LIVRO DO CÉU 4-23
22 de Outubro de1900
23- Dúvidas de Luisa sobre as coisas que lhe acontecem, ela quer saber se são de Deus ou do demônio. A obediência não tem razão humana, sua razão é divina.
(1) Esta manhã me encontrava toda oprimida e com temor de que não fosse Jesus bendito que operava em mim, mas o demônio, mas apesar disso não sabia conter-me em buscá-lo e desejá-lo, e assim que se dignou vir me disse:
(2) “O que é que garante que o sol nasce senão a luz que põe em fuga as trevas noturnas e o calor que expande na mesma luz? Se se dissesse que o sol nasceu, e no entanto parece mais densa a escuridão da noite e não se sente nenhum calor, o que dirias tu? Que não é sol verdadeiro o que saiu, senão falso, porque não se vêem os efeitos do sol. Agora, se a minha visão te afasta das trevas e te mostra a luz da verdade, fazendo-te sentir o calor da minha graça, por que queres cansar-te o cérebro pensando que não sou Eu quem obra em ti?”
(3) Acrescento porque assim o quer a obediência, que no outro dia estava pensando que se de
verdade acontecem tantos castigos que escrevi nestes cadernos, quem terá coração de ser espectador? E o bendito Senhor claramente me fez compreender que alguns se realizarão enquanto ainda estiver sobre esta terra, outros depois de minha morte, e alguns outros serão
diminuídos em parte. Então fiquei um pouco mais aliviada por pensar que não era a minha vez de ver todos. Aqui está satisfeita a senhora obediência, que começou a franzir a testa, a dar lamentos e a repreender; parece que esta bendita senhora não quer em nenhum modo adaptar-se à razão humana, não quer ocupar-se de nenhuma circunstância, mas parece que não tem razão, e na verdade é um martírio ter que ver com alguém que não tem razão, porque para poder estar um pouco bem é necessário perder a própria razão, porque a senhorita vai se gabando: “Eu não tenho nenhuma razão humana, por isso não sei adaptar-me à maneira humana, minha razão é divina, e quem quiser viver em paz Comigo é absolutamente necessário que perca a sua, para fazer aquisição da minha”. Assim é como raciocina a senhorita, o que se pode dizer? É melhor calar-se,
porque ao direito ou ao contrário sempre quer a razão, e se gloria de negá-la sempre.
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