre meu pequeno ser surge em minha alma, e me chama a fazer minha jornada em sua Vontade, parece-me que enquanto me sente morrer sem morrer, Ela forma sua vitória e é seu triunfo, e sua Vida ressurge mais bela, toda cheia de majestade e de duplicado Amor sobre minha vontade que morre. Oh! Vontade Divina, quanto me ama, Você me faz sentir a morte para concentrar principalmente sua Vida em mim.

Depois continuava minha jornada em seus atos divinos, e tendo chegado à Encarnação do Verbo sentia-se tal amor, de sentir-se queimar, consumir em suas chamas divinas. E meu sumo bem Jesus, como afogado em suas chamas de amor me disse:

(2) “Minha filha bendita, meu Amor foi tanto ao Encarnar-me no seio de minha Mãe Celestial, que Céus e terra não podiam contê-lo, o ato de Encarnar-me ocorreu em um ato de amor tão intenso, tão forte, tão grande, que era mais que suficiente para queimar tudo e a todos de amor. Tu deves saber que antes de Encarnar-me, meu Pai Celestial viu em Si mesmo, e no ímpeto de seu Amor, não podendo contê-lo tirava de Si rios, mares de Amor, neste ímpeto de amor viu a seu Filho, e Eu me encontrava em suas mesmas chamas de amor e me ordenou que me encarnasse; Eu o amava, e num ímpeto de amor, sem deixar a meu Pai nem ao Espírito Santo, aconteceu o grande portento  da Encarnação. Fiquei com meu Pai, e ao mesmo tempo desci ao seio de minha Mãe. As três Divinas Pessoas eram inseparáveis, não sujeitas a separar-se, por isso posso dizer: ‘Fiquei no Céu e desci à terra, e o Pai e o Espírito Santo desceram Comigo à terra e ficaram no Céu’. Por isso, neste ato tão grande nosso Ser Divino transbordou tanto em amor, que os Céus ficaram maravilhados e os anjos surpresos e mudos, todos envoltos em nossas chamas de amor. A
Encarnação não foi outra coisa que um ato de nossa Divina Vontade, que coisa não sabe fazer e pode fazer? Tudo; chega com sua Potência e com seu Amor infinito até fazer o prodígio jamais ouvido, nem feito, de nos fazer ficar no Céu e descer na prisão do seio Materno. Assim quis nossa
Vontade que se fizesse.

(3) Agora minha filha, cada vez que a alma quer fazer minha Vontade, meu Pai Celestial primeiro observa dentro de Si, chama como em concílio à Trindade Sacrossanta, para preencher aquele ato de nossa Vontade de todos os bens possíveis e imagináveis, depois o tira de Si e faz investir a
criatura de sua Vontade constante, comunicante, transformante, e como na Encarnação as três Divinas Pessoas ficaram no Céu e desceram no seio da Imaculada Virgem, assim minha Vontade, com sua potência transporta Consigo em seu ato operando a Trindade Divina na criatura, enquanto
a deixa no Céu, e forma na vontade humana seu ato divino. Agora, quem pode dizer-te as maravilhas que vêm encerradas neste ato de nossa Vontade? Nosso amor surge e se difunde tanto, de não encontrar lugar onde se pôr, e quando tudo encheu se retira em nossa fonte; nossa Santidade se sente honrada com o ato divino de nossa mesma Vontade que age na criatura, e se difunde com graça surpreendente para comunicar sua Santidade a todas as criaturas, são prodígios inenarráveis que Ela faz quando a criatura a chama a agir nela. Por isso faz desaparecer
tudo em minha Vontade, e Nós te daremos tudo em teu poder e tu poderás dar-nos tudo, inclusive a Nós mesmos”.

(4) Depois disso minha pequena inteligência a sentia tão cheia da Vontade Divina, que não podia contê-la, e seguia meu giro em seus atos divinos, e tendo chegado ao ato quando foi concebida a Imaculada Rainha, compreendia como o Ente Supremo antes de chamá-la à vida, lhe infundiu tanto
amor, que assim que sentiu a vida sentiu a necessidade de amar a seu Criador, sentia em Si mesma aquele amor que tirava. Eu fiquei surpresa, e meu amado Jesus adicionou:

(5) “Minha filha, não se maravilhe, é nosso costume que a cada criatura quando a colocamos fora à Luz do dia no ato de criá-la, damos uma dose de amor, dando-lhe assim parte de nossa substância divina, e segundo nossos desígnios que fazemos sobre ela, assim incrementamos a dose de nosso amor. Assim que cada criatura tem em si mesma a parte da substância do amor divino, de outra maneira como poderia amar-nos se Nós mesmos não púnhamos do nosso para fazer-nos amar?
Seria pedir o que não tinha, Nós já o sabíamos, que a criatura nada tem seu, por isso devíamos colocar como dentro de um sacrário nosso amor, nossa Vontade, para pedir que nos ame e faça nosso Querer. E se pedimos é porque sabemos que tem em seu poder nosso amor, e nosso
Querer, que Nós mesmos colocamos no fundo de sua alma. Agora, se nos ama, esta dose de nosso amor surge, se engrandece, e sente mais forte a necessidade de nos amar e de viver da Vontade de seu Criador; se não nos ama não cresce, e as debilidades humanas, as paixões, formam as cinzas sobre nosso amor, de modo que chega a não sentir nenhuma necessidade de nos amar, as cinzas cobriram e sufocaram nosso fogo divino, e enquanto o fogo existe, ela não o sente, enquanto cada vez que nos ama, não faz outra coisa que soprar para remover as cinzas, assim sentirá o fogo vivo que o queima no seio, e o aumentará tanto de não poder estar-se sem nos amar.

(6) Agora minha filha, a Imaculada Rainha, desde o primeiro instante de sua concepção, dado que sentia em Si o amor por seu Criador e nossa Vontade que age mais que sua própria vida, nos amou tanto que não perdeu nem um instante sem nos amar, e com amar-nos e amar-nos engrandeceu tanto esta dose de amor, de poder amar-nos por todos e dar amor a todos, e amar a todos sempre, sem cessar jamais; tu deves saber que nosso amor é tanto, que com colocar esta dose de amor na criatura, Nós colocamos o germe da felicidade dentro dela, porque a verdadeira felicidade deve ter seu posto real dentro da alma, a felicidade de fora se não reside dentro, não se pode chamar verdadeira felicidade, mas bem amarga à pobre criatura e é como um vento impetuoso, que rápido a dissipa, deixando os rastros apenas convertidos em espinhos que a amarguram, não assim a felicidade de dentro, posta por Nós, ela é duradoura e cresce sempre; e além disso amar é congratular-se e felicitar-nos, quem não ama não pode ser jamais feliz, quem não ama não tem nenhuma finalidade nem interesse de cumprir obras, nem sente o heroísmo de
fazer bem a ninguém, o sacrifício que dá as mais belas tintas ao amor não existe para ela. Então, a Virgem Santíssima possuía o mar da felicidade, porque possuía tantas vidas de amor por quantas criaturas existem, e não só isto, senão com não fazer jamais sua vontade, senão sempre a minha,
formava tantas Vidas da minha Vontade Divina n’Ela, de modo que pode dar a cada criatura uma Vida de Amor e uma Vida de Querer Divino. Eis por que com direito é Rainha do amor, e Rainha da Vontade Suprema. Por isso a Soberana Rainha ama, suspira tirar estas Vidas para colocá-las nas
criaturas e formar o reino do puro amor e o reino de nossa Vontade, e assim chegará ao ponto máximo de amar a seu Criador, e ao ponto máximo de amar e de fazer bem às criaturas”.

35-7
Setembro 12, 1937

As verdades são os maiores dons que Deus nos dá. Parto Divino. Delírio extremo por querer nos ver possuidores de seus dons. Sua palavra é desabafo de amor. O grande bem de um ato feito na Divina Vontade.

