LIVRO DO CÉU VOLUME 5-9
Maio 8, 1903
Quando o homem se dispõe ao bem, recebe o bem; e se se dispõe ao mal, o mal recebe.
(1) Continuando o meu amargo estado de privações, em que, no máximo, Jesus se deixava ver taciturno e por breves instantes. Esta manhã, empenhando-se o confessor em fazê-lo vir, perdendo os sentidos, por pouco e quase pela força se fazia ver e voltando-se para o confessor, disse-lhe com aspecto sério e aflito:
(2) “Que queres?”
(3) O Padre parecia confuso e não sabia dizer nada, então eu disse:
“Senhor, talvez seja o fato da missa que ele quer”.
(4) E o Senhor acrescentou:
“Prepara-te e a terás, e além disso tu tens a vítima, quanto mais próximo estiveres com o pensamento e com a intenção, tanto mais te sentirás forte e livre para poder fazer o que queres”.
(5) Depois disse:
“Senhor, por que não vens?”
E Ele continuou:
(6) “Queres ouvir? Escuta”.
(7) E naquele momento, ouviam-se tantos gritos de vozes de todas as partes do mundo que diziam:
“Morte ao Papa, destruição de religião, igrejas lançadas por terra, destruição de todo domínio, nada deve existir sobre nós” e tantas outras vozes satânicas que me parece inútil dizê-las. Então nosso Senhor acrescentou:
(8) “Minha filha, o homem, quando se dispõe ao bem, recebe o bem, e se se dispõe ao mal, o mal recebe. Todas estas vozes que escutas chegam ao meu trono, e não uma vez senão repetidas vezes, e minha justiça quando vê que o homem não só quer o mal, mas com dupla insistência o demanda, com justiça sou obrigado a concedê-lo para lhe fazer conhecer o mal que quer, porque só então se conhece verdadeiramente o mal, quando no mesmo mal se encontra. Eis a causa pela qual minha justiça vai buscando vazios para punir o homem, mas ainda não chegou o tempo de sua suspensão, ao mais algum dia por agora, para fazer que a justiça ponha sua mão um pouco sobre o homem, não podendo mais resistir ao peso de tanta atrocidade, e ao mesmo tempo fazer abaixar a testa do homem muito ensoberbecida”.
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