A Limitação do Conhecimento Atual da Vontade de Deus
O texto começa estabelecendo uma distinção crucial: conhecer o que Deus quer (Suas disposições) é diferente de conhecer a própria Vontade de Deus em Sua essência.
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A Analogia do Pai: “Até agora, as disposições dessa Vontade de Deus… têm sido mais conhecidas e, na realidade, pouco foi penetrado em Deus… Por exemplo, um pai… manda algumas coisas para o filho… Se ele cumprir todas as disposições do pai, ele dirá: ‘Eu faço a vontade do meu pai’, mas ele ainda precisa saber a vontade do pai em si;… a vontade do seu pai está dentro dele!… você precisa entrar dentro dele e saber tudo que está na vontade dele, que é muito mais do que você sabe até agora.”
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Aplicação a Deus: “Portanto, assim é com Deus: Até agora, por Vontade Divina, entendemos aquelas disposições… os mandamentos, os sacramentos, o evangelho… mas a Vontade de Deus continua dentro de Deus e é muito mais do que isso, inclui todos os atos que Deus fez, o bem com que os fez, o amor infinito… Tudo isso é o que constitui a Vida divina.”
1. A “Vida” como Soma de Nossos Atos: A Chave para Entender a Vontade Divina
Aqui é introduzido um princípio metafísico que conecta a experiência humana à realidade divina.
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O Princípio: “o que é que constitui a nossa vida humana? Os atos que estamos fazendo, que saem da nossa vontade e que ficam nela… nossa vida está resumida, está selada ali… também a Vida divina, isto é, em Deus tudo o que sua Vontade fez, isso é o que forma sua Vida.”
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A Conclusão: “Portanto, falar da Vontade Divina e de entrar para conhecer a Vontade Divina em seu interior… é falar do mais sagrado e santo que pode haver… o que está dentro dessa Vontade Divina em si.”
2. A Porta de Entrada: A Humanidade de Jesus Cristo
Devido à nossa limitação, Deus tornou o acesso a essa realidade interior mais acessível através da Encarnação.
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O Dogma das Duas Vontades em Cristo: “Jesus vem… assume a natureza humana; Desta forma, essas duas vontades se unem em Jesus: Vontade Divina… e sua vontade humana… duas naturezas: a humana e a divina; duas vontades e duas operações: humana e divina.”
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A União Perfeita: “A Vontade Divina, que é a superior, é a que dirige, e a vontade humana de Jesus em tudo seguiu a Divina, sem se opor em nada.”
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A Dupla Dimensão de Cada Ato de Jesus: “todos os atos de Jesus tiveram… duas dimensões: a dimensão humana e a dimensão divina… Quando o vemos nascer… há também a parte divina desse ato: todo o Amor divino com o qual ele fez aquele ato e no qual ele estava amando o Pai por todos nós.”
3. A Revelação através de Luísa: Entrando na Vontade Divina de Jesus
A novidade trazida por Jesus a Luísa Piccarreta foi justamente fazer alguém “entrar” nessa dimensão interior e divina dos atos de Cristo.
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A Experiência de Luísa (Volume 4): “Fui investido por essa luz e não sei como me encontrei dentro de Jesus Cristo… a Divindade dirigiu a Humanidade em tudo… bendito Jesus, em todos os atos da sua vida, ele refez, para todos em geral e para cada um em particular, tudo o que cada um era obrigado a fazer para com Deus… tudo o que cada um deve fazer já foi feito primeiro no Coração de Cristo.”
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O Propósito Pedagógico: “Para que Luísa também se unisse: unir sua vontade à de Jesus e fazer o mesmo que Jesus está fazendo… trabalhando com a Vontade Divina nos atos humanos normais e ordinários, o que também Jesus fez, para dar ao Pai a mesma glória que Deus dá a ele.”
4. O Objetivo Final: A Santificação que Satisfaz a Deus
A finalidade de todo esse ensinamento não é apenas teórica, mas profundamente prática e transformadora.
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A Insuficiência do Amor Puramente Humano: “Deus gosta das nossas boas ações? Sim… mas não o satisfaz. Porque Ele é um Ser infinito. O que é a única coisa que pode satisfazê-Lo? O Amor infinito… o único que podia agradá-lo perfeitamente era o Filho Encarnado.”
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O Convite à União: “Ele nos criou para nos unirmos ao Seu Filho. Tornarmo-nos um, unir a nossa vontade à Sua e dar-Lhe infinitas coisas dignas d’Ele. Isso é viver segundo a Vontade Divina.”
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O Resultado: A Divinização das Nossas Ações: “Quanto mais nos unirmos… mais glória dermos a Deus, mais poderemos amá-Lo dignamente… atribuir-lhes o mesmo valor… O mesmo valor que um ato de Jesus!”
5. A Natureza “Eterna” da Vontade Divina e a Prática
A Vontade Divina não é um conceito estático, mas um domínio vivo e eterno onde os atos de Deus estão sempre presentes.
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A Vontade como “Arquivo Vivo”: “para entrar na Vontade Divina… Trata-se… de entrar no interior de Jesus ou de Deus e encontrar tudo… todas as obras de Deus… cada ato de Jesus, está lá, à nossa espera… em Deus tudo é eterno;… esse ato é depositado na Vontade Divina, permanece eterno.”
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O Guia Prático: “Ele já nos deixou o guia em nosso idioma, então podemos começar a ler e aprender. [Nos livros de Luisa]… O objetivo não é complicar as coisas, mas sim simplificá-las e nos atos cotidianos que realizamos, atribuir-lhes esse valor divino.”
Conclusão: A Coroação de Todas as Obras de Deus
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A Obra da Santificação: “a terceira obra que Deus realizado exteriormente é a Santificação, cuja culminação se encontra nesta questão de Luisa… o ápice é agora. Este é o tempo… do Seu Reino assim na Terra como no Céu.”
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O Cumprimento do Pai-Nosso: “Assim, somente agora a Oração do Senhor será cumprida… ‘Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu’… assim como a Vontade Divina está em Vós, também está em nós.”
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Um Chamado à Esperança e à Ação: “Bendito seja Deus que me fez viver nesta época!… Deixemos de lado o mal… Vamos concentrar nossa atenção no imenso bem que Ele deseja nos dar. Para poder viver como no Céu na Terra.”
Em Síntese Absoluta:
O texto traça uma jornada espiritual que vai:
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De obedecer a regras externas (a Vontade de Deus como disposição).
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Para habitar uma realidade interior (a Vontade de Deus como Vida).
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Através da porta da Humanidade de Jesus (onde o divino e o humano se unem).
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Com o objetivo de unir nossa vontade à de Cristo, divinizando nossos atos cotidianos.
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Para finalmente glorificar a Deus de modo infinitamente agradável a Ele, cumprindo a oração do Pai-Nosso e estabelecendo o Seu Reino na Terra.











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