(1) Minha pobre mente está como assediada pela Divina Vontade, quer dizer tanto das verdades que lhe pertencem, que eu não posso contê-las, porque minha capacidade é muito pequena, e sou obrigada a dizer: “Basta Jesus por agora, Tu queres dizer-me tanto, mas eu sou incapaz de as
reter, não saberei dizê-las todas, muito menos escrevê-las como Tu queres”. E meu doce Jesus compadecendo minha pequenez, todo ternura me disse:
(2) “Minha pequena filha de meu Querer, não temas, sua pequenez se perde em minha Vontade, e não é você quem deve manifestar suas verdades, senão que Ela mesma tomará o empenho de se fazer narradora do que quer fazer conhecer, por isso investirá sua mente, se fará palavra sobre os teus lábios e se fará conhecer, fará conhecer quem é Ela; certamente que por ti mesma não o podes fazer, mas desde que nos dês a tua vontade na nossa, Nós remediaremos tudo e faremos conhecer o que queremos dizer. Tu deves saber que quando queremos fazer um bem às criaturas,
dizer uma verdade, que é o bem maior que podemos dar-lhes, porque com dizê-la, dessa mesma verdade lhes fazemos dom, primeiro o amadurecemos no seio de nossa Divindade, e quando já não podemos contê-lo mais, porque o nosso amor é tanto que quer ver aquele dom possuído pelas criaturas, faz-nos chegar ao desvario, ao delírio, e chega a fazer-nos definhar porque quer ver aquele bem transmitido a elas; nos encontramos nas dolorosas condições de uma pobre mãe que tendo formado seu parto, se não o traz à luz se sente morrer; Nós não podemos morrer, mas se o bem que queremos dar como parto nosso não o tiramos à luz, nosso amor dá em tais excessos, que se se pudessem ver pelas criaturas, compreenderiam como sabe amar um Deus e em que estreitezas nos põem quando não recebem o bem que queremos dar-lhes, por isso quando encontramos quem o recebe, confirmamos o dom, fazemos festa e nos sentimos vitoriosos pelo bem que lhe demos, porque tendo-o recebido uma só criatura, nosso parto saído com tanto amor, por si mesmo se fará caminho, girará por todas as criaturas e com sua virtude gerativa gerará muitos outros partos, encherá todo o mundo, e Nós teremos a grande glória de ver cheios céus e terra de nosso dom, de nossos bens, e possuidores de quem o quer receber. Ouviremos por toda parte as vozes amorosas, as notas de nosso amor falante, que nos dão a correspondência a nosso amor reprimido, porque não podíamos trazer à luz este nosso parto se não encontrássemos ao menos uma criatura que o quisesse receber. Para Nós fazer o bem é paixão, dar é delírio contínuo do nosso amor, e ao encontrar quem o receba sentimos no dom a nossa Vida e o nosso repouso.

Por isso, à que como primeira se presta a receber nosso parto, a amamos tanto que confiamos nela, a fazemos nossa secretária, e ela, ao ver-se tão amada por Nós, toma o compromisso de nos amar por todos, e oh! a competição que se forma entre ela e Nós. Você deve saber que cada
palavra nossa é um desabafo de amor que fazemos com a criatura, assim que cada palavra dita sobre nossa Vontade Divina é um desabafo de amor que temos feito, e recebendo refrigério por este desabafo continuamos falando, para formar a cadeia dos nossos desabafos de amor, porque
era um amor reprimido que tínhamos em Nós, e se tu soubesses o que significa este nosso desabafo de amor, os bens que faz; este nosso desabafo de amor cheio de céus e terra, investe a todos, embalsama as penas, faz-se dia na noite da culpa, converte os pecadores, reforça quem
vacila no bem, reafirma os bons, em suma, não há bem que não possa fazer uma palavra nossa que contenha um desabafo do nosso amor. Assim, fazer-nos falar é o maior bem que se pode fazer às criaturas, e o nosso amor correspondido e o dar Vida Divina às criaturas é a maior glória que podemos receber. Que coisa não pode fazer uma palavra nossa? Tudo, e quem está disposto a escutá-la, pode-se dizer que dá vida a nossa palavra, porque Nós jamais falamos se não encontrarmos quem queira nos ouvir. Por isso, quem nos escuta nos ama tanto, que sentimos como se quiséssemos dar vida entre as criaturas, e Nós lhe damos nossa Vida à sua disposição.

Por isso seja atenta a ouvir-nos, faze-nos desabafar em amor, porque muitas vezes quando não temos com quem fazer estes desabafos de amor, justamente se convertem em justiça”.

(3) Jesus fez silêncio, mas quem pode dizer o que ficou em minha mente, não tenho palavras para expressá-lo, por isso melhor termino e me abandono nos braços de Jesus para repousar junto com Ele, que me ama tanto e tanto quer ser amado, que me dá todo Si mesmo, para ser amado como Ele me ama. Depois seguia meu giro na Criação para encontrar os atos feitos pelo Querer Divino, fazê-los meus para poder amá-lo como Ele me amou, e chegando ao céu azul pensava entre mim:
“Este céu serve como teto aos habitantes da terra, e como piso aos habitantes do Céu, então, como serve a todos, todos estão obrigados a adorar Aquele que com tanto amor criou este céu para nos dar”. Portanto, chamava todos os anjos, os santos e todos os habitantes da terra juntamente comigo, para que todos nós, unidos, retribuíssemos em amor, em adoração, em glória e em agradecimento ao nosso Criador, porque Ele nos amou tanto que nos deu este céu; no Querer Divino eu chamava, abraçava a todos, e como se fossem um só amavam junto comigo. O doce Jesus ficou correspondido em amor por tantas vozes, e com um amor indizível me disse:

