Texto do Tema 47 Livro do Céu Volume 2 – Cap 60 e 61
2-60
Agosto 16, 1899
Continua-se fazendo de mãe a Jesus.
(1) Jesus continua querendo que lhe faça de mamãe, e fazendo-se parecer como graciosíssimo menino chorava, e para acalmá-lo o pranto, tendo-o entre meus braços comecei a cantar, e acontecia que quando eu cantava parava de chorar, e quando não, voltava a chorar. Eu teria querido deixar no silêncio o que cantava, primeiro porque não me lembro de tudo, pois estando fora de mim mesma dificilmente recordo todas as coisas que acontecem, e também porque acredito que são desatinos, mas a senhora obediência, sendo demasiado impertinente não me quer conceder; basta com que se faça como ela quer, se contente ainda que sejam desatinos. Eu não sei, diz-se que esta senhora obediência é cega, mas a mim parece-me melhor que é toda olhos, porque olha até as mínimas coisas, e quando não se faz como ela diz, torna-se tão impertinente que não te dá paz. Então para ter paz da parte desta bela senhora obediência, porque além disso é tão boa quando se faz como ela diz, que tudo o que se quer, por meio dele se obtém, por isso me disponho a dizer o que recordo que cantava:
(2) Menino, és pequeno e forte, de Ti espero todo consolo; menino gracioso e belo, Tu apaixonas até as estrelas; menino, roubam-me o coração para enchê-lo de teu amor; menino
terno, faz-me a minha menina; menino, és um Paraíso, ah! me faça ir me divertir no eterno
sorriso.
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2-61
Agosto 17, 1899
Jesus fala da obediência.
(1) Esta manhã, tendo recebido a Comunhão, estava dizendo ao meu amável Jesus: “Como é que esta virtude da obediência é tão impertinente e às vezes tão forte, que chega a tornar-se caprichosa?”
(2) E Ele: “Sabe por que esta nobre senhora obediência é como você diz? Porque dá morte a todos os vícios, e naturalmente alguém que deve fazer sofrer a morte a outro deve ser forte, valente, e se não o conseguir com isto se serve das impertinências e dos caprichos. Se isto é necessário para matar o corpo que é tão frágil, muito mais para dar morte aos vícios e às próprias paixões, que é tão difícil que muitas vezes enquanto parecem mortas, começam a reviver de novo. Eis por que esta diligente senhora está sempre em movimento e continuamente vigiando, e se vê que a alma põe a mínima dificuldade ao que lhe é mandado, então temendo que algum vício possa começar a reviver em seu coração, lhe faz tanta guerra e não lhe dá paz até que a alma se prostra a seus pés e adora em silêncio o que ela quer; eis por que é tão impertinente e quase caprichosa como você diz.¡Ah! sim, não há verdadeira paz sem obediência, e se parece que se goza de paz, é paz falsa, e digo parece, porque vai de acordo com as próprias paixões, mas jamais com as virtudes e se acaba com arruinar-se, porque separando-se da obediência se separam de Mim, que fui o Rei desta nobre virtude. Além disso, a obediência mata a própria vontade e a torrentes verte a Divina, tanto, que se pode dizer que a alma obediente não vive de sua vontade, senão da Divina; e se pode dar vida mais bela, mais santa, que o viver da Vontade de Deus mesmo? Por isso, com as outras virtudes, mesmo com as mais sublimes, pode estar junto o amor próprio, mas com a obediência jamais”.
Perguntas para Fixação do Conteúdo
– Relação maternal com Jesus:
:Por que Jesus precisa dessa atitude de Luisa de agir como mãe dele?
:Jesus também quer que sejamos todos mães Dele?
– A virtude da obediência:
Como a obediência é personificada no texto e quais são suas características?
Por que a obediência é descrita como “impertinente” e “caprichosa”?
– Combate aos vícios e paixões:
Qual é a relação entre a obediência e a mortificação dos vícios, segundo o texto?
Por que os vícios e as paixões humanas são descritos como persistentes e propensos a “reviver”?
– Vontade divina versus vontade humana:
Qual é a importância de substituir a vontade humana pela vontade divina, de acordo com o texto?
Como a obediência contribui para uma vida mais santa e alinhada com Deus?
– A paz verdadeira:
Por que a paz alcançada fora da obediência é considerada falsa?
Como a obediência pode levar à verdadeira paz, segundo o texto?
-Reflexão pessoal:
Como você interpreta a ideia de que a obediência “mata a própria vontade” para viver segundo a vontade divina?
Você concorda que a obediência pode ser um caminho para a paz interior? Por quê?
Essas perguntas podem ajudar a aprofundar a compreensão do texto e a refletir sobre os temas da obediência, devoção e submissão à vontade divina.
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade