A Mansidão: A Virtude das Mulheres Fortes
I. O que é a Mansidão? Muito Além da “Fragilidade”
Conceito Fundamental:
A mansidão é uma virtude anexa à temperança, pois sua função é moderar a ira. Segundo São Tomás de Aquino, a ira em si não é má – Deus mesmo ira-se na Escritura contra o mal. A ira torna-se um vício quando é descontrolada, transformando-se em brutalidade, violência e agressividade. Quando aliada à mansidão, a ira se torna justiça, coragem e firmeza.
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A Mansidão não é Fraqueza: A mulher mansa não é fraca, passiva ou submissa a situações imorais. Pelo contrário:
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É força domada pelo amor.
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É governança sobre si mesma – uma mulher que não explode (ira descontrolada) nem implode (remoção interior).
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Sabe agir na hora certa, da forma certa, com firmeza e retidão.
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Função Prática: Para a mulher, a mansidão é a virtude que:
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Controla os impulsos emocionais e as mudanças súbitas de humor.
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Dá norte e serenidade a mulheres com urgências afetivas ou carência.
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Brandea o coração, tornando-o mais sereno e confiante.
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II. A Raiz do Problema: A Rebelião Feminina e a Ilusão de Controle
A tendência moderna de controle nasce de uma ira desordenada, que São Tomás chama de “perturbação da alma”. Esse desejo de controlar tudo surge de:
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Medo de perder alguém ou algo.
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Ansiedade pelo futuro (casamento, filhos, emprego).
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Desespero de ser abandonada.
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Obsessão por ser amada.
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Necessidade genuína, mas distorcida, de segurança.
As Consequências Desastrosas do Controle:
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Sufoca Relacionamentos: A mulher que tenta ser “salvadora” do marido ou do casamento acaba afastando quem ama, sufocando a relação com cobranças e manipulações.
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Deforma a Vulnerabilidade: O instinto masculino de proteção é atraído pela vulnerabilidade e doçura. Uma mulher “brutalizada” pelo controle afasta o homem, que a vê como uma competidora, não como uma parceira.
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Transforma a Sensibilidade em Agressividade: A ansiedade por resolver tudo transforma a sensibilidade feminina em agressividade e nervosismo.
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Impede a Ação do Espírito Santo: Acreditar que tudo depende das nossas ações e orações, sem a entrega, bloqueia a graça de Deus. O poder divino se manifesta mais na nossa entrega do que no nosso controle.
III. O Antídoto: A Cruz e a Entrega
A cruz é o maior remédio contra o impulso de controlar. Ela é o ponto onde:
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A ira justa de Deus encontra a mansidão perfeita de Cristo.
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A justiça se une à misericórdia.
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O poder se une à fraqueza (2 Cor 12:10: “Quando sou fraco, então é que sou forte”).
Para a mulher, a vitória se dá na entrega. É um combate espiritual silencioso e sábio, que consiste em:
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Carregar a cruz sem reclamar, atacar, manipular ou se desesperar.
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Agir com prudência, mas confiar que o resultado final está nas mãos de Deus.
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Discernir até onde nossas ações são necessárias e quando devemos “entregar aos pés da cruz e no colo de Maria”.
IV. Cristo e Maria: O Modelo de Mansidão
A mulher mansa se espelha em Cristo, que:
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Não controla ninguém, mas atrai.
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Não manipula, mas ama as pessoas como são.
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Não reage com violência, mas sofre com ordem.
Sofrer com ordem é um ato de mansidão e uma marca de força interior.
V. O que Dizem os Santos sobre a Mansidão?
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São João Crisóstomo: “Nada é mais poderoso do que a alma mansa. Ela quebra o inimigo sem levantar a mão.”
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Santo Agostinho: “A mansidão é a fortaleza da caridade.”
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São Basílio Magno: “A mansidão é a muralha que impede a ira de incendiar a alma.”
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São Gregório Magno: “Mansidão é a força que não se impõe; ela vence.”
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Padre Pio: “A alma mansa é inatingível pelas flechas do demônio.”
A verdadeira guerra da mulher é vencer sem ferir aqueles que ama.
VI. Mansidão e Submissão: A Ordem do Amor no Lar
A submissão feminina, tão distorcida pelo mundo, é na verdade estar debaixo de uma missão: a missão de ajudar o marido e os filhos a chegarem ao Céu.
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A Hierarquia do Amor: A família não é uma democracia. É uma hierarquia de amor: Deus > Marido > Esposa > Filhos. Quando esta ordem se rompe, gera-se o caos.
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A Importância da Admiração: A mulher só consegue se submeter e confiar na liderança do marido se o admirar espiritualmente. Ele não precisa ser perfeito, mas deve ser um exemplo de fortaleza moral, fé e retidão.
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Os Frutos da Mansidão no Lar:
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Quando a mulher é mansa e confia, cura o marido, pacifica os filhos e ordena a casa.
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A mulher controladora cansa e afasta; a mulher mansa atrai e inspira elevação.
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A mansidão devolve à mulher a confiança, a leveza e a feminilidade que o mundo lhe tirou.
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VII. A Mulher Moderna vs. A Mulher Mansa
A cultura moderna prega que a mulher deve ser “dona de si”, autossuficiente e controladora. O resultado são mulheres:
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Exaustas e sobrecarregadas.
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Hipercontroladoras e nervosas.
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Solitárias e incapazes de confiar.
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Infelizes, pois a ilusão de controle é um medo vestido de força e uma soberba que escraviza.
A mansidão é a virtude que liberta a mulher dessa escravidão, restaurando sua verdadeira força.
VIII. Conclusão: A Mansidão na Prática
A mansidão é a virtude das mulheres fortes. É a força para:
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Não competir com o marido.
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Calar, ceder, confiar, esperar e obedecer sem perder a dignidade.
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Renunciar ao controle e oferecer a ansiedade a Deus.
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Pacificar os medos e curar os relacionamentos.
Onde encontrar na Bíblia?
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Mateus 5:5: “Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.”
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Provérbios 15:1: “A resposta suave desvia a ira.”
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Salmo 37:11: “Os mansos herdarão a terra.”
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1 Pedro 3:4: “Seja o vosso adorno… um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus.”
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Mateus 11:29: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração.”
A mansidão não é fraqueza; é o atributo do coração de Cristo. E é por isso que o diabo teme mil vezes mais uma mulher mansa do que uma mulher violenta.












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