(4) “Minha filha, é tanta a potência de um ato feito em meu Querer, que chega ao incrível; conforme você chamava a todos me senti amado por todos, e tendo você uma vontade livre e meritória, enquanto fez seu ato, minha Vontade fez sair de Si um amor, uma glória, uma felicidade maior, da
qual todos se sentiram investidos, e os anjos e santos sentem uma glória e felicidade maior e se sentem mais amados por Deus, a terra recebe mais ajudas, mais graças, segundo suas disposições. Todos os atos feitos em meu Querer recebem este grande bem, porque minha Vontade é de todos, e todos têm direito a aquele ato, e como é um ato de um peregrino, que é o que faz com que corra o mérito em tudo o que faz de bem, o mérito se torna mérito comum, e portanto, alegrias, amor e glória comuns, e se você soubesse o que significa ser mais amado por Deus, o que significa alegrias e glória que dá um Deus, oh! como estarias mais atenta; os anjos, os santos, que sim o sabem, suspiram por tua chamada para ter este grande bem, e quando tu não os chamas, pressurosos dizem: „Não nos chama hoje?’ Então você está na terra e seu mérito corre no Céu para dar novo amor e nova felicidade para os habitantes celestiais. Oh! como gostaria que todos conhecessem o que significa agir em minha Vontade, porque o conhecimento é como o apetite, que faz desejar e saborear o alimento que se come, em troca sem o apetite se sente aversão a essa mesma comida e não se saboreia. Tal é o conhecimento, é o portador dos meus dons, do bem que quero fazer às criaturas, é a confirmação da posse. Além disso, o conhecimento gera a estima, o apreço às minhas verdades, e Eu somente falo quando sei que minhas palavras são amadas, ouvidas e apreciadas, aliás, quando vejo a estima, o amor, sinto-me atraído por meu mesmo amor a manifestar outras verdades, mas se isto não vejo, faço silêncio e sinto a dor do meu amor reprimido. Não me vais fazer isto, não é verdade?”

36-7
Maio 10, 1938

Deus, para ser amado põe no coração da criatura seu amor e o converte em moedas. As vigílias de Jesus, a paternidade divina e a filiação de quem vive na Divina Vontade. Como a escreve com caracteres indeléveis como “a minha filha”.

(1) Sinto que o Querer Divino me chama a cada instante porque quer ser amado, e como a meu amor apenas posso chamá-lo de gotinhas, Ele quer dar-me o seu a fim de que eu tenha mares de amor, não gotas, para dizer-lhe que o amo muito, muito. Que bondade! Quer pôr do seu para ter a alegria de poder dizer que a criatura o ama. Depois, o meu sempre amável Jesus voltou para visitar a minha pobre alma, o seu coração batia fortemente e apertando-me a Si nos seus braços, disse- me:

(2) “Filha bendita de meu amor, Eu ardo, sinto-me desfalecer, deliro porque quero ser amado, e para obter minha tentativa sabe o que faço? Coloco meu amor no coração da criatura, faço-o correr na mente, nas palavras, nas obras, nos passos, e converto todo este amor que lhe corre por todas
as partes em moedas de amor divino, e para fazê-las correr como moedas que nos pertencem, nelas cunho uma imagem escrita sobre seu canto que diz: ‘Jesus, Rei do Reino da Divina Vontade’. Estas moedas de amor são um meio que damos à criatura para poder dizer com direito: ‘Já te amei’. Este amor convertido por nossa bondade em moedas pode comprar o que quer e ama, portanto pode comprar nossa santidade, nossa própria Vontade, nossas virtudes, e se quiser mais amor, tem moedas suficientes para comprá-lo, e oh! como gozamos ao ver que a criatura já não é pobre, mas rica, e tem tanto que pode chegar até comprar nossas virtudes, nossa própria santidade. Como é bonito ver que tem nossa moeda de amor que a torna proprietária dos nossos próprios bens. Mas esta moeda de amor a damos a quem vive em nosso Querer, porque esta criatura não fará desperdício dela, a saberá conservar, a multiplicará para poder nos amar sempre mais e nos dar um alívio a nossas chamas que nos devoram”.

(3) Depois seguia meu giro nos atos do Querer Divino, me sentia sofredora e com tal desvelo, que não podia estar calma, os minutos me pareciam séculos, que noite eterna! Esperava a meu doce Jesus que viesse me acalmar, finalmente, depois de muito esperar, meu amado Jesus se fazia ver
todo aflito, e todo bondade me disse:

(4) “Pobre filha, como é dura a vigília, não é verdade? Quantas vezes teu Jesus se encontra com estas penas tão cruas e dilacerantes, quantas vigílias me fazem fazer as criaturas, posso dizer que estou sempre em vigília e sofro as inquietudes de meu amor; se a criatura peca, a sinto fugir de
meus braços, e Eu ao ver, olho e a vejo rodeada pelos demônios que fazem festa e chegam a zombar do bem que fez; pobre bem, como é coberto pela lama da culpa, mas Eu, como ainda a amo, lhe mando algum brilho de luz, e vigio; lhe mando remorsos para fazê-la levantar-se de novo,
e vigio; os minutos me parecem séculos, não posso me acalmar se não a vejo voltar a meus braços, e vigio, vigio sempre, espio-lhe os batimentos de seu coração, os pensamentos de sua mente para suscitar a lembrança de quanto a amo, mas o que, tudo é em vão e sou obrigado a cuidar e vigiar. Que dura vigília! Se esta criatura retorna a Mim, repouso um pouco, de outra maneira continua minha vigília. Se alguma outra criatura quer fazer um bem e toma tempo e jamais se decide, Eu cuido e vigio, procuro encorajá-la com meu amor, com inspirações e mesmo com promessas, mas não se resolve, encontra tantos pretextos, dificuldades, e me tem sempre em vigília. Quantas vigílias me fazem fazer as criaturas e em tantos modos! Eis a razão da tua vigília, para ter um pouco de companhia na minha vigília contínua, por isso soframos juntos, ama-me e encontrarei um pequeno repouso às minhas tantas vigílias”.

(5) Depois disso ele adicionou com um sotaque mais terno:
(6) “Filha do meu sofrimento, você quer saber quem não me dá esta dor tão difícil de me fazer vigilante? Quem vive em Minha Vontade, é mais, assim que decide viver n’Ela Eu declaro-a minha filha e chamo todo o Céu, a Trindade Sacrossanta para festejar a nova filha que adquiri; todos a
reconhecem porque a escrevi com letras indeléveis no meu coração, no meu amor que sempre arde, como: ‘Minha filha’. Agora, no meu Querer está sempre Comigo, tudo o que faço Eu faz ela, portanto, nos meus nascimentos contínuos renasce junto Comigo, e Eu escrevo-a como: ‘A filha do
meu nascimento’. Se a ingratidão humana me obriga a chorar, ela chora junto Comigo, e Eu a escrevo até em minhas lágrimas como: ‘A filha de minhas lágrimas’. Em suma, se sofro, se faço, se caminho, escrevo-a como: ‘A filha de minhas penas, de minhas obras, a filha de meus passos’.
Onde quero a levo escrita. Agora, você deve saber que entre paternidade e filiação há vínculos indeléveis, ninguém pode desconhecer, nem na ordem sobrenatural nem na ordem natural os direitos de paternidade e de filiação, assim que, Eu como Pai sinto o dever de constituir como
herdeiro de meus bens, de meu amor, de minha santidade, a quem com tanta solenidade declarei que é minha filha, até levá-la escrita no meu coração divino. Se não a amasse sentiria que defraudo meu paterno amor, por isso não o posso fazer. Agora, esta criatura tem o dever de me
amar e de possuir os bens de seu Pai, tem o dever de defendê-lo, de fazê-lo conhecer, e mesmo de pôr sua vida a fim de que ninguém me ofenda. E como é bonito ver estes meus filhos que vivem no meu Querer, que chegam a dizer-me: ‘Pai meu, cuidaste e vigiaste demasiado, já estás cansado, repousa-te, e para fazer que o teu repouso te seja doce, repousa-te no meu amor e eu ficarei acordado, tomarei o teu lugar junto às almas, talvez tenha êxito em fazer-te encontrar alguma quando acordares! E Eu confio nelas e repousarei por algum tempo. Que coisa não pode fazer quem vive em Minha Vontade? Pode fazer-me tudo, porque a sua luz a faz acompanhar todas as minhas dores, e Eu faço tudo a ela, alternamos mutuamente a vigília e o repouso.

Como é bonito viver no meu Querer! A criatura se põe em nossas mesmas condições, o que queremos Nós quer ela, e esta é a coisa mais santa, maior, mais nobre, cheia de majestade e de pureza: ‘Querer o que Deus quer’. Nenhum outro ato pode chegar a uma altura tão sublime e a um valor que não termina jamais, como o querer o que Deus quer; Deus é santo e puro, é ordem, é bondade, ao querer o que Deus quer, a criatura quer o que é santo, puro, bom, e com a plenitude da ordem, sente-se renascida em Deus, faz o que faz Deus; Deus faz tudo, abraça tudo, move-se em todos, e ela é concomitante ao que faz Deus. Pode fazer bem maior? Por isso ao viver em meu Querer não há nada que o possa alcançar nem ultrapassar, portanto viva sempre em meu Fiat e seremos felizes, você e Eu”.

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